Bula do Blopress para o Profissional

Bula do Blopress produzido pelo laboratorio Abbott Laboratórios do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Blopress
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO BLOPRESS PARA O PROFISSIONAL

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Abbott Laboratórios do Brasil Ltda Rua Michigan 735, Brooklin

São Paulo - SP

CEP: 04566-905

Tel: 55 11 5536 7000

Fax: 55 11 5536 7126

Blopress®

candesartana cilexetila

comprimidos

8 mg e 16 mg

ABBOTT LABORATÓRIOS DO BRASIL LTDA.

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LT

BULA PARA O PROFISSIONAL DA SAÚDE

I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

BLOPRESS®

APRESENTAÇÕES

(candesartana cilexetila) comprimidos de:

8 mg: embalagem com 30 comprimidos.

16 mg: embalagem com 30 comprimidos.

VIA ORAL

USO ADULTO

Composição

Cada comprimido de 8 mg contém:

candesartana cilexetila.................. 8 mg

Excipientes: lactose monoidratada, amido hiprolose, macrogol, carmelose cálcica, estearato de

magnésio e corante amarelo FD&C nº 6.

Cada comprimido de 16 mg contém:

candesartana cilexetila................ 16 mg

Excipientes: lactose monoidratada, amido, hiprolose, macrogol, carmelose cálcica e estearato de

magnésio.

III) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

BLOPRESS®

(candesartana cilexetila) é destinado ao tratamento da hipertensão arterial leve,

moderada e grave como monoterapia ou em combinação com outras medicações anti-hipertensivas,

como os diuréticos tiazídicos (hidroclorotiazida) e os antagonistas de cálcio (cloridrato de

verapamil, nifedipino, anlodipino).

(candesartana cilexetila) também é destinado ao tratamento da insuficiência cardíaca.

A terapia com candesartana reduz a mortalidade e a hospitalização devido à insuficiência cardíaca e

melhora os sintomas relacionados à doença.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Hipertensão

O estudo SCOPE (“The Study on Cognition and Prognosis in the Elderly”) foi um estudo

prospectivo, duplo-cego, randomizado, grupo paralelo (maioria tiazídicos), incluiu 4.964 pacientes

idosos com hipertensão leve a moderada cujo objetivo foi avaliar se a candesartana acarretava

redução nos eventos cardiovasculares, declínio cognitivo e demência. Os autores evidenciaram que

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em idosos a terapia com candesartana é um pouco mais efetiva que o controle. Ambas as

medicações foram bem toleradas.1

Um braço do estudo SCOPE (“The Study on Cognition and Prognosis in the Elderly”) avaliou se

candesartana pode reduzir o risco de acidente vascular cerebral em pacientes idosos com

hipertensos. O tratamento com candesartana resultou em uma redução significativa RR 42% no

curso, em comparação com outros anti-hipertensivos, apesar da pouca diferença na redução da

pressão arterial 2

.

Estudo duplo-cego comparou o efeito da candesartana versus losartana em pacientes hipertensos

ambulatoriais (n=268). Os pacientes foram randomizados para ingerir 8 mg de candesartana ou 50

mg de losartana ou placebo durante um período de 4 semanas mesmo com dose perdida. Os autores

concluíram que a redução da pressão arterial com candesartana é dose dependente. Alem disso, a

candesartana é superior à losartan na redução da PA sistólica e diastólica em pacientes hipertensos

ambulatoriais no dia de uma dose perdida. 3

Outro estudo multicêntrico, randomizado, controlado avaliou a ação da cardesartana na homeostase

da glicose e perfil lipídico sérico em leve hipertensos comparado com placebo (n=78) com diabetes

tipo II, os efeitos da cardesartana (n=83) versus placebo. Os autores evidenciaram que em pacientes

com hipertensão leve e diabetes tipo II, a administração de cardesartana, dose 8-16 mg por 12

semanas, não afeta a homeostase da glicose e lipídios. A pressão arterial foi controlada na maioria

dos pacientes e a terapia foi bem tolerada. 4

Insuficiência cardíaca

No estudo AIMS foi investigada a eficácia e segurança de candesartana cilexetila adicionada ao

tratamento da insuficiência cardíaca congestiva (ICC) na prática diária. O estudo AIMS foi um

estudo aberto, multicêntrico que avaliou 414 pacientes com insuficiência cardíaca congestiva

(NYHA II/III) com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) menor ou igual a 40% e níveis

plasmáticos de peptídeo natriurético cerebral maiores que 200 pg/mL. Os pacientes foram tratados

com a terapia padrão incluindo pelo menos um inibidor da enzima conversora da angiotensina em

adição a outra droga para o tratamento do ICC; 91% dos pacientes receberam beta-bloqueadores.

O “endpoint” primário dos níveis plasmáticos de peptídeo natriurético cerebral foram

significamente reduzidos para 25% na 22º semana (de 394 para 295 pg/mL, P < 0,0001 versus

placebo).

Dos pacientes tratados com beta-bloqueadores, 37% obtiveram melhora com relação a classe

NYHA II/I na 22º semana (P < 0,0001) e 53,5% dos pacientes na classe NYHA III obtiveram

melhora para NYHA II/I na 22º semana (n = 232, P < 0,0001).

Em conclusão, candesartana em adição ao tratamento padrão na prática diária, proporcionou um

bom risco/benefício aos pacientes com insuficiência cardíaca congestiva.5

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Lithell H, Hansson L, Skoog I, Elmfeldt D, Hofman A, Olofsson B, Trenkwalder P,

Zanchetti A; SCOPE Study Group, et al. “The Study on Cognition and Prognosis in the

Elderly (SCOPE); outcomes in patients not receiving add-on therapy after randomization”:

J Hypertens. 2004, 22(8):1605-12.

2. Papademetriou V, Farsang C, Elmfeldt D, Hofman A, Lithell H, Olofsson B, Skoog I,

Trenkwalder P, Zanchetti A, et al. “Study on Cognition and Prognosis in the Elderly study

group. Stroke prevention with the angiotensin II type 1-receptor blocker candesartan in

elderly patients with isolated systolic hypertension: the Study on Cognition and Prognosis

in the Elderly (SCOPE)”. J Am Coll Cardiol. 2004, 15;44(6):1175-80.

BLOPRESS_bula_profissional 3

3. Lacourcie’re Y, Asmar R, et al. “For the Candesartan/Losartan study investigators A

Comparison of the Efficacy and Duration of Action of Candesartan Cilexetil and Losartan

as Assessed by Clinic and Ambulatory Blood Pressure After a Missed Dose, in Truly

Hypertensive Patients A Placebo-Controlled, Forced Titration Study”. Am J Hypertens

1999;12:1181–1187.

4. Trenkwalder P, Dahl K, Lehtovirta M, Mulder H, et al. “Antihypertensive treatment with

candesartan cilexetil does not affect glucose homeostasis or serum lipid profile in patients

with mild hypertension and type II diabetes”. Blood Press. 1998, 7(3):170-5.

5. Mitrovic V, Appel KF, Proskynitopoulos N, Dereli S, Hamm CW, et al. “Effects of

candesartan cilexetil add-on treatment in congestive heart failure outpatients in daily

practice”: Clin Res Cardiol. 2009; 98 (6): 379-89.

3. CARACTERÍSTICAS FAMACOLÓGICAS

Descrição

Candesartana é antagonista do receptor da angiotensina II, seletivo para receptores AT1 e não

apresenta atividade agonista. É um fármaco rapidamente hidrolisado durante absorção no trato

gastrintestinal em candesartana, substância ativa.

Farmacodinâmica

A angiotensina II é o hormônio vasoativo primário do sistema renina-angiotensina-aldosterona e

exerce um significante papel na fisiopatologia da hipertensão, insuficiência cardíaca e de outras

alterações cardiovasculares. É importante também na patogênese de hipertrofia ou dano de órgãos

alvo. Os maiores efeitos fisiológicos da angiotensina II, como a vasoconstrição, o estímulo da

aldosterona, a regulação do sódio, a homeostase da água e o estímulo do crescimento celular, são

mediados via receptor do tipo 1 (AT1).

BLOPRESS®

(candesartana cilexetila) é uma pró-droga adequada para uso oral, sendo rapidamente

convertida à droga ativa candesartana, por hidrólise, durante a absorção no trato gastrintestinal.

Candesartana cilexetila é antagonista do receptor da angiotensina II, seletiva para receptores AT1,

com forte ligação e fraca dissociação do receptor. Não apresenta atividade agonista.

Candesartana cilexetila não inibe a enzima conversora de angiotensina (ECA), que converte

angiotensina I para angiotensina II e degrada bradicinina. Uma vez que não tem efeito sobre a ECA

e não potencializa a bradicinina ou substância P, os antagonistas dos receptores da angiotensina II

parecem não estar associados com ocorrência de tosse. Isso tem sido confirmado através de estudos

clínicos controlados com candesartana cilexetila. Candesartana cilexetila não se liga ou bloqueia

outros receptores hormonais, ou canais de íons conhecidos por serem importantes na regulação

cardiovascular. O antagonismo dos receptores da angiotensina II (AT1) resulta em um aumento

dose-relacionado dos níveis plasmáticos de renina, de angiotensina I, de angiotensina II e

diminuição da concentração de aldosterona no plasma.

Hipertensão arterial

Na hipertensão arterial, candesartana cilexetila causa uma redução prolongada e dose-dependente

da pressão arterial. A ação anti-hipertensiva é devido à diminuição da resistência vascular

periférica, sem aumento reflexo da frequência cardíaca. Não há dados que indiquem hipotensão

grave com a primeira dose ou efeito rebote após a interrupção do tratamento.

Após a administração da dose única de candesartana cilexetila, o início do efeito anti-hipertensivo

geralmente ocorre dentro de duas horas.

Com o tratamento contínuo, a redução máxima da pressão arterial geralmente é atingida dentro de 4

semanas, sendo sustentada durante o tratamento prolongado.

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Candesartana cilexetila comprimidos uma vez ao dia promove a redução efetiva e gradativa da

pressão sanguínea durante as 24 horas com uma pequena diferença entre os efeitos máximos e

mínimos durante o intervalo de dose.

Em dois estudos randomizados, duplo-cegos, de 8 semanas de duração, os efeitos de redução da

pressão arterial de candesartana cilexetila e losartana foram avaliados em um total de 1.268

pacientes com hipertensão leve a moderada. Em ambos os estudos, a redução na pressão arterial

sistólica e diastólica foi significativamente maior com candesartana (32 mg, uma vez ao dia). Em

uma análise agrupada, a redução mínima da pressão arterial (sistólica/diastólica) foi 13,1/10,5

mmHg com candesartana cilexetila e 10,0/8,7 mmHg com losartana potássica (100 mg, uma vez ao

dia). A diferença média na redução da pressão arterial foi 3,1/1,8 mmHg (p<0,0001/p<0,0001).

Quando BLOPRESS®

(candesartana cilexetila) é usado concomitantemente com hidroclorotiazida,

fornece uma redução adicional da pressão arterial. A administração concomitante do medicamento

com hidroclorotiazida ou anlodipino é bem tolerada.

Candesartana cilexetila é efetiva nos pacientes independentemente da idade e do sexo. O efeito

anti-hipertensivo de candesartana cilexetila é menor em pacientes negros (geralmente população de

baixa renina) do que em pacientes não negros.

A substância aumenta o fluxo sanguíneo renal e mantém ou aumenta a razão de filtração

glomerular quando a resistência vascular renal e a fração de filtração estão reduzidas.

Em um estudo clínico com duração de 3 meses com pacientes hipertensos com o diabetes mellitus

do tipo 2 e microalbuminúria, o tratamento anti-hipertensivo com candesartana cilexetila reduziu a

excreção da albumina urinária (relação albumina/creatinina, com média 30%, 95% do intervalo de

confiança (IC), intervalo de 15-42%). Atualmente não há dados sobre o efeito de candesartana

cilexetila na progressão da nefropatia diabética. Em pacientes hipertensos com diabetes mellitus do

tipo 2, o tratamento com candesartana cilexetila 8 mg e 16 mg por 12 semanas não apresentou

efeitos adversos sobre a glicose sanguínea e perfil lipídico. Os efeitos de candesartana cilexetila 8-

16 mg (dose média de 12 mg) uma vez ao dia, na morbidade e mortalidade cardiovascular, foram

avaliados em um estudo clínico randomizado com 4.937 pacientes idosos (com idade entre 70 e 89

anos, sendo 21% com mais de 80 anos de idade) com hipertensão arterial leve a moderada,

acompanhados por em média 3,7 anos (“Study on Cognition and Prognosis in the Elderly”).

Pacientes receberam candesartana ou placebo no tratamento com outro anti-hipertensivo,

adicionado conforme necessário. A pressão arterial foi reduzida de 166/90 para 145/80 mmHg no

grupo tratado com candesartana e de 167/90 para 149/82 mmHg no grupo controle. Não houve

diferença estatisticamente significativa no “endpoint” primário, principais eventos cardiovasculares

(morte cardiovascular, acidente cerebral vascular não fatal, infarto do miocárdio não fatal). Houve

26,7 eventos por 1000 pacientes-ano no grupo candesartana versus 30,0 eventos por 1000

pacientes-ano no grupo controle (Risco relativo 0,89; IC 95%, 0,75% para 1,06, p=0,19).

O tratamento com candesartana cilexetila reduz a mortalidade e a hospitalização devido à

insuficiência cardíaca crônica (ICC) e melhora os sintomas em pacientes com disfunção sistólica

ventricular esquerda, como mostrado no programa Candesartana na Insuficiência Cardíaca –

Avaliação da Redução na Mortalidade e Morbidade (CHARM).

Esse estudo multinacional, placebo controlado, duplo-cego realizado com pacientes com

insuficiência cardíaca crônica, classificados na NYHA II a IV e consistiu em três estudos

separados:

CHARM-Alternative (n=2,028) em pacientes com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE)

< 40% não tratados com um inibidor de ECA devido a intolerância (principalmente por causa da

tosse, 72%);

CHARM-Added (n=2,548) em pacientes com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) <

40% e tratados com um inibidor de ECA; e

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CHARM-Preserved (n=3,023) em pacientes com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE)

> 40%.

Pacientes em terapia ideal para a insuficiência cardíaca crônica foram randomizados para placebo

ou para candesartana cilexetila (titulação de 4 mg ou 8 mg uma vez ao dia para 32 mg uma vez ao

dia ou a maior dose tolerada, média de dose 24 mg) e acompanhados por um período médio de 37,7

meses.

No CHARM-Alternative, o “endpoint” composto da mortalidade cardiovascular ou hospitalização

inicial por insuficiência cardíaca crônica, foi significativamente reduzido com candesartana em

comparação com placebo (taxa de risco 0,77, 95% CI 0,67 – 0,89, p<0,001). Isto corresponde a

uma redução no risco relativo de 23%. O “endpoint” composto por todas as causas de mortalidade

ou hospitalização inicial por insuficiência cardíaca crônica, foi também significativamente reduzido

com candesartana (taxa de risco 0,80, 95% CI 0,70 – 0,92, p=0,001). O tratamento com

candesartana cilexetila resultou em uma melhora na classe funcional NYHA (p=0,008).

No CHARM-Added, o “endpoint” composto da mortalidade cardiovascular ou hospitalização

inicial por insuficiência cardíaca crônica foi significativamente reduzido com candesartana em

comparação com placebo (taxa de risco 0,85, 95% CI 0,75 – 0,96, p=0,011). Isto corresponde a

uma redução no risco relativo de 15%. O “endpoint” composto por todas as causas de mortalidade

ou hospitalização inicial por insuficiência cardíaca crônica foram também significativamente

reduzidos com candesartana (taxa de risco 0,87, 95% CI 0,78 – 0,98, p=0,021). O tratamento com

candesartana cilexetila resultou em uma melhora na classe funcional NYHA (p=0,020).

No CHARM-Preserved, não houve redução significativa no “endpoint” composto da mortalidade

cardiovascular ou hospitalização inicial por insuficiência cardíaca crônica (taxa de risco 0,89, 95%

CI 0,77 – 1,03, p=0,118). Todas as causas de mortalidade foram também avaliadas em populações

combinadas, CHARM-Alternative e CHARM-Added (taxa de risco 0,88, 95% CI 0,79 – 0,98,

p=0,018 e todos os três estudos (taxa de risco 0,91, 95% CI 0,83 – 1,00, p=0,055).

Os efeitos benéficos de candesartana cilexetila na mortalidade cardiovascular e hospitalização por

ICC são independentes da idade, sexo e medicação concomitante. Candesartana foi também efetiva

em pacientes tomando concomitantemente beta-bloqueadores e inibidores de ECA, e o benefício

foi obtido em pacientes tomando ou não inibidores de ECA na dose recomendada conforme

tratamento padrão.

Em pacientes com insuficiência cardíaca crônica (ICC) e depressão da função sistólica ventricular

esquerda (fração de ejeção ventricular esquerda ≤ 40%), candesartana diminui a resistência

vascular sistêmica e a pressão capilar pulmonar, aumenta a atividade da renina plasmática e a

concentração da angiotensina II e diminui os níveis de aldosterona.

Farmacocinética:

Absorção: após a administração oral, candesartana cilexetila é convertida na droga ativa

candesartana. A biodisponibilidade estimada absoluta do comprimido é de 14%. O pico sérico de

concentração máxima (Cmáx) ocorre entre 3 e 4 horas após a ingestão do comprimido. A

concentração sérica de candesartana aumenta linearmente com o aumento das doses dentro da faixa

terapêutica. Não foram observadas diferenças na farmacocinética de candesartana relacionadas ao

sexo. A área sob a curva (AUC) da concentração sérica versus a curva de tempo de candesartana

não é significativamente afetada pelo alimento.

Distribuição: candesartana liga-se fortemente às proteínas plasmáticas (mais que 99%). O volume

aparente de distribuição de candesartana é de 0,1 L/kg.

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Metabolismo e eliminação: candesartana é eliminada principalmente pela via urinária e bile,

sendo apenas uma pequena parte eliminada por metabolismo hepático. A meia-vida terminal de

candesartana é de aproximadamente 9 horas. Não há acúmulo após múltiplas doses.

A depuração plasmática total de candesartana é de cerca de 0,37 mL/min/kg, com uma depuração

renal de cerca de 0,19 mL/min/kg. A eliminação renal de candesartana ocorre tanto por filtração

glomerular como por secreção tubular ativa. Após uma dose oral de candesartana cilexetila

marcada com 14

C, aproximadamente 26% da dose é excretada na urina como candesartana e 7%

como metabólito inativo, enquanto aproximadamente 56% da dose é recuperada nas fezes como

candesartana e 10% como metabólito inativo.

Insuficiência renal: em pacientes com insuficiência renal leve a moderada, as Cmáx e AUC de

candesartana aumentam com a administração de doses repetidas em aproximadamente 50 a 70%,

respectivamente; no entanto, a meia-vida terminal não é alterada, quando comparada com pacientes

com função renal normal. Em pacientes com insuficiência renal grave (depuração de creatinina <

30 mL/min/1,73 m2

área corporal), essas alterações são de 50% e 110%, respectivamente, e a meia-

vida terminal de candesartana praticamente dobra. A farmacocinética da candesartana em pacientes

sob hemodiálise é semelhante à apresentada por pacientes com insuficiência renal grave.

Insuficiência hepática: em pacientes com alteração hepática leve a moderada, houve aumento na

AUC da candesartana em aproximadamente 23%.

Pacientes idosos: pacientes idosos (acima de 65 anos) apresentam Cmáx e AUC de candesartana

aumentadas, aproximadamente 50% e 80% respectivamente, quando comparados com pacientes

mais jovens. Entretanto, já que a resposta da pressão sangüínea e a incidência dos eventos adversos

são semelhantes às de pacientes jovens, não é necessário o ajuste de dose inicial em idosos.

Toxicologia - dados de segurança pré-clínica:

Não houveram evidências de toxicidade sistêmica anormal ou de toxicidade nos órgãos-alvo com

doses clinicamente relevantes. Em estudos de segurança pré-clínicos, a candesartana teve efeitos

sobre os rins e alguns parâmetros dos glóbulos vermelhos, em doses mais altas em camundongos,

ratos, cães e macacos. Candesartana causou a redução dos parâmetros dos glóbulos vermelhos

(eritrócitos, hemoglobina, hematócrito). Efeitos sobre os rins (tais como nefrite intersticial,

distensão tubular, túbulos basófilos, concentrações plasmáticas elevadas de uréia e creatinina)

foram induzidos por candesartana que poderia ser secundário a um efeito hipotensivo levando a

alterações de perfusão renal. Além disso, candesartana induziu a hiperplasia/hipertrofia das células

justaglomerulares. Estas alterações foram consideradas como sendo causadas pela ação

farmacológica de candesartana. Para doses terapêuticas de candesartana em humanos, a

hiperplasia/hipertrofia das células justaglomerulares não parece ter qualquer relevância clínica.

A fetotoxicidade foi observada no final da gravidez.

Os dados in vitro e testes de mutagenicidade in vivo, indicaram que a candesartana não exerce

atividades mutagênicas ou clastogênicas em condições clínicas de uso. Não há evidências de

carcinogenicidade.

4. CONTRAINDICAÇÕES

BLOPRESS®

(candesartana cilexetila) é contraindicado para pacientes com conhecida

hipersensibilidade à candesartana ou seus análogos ou à qualquer componente da fórmula.

Candesartana cilexetila não deve ser usada durante a gravidez. Ver Uso na Gravidez e Uso na

amamentação em ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES.

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CEP: 04566-905

Tel: 55 11 5536 7000

Fax: 55 11 5536 7126

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Categoria de risco: D

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Cuidados e advertências para populações especiais

Pacientes idosos: pacientes idosos (acima de 65 anos) apresentam Cmax e AUC de candesartana

aumentadas quando comparados com pacientes mais jovens.

Insuficiência renal: quando candesartana é utilizada em pacientes com disfunção renal

monitorização periódica dos níveis de potássio sérico e da creatinina deve ser considerada. Há uma

experiência limitada em pacientes com disfunção renal grave ou doença renal terminal (Cl

creatinina <15mL/min). Nesses pacientes candesartana deve ser cuidadosamente titulada através da

monitorização da pressão arterial.

Insuficiência hepática: não há experiência em pacientes com disfunção hepática grave ou

colestase.

Uso em crianças: a segurança e eficácia de candesartana cilexetila não foram estabelecidas em

crianças.

Uso na gravidez: existem dados muito limitados sobre a utilização de candesartana cilexetila em

mulheres grávidas. Estes dados são insuficientes para permitir conclusões sobre o risco potencial

para o feto quando usado durante o primeiro trimestre da gestação.

Em humanos, a perfusão renal em fetos, que é dependente do desenvolvimento do sistema renina-

angiotensina-aldosterona, começa no segundo trimestre de gestação. Portanto, o risco para o feto

aumenta se candesartana cilexetila for administrada durante o segundo ou terceiro trimestres de

gestação.

Quando utilizados durante o segundo e terceiro trimestres da gestação, medicamentos que agem

diretamente no sistema renina-angiotensina-aldosterona podem causar dano fetal e neonatal

(hipotensão, disfunção renal, oligúria e/ou anúria, oligoidrâmnio, hipoplasia craniana, retardo do

crescimento intra-uterino) e morte. Casos de hipoplasia do pulmão, anomalias faciais e contrações

dos membros foram descritos. Estudos em animais com candesartana cilexetila demonstraram lesão

fetal tardia e dano renal em neonatos. Acredita-se que o mecanismo seja farmacologicamente

mediado por efeitos no sistema renina-angiotensina-aldosterona.

Baseado nas informações acima, candesartana cilexetila não deve ser utilizada durante a

gravidez. Se a gravidez for diagnosticada durante o tratamento, o uso de BLOPRESS®

(candesartana cilexetila) deve ser descontinuado.

Uso na amamentação: não se sabe se a candesartana é excretada no leite humano. Entretanto,

candesartana foi encontrada no leite de ratas. Devido aos potenciais eventos adversos aos

lactentes, se o uso de candesartana cilexetila for considerado essencial, o aleitamento materno

deve ser descontinuado.

Estenose de artéria renal: outras medicações que afetam o sistema renina-angiotensina-

aldosterona, isto é, inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), podem aumentar a taxa

de uréia no sangue e a creatinina sérica em pacientes com estenose de artéria renal bilateral ou

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estenose da artéria renal em um único rim. Um efeito similar pode ser antecipado com antagonistas

de receptores da angiotensina II.

Hipotensão: hipotensão pode ocorrer durante o tratamento com candesartana cilexetila em

pacientes com insuficiência cardíaca. Assim como descrito para outros agentes que atuam no

sistema renina-angiotensina-aldosterona, pode ocorrer hipotensão em pacientes hipertensos com

depleção do volume intravascular, como aqueles que recebem doses elevadas de diuréticos. Deve-

se ter cautela no início do tratamento e deve-se tentar a correção da hipovolemia.

Hipercalemia: baseado na experiência com o uso de outras substâncias que afetam o sistema

renina-angiotensina-aldosterona, o uso concomitante de candesartana cilexetila com diuréticos

poupadores do potássio, suplementos de potássio, substitutos do sal contendo potássio ou outros

produtos que podem aumentar os níveis de potássio (ex. heparina), pode induzir a um aumento do

potássio sérico em pacientes hipertensos.

A hipercalemia pode ocorrer em pacientes com insuficiência cardíaca tratados com candesartana

cilexetila. Durante o tratamento, recomenda-se uma monitoração periódica dos níveis de potássio

sérico, especialmente quando o medicamento for administrado concomitantemente com inibidores

da ECA e diuréticos poupadores de potássio como a espironolactona.

Insuficiência renal: Pacientes com insuficiência renal que usam BLOPRESS®

(candesartana

cilexetila), devem ser monitorados quanto aos níveis séricos de potássio e creatinina. Existe uma

limitada experiência em pacientes com insuficiência renal muito severa ou em estágio final

(depuração de creatinina < 15 mL/min). Nestes pacientes, a administração do medicamento deve

ser cuidadosamente titulada com monitoramento rigoroso da pressão arterial.

Pacientes com insuficiência cardíaca devem ser avaliados periodicamente quanto a função renal.

Durante a titulação de dose de candesartana cilexetila, o monitoramento de creatinina sérica e

potássio é recomendado.

Hemodiálise: durante a diálise, a pressão arterial pode estar particularmente sensível ao bloqueio

dos receptores AT1, como resultado da redução do volume plasmático e ativação do sistema

renina-angiotensina-aldosterona. Portanto, a dose de BLOPRESS®

(candesartana cilexetila) deve

ser cuidadosamente titulada, com monitoramento da pressão arterial em pacientes em hemodiálise.

Transplante renal: não há experiência sobre a administração de candesartana cilexetila em

pacientes que tenham realizado transplante renal recentemente.

Anestesia e Cirurgia: a hipotensão pode ocorrer durante a anestesia e cirurgia em pacientes

tratados com antagonistas dos receptores da angiotensina II, devido ao bloqueio do sistema renina-

angiotensina. Muito raramente a hipotensão poderá ser grave, sendo necessário o uso de fluídos

intravenosos e/ou vasopressores.

Estenose de válvula mitral e aórtica (cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva): como acontece

com outros vasodilatadores, precauções devem ser tomadas com pacientes que apresentam estenose

mitral ou aórtica hemodinamicamente relevante ou cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva.

Hiperaldosteronismo primário: pacientes com hiperaldosteronismo primário geralmente não

respondem ao tratamento com medicamentos anti-hipertensivos que atuam na inibição do sistema

renina-angiotensina-aldosterona. Portanto, para esses pacientes o uso de BLOPRESS®

(candesartana cilexetila) não é recomendado.

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Insuficiência hepática grave e/ou colestase: não existe experiência clínica em pacientes com

insuficiência hepática grave e/ou colestase.

Gerais: nos pacientes cujo tônus vascular e função renal dependem predominantemente da

atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona (como pacientes com insuficiência cardíaca

congestiva grave ou com doença renal de base, incluindo estenose da artéria renal), o tratamento

com fármacos que afetam este sistema foi associado com hipotensão aguda, azotemia, oligúria ou,

raramente, insuficiência renal aguda. Como com qualquer agente anti-hipertensivo, a queda

excessiva da pressão sangüínea em pacientes com cardiopatia isquêmica ou doença isquêmica

cerebrovascular pode resultar em um infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral.

Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas: não foram estudados os efeitos de

candesartana cilexetila na capacidade de dirigir e operar máquinas, mas com base em suas

propriedades farmacodinâmicas, é pouco provável que a candesartana cilexetila afete estas

capacidades. Ao dirigir veículos ou operar máquinas, os pacientes devem estar cientes que

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Aumentos reversíveis das concentrações séricas de lítio e toxicidade foram relatados durante a

administração concomitante de lítio com inibidores da ECA. Um efeito similar pode ocorrer com

antagonistas dos receptores da angiotensina II, portanto recomenda-se o monitoramento cuidadoso

dos níveis séricos de lítio durante o uso concomitante.

Não foi identificada qualquer interação medicamentosa de relevância clínica com as seguintes

substâncias testadas: hidroclorotiazida, varfarina, digoxina, contraceptivos orais (ex: etinilestradiol,

levonorgestrel), glibenclamida, nifedipino e enalapril.

Uma pequena fração da candesartana cilexetila é eliminada através de metabolismo hepático

(CYP2C9). Estudos disponíveis não revelaram alteração em CYP2C9 e CYP3A4 mas o efeito

sobre outras isoenzimas do citocromo P450 é atualmente desconhecido. A partir de informações

obtidas em experimentos in vitro, não são esperadas interações in vivo com medicamentos cujos

metabolismos estejam relacionados a isoenzimas do citocromo P450: CYP1A2, CYP2A6, CYP2C9,

CYP2C19, CYP2D6, CYP2E1 ou CYP3A4.

O efeito anti-hipertensivo da candesartana cilexetila pode ser potencializado por outros

medicamentos com propriedades de redução da pressão arterial.

Diuréticos poupadores de potássio: baseado na experiência do uso de medicamentos que afetam

o sistema de renina-angiotensina-aldosterona concomitante com diuréticos poupadores de potássio,

suplementos potássicos, substitutos de sal contendo potássio ou outros medicamentos que podem

aumentar os níveis de potássio (ex: heparina sódica) pode levar a um aumento da concentração

sérica de potássio.

Interações com alimentos: a biodisponibilidade de candesartana não é afetada pela ingestão de

alimentos.

Exames laboratoriais: em geral, não foram detectadas influências clinicamente importantes de

candesartana cilexetila nas variáveis rotinas de laboratório. Como ocorre com outros inibidores do

sistema renina-angiotensina-aldosterona, foi observada uma pequena diminuição na hemoglobina.

Também foram observados aumento na creatinina, uréia ou potássio e diminuição de sódio. Foi

relatado um aumento de transaminases como efeito adverso com candesartana cilexetila numa

freqüência um pouco maior que a apresentada com placebo (1,3% vs 0,5%). Não é geralmente

necessário monitoramento de rotina com exames laboratoriais em pacientes recebendo

candesartana cilexetila. Entretanto, um monitoramento periódico dos níveis séricos de potássio e

creatinina deve ser considerado em pacientes com insuficiência renal grave.

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Tel: 55 11 5536 7000

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7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

BLOPRESS®

(candesartana cilexetila) deve ser conservado em temperatura ambiente (temperatura

entre 15 e 30°C), protegido da luz e umidade. Se armazenado nas condições indicadas, o

medicamento se manterá próprio para consumo pelo prazo de validade de 24 meses, a partir da data

de fabricação impressa na embalagem externa.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Características físicas

(candesartana cilexetila) comprimido 8 mg: comprimidos redondos, laranja claro

com linha divisória em ambos os lados ou comprimidos laranja claro com linha divisória no lado de

cima.

(candesartana cilexetila) comprimido 16 mg: comprimidos redondos, brancos com

linha divisória em ambos os lados ou comprimidos brancos com linha divisória no lado de cima.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

BLOPRESS®

(candesartana cilexetila) deve ser administrado via oral, uma vez ao dia,

independentemente da alimentação.

Hipertensão

A dose inicial recomendada é de 4 a 8 mg, uma vez ao dia (meio comprimido ou um comprimido

de 8 mg). A dose de manutenção de BLOPRESS®

(candesartana cilexetila) recomendada é de 1

comprimido de 8 mg ou 1 comprimido de 16 mg, uma vez ao dia. O efeito anti-hipertensivo

máximo é atingido dentro de 4 semanas após o início do tratamento. Em pacientes cujo tratamento

tenha iniciado com 8 mg, e que requeiram maior redução da pressão arterial, recomenda-se um

aumento da dose para um máximo de 16 mg. Uma dose inicial de 16 mg também é bem tolerada.

A posologia deve ser ajustada de acordo com a resposta do paciente ao tratamento.

Em pacientes com uma redução da pressão arterial inferior à considerada ótima, recomenda-se

associação com diurético tiazídico.

Pacientes idosos: a posologia inicial recomendada a pacientes idosos que não apresentem

alterações renais ou hepáticas é de 4 mg (meio comprimido de 8 mg). Na presença de disfunção

renal ou hepática a dose recomendada é de 2 mg (1/4 de comprimido de 8 mg). A posologia deve

ser ajustada conforme a resposta do paciente ao tratamento.

Pacientes com insuficiência renal: não é necessário ajuste inicial da dose em pacientes com

insuficiência renal leve a moderada (depuração de creatinina > 30 mL/min/1,73 m2

de área

corpórea). Em pacientes com insuficiência renal grave (depuração de creatinina < 30 mL/min/1,73

m2

de área corpórea), a experiência clínica é limitada, devendo-se considerar uma dose inicial de 2

a 4 mg (1/4 de comprimido ou meio comprimido de 8 mg). A posologia deve ser ajustada conforme

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a resposta do paciente ao tratamento. Candesartana cilexetila não é recomendada a pacientes com

insuficiência renal grave ou em estágio avançado (depuração de creatinina < 15 mL/min).

Pacientes com insuficiência hepática: a dose inicial recomendada a pacientes com insuficiência

hepática leve ou moderada é de 2 a 4 mg de candesartana cilexetila (1/4 de comprimido a meio

comprimido de 8 mg) de candesartana cilexetila uma vez ao dia. A dose pode ser ajustada de

acordo com a resposta do paciente. Não existem experiências, até o momento, em pacientes com

insuficiência hepática grave, como, por exemplo, em pacientes cirróticos.

Terapia concomitante: BLOPRESS®

(candesartana cilexetila) pode ser administrado com outros

agentes anti-hipertensivos, tais como diuréticos tiazídicos e antagonistas de cálcio.

(candesartana cilexetila) pode ser administrado com outro tratamento para

insuficiência cardíaca, incluindo inibidores da ECA (Enzima Conversora da Angiotensina), beta-

bloqueadores, diuréticos e digitálicos ou uma associação desses medicamentos.

Uso pediátrico: a segurança e eficácia de BLOPRESS®

(candesartana cilexetila) não foram

estabelecidas em crianças.

Insuficiência Cardíaca

Disfunção ventricular esquerda (FEVE≤ 40%)

A dose inicial recomendada é de 4 mg (meio comprimido de 8 mg) uma vez ao dia. O intervalo de

dose aprovado é de 4 mg a 32 mg.

Insuficiência Cardíaca Crônica (leve a moderada)

A dose inicial recomendada é de 4 mg (meio comprimido de 8 mg) uma vez ao dia. Em pacientes

com pressão arterial sistólica (PAS) < 120 mm Hg, disfunção renal uso de diurético ou

insuficiência cardíaca grave a dose inicial recomendada deve ser reduzida para 2 mg uma vez ao

dia (1/4 do comprimido de 8 mg). O intervalo de dose aprovado é de 2 a 8 mg.

Pacientes pediátricos: a segurança e eficácia de BLOPRESS®

9. REAÇÕES ADVERSAS

Estudos clínicos para o tratamento da hipertensão:

Em estudos clínicos controlados para a hipertensão, os eventos adversos foram brandos e

transitórios quando comparados com o placebo.

A incidência total de efeitos adversos não mostrou associação com dose, idade ou sexo. A

interrupção do tratamento em decorrência de efeitos adversos foi semelhante com candesartana

cilexetila e placebo (3,1% e 3,2% respectivamente).

De acordo com análise dos dados dos estudos clínicos, as seguintes reações adversas classificadas

como comum (>1/100) com candesartana cilexetilaforam relatadas baseadas na incidência de

eventos adversos com candesartana cilexetila pelo menos1% maior que a incidência observada

com o placebo.

Reações comuns (> 1/100 e < 1/10):

Infecções e infestações: infecção respiratória.

Desordens no sistema nervoso: tontura, vertigem e dor de cabeça.

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Estudos clínicos para o tratamento da insuficiência cardíaca:

O perfil de eventos adversos com o uso de candesartana cilexetila em pacientes com insuficiência

cardíaca foi consistente com a farmacologia do fármaco e com o estado de saúde do paciente.

No estudo clínico CHARM, comparando doses de candesartana cilexetila de até 32 mg (n=3,803)

com placebo (n=3,796), 21,0% do grupo tratado com candesartana cilexetila e 16,1% do grupo

tratado com placebo descontinuaram o tratamento devido aos eventos adversos. As reações

adversas comumente ( 1/100, < 1/10) observadas foram:

Distúrbios vasculares: hipotensão.

Distúrbios metabólicos e nutricionais: hipercalemia.

Distúrbios renais e urinários: alterações renais.

Exames laboratoriais: aumentos nos níveis de creatinina, uréia e potássio. Recomenda-se

monitorização periódica dos níveis séricos de creatinina e potássio (ver ADVERTÊNCIAS E

PRECAUÇÕES).

Experiência pós-comercialização

As reações adversas a seguir têm sido reportadas muito raramente (<1/10.000) na experiência pós-

comercialização:

Reações muito raras (<1/10.000):

Desordens no sistema sanguíneo e linfático: leucopenia, neutropenia e agranulocitose.

Desordens do metabolismo e nutrição: hipercalemia e hiponatremia.

Desordens hepato-biliares: aumento das enzimas hepáticas, função hepática anormal ou hepatite.

Desordens de pele e do tecido subcutâneo: angiodema, vermelhidão, urticária e prurido.

Desordens do tecido conjuntivo, músculo-esquelético e dos ossos: lombalgia

Desordens renal e urinária: alterações renais, incluindo insuficiência renal em pacientes suscetíveis.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a

Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.