Bula do Bramitob para o Profissional

Bula do Bramitob produzido pelo laboratorio Chiesi Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Bramitob
Chiesi Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO BRAMITOB PARA O PROFISSIONAL

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Anexo A

BRAMITOB®

tobramicina

Chiesi Farmacêutica Ltda

Solução para nebulização – 75 mg/mL

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Bramitob®

APRESENTAÇÕES

Solução para nebulização (aerossolterapia).

Cada flaconete contém 300 mg de tobramicina. Embalagens com 56 flaconetes de

dose única de 4 mL cada.

USO INALATÓRIO

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 6 ANOS

Composição:

Cada flaconete de 4 mL contém:

Tobramicina ......................................................................................................... 300 mg

Veículo q.s.p.......................................................................................................... 4,0 mL

Excipientes: cloreto de sódio, ácido sulfúrico, hidróxido de sódio, água para injetáveis

e nitrogênio (se necessário).

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Bramitob®

é destinado ao tratamento a longo prazo de infecção pulmonar crônica

causada por Pseudomonas aeruginosas (Pa) em pacientes com fibrose cística com

idade acima de 6 anos.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A tobramicina em aerossol tem sido a terapia supressiva crônica mais extensivamente

estudada. Em dois grandes estudos, multicêntricos, duplo-cegos, placebo-controlados,

conduzidos por um período de 24 semanas, o tratamento com tobramicina em

aerossol produziu melhora significativa na função pulmonar, diminuindo a densidade

da Pa na saliva e diminuindo o número de dias que os pacientes ficaram

hospitalizados01

. Estes estudos utilizaram pacientes com doença pulmonar moderada

a severa definida como FEV1 de 25-75% do previsto. Uma sequência de 24 meses

destes estudos demonstrou melhora sustentada no FEV1 comparado com o grupo que

recebeu o placebo inicialmente02

. Os estudos não demonstraram nenhum aumento na

prevalência de outros organismos resistentes no grupo da tobramicina inalada.

O desenvolvimento clínico da solução para inalação de Bramitob®

consiste de dois

estudos clínicos:

- Estudo clínico duplo-cego, multicêntrico, randomizado, placebo-controlado, de

grupos paralelos de solução de tobramicina para nebulização (300 mg em flaconetes

de 4 mL) no tratamento de 4 semanas (mais 4 semanas de retirada do medicamento)

de pacientes com fibrose cística e cultura positiva de Pseudomonas aeruginosa.

(Estudo CT01)03

.

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- Estudo clínico duplo-cego, multinacional, multicêntrico, randomizado, placebo-

controlado, de grupos paralelos de solução de Bramitob®

(solução para nebulização

de tobramicina) ou placebo em três tratamentos de ciclos de 4 semanas, administrado

a outros tratamentos anti-Pseudomonais, em pacientes com fibrose cística e cultura

positiva de Pseudomonas aeruginosa. (Estudo CT02)04

Os resultados do estudo CT01 mostraram:

- melhora significante nos parâmetros da função pulmonar com Bramitob®

;

- observação de uma diferença significativa em relação ao grupo tratado com

Bramitob®

nos resultados do consumo microbiológico ao final do tratamento de 4

semanas;

- a porcentagem da média de FEV1 de pacientes tratados com Bramitob®

permaneceu

acima do valor basal no período de descanso de 4 semanas, embora diminuísse

significantemente.

Um objetivo secundário deste estudo foi medir a concentração de tobramicina na

saliva em uma segunda leva de pacientes submetidos ao tratamento com Bramitob®

Isto foi feito em 21 pacientes, coletando-se uma amostra da saliva 10 minutos após a

primeira administração de Bramitob®

na visita 2 (início do tratamento), na visita 4 (fim

da fase de tratamento) e na visita 5 (fim da fase de descanso). A concentração média

de tobramicina na saliva foi de 695,6 ± 817 μg/mL após a primeira administração e

716,9 ± 799 μg/mL após a última dose, sem evidência de acúmulo do medicamento.

As concentrações de tobramicina na saliva após a primeira e última dose

aerossolizada foram mais altas do que o MIC90 testado em todos os pacientes,

indicando assim que a tobramicina aerossolizada atinge concentrações locais

adequadas.

Os resultados do estudo CT02 mostraram:

- melhora significante de parâmetros da função pulmonar com Bramitob®

comparado

ao placebo;

- diferença estatisticamente significante em favor do Bramitob®

nos resultados

microbiológicos;

- melhora estatisticamente significante no grupo de Bramitob®

obtida também para os

parâmetros de eficácia secundária: necessidade de antibióticos parenterais e anti-

Pseudomonais, porcentagem de pacientes hospitalizados devido à exacerbação

pulmonar e perda de dias de escola/ trabalho devido à doença.

Referências Bibliográficas:

(1) Ramsey BW et al. Intermittent administration of inhaled tobramycin in patients with

cystic fibrosis. N Engl J Med 1999; 340: 23-30.

(2) Nickerson B et al. Safety and effectiveness of 2 years of treatment with intermittent

inhaled tobramycin in CF patients. Pediatr Pulmonol 1999; Suppl 19: 243-244.

(3) Estudo CT01 (DM/RS/10000/001/01). Double-blind, multicenter, randomized,

placebo-controlled, parallel groups clinical trial of Tobramycin solution for nebulization

(300 mg bid in 4 mL unit dose vials) in the 4-week treatment (plus 4 weeks of run-out)

of patients with cystic fibrosis and positive culture of Pseudomonas aeruginosa.

(4) Estudo CT02 (DM/PR/10000/002/01). Double-blind, multinational, multicenter,

randomized, placebo-controlled, parallel groups clinical trial of intermittent CHF 1538

(Tobramycin solution for nebulization) or placebo in three 4-week cycles treatment,

given in addition to other anti-peseudomonal treatments, in patients with cystic fibrosis

and positive culture of Pseudomonas aeruginosa.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

Tobramicina é um antibiótico aminoglicosídeo produzido por Streptomices tenebrarius.

A tobramicina age principalmente rompendo a síntese proteica levando a uma

alteração da permeabilidade da membrana celular, ao rompimento progressivo do

envoltório celular e eventual morte celular. Tobramicina é bactericida a concentrações

iguais ou levemente maiores que as concentrações inibitórias.

A tobramicina é principalmente ativa contra bacilos aeróbicos Gram positivos e tem

pequena ação contra microrganismos anaeróbicos e contra a maioria das bactérias

Gram positivas.

A tobramicina é mais ativa que a gentamicina contra Pseudomonas aeruginosa e

contra algumas variedades Proteus; aproximadamente 50% das variedades de

Pseudomonas aeruginosa, resistentes a gentamicina, são sensíveis à tobramicina.

Tobramicina tem demonstrado ser efetiva na erradicação de Pseudomonas

aeruginosa por aerossol local e por administração intratecal, em padrões

experimentais de pneumonia em cobaias e em infecções crônicas pulmonares em

ratos.

Após administração de aerossol em humanos, valores MIC de tobramicina são

marcantemente mais altos do que aqueles apresentados após administração

parenteral, devido ao efeito inibitório local exercido pela saliva de pacientes com

fibrose cística durante administração de antibiótico aminoglicosídeo nebulizado.

Em estudos controlados com tobramicina, as concentrações de tobramicina

alcançadas na saliva demonstraram ser adequadas para a determinação da

erradicação de Pseudomonas aeruginosa em mais de 30% dos pacientes tratados.

Propriedades Farmacocinéticas

Após administração parenteral, é necessário administrar altas doses de tobramicina

para atingir concentrações inibitórias para Pseudomonas aeruginosa na saliva, com

consequentes riscos de reações adversas sistêmicas.

Após inalação, ao contrário, é possível administrar concentrações adequadas de

tobramicina a nível intrabronquial, reduzindo assim a exposição sistêmica e o

consequente risco de ototoxicidade e nefrotoxicidade.

Após inalação de 300 mg de tobramicina por pacientes com fibrose cística, atingiu-se

a concentração máxima de 1.289 μg/g na saliva após 30 minutos aproximadamente,

enquanto que a concentração máxima no plasma, 758 ng/mL, foi alcançada após 1,5

horas aproximadamente; as concentrações plasmáticas não são reduzidas

exponencialmente, com meia-vida de eliminação final de 4,5 horas.

A eliminação da quantidade absorvida na circulação ocorre por filtração glomerular.

4. CONTRAINDICAÇÕES

A administração de Bramitob®

é contraindicada em pacientes com hipersensibilidade

conhecida à tobramicina, a qualquer aminoglicosídeo ou aos excipientes.

Também é contraindicada para pacientes em tratamento com diuréticos potentes

como a furosemida ou ácido etacrínico, devido ao risco de ototoxicidade.

Este medicamento é contraindicado para menores de 6 anos de idade.

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5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Bramitob®

deve ser utilizado com cautela em pacientes com disfunção renal, auditiva,

vestibular ou neuromuscular conhecida ou suspeita, ou com severa hemoptise ativa.

O funcionamento dos rins e do oitavo nervo cranial deve ser cuidadosamente

monitorado em pacientes com disfunção renal conhecida ou suspeita e também em

pacientes com funcionamento dos rins inicialmente normal, mas que desenvolvem

sinais de disfunção renal no decorrer do tratamento.

Havendo evidências de disfunção renal, vestibular e/ou auditiva, recomenda-se a

descontinuação do medicamento ou o ajuste da dose.

A concentração sérica de tobramicina deve ser monitorada através de venopunção e

não por punção digital, pois este não é um método de doseamento validado. A

contaminação da pele dos dedos durante a preparação e nebulização de Bramitob®

pode ocasionar um falso aumento dos níveis séricos de tobramicina. Lavar as mãos

antes de realizar o teste não evita completamente a contaminação.

Broncoespasmo

Pode ocorrer broncoespasmo seguido da inalação de medicamentos e este sintoma

foi reportado com tobramicina para nebulização.

A primeira dose de Bramitob®

deve ser realizada sob supervisão médica, utilizando

uma pré-nebulização com broncodilatador se este fizer parte do regime de tratamento

do paciente. O FEV1 (volume expiratório forçado) deve ser medido antes e depois da

nebulização. Se houver evidências de broncoespasmos induzidos pela terapia em

pacientes que não estão recebendo broncodilatador, o tratamento deve ser repetido

em outra ocasião com broncodilatador. Ataques de broncoespasmos na presença de

broncodilatadores podem indicar uma reação alérgica. Caso haja suspeita de uma

reação alérgica, Bramitob®

deve ser descontinuado.

Os broncoespasmos devem ser tratados por métodos clínicos apropriados.

Distúrbios Neuromusculares

deve ser utilizado com grande precaução em pacientes com distúrbios

neuromusculares, tais como Parkinson ou outras condições caracterizadas por

miastenia, incluindo miastenia grave. Os aminoglicosídeos podem piorar fraquezas

musculares devido a um potencial efeito curare nas funções neuromusculares.

Nefrotoxidade

Embora a nefrotoxicidade tenha sido associada com terapia parenteral de

aminoglicosídeos, não houve nenhuma evidência de nefrotoxicidade durante os

estudos clínicos com Bramitob®

, devido à exposição sistêmica reduzida.

O produto deve ser utilizado com cautela em pacientes com disfunção renal suspeita

ou conhecida e as concentrações plasmáticas de tobramicina devem ser monitoradas,

por exemplo, análise dos níveis séricos após duas ou três doses deve ser realizada,

assim como em intervalos de 3-4 dias durante a terapia, para que haja reajuste de

dose se houver necessidade. Caso ocorram alterações na função renal, o

monitoramento plasmático deverá ser mais frequente e a dose ou intervalo de doses

deverá ser reajustado. Pacientes com disfunção renal severa, creatinina plasmática >

2 mg/dL (176,8 µmol/L), não foram incluídos nos estudos clínicos.

Práticas clínicas atuais recomendam que a função renal basal seja avaliada. Além

disso, a função renal deve ser periodicamente reavaliada, por monitoramento regular

dos níveis de ureia e creatinina pelo menos a cada 6 ciclos completos de terapia com

(180 dias de tratamento com tobramicina para nebulização). Se houver

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evidências de nefrotoxicidade, a terapia com tobramicina deve ser descontinuada até

que a concentração sérica mínima do medicamento seja menor que 1 μg/mL. A terapia

com Bramitob®

deve então ser reiniciada seguindo conselhos médicos. Pacientes

recebendo concomitante terapia parenteral de aminoglicosídeos devem ser

estritamente monitorados, devido ao risco de toxicidade cumulativa.

O monitoramento da função renal é particularmente importante em pacientes idosos

que podem ter função renal reduzida não evidente nos resultados de testes de triagem

rotineiros, tais como o de ureia ou creatinina sérica. A determinação do clearance da

creatinina pode ser mais apropriada para esses casos.

A urina deve ser examinada para o aumento da excreção de proteínas, células e

cilindros urinários. A creatinina sérica ou o clearance de creatinina (preferível à ureia

no sangue) devem ser medidos periodicamente.

Ototoxicidade

A ototoxicidade, manifestada tanto como toxicidade auditiva (hipoacusia) quanto como

toxicidade vestibular (vertigem, ataxia ou tontura), tem sido relatada com o uso de

aminoglicosídeos parenterais.

Durante estudos clínicos controlados com tobramicina, foram observadas hipoacusia

reversível e moderada (0,5% dos casos) e vertigem (0,5% dos casos).

Em estudos abertos e na experiência pós-comercialização, alguns pacientes com

histórico de uso prévio prolongado ou uso concomitante de aminoglicosídeos por via

intravenosa, apresentaram perda de audição.

Os médicos devem considerar a possibilidade de que os aminoglicosídeos podem

causar toxicidade vestibular e coclear e devem avaliar as funções auditivas durante o

período de tratamento com tobramicina. Em pacientes com predisposição aos riscos

devido a terapias sistêmicas prolongadas prévias com aminoglicosídeos, é necessário

realizar avaliações audiológicas antes de se iniciar a terapia com tobramicina. A

ocorrência de tinidos deve ser tratada com cautela, uma vez que esta representa um

sintoma de ototoxicidade. Os pacientes devem informar ao médico quanto ao tinido ou

a perda de audição durante a terapia com aminoglicosídeos, e os médicos devem

avaliar quando os testes audiológicos são necessários. Quando possível, é

recomendada a obtenção de um audiograma em série em pacientes com idade

suficiente para realizarem o teste, particularmente nos de alto risco. Pacientes

recebendo concomitante terapia parenteral com aminoglicosídeos devem ser

clinicamente monitorados, levando em consideração o risco de toxicidade cumulativa.

Hemoptise

A inalação de soluções para nebulização pode induzir tosses reflexas. O uso de

em pacientes com hemoptise ativa e severa deve ser feito apenas se os

benefícios do tratamento forem maiores que os riscos de indução de hemorragias

adicionais.

Resistência microbiana

Em estudos clínicos, alguns pacientes tratados com tobramicina para nebulização

apresentaram um aumento nas concentrações inibitórias mínimas de

aminoglicosídeos para testes isolados de Pseudomonas aeruginosa. Existe um risco

teórico de que pacientes tratados com tobramicina para nebulização desenvolvam

isolados de P. aeruginosa resistentes a tobramicina intravenosa. Em estudos clínicos,

não há dados em pacientes com infecções de Burkholderia cepacia.

Efeitos na habilidade de dirigir ou operar máquinas

Com bases nas reações adversas conhecidas, presume-se que Bramitob®

não produz

nenhum efeito na habilidade de dirigir ou operar máquinas. Entretanto, mesmo em

casos muito raros, pode ocorrer tontura e/ou vertigem. Isto deve ser considerado por

pacientes que irão dirigir.

Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco:

Nos estudos clínicos com tobramicina não há dados de pacientes com menos de 6

anos. A efetividade e segurança de tobramicina não foram testadas em pacientes com

FEV1 prognosticada <40% ou >80%.

A tobramicina deve ser usada com cautela em idosos e em outros pacientes com

função renal reduzida conhecida ou suspeita. Em caso de nefrotoxicidade o uso da

tobramicina deve ser interrompido até que sua concentração sérica caia abaixo de 1

mg/mL. Não é necessário ajustar a dose para pacientes com insuficiência hepática.

Gravidez e lactação

Bramitob

®

não deve ser usado durante a gravidez e lactação a não ser que os

benefícios para a mãe sejam maiores que os riscos ao feto ou bebê.

Gravidez

Não existem dados adequados relativos ao uso de tobramicina administrada por

inalação em mulheres grávidas. Estudos em animais não indicaram efeitos

teratogênicos da tobramicina. No entanto, os aminoglicosídeos podem causar danos

fetais (ex. surdez congênita) quando altas concentrações sistêmicas são alcançadas

em mulheres grávidas. Se Bramitob®

for utilizado durante a gravidez, ou se a paciente

engravidar durante o tratamento com Bramitob®

, a paciente deve ser informada sobre

os potenciais riscos ao feto.

Lactação

A tobramicina sistêmica é excretada no leite materno. Não se sabe se a tobramicina

para nebulização irá resultar em altas concentrações plasmáticas suficientes para sua

detecção no leite materno. Devido ao risco potencial de ototoxicidade e

nefrotoxicidade com tobramicina em recém-nascidos, deve-se optar entre interromper

a amamentação ou descontinuar o tratamento com a tobramicina.

Categoria D – O fármaco demonstrou evidências positivas de risco fetal humano, no

entanto os benefícios potenciais para a mulher podem, eventualmente, justificar o

risco, como por exemplo, em casos de doenças graves ou que ameaçam a vida, e

para as quais não existam outras drogas mais seguras.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Em estudos clínicos, pacientes utilizando tobramicina para nebulização

concomitantemente com alfadornase, mucolíticos, agonistas beta, corticoesteroides

para inalação e outros antibióticos anti-Pseudomonas orais e parenterais,

apresentaram efeitos adversos similares aos apresentados pelo grupo controle, não

tratados com tobramicina.

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A tobramicina para inalação não deve ser administrada com ácido etacrínico,

furosemida, ureia ou manitol.

O uso concomitante ou sequencial de Bramitob®

com outros medicamentos

potencialmente nefrotóxicos ou ototóxicos devem ser evitados.

Outros medicamentos que tem demonstrado aumentar a toxicidade potencial de

aminoglicosídeos administrados parenteralmente incluem:

 Anfotericina B, cefalotina, ciclosporina, tacrolimo, polimixinas (risco de

nefrotoxicidade aumentada);

 Compostos de platina (risco de nefrotoxicidade e ototoxicidade

aumentados);

 Anticolinesterases, toxina botulínica (efeitos neuromusculares).

Alguns diuréticos podem aumentar a toxicidade do aminoglicosídeo por alteração das

concentrações do antibiótico no plasma e tecidos.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Os flaconetes deverão ser armazenados sob refrigeração (entre 2°C e 8°C). O prazo

de validade é de 24 meses.

Armazenar os flaconetes na embalagem original uma vez que Bramitob®

é sensível à

luz muito intensa.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua

embalagem original.

Nunca armazene um flaconete de Bramitob®

aberto. Após aberto o flaconete, o

medicamento deve ser utilizado imediatamente.

Após abertura do envelope, os flaconetes devem ser utilizados no máximo em 3

meses.

Os medicamentos nunca devem ser descartados na pia ou em lixos domésticos.

Essas medidas irão ajudar a proteger o meio ambiente.

Bramitob®

normalmente apresenta coloração levemente amarelada a amarela, mas

pode sofrer variações. Isto não modifica o efeito de Bramitob®

, se for armazenado de

acordo com as instruções.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Para permitir a aplicação do medicamento Bramitob®

é necessária a utilização de

aparelho nebulizador reutilizável PARI LC PLUS com compressor adequado. O

aparelho deve estar limpo e seco. O flaconete de dose única de Bramitob®

deve ser

aberto apenas antes do uso. Qualquer solução restante deve ser imediatamente

descartada.

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Fax: 11 4154-1679 Fax: 11 3095-2350

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES PARA O USO CORRETO.

Instruções de uso:

1. Lavar as mãos com sabonete e água antes de abrir o flaconete de dose única de

acordo com as seguintes instruções:

2. Dobrar o flaconete de dose única em ambas as direções (figura A),

3. Separar o flaconete de dose única a partir da tira, primeiramente acima e depois no

meio (figura B),

4. Abrir o flaconete de dose única por rotação da aba como indicado pela flecha (figura

C),

5. Exercendo uma pressão moderada nas paredes do flaconete de dose única,

permita que o produto flua para dentro do tubo de vidro do nebulizador (figura D),

6. Ligar o compressor,

7. Checar se existe uma “névoa” permanente saindo do bocal,

8. O paciente deve sentar-se ou permanecer em pé para respirar normalmente,

9. O paciente deve colocar o bocal entre seus dentes e acima da língua. Respirar

normalmente, mas apenas pela boca. Procurar não tampar o fluxo de ar com a língua,

10. Continuar até que todo o produto seja utilizado. Isso levará aproximadamente 15

minutos,

11. Se o paciente precisar interromper, tossir ou descansar durante a inalação,

desligar o compressor para não desperdiçar o produto.

Ligar o compressor novamente quando achar que está pronto para recomeçar a

inalação.

Limpeza e desinfecção do nebulizador:

1. Após o término da nebulização, lavar todas as partes do nebulizador (exceto o

compressor) com água quente e detergente líquido. Enxaguar e secar com panos

limpos, secos e livres de fibras.

2. É importante que o nebulizador seja desinfetado regularmente utilizando um dos

métodos abaixo:

- Colocar todas as partes isoladas (exceto o compressor) em uma solução composta

por uma parte de vinagre e três partes de água bem quente durante 1 hora. Enxaguar

todas as partes do nebulizador com água quente e secar com panos limpos, livre de

fibras. Jogar fora a solução de vinagre; OU

- Desinfetar as partes do nebulizador (exceto o compressor) com água fervente por 10

minutos. Secar as partes do nebulizador com um pano limpo e livre de fibras.

Cuidando do nebulizador: Siga as instruções do fornecedor para o cuidado e

utilização do nebulizador.

Bramitob®

é uma solução aquosa estéril, apirogênica, sem conservantes, contendo 75

mg/mL de tobramicina. O flaconete de dose única deve ser aberto imediatamente

antes do uso. Qualquer solução que não for imediatamente utilizada deverá ser

descartada e não deverá ser armazenada para reutilização.

A administração de Bramitob®

deve ser realizada seguindo padrões gerais de higiene.

Os aparelhos devem estar limpos e funcionando corretamente; o nebulizador, que

deve ser de uso pessoal, deve ser mantido limpo e desinfetado periodicamente.

O conteúdo do flaconete de dose única (300 mg) esvaziado dentro do nebulizador

deverá ser administrado por inalação por um período de 10 a 15 minutos utilizando-se

um nebulizador reutilizável PARI LC PLUS com compressor adequado. Os

compressores considerados adequados são aqueles que, quando conectados ao

nebulizador PARI LC PLUS liberam um fluxo de 4-6 L/min e/ou uma pressão reversa

de 110-217 KPa.

é inalado enquanto o paciente está sentado ou em pé, e respirando

normalmente através do bocal do nebulizador.

Pregadores de nariz podem auxiliar o paciente a respirar pela boca. O paciente deve

continuar seu regime padrão de fisioterapia peitoral. O uso de broncodilatadores

apropriados deve ser continuado conforme necessidade clínica. Em pacientes

recebendo diferentes terapias respiratórias, recomenda-se a administração na

seguinte ordem: broncodilatador, fisioterapia respiratória, outros medicamentos

inalatórios e por último, Bramitob®

.

não deve ser misturado com outros medicamentos inalatórios.

Posologia:

é indicado apenas para inalação e não para uso parenteral.

A dose recomendada para adultos e crianças é de uma única dose de 300 mg a cada

12 horas (duas vezes ao dia - de manhã e à noite) por 28 dias.

O intervalo de dose deve ser o mais próximo possível de 12 horas e de não menos do

que 6 horas. Após 28 dias de tratamento com tobramicina, os pacientes devem

interromper o tratamento nos próximos 28 dias; ciclos de terapia de 28 dias alternados

devem ser mantidos (um ciclo de 28 dias com tratamento e um ciclo de 28 dias sem

tratamento).

A posologia não é estabelecida de acordo com o peso corpóreo. Todos os pacientes

devem receber um flaconete de dose única de Bramitob®

(300 mg de tobramicina) a

cada 12 horas (duas vezes ao dia).

O limite máximo diário é de 2 doses de Bramitob®

(600 mg) ao dia.

Em estudos clínicos controlados, o tratamento com tobramicina realizado de acordo

com ciclos alternados descritos anteriormente resultaram em melhora nas funções

pulmonares, com resultados mantidos acima do valor basal durante a terapia e

durante a descontinuação.

A terapia deverá ser iniciada por profissionais da saúde com experiência no

tratamento de fibrose cística. O tratamento com tobramicina deve ser continuado em

bases cíclicas enquanto o profissional da saúde considerar que o paciente apresenta

ganhos benéficos com a inclusão de tobramicina em seu regime de tratamento. Se a

deterioração clínica do estado pulmonar for evidente, terapias adicionais anti-

Pseudomonais devem ser consideradas. Estudos clínicos têm demonstrado que

resultados microbiológicos indicando resistência in vitro ao medicamento não

impedem, necessariamente, um benefício clínico na melhora das funções pulmonares

do paciente.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Em estudos clínicos controlados foram relatados eventos adversos, não

necessariamente relacionados ao medicamento, em uma porcentagem de pacientes

tratados com Bramitob®

não maior do que aqueles eventos adversos observados nos

pacientes tratados com placebo. Os eventos mais comuns foram os relacionados ao

aparelho respiratório (tosse, dispneia, estertor, aumento na expectoração, disfonia,

redução de FEV1). Nos eventos totais, um julgamento de relação positiva ao

tratamento (reações adversas) foi expresso em 14,7% dos casos com Bramitob®

e

17,3% com placebo.

As reações adversas relatadas com Bramitob®

através de estudos clínicos são

descritas abaixo:

Reação comum (≥ 1/100 e < 1/10): dispneia, tosse, estertor, expectoração aumentada,

disfonia, náusea.

Reação incomum (≥ 1/1.000 e <1/100): candidíase oral, vertigem, hipoacusia, redução

de FEV1, hipersecreção salivar, glossite, erupções na pele (rash), transaminase

aumentada.

Testes laboratoriais e audiométricos realizados para investigar possíveis sinais e sintomas

de nefrotoxicidade e ototoxicidade não indicaram nenhuma diferença clínica significativa

entre tobramicina e placebo.

Dados obtidos em estudos pós-comercialização mostraram que o uso terapêutico de

tobramicina para inalação pode trazer algumas das reações adversas:

Reação incomum (≥ 1/1.000 e <1/100): piora da tosse, faringite.

Reação rara (≥ 1/10.000 e < 1/1.000): anorexia, tontura, dor de cabeça, afonia, tinido,

perda de audição, broncoespasmo, desconforto torácico, doenças do pulmão, aumento de

escarro, hemoptise, redução das funções pulmonares, laringite, epistaxes, rinite, asma,

úlceras na boca, vômitos, disgeusia, dor torácica, astenia, febre, dor.

CHIESI FARMACÊUTICA LTDA.

Fábrica Escritório

Rua Giacomo Chiesi, 151, km 39,2 Rua Alexandre Dumas, 1658, 12º/13º. And

Estrada dos Romeiros - Santana de Parnaíba Chácara Santo Antonio

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Fax: 11 4154-1679 Fax: 11 3095-2350

Reação muito rara (≤ 1/10.000): infecção micótica, linfoadenopatia, hipersensibilidade,

sonolência, distúrbios e dores de ouvido, hiperventilação, hipóxia, sinusite, diarreia, dores

nas costas, dor abdominal, urticária, prurido,mal-estar.

Os aminoglicosídeos parenterais têm sido associados à hipersensibilidade, ototoxicidade

e nefrotoxicidade.

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham

indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado

corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou

desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de

Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

A administração por inalação resulta em baixa biodisponibilidade sistêmica de

tobramicina. Sintomas de superdose com aerossol podem incluir severa rouquidão.

Em casos de ingestão acidental de Bramitob®

, a toxicidade é improvável, uma vez

que Bramitob®

é pouco absorvido pelo trato gastrointestinal intacto.

No caso de inadvertida administração intravenosa de Bramitob®

, podem ocorrer sinais

e sintomas de superdose de tobramicina parenteral, como tontura, tinido, vertigem,

perda de audição, dificuldade respiratória e/ou bloqueio neuromuscular e danos

renais.

A toxicidade aguda deve ser tratada com a suspensão imediata do uso de Bramitob®

,

e testes da função renal basal devem ser realizados. As concentrações séricas de

Bramitob®

podem ser úteis para monitorar a superdose. Em caso de qualquer

superdose, deve-se considerar a possibilidade de interações medicamentosas com

alterações na eliminação de tobramicina ou outros medicamentos.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais

orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.