Bula do Baclofen para o Profissional

Bula do Baclofen produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Baclofen
Laboratório Teuto Brasileiro S/a - Profissional

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BULA COMPLETA DO BACLOFEN PARA O PROFISSIONAL

Baclofen®

Comprimido 10mg

MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS

PROFISSIONAIS DE SAÚDE

baclofeno

APRESENTAÇÃO

Embalagem contendo 20 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido contém:

baclofeno..........................................................................................................................10mg

Excipiente q.s.p...................................................................................................1 comprimido

Excipientes: amido, celulose microcristalina, lactose monoidratada, dióxido de silício e

estearato de magnésio.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Tratamento da espasticidade dos músculos esqueléticos na esclerose múltipla. Tratamento

dos estados espásticos nas mielopatias de origem infecciosa, degenerativa, traumática,

neoplásica ou desconhecida, por exemplo: paralisia espinal espasmódica, esclerose lateral

amiotrófica, siringomielia, mielite transversa, paraplegia ou paraparesia traumática e

compressão do cordão medular; espasmo muscular de origem cerebral, assim como

decorrentes de acidentes cerebrovasculares ou na presença de doença cerebral degenerativa

ou neoplásica.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Baclofen®

melhora a mobilidade do paciente, facilitando o gerenciamento das atividades

diárias (incluindo cateterização) e fisioterapia. Prevenção e melhoria de úlceras de

decúbito, melhoria no padrão de sono (devido à eliminação dos espasmos musculares

dolorosos) e nas funções da bexiga e esfíncter, têm também sido observadas como efeitos

indiretos do tratamento com Baclofen®

, levando a uma melhor qualidade de vida do

paciente. O baclofeno estimula a secreção gástrica ácida.

Referências Bibliográficas

1. Hattab JR. Review of international clinical trials with baclofen. In: Spastic paralysis and

drug treatment. Records of a symposium, February 9th

1980. Med Ther Symp Reports.

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stimulant of gastric acid secretion in man. Ir J Med Sci. 1985;13(11):1082-3. [58]

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Características farmacológicas

Grupo farmacoterapêutico: antiespástico de ação medular; código ATC: M03BX01.

Mecanismo de ação

Baclofen®

é um antiespástico de ação medular altamente eficaz. O baclofeno deprime a

transmissão do reflexo monossináptico e polissináptico através da estimulação dos

receptores GABAB. Esta estimulação, por sua vez, inibe a liberação dos aminoácidos

excitatórios, glutamato e aspartato.

Farmacodinâmica

A transmissão neuromuscular não é afetada pelo baclofeno. O baclofeno exerce efeito

antinociceptivo. Em doenças neurológicas associadas a espasmo dos músculos esqueléticos,

os efeitos clínicos do Baclofen®

são benéficos sobre contrações musculares reflexas e

proporcionam acentuado alívio sobre espasmo doloroso, automatismo e clono.

melhora a mobilidade do paciente, facilitando o gerenciamento das atividades

diárias (incluindo cateterização) e fisioterapia. Prevenção e melhoria de úlceras de

decúbito, melhoria no padrão de sono (devido à eliminação dos espasmos musculares

dolorosos) e nas funções da bexiga e esfíncter, têm também sido observadas como efeitos

indiretos do tratamento com Baclofen®

, levando a uma melhor qualidade de vida do

paciente. O baclofeno estimula a secreção gástrica ácida.

Farmacocinética

-Absorção

O baclofeno é rápida e completamente absorvido a partir do trato gastrintestinal. Após

administração oral de doses únicas de 10, 20 e 30mg de baclofeno, concentrações

plasmáticas máximas, com médias de cerca de 180, 340 e 650ng/mL, respectivamente,

foram registradas após 0,5 - 1,5 horas. As áreas sob as curvas de concentração sérica

(AUCs) são proporcionais às doses.

-Distribuição

O volume de distribuição do baclofeno é de 0,7L/kg e a ligação às proteínas é de

aproximadamente 30% e é constante na faixa de concentração de 10ng/mL a 300mcg/mL.

No fluido cerebroespinhal o princípio ativo atinge concentrações aproximadamente 8,5

vezes mais baixas que no plasma.

-Biotransformação

O baclofeno é metabolizado a uma pequena escala. A desaminação produz o principal

metabólito, o ácido beta-(pclorofenil)-4-hidroxibutírico, que é farmacologicamente inativo.

-Eliminação / Excreção

A meia-vida de eliminação plasmática do baclofeno é, em média, de 3 a 4 horas. O

baclofeno é amplamente eliminado na forma inalterada. Em 72 horas, aproximadamente

75% da dose é excretada pelos rins, sendo cerca de 5% desta quantidade como metabólitos

e o restante da dose, tendo cerca de 5% como metabólitos, é excretado pelas fezes.

Populações especiais

-Pacientes idosos (65 anos ou mais)

A farmacocinética do baclofeno em pacientes idosos é praticamente a mesma que em

pacientes com menos de 65 anos.

Após uma única dose oral, os pacientes idosos têm eliminação mais lenta, mas apresentam

uma exposição sistêmica semelhante em relação aos adultos abaixo de 65 anos. A

extrapolação destes resultados para o tratamento multidose sugere que não há diferença

farmacocinética significativa entre os pacientes abaixo de 65 anos e idosos.

-Insuficiência hepática

Não existem dados farmacocinéticos disponíveis em pacientes com insuficiência hepática

após a administração de baclofeno. No entanto, como o fígado não desempenha um papel

significativo na biodisponibilidade de baclofeno, é improvável que a farmacocinética do

baclofeno seja alterada para um nível clinicamente significativo em pacientes com

insuficiência hepática.

Dados de segurança pré-clínicos

-Toxicidade reprodutiva

O baclofeno oral mostrou não ter efeitos adversos na fertilidade ou no desenvolvimento

pós-natal em doses não tóxicas maternalmente em ratos. Baclofeno não é teratogênico em

camundongos, ratos e coelhos, em doses pelo menos 2,1 vezes acima da dose máxima em

mg/kg via oral em adultos. Baclofeno aumenta a incidência de onfaloceles (hérnias

ventrais) em fetos de ratos que receberam aproximadamente 8,3 vezes acima da dose oral

máxima para adultos, expressa em mg/kg. Esta anomalia não foi observada em

camundongos ou coelhos. Baclofeno administrado oralmente, pode causar retardo do

crescimento fetal (ossificação dos ossos) em doses que também causaram toxicidade

materna em ratos e coelhos.

-Mutagenicidade e Carcinogenicidade

O baclofeno foi negativo para testes de potencial mutagênico e genotóxico em bactérias,

células de mamíferos, leveduras e hamsters chineses. A evidência sugere que é improvável

que o baclofeno tenha potencial mutagênico.

Baclofeno não mostrou potencial carcinogênico em um estudo de 2 anos em ratos. Foi

observado aumento, aparentemente relacionado à dose, na incidência de cisto ovariano e

adrenais aumentadas e/ou hemorrágicas com o uso de doses máximas (50 - 100mg/kg) em

ratas tratadas com baclofeno por dois anos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Hipersensibilidade conhecida ao baclofeno ou aos demais componentes da formulação.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Distúrbios psiquiátricos e do sistema nervoso

Pacientes portadores de distúrbios psicóticos, esquizofrenia, distúrbios maníaco ou

depressivo, estados confusionais ou doença de Parkinson devem ser mantidos sob

cuidadosa vigilância quando tratados com baclofeno, pois pode ocorrer exacerbação destas

condições.

Epilepsia

Deve-se dar também atenção especial a pacientes portadores de epilepsia, já que pode

ocorrer a redução no limiar de convulsão, havendo registros ocasionais de crises após a

descontinuação do tratamento ou com superdose, portanto a terapia anticonvulsivante

adequada deve ser continuada e o paciente monitorado.

Outros

Baclofen®

deve ser usado com cautela em pacientes com histórico ou portadores de úlcera

péptica, assim como naqueles portadores de doenças cerebrovasculares ou com disfunção

respiratória, ou hepática. Baclofen®

não é recomendado em pacientes com insuficiência

renal.

Como os efeitos indesejados são mais prováveis de ocorrer, uma programação cuidadosa

das doses deve ser adotada em pacientes idosos e em pacientes com espasticidade de

origem cerebral (vide “Posologia e modo de usar”).

Distúrbios urinários

Sob tratamento com Baclofen®

, distúrbios neurogênicos que afetem o esvaziamento da

bexiga podem mostrar uma melhora e em pacientes com hipertonia preexistente do

esfíncter pode ocorrer retenção aguda de urina, nestes casos o medicamento deve ser

utilizado com cautela.

Testes laboratoriais

Foram relatados casos raros de aminotransferase aspartato elevado, níveis sanguíneos

elevados de fosfatase alcalina e glicose, por este motivo recomenda-se a avaliação

laboratorial periódica de pacientes portadores de disfunção hepática ou diabetes mellitus, de

modo a assegurar que não tenham ocorrido alterações induzidas pela medicação nestas

patologias subjacentes.

Descontinuação abrupta

Na descontinuação abrupta do tratamento com blacofeno, especialmente após emprego por

longo prazo, foram relatados casos de ansiedade e estados confusionais, delírios,

alucinações, distúrbios psicóticos, maníaco ou paranoia, convulsões (estado epiléptico),

discinesia, taquicardia, hipertermia e, como fenômeno rebote, agravamento temporário de

espasticidade. Convulsões pós-natais foram reportadas após a exposição oral intrauterina de

baclofeno (vide “Gravidez e lactação”). Portanto, exceto nos casos de emergência devido à

superdose ou de reação adversa grave, o tratamento deve ser gradualmente descontinuado,

através da redução sucessiva da dose (por período de cerca de 1 a 2 semanas).

Excipientes

comprimidos contém amido, que pode conter glúten, mas em quantidades

mínimas. A administração de Baclofen®

comprimidos é, portanto, considerada segura para

pessoas com doença celíaca.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas

Este medicamento pode causar efeitos adversos como tontura, sedação, sonolência e

distúrbios visuais (vide “Reações adversas”) os quais podem prejudicar as reações dos

pacientes. Pacientes que apresentarem essas reações adversas devem evitar dirigir ou operar

máquinas.

Postura e equilíbrio

deve ser utilizado com cautela quando a espasticidade for necessária para

sustentar a postura e equilíbrio na locomoção (vide “Posologia e modo de usar”).

Gravidez e lactação

-Mulheres em idade fértil

Não existem dados que fundamentam recomendações especiais para mulheres em idade

fértil.

-Gravidez

Baclofeno administrado por via oral tem demonstrado um aumento na incidência de

onfalocele (hérnia ventral) em fetos de ratos com uma dose oral aproximadamente 8,3

vezes a máxima permitida (em mg/kg) recomendada para o uso humano. Essa

anormalidade não foi observada em camundongos ou coelhos.

Não há até o momento estudos conclusivos sobre o uso do produto em gestantes. Sabe-se

que o baclofeno atravessa a barreira placentária e deve ser utilizado durante a gravidez

somente se o benefício esperado para a mãe superar o risco potencial para o feto.

Um caso suspeito de reação de abstinência (convulsões generalizadas) foi reportado em um

bebê de um mês, cuja mãe havia tomado baclofeno durante a gravidez. As convulsões, que

eram refratárias a diferentes anticonvulsivantes, pararam de ocorrer 30 minutos após a

administração de baclofeno à criança.

Este medicamento pertence à categoria de risco na gravidez C. Este medicamento não

deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-

dentista.

-Lactação

Baclofeno, administrado em doses terapêuticas, passa para o leite materno, mas em

quantidades tão pequenas que não se prevê efeitos indesejáveis ao lactente.

-Fertilidade

Não existem dados disponíveis sobre o efeito do baclofeno na fertilidade em humanos. O

baclofeno não prejudicou a fertilidade masculina ou feminina em doses não tóxicas

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Interações observadas a serem consideradas

Levodopa/ Inibidores da Dopa Descarboxilase (DDC) (Carbidopa)

Em pacientes com doença de Parkinson recebendo tratamento com baclofeno e levodopa

(sozinho ou em combinação com inibidor da DDC, carbidopa), existem relatos de confusão

mental, alucinações, dores de cabeça, náusea e agitação.

Agravamento dos sintomas do parkinsonismo também foi relatado. Portanto, recomenda-se

precaução durante a administração concomitante de baclofeno e levodopa/carbidopa.

Medicamentos que causam depressão do Sistema Nervoso Central

Pode ocorrer aumento da sedação quando baclofeno é administrado concomitantemente

com outros fármacos que causam depressão do SNC, incluindo outros relaxantes

musculares (como tizanidina), com opiáceos sintéticos ou com álcool (vide “Advertências e

precauções - Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas”). O risco

de depressão respiratória também fica aumentado. Adicionalmente, foi relatada hipotensão

com o uso concomitante de morfina e baclofeno intratecal. A monitoração cuidadosa da

função respiratória e cardiovascular é essencial, especialmente em pacientes com doença

cardiopulmonar e fraqueza dos músculos respiratórios.

Antidepressivos

Durante o tratamento concomitante com antidepressivos tricíclicos, o efeito de Baclofen®

pode ser potencializado, resultando em hipotonia muscular pronunciada.

Lítio

O uso concomitante de baclofeno e lítio resultou em agravamento dos sintomas

hipercinéticos. Portanto, recomenda-se precaução quando baclofeno é utilizado

concomitantemente com lítio.

Anti-hipertensivos

Uma vez que o tratamento concomitante com anti-hipertensivos pode resultar em aumento

na queda da pressão arterial, a dose do anti-hipertensivo deve ser adequadamente ajustada.

Agentes que provocam redução da função renal

Medicamentos que possam impactar significativamente a função renal podem reduzir a

excreção de baclofeno podendo causar toxicidade (vide “Advertências e precauções”).

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO

DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30ºC).

PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.

Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Características físicas: comprimido circular de cor branca.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Método de administração

Baclofen®

deve ser tomado por via oral durante as refeições com um pouco de líquido.

Posologia

O tratamento com Baclofen®

deve sempre ser iniciado com baixas doses que são

gradualmente elevadas até que se atinja a dose diária ótima. É recomendada a menor dose

compatível com uma resposta ótima. Esta dose deve ser individualizada, de modo que

clonos, espasmos flexores e extensores e a espasticidade sejam reduzidos, mas que efeitos

adversos sejam evitados o quanto for possível. De modo a prevenir excessiva fraqueza

muscular e quedas, Baclofen®

deve ser usado com cautela quando espasticidade é

necessária para sustentar a postura vertical e balanço na locomoção ou sempre que

espasticidade é utilizada para manter funções. Pode ser importante manter certo grau de

tônus muscular e permitir espasmos ocasionais para suporte da função circulatória.

Se nenhum benefício for evidente dentro de 6 a 8 semanas da obtenção da dose máxima,

deve ser decidido se o tratamento com Baclofen®

será continuado.

A descontinuação do tratamento deve ser sempre gradual reduzindo sucessivamente as

doses durante aproximadamente 1 a 2 semanas, exceto em emergências em que foi relatada

superdose ou em casos que reações adversas sérias tenham ocorrido (vide “Advertências e

precauções”).

Adultos

O tratamento deve ser iniciado com dose de 15mg ao dia, preferencialmente dividida em 2

a 4 doses. A dose deve ser aumentada cautelosamente por incrementos de 15mg/dia, a

intervalos de três dias, em 15mg/dia três vezes ao dia até que a dose diária necessária seja

atingida. Em certos pacientes sensíveis ao medicamento, é aconselhável iniciar com dose

diária mais baixa (5 ou 10mg) e elevá-la de maneira mais gradual (vide “Advertências e

precauções”). A dose ótima geralmente varia entre 30 e 80mg/dia, embora em pacientes

hospitalizados doses diárias entre 100 a 120mg podem, cuidadosamente, ser administradas.

Insuficiência hepática

Não foram realizados estudos em pacientes com insuficiência hepática em tratamento com

baclofeno. O fígado não desempenha um papel significativo no metabolismo do baclofeno

após a administração oral de baclofeno (vide “Características farmacológicas”). No entanto,

baclofeno tem o potencial de elevar as enzimas hepáticas. Baclofeno deve ser prescrito com

precaução em pacientes com insuficiência hepática (vide “Advertências e precauções”).

Pacientes idosos (65 anos ou mais)

Uma vez que a ocorrência de reações adversas é mais provável em pacientes idosos,

recomenda-se nestes casos uma programação cuidadosa das doses e manutenção de

vigilância apropriada.

Pacientes com estados espásticos de origem cerebral

Uma vez que a ocorrência de reações adversas é mais provável em pacientes com estados

espásticos de origem cerebral, recomenda-se nestes casos uma programação cuidadosa das

doses e manutenção de vigilância apropriada.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas ocorrem principalmente no início do tratamento (por ex.: sedação,

sonolência), ou se a dose for rapidamente elevada, ou se forem administradas doses altas.

As reações adversas são geralmente transitórias e podem ser atenuadas ou eliminadas pela

redução da dose, sendo raramente graves a ponto de levar à retirada da medicação.

Podem assumir forma mais grave em pacientes com histórico de doença psiquiátrica ou

distúrbios cerebrovasculares (ex.: acidente vascular cerebral), bem como em pacientes

idosos.

A diminuição do limiar de convulsão e convulsões podem ocorrer, particularmente em

pacientes epilépticos.

Alguns pacientes demonstraram espasticidade muscular aumentada como uma reação

paradoxal ao medicamento.

Muitos dos efeitos adversos relatados ocorreram em associação com o tratamento das

condições abaixo.

As reações adversas (Tabela 1) estão listadas de acordo com suas frequências, começando

pela mais frequente, usando a seguinte convenção: muito comum (≥ 1/10); comum (≥

1/100, < 1/10); incomum (≥ 1/1.000, < 1/100); raro (≥ 1/10.000, < 1/1,000) muito raro (<

1/10.000), desconhecidos (cuja frequência não pode ser estimada pelos dados disponíveis).

Tabela 1 Resumo tabulado das reações adversas ao medicamento

Transtornos do sistema nervoso

Muito comum Sedação, sonolência.

Comum Depressão respiratória, confusão mental,

tontura, alucinação, depressão, fadiga,

insônia, euforia, fraqueza muscular, ataxia,

tremor, pesadelo, mialgia, dor de cabeça,

nistagmo, boca seca, delírios

Raro Parestesia, disartria, disgeusia.

Transtornos da visão

Comum Distúrbio de acomodação, distúrbios

visuais.

Transtornos cardíacos

Comum Diminuição do débito cardíaco

Desconhecida Bradicardia

Transtornos vasculares

Comum Hipotensão.

Transtornos gastrintestinais

Muito comum Náusea.

Comum Distúrbios gastrintestinais, vômito seco,

vômito, constipação, diarreia.

Raro Dor abdominal.

Transtornos hepatobiliares

Raro Função hepática anormal.

Transtornos da pele e tecido subcutâneo

Comum Erupção cutânea, hiperidrose.

Desconhecida Urticária

Transtornos renais e urinário

Comum Polaquiúria, enurese, disúria.

Raro Retenção urinária.

Transtornos do sistema reprodutivo

Raro Disfunção erétil.

Transtornos gerais e alterações no local de administração

Muito rara Hipotermia

Desconhecida Síndrome de abstinência (vide

“Advertências e precauções”)

Laboratorial

Desconhecida Aumento de glicose sanguínea

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,

ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Sinais e sintomas

Características proeminentes são os sinais de depressão do sistema nervoso central:

sonolência, nível reduzido de consciência, coma, depressão respiratória. Podem também

ocorrer: confusão, alucinação, agitação, convulsão, eletroencefalograma anormal

(rebentamento da supressão padrão e ondas trifásicas), distúrbios de acomodação visual,

diminuição do reflexo pupilar, hipotonia muscular generalizada, mioclonia, hiporreflexia ou

arreflexia, vasodilatação periférica, hipotensão ou hipertensão, bradicardia, taquicardia ou

arritmia cardíaca, hipotermia, náusea, vômitos, diarreia, hipersecreção salivar, aumento das

enzimas hepáticas. Se várias substâncias ou medicações que atuem sobre o SNC (ex.:

álcool, diazepam, antidepressivos tricíclicos) forem ingeridas em concomitância, pode

ocorrer piora do quadro clínico.

Tratamento

Não se conhece antídoto específico. Medidas de suporte e tratamento sintomático devem

ser aplicadas para complicações tais como hipotensão, hipertensão, convulsões, distúrbios

gastrintestinais, e depressão respiratória ou cardiovascular. Logo após a ingestão de uma

quantidade potencialmente tóxica, pode ser administrado carvão ativado.

Descontaminação gástrica (por ex.: lavagem gástrica) pode ser aplicada em casos

individuais, principalmente logo após a administração de uma superdose (60 minutos).

Pacientes em coma ou convulsivos devem ser entubados antes de se iniciar uma

descontaminação gástrica. Uma vez que a droga é excretada principalmente através dos

rins, grandes quantidades de líquidos devem ser ministradas, possivelmente com diurético.

Hemodiálise (algumas vezes imprevisíveis) pode ser útil em casos de intoxicação grave

associada com insuficiência renal (vide “Advertências e precauções”). Em caso de

convulsões, ministrar diazepam cuidadosamente por via intravenosa.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.