Bula do Atrovent para o Profissional

Bula do Atrovent produzido pelo laboratorio Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Atrovent
Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda. - Profissional

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BULA COMPLETA DO ATROVENT PARA O PROFISSIONAL

abcd

ATROVENT®

N

(brometo de ipratrópio)

Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda.

SOLUÇÃO AEROSSOL – 20 MCG

ATROVENT N PROFISSIONAL abcd

Atrovent N_Bula Profisional 20100518/HFA13-00 1

Atrovent®

brometo de ipratrópio

APRESENTAÇÃO

Solução aerossol de 20 mcg/dose: frasco com 10 ml (200 doses) acompanhado de bocal.

INALAÇÃO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 6 ANOS

COMPOSIÇÃO

Cada dose (puff) do aerossol contém 20 mcg de brometo de ipratrópio, correspondentes a 16,1 mcg de

ipratrópio e a 21 mcg de brometo de ipratrópio monoidratado.

Excipientes: ácido cítrico, água purificada, álcool etílico, norflurano (propelente HFA 134a). Teor

alcoólico: 15%.

Formulação aerossol livre do gás clorofluorcarbono (CFC).

Cada vez que você pressiona o aerossol, libera uma dose ou um puff do medicamento.

1. INDICAÇÕES

ATROVENT é indicado como broncodilatador para o tratamento de manutenção do broncoespasmo

associado à doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que inclui bronquite crônica e enfisema.

ATROVENT solução para inalação também é indicado em combinação com medicação beta-2-agonista

no tratamento do broncoespasmo agudo associado à asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC),

incluindo bronquite crônica.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Em estudos controlados de 85-90 dias em pacientes com broncoespasmo associado à doença pulmonar

obstrutiva crônica (bronquite crônica e enfisema), observou-se uma significante melhora na função

pulmonar dentro de 15 minutos, alcançando o pico em 1 a 2 horas e persistindo, por 4-6 horas.

O efeito broncodilatador de ATROVENT o tratamento do broncoespasmo agudo associado à asma foi

demonstrado em estudos realizados em adultos e crianças acima de 6 anos de idade. Na maioria destes

estudos ATROVENT foi administrado em combinação com um beta-agonista inalatório.

1. Summers Q. Tarala RA. Nebulized ipratropium in the treatment of acute asthma. Chest

1990;97(2):425-429.

2. Roeseler J, Reynaert MS. A comparison of fenoterol and fenoterol - ipratropium nebulisation

treatment in acute asthma. A short report. Acta Ther 1987;13:571-578.

3. Watson WTA, Becker AB, Simons FER. Comparison of ipratropium solution, fenoterol solution,

and their combination administered by nebulizer and face mask to children with acute asthma. J

Allergy Clin Immunol 1988;82(6):1012-1018.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

ATROVENT tem como princípio ativo o brometo de ipratrópio, que é um composto de amônio

quaternário com propriedades anticolinérgicas (parassimpaticolíticas). Em estudos pré-clínicos, parece

inibir os reflexos mediados pelo vago por antagonismo do receptor da acetilcolina, o neurotransmissor

liberado pelo nervo vago. Agentes anticolinérgicos previnem o aumento da concentração intracelular de

cálcio provocado pela interação da acetilcolina com o receptor muscarínico no músculo liso dos

brônquios.

A liberação de cálcio é mediada pelo sistema de segundo mensageiro que consiste em IP3 (inositol

trifosfato) e DAG (diacilglicerol).

A broncodilatação observada após a inalação de ATROVENT (brometo de ipratrópio) é devido

primariamente a sua ação local e específica para o pulmão, não apresentando natureza sistêmica.

Evidências pré-clínicas e clínicas não sugerem qualquer efeito predudicial de ATROVENT sobre a ação

secretora da mucosa brônquica, na depuração mucociliar ou troca gasosa.

Farmacocinética

O efeito terapêutico de ATROVENT é produzido por ação local nas vias aéreas. A broncodilatação e a

farmacocinética sistêmica não correm em paralelo. O efeito inicia-se dentro de poucos minutos após a

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inalação. Em pacientes asmáticos, cerca de 50% do efeito broncodilatador do brometo de ipratrópio surge

em torno de 3 minutos e 80% de seu efeito em até 30minutos após sua inalação.

Após inalação, 10 a 30% da dose deposita-se nos pulmões, dependendo da formulação e da técnica de

inalação. A maior parte da dose é deglutida e passa para o trato gastrintestinal.

A porção da dose depositada nos pulmões atinge rapidamente a circulação (dentro de minutos).

A excreção renal cumulativa (0-24 horas), do composto inalterado é de aproximadamente 46% de uma

dose administrada por via endovenosa, abaixo de 1 % de uma dose oral e cerca de 3-13% de uma dose

inalada. Baseado nestes dados, a biodisponibilidade sistêmica da dose oral e inalada de brometo de

ipratrópio é estimada em 2% e 7-28%, respectivamente.

Levando isso em consideração, a ingestão de parte da dose de brometo de ipratrópio não contribui de

forma relevante para exposição sistémica.

Os parâmetros farmacocinéticos que descrevem a distribuição de ipratrópio foram calculados a partir das

concentrações plasmáticas após administração IV. É observado um rápido declínio bifásico das

concentrações plasmáticas. O volume de distribuição no estado estacionário (Vdss) é de

aproximadamente 176 L (≈ 2,4 L / kg). Menos de 20% da droga liga-se às proteínas plasmáticas. O

ipratrópio por ser uma amina quartenária não atravessa a barreira hematoencefálica.

A meia-vida da fase terminal de eliminação é de aproximadamente 1,6 horas.

A depuração total do ipratrópio é de 2,3 L/min e a depuração renal de 0,9 L/min. Após administração

endovenosa, cerca de 60% da dose é metabolizada, provavelmente em sua maioria, por oxidação hepática.

Em um estudo sobre balanço da excreção, a excreção renal cumulativa (6 dias) do fármaco radioativo

(incluindo sua forma inalterada e seus metabolitos) representou 72,1% após a administração endovenosa,

9,3% após a administração oral e 3,2% após a inalação. A radioatividade total excretada pelas fezes foi de

6,3% após administração endovenosa, 88,5% após uso oral e 69,4% após a inalação. Em relação a

excreção do composto radioativo após a administração endovenosa, ela ocorre principalmente através dos

rins. A meia-vida de eliminação do fármaco-radioativo (a substância ativa e metabolitos) é de 3,6 horas.

Os principais metabólitos urinários se ligam fracamente ao receptor muscarínico e devem ser

considerados inefetivos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

ATROVENT é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida à atropina ou aos seus

derivados e/ou a qualquer dos componentes da fórmula.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Podem ocorrer reações de hipersensibilidade imediata após administração de ATROVENT, como

demonstrado por casos raros de urticária, edema angioneurótico, erupção da pele, broncoespasmo, edema

orofaríngeo e anafilaxia.

ATROVENT deve ser usado com prudência em pacientes com predisposição a glaucoma de ângulo

fechado ou com patologia obstrutiva do trato urinário inferior pré-existente (como obstrução do colo da

bexiga ou hiperplasia da próstata).

Pacientes com fibrose cística podem estar mais sujeitos a distúrbios na motilidade gastrintestinal.

Embora raros, já foram relatados complicações oculares (como midríase, aumento da pressão intraocular,

glaucoma de ângulo fechado e dor ocular) quando o conteúdo de aerossois contendo brometo de

ipratrópio, combinado ou não com beta-2-agonistas, atingiu inadvertidamente os olhos.

Desconforto ou dor ocular, visão turva, visão de imagens coloridas ou halos em associação com olhos

avermelhados decorrentes de congestão conjuntiva e edema de córnea podem ser sinais de glaucoma de

ângulo fechado. Desenvolvendo-se qualquer desses sintomas, deve-se administrar soluções mióticas e

procurar um especialista imediatamente.

Os pacientes devem ser orientados quanto à correta administração de ATROVENT solução para inalação.

Deve-se tomar cuidado para não expor os olhos à solução para inalação. Recomenda-se que a solução

nebulizada seja administrada através de um bocal. Se este não estiver disponível e for utilizada uma

máscara para nebulização, esta deve ajustar-se perfeitamente. Pacientes com predisposição a glaucoma

devem ser alertados especificamente a proteger os olhos.

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ATROVENT solução para inalação contém cloreto de benzalcônio como conservante, e edetato dissódico

di-hidratado como estabilizante. Quando inalados estes componentes podem causar broncoespasmo em

pacientes sensíveis com hiperreatividade das vias aéreas.

Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas. No

entanto, os pacientes devem ser advertidos de que durante o tratamento com ATROVENT podem ocorrer

efeitos indesejáveis tais como tonturas, distúrbio acomodação visual, midríase e visão turva. Portanto,

deve-se recomendar cautela ao dirigir automóveis ou operar máquinas. Se os pacientes apresentarem os

eventos adversos mencionados acima devem evitar tarefas potencialmente perigosas como dirigir ou

operar máquinas.

Gravidez, Lactação e Fertilização

A segurança do uso de ATROVENT durante a gravidez não está estabelecida. Os benefícios com o uso de

ATROVENT durante a gravidez ou quando há suspeita de gravidez devem ser considerados contra o

possível perigo ao feto. Estudos pré-clínicos não mostraram efeitos embriotóxicos nem teratogênicos após

inalação ou aplicação intranasal de doses consideravelmente mais altas que as recomendadas para o ser

humano.

ATROVENT está classificado na categoria B de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

Não se sabe se ATROVENT é excretado no leite materno. Embora cátions quaternários insolúveis em

lipídios passem para o leite materno, não é de se esperar que o brometo de ipratrópio alcance o lactente

de maneira importante, quando administrado por via inalatória à lactante. Entretanto, como muitas drogas

são excretadas no leite materno, ATROVENT deve ser administrado com cuidado a lactantes.

Estudos pré-clínicos realizados com brometo de ipratrópio não mostraram nenhum evento adverso na

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Agentes beta-adrenérgicos (como fenoterol, salbutamol, isoxsuprina, piperidolato e terbutalina) e

derivados de xantina (como aminofilina e bamifilina) podem intensificar o efeito broncodilatador.

O risco de glaucoma agudo em pacientes com histórico de glaucoma de ângulo fechado pode aumentar

com a administração simultânea de brometo de ipratrópio nebulizado e betamiméticos (como fenoterol,

salbutamol, salmeterol).

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Mantenha em temperatura ambiente (15 ºC e 30 ºC). Protegido da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

ATROVENT solução para inalação é um líquido claro, incolor ou quase incolor com odor perceptível.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

A posologia deve ser adaptada conforme as necessidades do paciente, que deve ser mantido sob

supervisão médica durante o tratamento.

Aconselha-se a não exceder a dose diária recomendada durante o tratamento de manutenção ou da crise

aguda.

Se o tratamento não produzir melhora significativa, ou se houver piora do paciente, deverá ser

determinado um novo esquema terapêutico. Os pacientes devem ser instruídos a procurar imediatamente

o médico em caso de dispneia aguda ou piora rápida da mesma.

A menos que seja prescrito de modo diferente, recomenda-se a seguinte dosagem:

Cada 1 ml (20 gotas) de ATROVENT solução para inalação contém 0,25 mg de brometo de ipratrópio,

que correspondem a 0,202 mg de ipratrópio. Cada gota contém 0,0125 mg de brometo de ipratrópio

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Tratamento de manutenção

• Adultos (incluindo idosos e adolescentes acima de 12 anos): 2 ml (40 gotas = 0,5 mg), 3 a 4

vezes ao dia.

• Crianças entre 6-12 anos: 1,0 ml (20 gotas = 0,25 mg), 3 a 4 vezes ao dia.

• Crianças com menos de 6 anos: 0,4-1,0 ml (8-20 gotas = 0,1 a 0,25 mg), 3 a 4 vezes ao dia.

Devido à informação limitada nesta faixa etária, ATROVENT só deve ser administrado a crianças até 12

anos sob supervisão médica.

Tratamento da crise aguda

• Adultos (incluindo idosos e adolescentes acima de 12 anos): 2 ml (40 gotas = 0,5 mg).

• Crianças entre 6-12 anos: 1,0 ml (20 gotas = 0,25 mg).

• Crianças com menos de 6 anos: 0,4-1,0 ml (8-20 gotas = 0,1-0,25 mg).

As doses acima podem ser repetidas até que o paciente se estabilize. O intervalo entre as doses deve ser

determinado pelo médico. ATROVENT pode ser administrado em associação com um beta-agonista

inalatório.

Doses diárias acima de 2 mg para adultos e crianças acima de 12 anos, e 1 mg para crianças menores de

12 anos de idade, devem ser administradas sob supervisão médica.

anos sob supervisão de um adulto.

Modo de usar

As instruções de uso devem ser cuidadosamente lidas para garantir o uso correto do medicamento.

O frasco de ATROVENT vem com um moderno gotejador fácil de usar: rompa o lacre da tampa e vire o

frasco na posição vertical. Para começar o gotejamento bata levemente com o dedo no fundo do frasco e

deixe gotejar a quantidade desejada.

A dose recomendada deve ser diluída em solução fisiológica até um volume final de 3-4 ml. A solução

diluída deve ser nebulizada e inalada até ser totalmente consumida. A solução sempre deve ser diluída

antes de cada utilização. Qualquer quantidade residual da solução deve ser eliminada.

A dose pode depender do modo de inalação e da qualidade da nebulização.

A duração da inalação pode ser controlada pelo volume de diluição.

ATROVENT pode ser utilizando com qualquer aparelho de nebulização comercialmente disponível.

Onde houver oxigênio disponível, a solução é melhor administrada com fluxo de 6 a 8 litros/minuto.

ATROVENT solução para inalação pode ser combinado com mucolíticos como o ambroxol

(MUCOSOLVAN) e a bromexina (BISOLVON) e com beta-2-agonistas como o fenoterol (BEROTEC)

em solução para inalação.

ATROVENT não deve ser misturado com cromoglicato dissódico no mesmo nebulizador, pois pode

ocorrer precipitação do produto.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Muitos dos eventos adversos listados podem ser atribuídos às propriedades anticolinérgicas de

ATROVENT. Assim como acontece com todo inalatório, no tratamento com ATROVENT pode ocorrer

sintomas de irritação local. Os eventos adversos foram identificados a partir de dados obtidos em estudos

clínicos e pela farmacovigilância durante o uso após a aprovação do medicamento.

– Reações comuns (> 1/100 e <1/10): cefaleia; tontura; irritação na garganta; tosse; boca seca; náusea;

distúrbios da motilidade gastrintestinal.

– Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): hipersensibilidade; reação anafilática; visão turva; midríase;

aumento da pressão intra-ocular; glaucoma; dor ocular; visão de halos; hiperemia conjuntival; edema de

córnea; palpitações; taquicardia supraventricular; broncoespasmo; broncoespasmo paradoxal; espasmo da

laringe; edema oro-faríngeo; garganta seca; diarreia; constipação; vômito; estomatite; erupção cutânea;

prurido, edema angioeneurótico, retenção urinária.

– Reação rara (>1/10.000 e < 1/1.000): distúrbios na acomodação visual; fibrilação atrial; aumento da

frequência cardíaca (taquicardia); urticária.

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Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária-

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/ hotsite/notivisa/ index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.