Bula do Azelan para o Profissional

Bula do Azelan produzido pelo laboratorio Bayer S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Azelan
Bayer S.a. - Profissional

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BULA COMPLETA DO AZELAN PARA O PROFISSIONAL

Azelan®

Bayer S.A.

Creme dermatológico

200 mg/g

Gel

150 mg/g

ácido azelaico

APRESENTAÇÕES

Creme dermatológico 200 mg/g: cartucho contendo bisnaga com 30 g de creme.

Gel 150 mg/g: cartucho contendo bisnaga com 15 ou 30 g de gel.

USO TÓPICO

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada g de Azelan®

creme contém 200 mg (20%) de ácido azelaico.

Excipientes: éster de polioxietileno de ácido graxo, cutina, octanoato cetoarílico, propilenoglicol, glicerol,

ácido benzoico e água purificada.

gel contém 150 mg (15%) de ácido azelaico.

Excipientes: propilenoglicol, polissorbato 80, lecitina, carbômer 980, triglicérides de cadeia média,

hidróxido de sódio, edetato dissódico, ácido benzoico e água purificada.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Azelan

(ácido azelaico) creme é indicado no tratamento da acne vulgar.

(ácido azelaico) gel é indicado para o tratamento da acne vulgar e da rosácea papulopustulosa.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A eficácia terapêutica de Azelan

(ácido azelaico) no tratamento da acne baseia-se em sua ação

antimicrobiana e na influência direta sobre a hiperqueratose folicular.

Clinicamente, observa-se uma redução significativa da concentração de colonização de

Propionibacterium acnes, assim como uma significante diminuição da fração de ácidos graxos livres na

superfície lipídica da pele.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

 Farmacodinâmica

A eficácia terapêutica de Azelan

(ácido azelaico) no tratamento da acne baseia-se em sua ação

antimicrobiana e na influência direta sobre a hiperqueratose folicular.

Clinicamente, observa-se uma redução significativa da concentração de colônização de

Propionibacterium acnes, assim como uma significante diminuição da fração de ácidos graxos livres na

superfície lipídica da pele.

O ácido azelaico, in vitro e in vivo, inibe a proliferação dos queratinócitos e normaliza o processo de

diferenciação epidérmica final anômala, presente na acne. Estudos realizados em orelhas de coelhos

demonstraram que o ácido azelaico acelera a lise dos comedões induzidos por tetradecanos.

O mecanismo pelo qual o ácido azelaico interfere nos eventos patogênicos da rosácea é desconhecido.

Diversas investigações in vitro e ex vivo indicam que o ácido azelaico pode exercer um efeito anti-

inflamatório através da redução da formação de espécies oxigênio-reativas pró-inflamatórias.

 Farmacocinética

O ácido azelaico penetra em todas as camadas da pele humana após a aplicação tópica do medicamento. A

penetração é mais rápida na pele danificada do que na pele íntegra. Um total de 3,6% da dose aplicada é

absorvido através da pele após uma única aplicação tópica de 1 g de ácido azelaico (5 g de creme).

Estudos clínicos realizados em pacientes com acne indicaram taxas de absorção de ácido azelaico

similares para as formas farmacêuticas gel e creme de Azelan

(ácido azelaico).

Uma parte do ácido azelaico absorvido através da pele é excretada em sua forma inalterada na urina. A

porção restante é quebrada por beta-oxidação, originando ácidos dicarboxílicos com cadeias menores (C7,

C5), os quais também foram encontrados na urina.

No estado de equilíbrio, níveis plasmáticos do ácido azelaico encontrados em pacientes com rosácea, após

8 semanas de tratamento com 2 aplicações diárias de Azelan

gel (ácido azelaico), ficaram dentro do

intervalo observado também em voluntários e em pacientes com acne, submetidos a dietas normais. Isto

indica que a extensão da absorção percutânea do ácido azelaico, após 2 aplicações ao dia de Azelan

gel

(ácido azelaico), não altera a concentração sistêmica do ácido azelaico derivado da dieta e de fontes

endógenas.

 Dados de segurança pré-clínicos

Em estudos de tolerância sistêmica, após administração oral e dérmica repetida de ácido azelaico e do

creme, não encontrou-se nenhuma evidência de que efeitos adversos são esperados mesmo sob condições

extremas, tais como aplicações em extensas áreas e/ou sob oclusão.

Estudos sobre o prejuízo da fertilidade em animais não demonstraram nenhuma evidência para tal risco

durante o uso terapêutico de Azelan

(ácido azelaico). Estudos de embriotoxicidade e teratogenicidade,

assim como estudo peri/pós natal em animais também não demonstraram nenhuma evidência para tal

risco.

Estudos in vivo e in vitro com ácido azelaico não demonstraram nenhuma evidência de efeitos

mutagênicos em células germinativas e somáticas.

Estudos carcinogênicos específicos usando ácido azelaico não foram realizados. Tais experimentos não

foram considerados necessários porque ácido azelaico ocorre no metabolismo normal dos mamíferos e, no

que diz respeito ao potencial carcinogênico, riscos não são previstos em função da natureza química do

composto e dos dados disponíveis dos estudos pré-clínicos que indicam a ausência de toxicidade em

órgãos alvo, a falta de efeitos proliferativos e a falta de mutagenicidade/genotoxicidade.

Investigações de experimentação animal realizados em pele de coelhos, para avaliar a tolerância local de

Azelan

(ácido azelaico) resultaram em reações leves de intolerância.

Contato com os olhos deve ser evitado devido ao efeito irritativo moderado à severo identificado nos

estudos de tolerância local nos olhos de coelhos e macacos.

creme não demonstrou nenhum efeito comedogênico em orelha de coelho.

Sinais de que a substancia ativa tem propriedades sensibilizantes não foram encontrados no teste de

maximização realizado em cobaia (guinea-pig).

4. CONTRAINDICAÇÕES

Hipersensibilidade a substância ativa ou a qualquer um dos excipientes da formulação.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Azelan

(ácido azelaico) destina-se apenas ao uso externo.

Durante o uso de Azelan

(ácido azelaico) deve-se tomar cuidado para evitar contato com os olhos,

boca e outras membranas mucosas e os pacientes devem ser instruídos (veja “Dados de segurança

pré-clínicos”). No caso de contato acidental com os olhos, boca e outras membranas mucosas, lavar

a área afetada com bastante água. Se a irritação do olho persistir, o médico deve ser consultado.

Lavar as mãos após cada aplicação de Azelan

(ácido azelaico).

O ácido benzóico é suavemente irritante à pele, aos olhos e às membranas mucosas. O

propilenoglicol pode causar irritação da pele.

Quando Azelan

(ácido azelaico) gel é usado para o tratamento da rosácea papulopustulosa é

aconselhável evitar o uso de agentes de limpeza alcoólicos, tinturas e adstringentes, abrasivos e

agentes de peeling.

 Gravidez e lactação

Gravidez

Não existem estudos adequados e bem controlados da administração tópica de ácido azelaico em

mulheres grávidas. Estudos em animais não indicaram efeitos prejudiciais diretos ou indiretos à

gravidez, desenvolvimento embrional/fetal, ao parto ou desenvolvimento pós-natal (veja “Dados de

segurança pré-clínicos”).

Recomenda-se precaução ao prescrever ácido azelaico a mulheres grávidas.

Categoria B - "Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

médica ou do cirurgião-dentista".

Lactação

(ácido azelaico) creme:

Não se sabe se o ácido azelaico é excretado no leite humano in vivo. No entanto, um experimento in

vitro do equilíbrio de diálise demonstrou que a passagem do fármaco para o leite materno pode

ocorrer. Mas não se espera que a distribuição de ácido azelaico no leite materno provoque uma

mudança significativa dos níveis basais de ácido azelaico no leite uma vez que o ácido azelaico não é

concentrado no leite e menos de 4% da aplicação tópica de ácido azelaico é absorvida

sistemicamente, não aumentando a exposição endógena de ácido azelaico acima dos níveis

fisiológicos. No entanto, deve-se ter cuidado quando Azelan

(ácido azelaico) é administrado a

mulheres em fase de amamentação.

(ácido azelaico) gel:

concentrado no leite e a absorção sistêmica de uma aplicação tópica de ácido azelaico não aumenta

a exposição endógena de ácido azelaico acima dos níveis fisiológicos. No entanto, deve-se ter

cuidado quando Azelan

(ácido azelaico) é administrado a mulheres em fase de amamentação.

 Efeitos na habilidade em dirigir ou operar máquinas

(ácido azelaico) não provoca influência na habilidade em dirigir ou operar máquinas.

 Uso em idosos

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Até o momento, nenhuma interação medicamentosa é conhecida.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

O medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C).

O prazo de validade de Azelan®

creme é de 36 meses a partir da data de sua fabricação. Após aberto,

válido por 6 meses.

gel é de 36 meses a partir da data de sua fabricação.

“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem”.

“Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original”.

 Características organolépticas

Azelan

creme apresenta-se como um creme branco e opaco.

gel apresenta-se como um gel branco a branco-amarelado opaco.

“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento”.

“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças”.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Uso externo

A aplicação de Azelan

(ácido azelaico) só deve ser feita após cuidadosa limpeza da pele com água

corrente ou, caso necessário, com um agente de limpeza suave. Secar a pele antes de aplicar o

medicamento.

É importante utilizar Azelan

(ácido azelaico) regularmente durante todo o período de tratamento.

A duração do tratamento depende do grau de intensidade do distúrbio da pele, podendo variar de paciente

para paciente. Em geral, uma melhora distinta torna-se aparente após aproximadamente 4 semanas de

tratamento. Entretanto, para obtenção de melhores resultados, é necessário utilizar Azelan

(ácido

azelaico) por vários meses. Há experiência clinica para um período de aplicação continua de até 1 ano

para Azelan

(ácido azelaico) creme.

Nos casos de reações cutâneas intensas (veja “Reações adversas”), deve-se diminuir a quantidade do

medicamento utilizada por aplicação ou reduzir a frequência do uso para uma vez ao dia, até que a

irritação desapareça. Se necessário, o tratamento poderá ser temporariamente interrompido por alguns

dias.

 Azelan®

(ácido azelaico) creme

Tratamento da acne vulgar: deve ser aplicado 2 vezes ao dia (de manhã e à noite) sobre as regiões

afetadas, friccionando cuidadosamente (aproximadamente 2,5 cm de creme é suficiente para tratar toda a

região facial).

A segurança e eficácia de Azelan®

(ácido azelaico) creme em crianças com idade abaixo de 12 anos não

foi estabelecida.

(ácido azelaico) gel

Tratamento da acne vulgar e rosácea papulopustulosa: deve ser aplicado 2 vezes ao dia (de manhã e à

noite) sobre as regiões afetadas, friccionando cuidadosamente (aproximadamente 2,5 cm de gel = 0,5 g é

suficiente para tratar toda a região facial).

A segurança e eficácia de Azelan

(ácido azelaico) gel para o tratamento da acne vulgar em crianças com

idade abaixo de 12 anos não foi estabelecida.

(ácido azelaico) gel para o tratamento da rosácea papulopustulosa em

pacientes com idade abaixo de 18 anos não foram estabelecidas.

9. REAÇÕES ADVERSAS

 Azelan®

(ácido azelaico) creme

Em estudos clínicos, as reações adversas mais frequentemente observadas foram queimação no local

da aplicação, prurido no local da aplicação e eritema no local da aplicação.

As frequências das reações adversas observadas em estudos clínicos, e apresentadas na tabela

abaixo, estão definidas de acordo com a convenção de frequência de MedDRA.

Muito comum (≥1/10),

Comum (≥1/100 a <1/10),

Incomum (≥1/1,000 a <1/100),

Rara (≥1/10,000 a <1/1,000),

Muito rara (<1/10,000),

Desconhecidas (não podem ser estimadas a partir dos dados disponíveis)

Classificação por

sistema corpóreo

Muito comum Comum Incomum Rara

Distúrbios cutâneos

e nos tecidos

subcutâneos

Seborréia, acne,

despigmentação da

pele

Queilite

Distúrbios gerais e

condições no local

da administração

Queimação no

local da

aplicação,

prurido no

eritema no

aplicação

Esfoliação no local

da aplicação, dor

no local da

ressecamento no

local da aplicação,

descoloração no

irritação no local

da aplicação

Parestesia no local

da aplicação,

dermatite no local

desconforto no local

da aplicação, edema

Vesículas no

eczema no local

calor no local

ulcera no local

Distúrbios no

sistema imune

Hipersensibilid

ade a

substancia

ativa

Geralmente, a irritação local da pele regride ao longo do tratamento.

Rash foi raramente relatada na vigilância pós-comercialização.

O agravamento da asma em pacientes tratados com ácido azeláico foi raramente relatada durante a

vigilância pós-comercialização (a frequência não é conhecida).

Em estudos clínicos envolvendo adolescentes com idade entre 12 e 18 anos (454/1336; 34%) a

tolerância local de Azelan®

(ácido azelaico) creme foi similar entre pacientes pediátricos e adultos.

(ácido azelaico) gel

Somente reações adversas cutâneas relacionadas ao tratamento foram relatadas em estudos clínicos.

Na grande maioria dos casos, os sintomas foram leves ou moderados; a frequência dos sintomas

irritativos diminuiu gradualmente ao longo do tratamento.

Em estudos clínicos, as reações adversas mais frequentemente observadas foram prurido no local

da aplicação, queimação no local da aplicação e dor no local da aplicação.

Incomum (≥1/1.000 a <1/100),

Rara (≥1/10.000 a <1/1.000),

Muito rara (<1/10.000),

Acne

Muito comum Comum Incomum

Distúrbios cutâneos e

nos tecidos

Dermatite de contato

condições no local da

administração

Prurido no local da

aplicação, queimação

no local da aplicação,

dor no local da

Ressecamento no local

da aplicação, rash no

parestesia no local da

Eritema no local da

aplicação, esfoliação

calor no local da

descoloração no local

Rosácea

Acne, dermatite de

contato

Queimação no local da

aplicação, dor no local

da aplicação, prurido

no local da aplicação

Parestesia no local da

ressecamento no local

da aplicação, eritema

urticaria no local da

edema no local da

Hipersensibilidade foi raramente relatada na vigilância pós-comercialização.

Em 4 estudos clínicos de fase II e II/III envolvendo adolescentes com idade entre 12 e 17 anos

(120/383; 31%), a incidência geral de reações adversas para Azelan

(ácido azelaico) gel foi similar

entre os grupos de pacientes com idade entre 12 e 17 anos (40%), com idade maior que 18 anos

(37%) e para a população geral de pacientes (38%). Esta similaridade também se aplica ao grupo

com idade entre 12 e 20 anos (40%).

“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal”.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.