Bula do Brator h para o Profissional

Bula do Brator h produzido pelo laboratorio Torrent do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Brator h
Torrent do Brasil Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO BRATOR H PARA O PROFISSIONAL

BRATOR H®

valsartana + hidroclorotiazida

Comprimido revestido - 80 mg +12,5 mg

Comprimido revestido - 160 mg +12,5 mg

Comprimido revestido -160 mg + 25 mg

Comprimido revestido – 320 mg + 12,5 mg

Comprimido revestido - 320 mg + 25 mg

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BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE

Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009

I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

APRESENTAÇÕES

Comprimidos revestidos 80 mg + 12,5 mg: embalagens com 10 e 30 comprimidos.

Comprimidos revestidos 160 mg + 12,5 mg: embalagens com 10 e 30 comprimidos.

Comprimidos revestidos 160 mg + 25 mg: embalagens com 30 comprimidos.

Comprimidos revestidos 320 mg + 12,5 mg: embalagens com 30 comprimidos.

Comprimidos revestidos 320 mg + 25 mg: embalagens com 30 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido de BRATOR H®

80 mg + 12,5 mg contém:

valsartana...............................................................................................................................80 mg

hidroclorotiazida..................................................................................................................12,5 mg

Excipientes: lactose monoidratada, croscarmelose sódica, povidona, estearato de magnésio,

talco, hipromelose, dióxido de titânio e macrogol.

160 mg + 12,5 mg contém:

valsartana..............................................................................................................................160 mg

talco, hipromelose, dióxido de titânio, macrogol e óxido de ferro vermelho.

160 mg + 25 mg contém:

hidroclorotiazida.....................................................................................................................25 mg

talco, hipromelose, dióxido de titânio, macrogol e óxido de ferro amarelo.

320 mg + 12,5 mg contém:

valsartana..............................................................................................................................320 mg

320 mg +25 mg contém:

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II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

BRATOR H®

é indicado para o tratamento da hipertensão arterial sistêmica.

Considerando que a monoterapia inicial é eficaz em apenas 40% a 50% dos casos, pode-se

considerar o uso de associações de fármacos anti-hipertensivos como terapia alternativa para os

casos nos quais o efeito anti-hipertensivo da terapia com apenas uma das duas drogas não for

suficiente.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A administração de valsartana a pacientes com hipertensão reduz a pressão arterial, sem afetar a

frequência cardíaca.

Na maioria dos pacientes, após a administração de uma dose única oral, o início da atividade

anti-hipertensiva ocorre dentro de 2 horas e o pico de redução da pressão arterial é atingido em

4 a 6 horas. O efeito anti-hipertensivo persiste por 24 horas após a administração. Durante

administrações repetidas, a redução máxima da pressão arterial com qualquer dose é geralmente

atingida em 2 a 4 semanas e se mantém durante a terapia em longo prazo. Em associação com

hidroclorotiazida, obtém-se uma redução adicional significativa na pressão arterial.

Referências Bibliográficas

1. Integrated Summary of Efficacy for Valsartan/HCTZ (CGP 63170). Ciba-Geigy

Corporation, Summit, USA. 25-Feb-97. Volume 02, page 001. [1]

2. A multiple dose, randomized, double-blind, placebo controlled, multifactorial, parallel trial

comparing the combination therapy of valsartan (80 mg or 160 mg), and

hydrochlorothiazide (12.5 mg or 25 mg) valsartan monotherapy (80 mg or 160 mg),

hydrochlorothiazide monotherapy (12.5 mg or 25 mg) and placebo in hypertensive patients

age 18-80 years. Clinical Trial Report Protocol 301. Ciba-Geigy Corporation, Summit, 23-

Aug-96. Volume 22, page 001. [2]

3. A double-blind, randomized, active controlled, parallel design trial comparing the efficacy

of the combination of hydrochlorothiazide 12.5 mg or 25 mg plus valsartan 80 mg once

daily to valsartan 160 mg once daily in hypertensive patients inadequately controlled with

valsartan 80 mg once daily. Clinical Trial Report Protocol 19. Ciba-Geigy Ltd., Basel,

Switzerland, 02-Nov-95. (incl. Amendment No. 1, 02-Nov-95). Volume 20, page 185. [3]

4. A double-blind, randomized, active-controlled, parallel group trial comparing the

combinations of valsartan 160 mg plus hydrochlorothiazide 12.5 mg and valsartan 160 mg

plus hydrochlorothiazide 25 mg to valsartan 160 mg in patients with mild to moderate

hypertension not adequately controlled with valsartan 160 mg. Clinical Study Report

Protocol CVAH631 0201. Novartis Pharma AG. Basel, Switzerland. 07 Jun 01. [36]

5. A randomized, double-blind, multicenter, placebo-controlled, parallel group study to

evaluate the efficacy and safety of valsartan (320 mg) and hydrochlorothiazide (12.5 and 25

mg) combined and alone, valsartan 160 mg and valsartan 160 mg / hydrochlorothiazide

12.5 mg in hypertensive patients - Clinical Study Report Protocol CVAH631C2301. 12 Apr

05. [38]

6. Integrated Summary of Safety for Valsartan/HCTZ (CGP 63170). Ciba-Geigy Corporation,

Summit, USA. 25-Feb-97 (dados em arquivo). [25]

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3

7. Expert Report on the Clinical Documentation Diovan®

, oral capsules 80 mg and 160 mg

(valsartan CGP 48933). Ciba-Geigy Ltd., Basel, Switzerland. 14-May-96 (dados em

arquivo). [27]

8. A double-blind, randomized, multi-center active-controlled, parallel-group study comparing

the combination of valsartan 320 mg/hydrochlorothiazide 12.5 mg and valsartan 320

mg/hydrochlorothiazide 25 mg to valsartan 320 mg in mild to moderate hypertensive

patients not adequately controlled with valsartan 320 mg - Clinical Study Report (2302)

CVAH631C2302. Novartis Pharma AG. Basel, Switzerland. 23 Sep 05 (dados em arquivo).

[43]

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

Grupo farmacoterapêutico: combinação de antagonista de angiotensina II (valsartana) com

diurético (hidroclorotiazida). Código ATC: C09D A03.

O hormônio ativo do SRAA (sistema renina-angiotensina-aldosterona) é a angiotensina II,

formada a partir da angiotensina I pela ECA (enzima conversora da angiotensina). A

angiotensina II liga-se a receptores específicos localizados na membrana das células de vários

tecidos, exercendo diversos efeitos fisiológicos, direta e indiretamente, na regulação da pressão

arterial. Por ser um potente vasoconstritor, a angiotensina II exerce uma resposta pressora direta

e, além disso, promove retenção de sódio e estimula a secreção de aldosterona.

A valsartana é um antagonista dos receptores de angiotensina II (Ang II) potente e específico,

ativo por via oral. Atua seletivamente no receptor subtipo AT1, responsável pelas conhecidas

ações da angiotensina II. Os níveis plasmáticos elevados da Ang II após bloqueio da AT1 com

valsartana podem estimular o receptor AT2 não bloqueado, que aparentemente contrabalanceia

o efeito do receptor AT1. A valsartana não apresenta atividade agonista parcial sobre os

receptores AT1 e apresenta afinidade muito maior (cerca de 20.000 vezes) para com receptores

AT1 do que para com receptores AT2.

A valsartana não inibe a ECA, também conhecida como cininase II, que converte Ang I em Ang

II e degrada a bradicinina. Nenhuma potencialização de efeitos colaterais relacionados à

bradicinina é esperada. Em estudos clínicos em que a valsartana foi comparada com inibidores

da ECA, a incidência de tosse seca foi significativamente menor (p < 0,05) em pacientes

tratados com valsartana do que naqueles tratados com inibidores da ECA (2,6% contra 7,9%,

respectivamente). Em um estudo clínico em pacientes com história de tosse seca durante

terapêutica com inibidores da ECA, 19,5% dos pacientes que recebiam valsartana e 19,0% dos

que recebiam um diurético tiazídico apresentaram episódios de tosse, comparativamente a

68,5% daqueles tratados com inibidores da ECA (p < 0,05). A valsartana não se liga ou bloqueia

outros receptores hormonais ou canais de íons importantes na regulação cardiovascular.

O sítio de ação dos diuréticos tiazídicos é, principalmente, o túbulo contornado distal dos rins.

Está demonstrado que existe uma alta afinidade por receptores no córtex renal, sendo os

mesmos o sítio de ligação principal para a ação dos diuréticos tiazídicos e a inibição do

transporte de NaCl no túbulo contornado distal. O mecanismo de ação dos diuréticos tiazídicos

é a promoção de uma inibição acentuada do transporte dos íons Na+

e Cl-

, talvez por competição

pelo sítio de ligação para Cl-

, o que afeta os mecanismos de reabsorção de eletrólitos. Assim,

obtém-se diretamente uma excreção aumentada de sódio e cloro em quantidades

aproximadamente iguais. Indiretamente, a ação diurética reduz o volume plasmático, com

consequente aumento da atividade da renina plasmática, aumento da secreção de aldosterona,

levando ao aumento na perda urinária de potássio e redução do potássio sérico. A ligação

renina-aldosterona é mediada pela angiotensina II e, portanto, a administração concomitante de

um antagonista de angiotensina II tende a reverter o quadro de perda urinária de potássio

associada a esses diuréticos.

Farmacocinética

- valsartana

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Absorção

Após a administração oral de valsartana isoladamente, o pico da concentração plasmática de

valsartana foi alcançado em 2 a 4 horas. A biodisponibilidade absoluta média para a valsartana é

de 23%. Quando administrado com as refeições, a área sob a curva de concentração plasmática

(AUC) de valsartana sofre redução de 48%, embora cerca de 8 horas após a administração as

concentrações plasmáticas de valsartana sejam similares em pacientes que ingeriram o produto

em jejum ou com alimentos. A redução da AUC, entretanto, não se acompanha de redução

clinicamente significativa nos efeitos terapêuticos e a valsartana pode portanto, ser administrada

com ou sem alimentos.

Distribuição

O estado de equilíbrio do volume de distribuição da valsartana, após administração intravenosa

é de aproximadamente 17 litros, indicando que a valsartana não é distribuída extensivamente

nos tecidos. A valsartana apresenta alta taxa de ligação às proteínas séricas (94 a 97%),

principalmente à albumina sérica.

Biotransformação / metabolismo

A valsartana não é biotransformada em grande extensão, uma vez que somente

aproximadamente 20% da dose é recuperada como metabólitos. Um hidroxi metabólito foi

identificado no plasma em concentrações baixas (menos que 10% de valsartana na ASC). Este

metabólito é farmacologicamente inativo.

Eliminação

A valsartana apresenta um decaimento cinético multiexponencial (t1/2 alfa < 1 h e t1/2 beta cerca

de 9 h). A valsartana é primariamente eliminada nas fezes (aproximadamente 83% da dose) e na

urina (aproximadamente 13% da dose), principalmente como fármaco inalterado. Após a

administração intravenosa, o clearance (depuração) plasmático da valsartana é de

aproximadamente 2 L/h e o clearance (depuração) renal é de 0,62 L/h (aproximadamente 30%

do clearance – depuração - total). A meia-vida da valsartana é de 6 horas.

A farmacocinética da valsartana é linear no intervalo de dose testada. Não ocorrem alterações na

cinética da valsartana em administrações repetidas e há pouco acúmulo, quando administrada

uma vez ao dia. As concentrações plasmáticas observadas foram similares em homens e

mulheres.

- hidroclorotiazida

A absorção da hidroclorotiazida, após dose oral, é rápida (tmáx em torno de 2 horas). O aumento

da AUC (área sob a curva) na média é linear e proporcional à dose na faixa terapêutica. Tem

sido relatado que a administração concomitante com alimentos pode tanto diminuir como

aumentar a disponibilidade sistêmica da hidroclorotiazida, comparando-se com a administração

em jejum. A magnitude desses efeitos é pequena e tem pouca importância clínica. A

biodisponibilidade absoluta da hidroclorotiazida é de 70% após administração oral.

As cinéticas de distribuição e de eliminação têm sido geralmente descritas como uma função de

decaimento biexponencial. O volume aparente de distribuição é de 4 a 8 L/kg. A

hidroclorotiazida circulante se liga às proteínas plasmáticas (40 a 70%), principalmente à

albumina sérica. A hidroclorotiazida também se acumula nos eritrócitos aproximadamente 3

vezes mais do que o nível plasmático.

Biotransformação

A hidroclorotiazida é eliminada predominantemente como fármaco inalterado.

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A hidroclorotiazida é eliminada do plasma com uma meia-vida média de 6 a 15 horas na fase

final de eliminação. Não houve nenhuma alteração na cinética da hidroclorotiazida em doses

repetidas e a acumulação é mínima quando administrado uma vez ao dia. Mais de 95% da dose

absorvida é excretada como componente inalterado na urina.

- valsartana + hidroclorotiazida

A disponibilidade sistêmica da hidroclorotiazida é reduzida em cerca de 30% quando o

medicamento é coadministrado com valsartana. A cinética da valsartana não é acentuadamente

afetada pela coadministração com hidroclorotiazida. Essa interação observada não tem impacto

no uso combinado de valsartana e hidroclorotiazida, uma vez que os estudos clínicos têm

demonstrado claramente um efeito anti-hipertensivo maior do que o obtido com o medicamento

isolado ou com placebo.

Populações de pacientes especiais

Pacientes idosos

Observou-se uma exposição sistêmica à valsartana um pouco maior em indivíduos idosos do

que em indivíduos jovens, entretanto, isso demonstrou não ter qualquer significado clínico.

Dados limitados sugerem que o clearance (depuração) sistêmico da hidroclorotiazida está

reduzido tanto em idosos sadios como em idosos hipertensos, comparando-se com voluntários

jovens sadios.

Pacientes com insuficiência renal

Não é necessário ajuste de dose em pacientes com Taxa de Filtração Glomerular (TFG) entre 30

a 70 mL/min.

Não existem dados disponíveis sobre o uso de valsartana + hidroclorotiazida em pacientes com

insuficiência renal grave (TFG < 30 mL/min) ou em pacientes sob diálise. A valsartana possui

alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas, e não é removida por diálise, enquanto que o

clearance (depuração) da hidroclorotiazida pode ser obtido pela diálise.

Na presença de insuficiência renal, o pico médio das concentrações plasmáticas e valores de

AUC de hidroclorotiazida são aumentados e a taxa de excreção urinária é reduzida. Em

pacientes com insuficiência renal leve a moderada, a meia- vida de eliminação é quase dobrada.

O clearance (depuração) renal de hidroclorotiazida também é reduzido em grande escala

quando comparado com o clearance (depuração) renal de 300 mL/min de pacientes com função

renal normal. Portanto, BRATOR H®

deverá ser utilizado com cautela em pacientes com

insuficiência renal grave (TFG < 30 mL/min) (vide item Advertências e Precauções).

Pacientes com insuficiência hepática

Em um estudo farmacocinético realizado em pacientes portadores de distúrbios hepáticos leves

(n=6) a moderados (n=5), a exposição à valsartana aumentou em aproximadamente duas vezes,

quando comparada à de pessoas sadias. Não existem dados sobre o uso de valsartana em

pacientes com distúrbios graves da função hepática (vide item Advertências e Precauções).

Distúrbios hepáticos não afetam significativamente a farmacocinética da hidroclorotiazida, não

sendo necessário qualquer ajuste de dose.

No entanto, BRATOR H®

deverá ser utilizado com cautela especial em pacientes com distúrbios

biliares obstrutivos e insuficiência hepática grave (vide item Contraindicações e Advertência e

Precauções).

Dados de segurança pré-clínicos

valsartana e hidroclorotiazida

Em diversos estudos pré-clínicos de segurança, realizados com várias espécies de animais, não

houve achado que exclua o uso de doses terapêuticas de valsartana e hidroclorotiazida em

humanos. Altas doses de valsartana:hidroclorotiazida (100:31,25 a 600:187,5 mg/kg de peso

corpóreo) causaram, em ratos, redução nos parâmetros das células vermelhas do sangue

(eritrócitos, hemoglobina e hematócrito) e demonstraram evidências de alterações na

hemodinâmica renal (aumento moderado a grave da ureia plasmática, aumento do potássio e do

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magnésio plasmáticos, aumento leve do volume urinário dos eletrólitos, basofilia tubular de

mínima a discreta e hipertrofia da arteríola aferente com a maior dose). Em macacos saguis

(doses de 30:9,375 a 400:125 mg/kg), as alterações foram similares, porém, mais acentuadas,

particularmente com a maior dose, e principalmente nos rins, onde as alterações evoluíram para

uma nefropatia com ureia e creatinina elevadas. Macacos saguis também tiveram alterações na

mucosa gastrointestinal em 30:9,373 a 400:125 mg/kg.

Observou-se, também, em ratos e macacos saguis, hipertrofia das células justaglomerulares

renais. Considerou-se que todas as alterações foram causadas pela ação farmacológica da

associação que é sinérgica (potencialização do efeito cerca de 10 vezes, quando comparado com

o da valsartana isolada) e não por ação aditiva produtora de hipotensão prolongada,

particularmente em macacos saguis. Para doses terapêuticas de valsartana + hidroclorotiazida,

em seres humanos, a hipertrofia das células justaglomerulares não parece ter qualquer

relevância clínica. Os principais achados pré-clínicos de segurança são atribuídos à ação

farmacológica dos compostos, que parecem agir sinergicamente, sem qualquer evidência de

interação entre os mesmos compostos. Na prática clínica, a ação dos dois compostos é aditiva e

os achados pré-clínicos não demonstram ter qualquer significado clínico. A combinação

valsartana:hidroclorotiazida não foi testada para mutagenicidade, clastogenicidae ou

carcinogenicidade, uma vez que não há evidência para qualquer interação entre estes dois

componentes.

valsartana

A valsartana foi testada para mutagenicidade, clastogenicidade, performance reprodutiva e

carcinogenicidade, com resultados negativos.

Em diversos estudos de segurança pré-clínicos conduzidos em diversas espécies animais, não

houve achados que excluíssem o uso de doses terapêuticas de valsartana em humanos. Em

estudos de segurança pré-clínicos, altas doses de valsartana (200 a 600 mg/kg de peso corpóreo)

causaram uma redução dos parâmetros de células vermelhas (eritrócitos, hemoglobina,

hematócrito) em ratos e evidência de alterações na hemodinâmica renal (levemente aumentada

pela ureia plasmática, e hiperplasia tubular renal e basofilia em machos). Estas doses em ratos

(200 e 600 mg/kg/dia) são aproximadamente 6 e 18 vezes a dose máxima recomendada para

humanos em uma base de mg/m2

(os cálculos assumem uma dose oral de 320 mg/dia em um

paciente de 60 kg). Nos macacos saguis, em doses similares, as alterações foram parecidas

embora mais graves, particularmente no rim, onde as alterações evoluíram para nefropatia que

incluiu aumento de ureia e creatinina. A hipertrofia das células justaglomerulares renais também

foi observada em ambas as espécies. Todas as alterações foram consideradas como sendo

causadas pela ação farmacológica da valsartana, que produz hipotensão prolongada,

particularmente em macacos saguis. Para doses terapêuticas de valsartana em humanos, a

hipertrofia das células justaglomerulares renais não parece ter nenhuma relevância. Em estudos

de desenvolvimento embriofetal (segmento II) em camundongos, ratos e coelhos, foi observada

fetotoxicidade em associação com toxicidade materna em ratos com doses de valsartana ≥ 200

mg/kg/dia e em coelhos com doses ≥ 10 mg/kg/dia. Em um estudo de desenvolvimento de

toxicidade peri e pós-natal (segmento III), a prole das ratas que receberam 600 mg/kg durante o

último trimestre e durante a lactação mostraram uma taxa de sobrevivência levemente

reduzida e um ligeiro atraso no desenvolvimento.

hidroclorotiazida

A hidroclorotiazida foi testada para mutagenicidade, clastogenicidade, performance reprodutiva

e carcinogenicidade, com resultados negativos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Hipersensibilidade conhecida a valsartana, hidroclorotiazida, outros derivados das sulfonamidas

ou a qualquer um dos excipientes de BRATOR H®

.

Gravidez (vide item Gravidez e lactação).

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Por causa da hidroclorotiazida, BRATOR H®

é contraindicado para pacientes com anúria.

Pacientes com cirrose biliar e colestase.

Uso concomitante de bloqueadores do receptor de angiotensina (BRA’s) – incluindo valsartana

– ou inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs) com alisquireno em pacientes

com diabetes tipo 2 (vide Interações Medicamentosas).

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Alterações dos eletrólitos séricos

O uso concomitante com diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio,

substitutos do sal que contenham potássio ou outros medicamentos que aumentem o nível sérico

de potássio (heparina, etc.) deve ser realizada com cautela.

Os diuréticos tiazídicos podem precipitar um novo início de hipocalemia ou exacerbar a

hipocalemia preexistente. Os diuréticos tiazídicos devem ser administrados com cautela em

pacientes com condições que envolvam perda de potássio elevada, por exemplo nefropatia

depletora de sal e insuficiência pré-renal (cardiogênica) da função renal. Se a hipocalemia for

acompanhada por sinais clínicos (por ex.: fraqueza muscular, parestesia ou alterações no EEG),

BRATOR H®

deverá ser descontinuado. A correção da hipocalemia e qualquer hipomagnesemia

coexistente é recomendada antes de iniciar com os tiazídicos. As concentrações séricas do

potássio e magnésio devem ser verificadas periodicamente. Todos os pacientes recebendo

diuréticos tiazídicos devem ser monitorados para desequilíbrios dos eletrólitos, particularmente

o potássio.

Diuréticos tiazídicos podem precipitar um novo início de hiponatremia e alcalose hipoclorêmica

ou exacerbar a hiponatremia preexistente. A hiponatremia acompanhada de sintomas

neurológicos (náusea, desorientação progressiva, foi observada em casos isolados. O

monitoramento regular das concentrações séricas de sódio é recomendado.

Pacientes com depleção de sódio e/ou de volume

Em pacientes com depleção grave de sódio e/ou hipovolemia, como nos que estejam recebendo

altas doses de diuréticos, pode ocorrer, em casos raros, hipotensão sintomática após o início da

terapia com BRATOR H®

. BRATOR H®

deverá ser utilizado apenas após a correção de

qualquer depleção preexistente de sódio e/ou hipovolemia, caso contrário o tratamento deverá

ser iniciado sob supervisão médica.

Se ocorrer hipotensão, manter o paciente em posição supina e, se necessário, administrar infusão

de solução salina fisiológica por via intravenosa. O tratamento com BRATOR H®

pode ser

reintroduzido assim que a pressão arterial estiver estabilizada.

Pacientes com estenose arterial renal

deve ser utilizado com cautela para tratar a hipertensão em pacientes com

estenose de artéria renal unilateral ou bilateral ou estenose em rim único, uma vez que a ureia e

a creatinina séricas podem aumentar nestes pacientes.

Pacientes com insuficiência renal

Nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com insuficiência renal leve a moderada

(TFG ≥ 30 mL/min). Devido ao componente hidroclorotiazida, utilizar BRATOR H®

com

cautela em insuficiência renal grave (TFG < 30 mL/min). Os diuréticos tiazídicos podem

precipitar a azotemia em pacientes com doença crônica dos rins. Eles são ineficientes como

monoterapia em insuficiência renal grave (TFG < 30 mL/min), mas podem ser úteis quando

utilizados com cautela em combinação com diuréticos de alça até mesmo nos pacientes com

TFG < 30 mL/min (vide Posologia e Farmacocinética).O uso de bloqueadores do receptor de

angiotensina (BRAs) – incluindo valsartana – ou inibidores da ECA juntamente com alisquireno

deve ser evitado em pacientes com disfunção renal grave (TFG < 30 mL/min) (vide Interações

Medicamentosas).

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Pacientes com Insuficiência hepática

Em pacientes com insuficiência hepática leve a moderada não é necessário ajuste de dose.

deverá ser utilizado com cautela especial em pacientes com distúrbios biliares

obstrutivos e em pacientes com insuficiência hepática grave (vide Posologia, Contraindicações e

Farmacocinética).

Angioedema

Angioedema, incluindo inchaço da laringe e glote, causando a obstrução da via aérea e/ou

inchaço da face, lábios, faringe e/ou língua foi reportado em pacientes tratados com valsartana;

alguns destes pacientes apresentaram angioedema previamente com outros medicamentos

incluindo inibidores da ECA. BRATOR H®

deverá ser descontinuada imediatamente em

pacientes que desenvolverem angioedema, e BRATOR H®

não deverá ser administrado

novamente.

Lúpus eritematoso sistêmico

Tem sido relatado que os diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, exacerbam ou

ativam o lúpus eritematoso sistêmico.

Outros distúrbios metabólicos

Os diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, podem alterar a tolerância à glicose e

podem elevar os níveis séricos do colesterol e dos triglicérides.

Como outros diuréticos, a hidroclorotiazida pode elevar os níveis séricos de ácido úrico devido

ao clearance (depuração) reduzido de ácido úrico e pode causar ou exacerbar a hiperuricemia e

precipitar a gota em pacientes susceptíveis.

Os diuréticos tiazídicos diminuem a excreção urinária de cálcio e podem causar leve elevação

de cálcio sérico na ausência de distúrbios conhecidos do metabolismo de cálcio. Uma vez que a

hidroclorotiazida pode elevar as concentrações séricas de cálcio, esta deve ser utilizada com

cautela em pacientes com hipercalcemia. Hipercalcemia marcada não responsiva à retirada de

tiazídicos ou ≥ 12 mg/dL pode ser evidência de um processo hipercalcêmico subjacente

independente de tiazídicos.

Alterações patológicas na glândula da paratireoide de pacientes com hipercalcemia e

hipofosfatemia foram observadas em alguns pacientes sob terapia prolongada com tiazídicos. Se

ocorrer hipercalcemia, esclarecimentos diagnósticos serão necessários.

Geral

Reações de hipersensibilidade à hidroclorotiazida são mais prováveis em pacientes com alergia

e asma.

Glaucoma agudo de ângulo fechado

A hidroclorotiazida, uma sulfonamida, foi associada com uma reação idiossincrática resultando

em miopia aguda e glaucoma agudo de ângulo fechado transitório. Os sintomas incluem início

agudo da redução da acuidade visual ou dor ocular e tipicamente ocorrem dentro de horas a

semanas após o início da terapia. Se não tratado, o glaucoma agudo de ângulo fechado pode

levar a perda permanente da visão.

O tratamento primário é descontinuar a hidroclorotiazida o mais rápido possível. Tratamento

médico ou cirúrgico imediatos podem precisar ser considerados se a pressão intraocular

permanecer descontrolada. Fatores de risco para desenvolver o glaucoma agudo de ângulo

fechado podem incluir histórico de alergia a sulfonamida ou a penicilina.

Pacientes com falência cardíaca/ pós infarto do miocárdio

Em pacientes nos quais a função renal pode depender da atividade do sistema da renina-

angiotensina-aldosterona (por ex.: pacientes com falência cardíaca congestiva grave), o

tratamento com inibidores da enzima conversora de angiotensina ou antagonista dos receptores

de angiotensina foi associado com oligúria e/ou azotemia progressiva, e em casos raros com

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falência renal aguda e/ou morte. Na avaliação de pacientes com falência renal ou pós infarto do

miocárdio deve ser sempre incluída a avaliação da função renal.

Duplo Bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina (SRA)

É necessário precaução na coadministração de BRAs, incluindo valsartana, com outros agentes

inibidores da SRA como IECAs ou alisquireno (vide item Interações Medicamentosas).

Gravidez e lactação

Mulheres com potencial para engravidar

Assim como para qualquer medicamento que age diretamente no SRAA, BRATOR H®

não

deverá ser utilizado em mulheres que estão planejando engravidar. Os profissionais de saúde

prescrevendo qualquer agente que atue no SRAA devem orientar as mulheres com potencial

para engravidar sobre os potenciais riscos destes agentes durante a gravidez.

Gravidez

deverá ser utilizado em mulheres grávidas (vide item Contraindicações). Devido ao mecanismo

de ação dos antagonistas de angiotensina II, o risco para o feto não deve ser excluído. Em

exposição do útero aos inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) (uma classe

específica de medicamentos que agem no sistema renina-angiotensina-aldosterona – SRAA),

administrados às gestantes durante o segundo e terceiro trimestres da gestação, houve lesões e

morte de feto em desenvolvimento. Além disso, nos dados retrospectivos, o uso de inibidores da

ECA no primeiro trimestre foi associado a um risco potencial de anomalias congênitas. Houve

relatos de aborto espontâneo, oligodrâmnio e disfunção renal no recém-nascido quando a

mulher grávida tomou a valsartana inadvertidamente. Os médicos que prescrevem qualquer

agente que atue no SRAA devem aconselhar as mulheres com potencial de engravidar sobre o

risco potencial destes agentes durante a gravidez.

A exposição intrauterina a diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, está associada

com icterícia ou trombocitopenia fetal ou neonatal, e pode estar associada com outras reações

adversas que ocorreram em adultos.

Se ocorrer gravidez durante o tratamento, BRATOR H®

deve ser descontinuado assim que

possível (vide item Dados de segurança pré-clínica).

Categoria de risco na gravidez: D

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Lactação

Não se sabe se a valsartana é excretada no leite humano. A valsartana foi excretada no leite de

ratas lactantes. A hidroclorotiazida atravessa a placenta e é excretada no leite humano. Portanto,

não se recomenda o uso de BRATOR H®

em lactantes.

Fertilidade

Não há nenhuma informação sobre os efeitos de valsartana ou hidroclorotiazida na fertilidade

humana. Estudos em ratos não demonstraram efeito de valsartana ou hidroclorotiazida na

fertilidade (vide item Dados de segurança pré-clínica).

Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas

Assim como com outros agentes anti-hipertensivos, recomenda-se cautela ao se operar

máquinas e/ou dirigir veículos.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

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- valsartana + hidroclorotiazida

As seguintes interações medicamentosas podem ocorrer devido aos dois componentes

(valsartana e/ou hidroclorotiazida) de BRATOR H®

:

lítio

Foram relatados aumentos reversíveis nas concentrações séricas de lítio e toxicidade durante a

administração concomitante de lítio e inibidores da ECA, antagonistas do receptor de

angiotensina II ou tiazidas. Uma vez que o clearance (depuração) renal do lítio é reduzido pelas

tiazidas, o risco de toxicidade por lítio pode, presumivelmente, ser aumentado ainda mais com

BRATOR H®

. Portanto, recomenda-se monitoração cuidadosa das concentrações séricas de lítio

durante o uso concomitante.

- valsartana

As seguintes potenciais interações medicamentosas podem ocorrer devido ao componente

valsartana de BRATOR H®

Duplo bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina (SRA) com BRAs, IECAs ou alisquireno

O uso concomitante de bloqueadores do receptor de angiotensina (BRAs), incluindo valsartana,

com outros medicamentos que agem no SRA é associado com o aumento da incidência de

hipotensão, hipercalemia e alterações na função renal em comparação com a monoterapia. É

recomendado o monitoramento da pressão arterial, função renal e eletrólitos em pacientes em

tratamento com BRATOR H®

e outros inibidores do SRA (vide item Advertências e

Precauções).

O uso concomitante de BRAs, incluindo valsartana, ou IECAs com alisquireno deve ser evitado

em pacientes com insuficiência renal grave (TFG < 30 mL/min) (vide item Advertências e

O uso concomitante de BRAs incluindo valsartana, ou IECAs com alisquireno é contraindicado

em pacientes com diabetes tipo 2 (vide item Contraindicações).

potássio

O uso concomitante de BRATOR H®

com suplementos de potássio, diuréticos poupadores de

potássio, substitutos do sal que contenham potássio ou outros medicamentos que possam alterar

os níveis de potássio (heparina, etc.) deve ser feito com cautela e os níveis de potássio devem

ser frequentemente monitorados.

Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) incluindo Inibidores seletivos da ciclo-

oxigenase-2 (Inibidores da COX-2)

Quando antagonistas da angiotensina II são administrados simultaneamente com AINEs, a

atenuação dos efeitos anti-hipertensivos pode ocorrer. Além do mais, em pacientes idosos com

hipovolemia (incluindo aqueles sob terapia diurética) ou que tenham a função renal

comprometida, o uso concomitante de antagonistas da angiotensina II e AINEs pode levar a um

aumento do risco de piora da função renal. Portanto, o monitoramento da função renal é

recomendado quando do início ou alteração do tratamento dos pacientes tomando valsartana que

estejam tomando AINEs concomitantemente.

Transportadores

Os resultados de um estudo in vitro com tecido de fígado humano indicaram que a valsartana é

um substrato do transportador de captação hepático OATP1B1 e do transportador de efluxo

hepático MRP2. A coadministração de inibidores dos transportadores de captação (rifampicina,

ciclosporina) ou dos transportadores de efluxo (ritonavir) podem aumentar a exposição

sistêmica à valsartana.

Durante monoterapia com valsartana, não foram observadas interações de significância clínica

com os seguintes fármacos: cimetidina, varfarina, furosemida, digoxina, atenolol, indometacina,

hidroclorotiazida, anlodipino e glibenclamida.

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hidroclorotiazida

As seguintes interações medicamentosas potenciais podem ocorrer em função do componente

tiazídico de BRATOR H®

Outros medicamentos anti-hipertensivos

Os diuréticos tiazídicos potencializam a ação dos anti-hipertensivos e de outros medicamentos

anti-hipertensivos (por ex.: guanetidina, metildopa, betabloqueadores, vasodilatadores,

bloqueadores dos canais de cálcio, inibidores da ECA, bloqueadores dos receptores da

angiotensina (BRA) e inibidores diretos da renina (IDR)).

Relaxantes musculoesqueléticos

Os diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, potencializam a ação de relaxantes

musculoesqueléticos tais como derivados do curare.

Medicamentos que afetam os níveis séricos de potássio

O efeito hipocalêmico dos diuréticos pode ser aumentado pela administração concomitante de

diuréticos depletores de potássio, corticosteroides, ACTH, anfotericina, carbenoxolona,

penicilina G, derivados do ácido salicílico ou antiarrítmicos (vide item Advertências e

Medicamentos que afetam os níveis séricos de sódio

O efeito hiponatrêmico dos diuréticos pode ser intensificado pela administração concomitante

de medicamentos como antidepressivos, antipsicóticos, antiepiléticos, etc. Recomenda-se

cautela para a administração a longo prazo destes medicamentos (vide item Advertências e

Agentes antidiabéticos

Os diuréticos tiazídicos podem alterar a tolerância à glicose. Pode ser necessário ajustar a dose

de insulina e/ou de antidiabéticos orais.

Glicosídeos digitálicos

A hipocalemia ou a hipomagnesemia induzidas por diuréticos tiazídicos podem ocorrer como

efeito indesejado, o que favorece a incidência de arritmia cardíaca induzida por digitálicos (vide

item Advertências e Precauções).

AINEs e Inibidores seletivos da COX-2

A administração concomitante de anti-inflamatórios não-esteroidais (por exemplo, derivados do

ácido salicílico, indometacina) pode enfraquecer a atividade diurética e anti-hipertensiva do

componente tiazídico de valsartana + hidroclorotiazida. A hipovolemia concomitante pode

induzir insuficiência renal aguda.

alopurinol

A coadministração de diuréticos tiazídicos (incluindo a hidroclorotiazida) pode aumentar a

incidência de reações de hipersensibilidade ao alopurinol.

amantadina

A coadministração de diuréticos tiazídicos (incluindo a hidroclorotiazida) pode aumentar o risco

de efeitos adversos causados pela amantadina.

Agentes antineoplásicos (por ex.: ciclofosfamida, metotrexato)

A coadministração de diuréticos tiazídicos pode reduzir a excreção renal de agente citotóxicos e

elevar seus efeitos mielossupressores.

Agentes anticolinérgicos

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A biodisponibilidade dos diuréticos tiazídicos pode ser aumentada por agentes anticolinérgicos

(por exemplo, atropina, biperideno), aparentemente em função do decréscimo da motilidade

gastrintestinal e da taxa de esvaziamento gástrico. No entanto, os medicamentos procinéticos,

como a cisaprida, podem reduzir a biodisponibilidade dos diuréticos do tipo tiazídicos.

Resinas de trocas iônicas

A absorção dos diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, é reduzida pela

colestiramina ou colestipol. No entanto, o escalonamento da dose de hidroclorotiazida e resina

provavelmente minimizariam a interação, desde que a hidroclorotiazida tenha sido administrada

no mínimo 4 horas antes ou de 4 a 6 horas depois da administração de resinas.

Vitamina D

A administração de diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, com vitamina D ou sais

de cálcio pode potencializar o aumento do cálcio sérico.

ciclosporina

O tratamento concomitante com ciclosporina pode aumentar o risco de hiperuricemia e

complicações da gota.

Sais de cálcio

A administração concomitante de diuréticos do tipo tiazídicos pode levar a hipercalcemia

devido ao aumento da reabsorção tubular de cálcio.

diazóxido

Diuréticos tiazídicos podem aumentar o efeito hiperglicêmico do diazóxido.

metildopa

Tem sido relatada na literatura a ocorrência de anemia hemolítica quando do uso concomitante

de hidroclorotiazida e metildopa.

Álcool, barbitúricos ou narcóticos

A administração concomitante de diuréticos tiazídicos com álcool, barbitúricos ou narcóticos

pode potencializar a hipotensão ortostática.

Aminas pressoras

A hidroclorotiazida pode reduzir a resposta às aminas pressoras, como a noradrenalina. A

significância clínica deste efeito é incerto e insuficiente para excluir seu uso.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (15 a 30 °C). Proteger da umidade.

Desde que respeitando os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade

de 24 meses a contar da data de sua fabricação.

BRATOR H®

80 mg + 12,5 mg: Comprimido revestido de coloração branca a quase branca,

oval, biconvexo, com arestas chanfradas, gravado com “1071” em um dos lados e liso do outro

lado.

160 mg + 12,5 mg: Comprimido revestido de coloração rosa, oval, biconvexo,

com arestas chanfradas , gravado com “1072” em um dos lados e liso do outro lado.

160 mg + 25 mg: Comprimido revestido de coloração amarela, oval, biconvexo,

com arestas chanfradas e sulcado em ambos os lados.

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320 mg + 12,5 mg: Comprimido revestido de coloração rosa, oval, biconvexo,

com arestas chanfradas, gravado com “1074” em um dos lados e liso do outro lado.

320 mg + 25 mg: Comprimido revestido de coloração branca a quase branca,

oval, biconvexo, com arestas chanfradas, sulcado em um dos lados e liso do outro lado.

Número do lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

A dose recomendada de BRATOR H®

é de 1 comprimido uma vez ao dia. Quando clinicamente

apropriado pode ser usado 80 mg de valsartana e 12,5 mg de hidroclorotiazida ou 160 mg de

valsartana e 12,5 mg de hidroclorotiazida ou 320 mg de valsartana e 12,5 mg de

hidroclorotiazida. Quando necessário, 160 mg de valsartana e 25 mg de hidroclorotiazida ou

320 mg de valsartana e 25 mg de hidroclorotiazida pode ser usado. O efeito anti-hipertensivo

máximo manifesta-se dentro de 2 a 4 semanas.

Insuficiência renal

Não é necessário ajustar a dose em pacientes com insuficiência renal leve a moderada (Taxa de

Filtração Glomerular (TFG) ≥ 30 mL/min). Devido ao componente hidroclorotiazida, BRATOR

é contraindicado em pacientes com anúria (vide item Contraindicações) e deve ser utilizado

com cautela em pacientes com insuficiência renal grave (TFG <30 mL/min) (vide Advertências

e Precauções e Farmacocinética). Diuréticos tiazídicos são ineficientes como monoterapia na

insuficiência renal grave (TFG < 30 mL/min), mas podem ser úteis nestes pacientes quando

utilizados com a devida cautela e em combinação com um diurético de alça, mesmo em

pacientes com TFG < 30 mL/min.

Insuficiência hepática

Nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com insuficiência hepática leve a moderada.

Devido ao componente hidroclorotiazida, BRATOR H®

deve ser utilizado com cautela especial

em pacientes com insuficiência hepática grave.

Devido ao componente valsartana, BRATOR H®

deve ser utilizado com cautela especial em

pacientes com distúrbios biliares obstrutivos (vide Contraindicações e Advertências e

Precauções).

Crianças (abaixo de 18 anos)

A segurança e a eficácia de BRATOR H®

não foram estabelecidas.

Pacientes idosos

Não é necessário ajuste de dose (vide item Farmacocinética).

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas reportadas em estudos clínicos e em achados laboratoriais ocorrendo mais

frequentemente com valsartana e hidroclorotiazida versus placebo e relatos individuais pós-

comercialização estão apresentados abaixo de acordo com o sistema de classe de órgãos. As

reações adversas conhecidas por ocorrerem com cada componente individualmente, mas que

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não foram vistas em estudos clínicos, podem ocorrer durante o tratamento de valsartana +

hidroclorotiazida.

Reações adversas ao medicamento estão listadas por frequência, a mais frequente primeiro,

utilizando a seguinte convenção: muito comum (> 1/10); comum (> 1/100, < 1/10); incomum (>

1/1.000, < 1/100); rara (> 1/10.000, < 1/1.000); muito rara (< 1/10.000), desconhecida (não

pode ser estimada pelos dados disponíveis). Dentro de cada grupo de frequência, as reações

adversas estão listadas em ordem decrescente de gravidade.

Tabela 1 Frequência das reações adversas ao medicamento com valsartana +

hidroclorotiazida

Distúrbios do metabolismo e nutrição

Incomum Desidratação

Distúrbios do sistema nervoso

Muito rara Tontura

Incomum Parestesia

Desconhecida Síncope

Distúrbios dos olhos

Incomum Visão borrada

Distúrbios do ouvido e do labirinto

Incomum Zumbido

Distúrbios vasculares

Incomum Hipotensão

Distúrbios respiratórios torácicos e mediastínicos

Incomum Tosse

Desconhecida Edema pulmonar não cardiogênico

Distúrbios gastrointestinais

Muito rara Diarreia

Distúrbios muscoloesqueléticos e do tecido conectivo

Incomum Mialgia

Muito rara Artralgia

Distúrbios renais e urinários

Desconhecida Comprometimento da função renal

Distúrbios gerais e do local de administração

Incomum Fadiga

Laboratoriais

Desconhecida Aumento de ácido úrico sérico, bilirrubina sérica e

creatina sérica, hipocalemia, hiponatremia, elevação

da ureia sanguínea, neutropenia

Os eventos a seguir também foram observados durante os estudos clínicos em pacientes

hipertensos independente da relação causal com o medicamento do estudo: dor abdominal, dor

no abdômen superior, ansiedade, artrite, astenia, dor nas costas, bronquite, bronquite aguda, dor

no peito, tontura postural, dispepsia, dispneia, boca seca, epistaxe, disfunção erétil,

gastroenterite, dor de cabeça, hiper-hidrose, hipoestesia, gripe, insônia, estiramento do

ligamento, espasmo muscular, tensão muscular, congestão nasal, nasofaringite, náusea, dor no

pescoço, edema, edema periférico, otite média, dor nas extremidades, palpitações, dor

faringolaríngea, polaciúria, pirexia, sinusite, congestão sinusal, sonolência, taquicardia,

infecções do trato respiratório superior, infecções do trato urinário, vertigem, infecções virais,

distúrbios visuais.

Informações adicionais sobre os componentes individualmente

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As reações adversas previamente reportadas com os componentes individualmente, também

podem ter efeitos indesejáveis com valsartana + hidroclorotiazida , mesmo que não tenham sido

observadas nos estudos clínicos ou durante o período pós- comercialização.

Tabela 2 Frequência das reações adversas ao medicamento com valsartana

Distúrbios do sangue e sistema linfático

Desconhecida Diminuição da hemoglobina, diminuição do hematócrito,

trombocitopenia

Distúrbios do sistema imunológico

Desconhecida Outras reações de hipersensibilidade / reações alérgicas, incluindo

doença do soro

Desconhecida Aumento do potássio sérico

Incomum Vertigem

Desconhecida Vasculite

Incomum Dor abdominal

Distúrbios hepatobiliares

Desconhecida Aumento dos valores da função hepática

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Desconhecida Angioedema, rash, dermatite bolhosa, prurido

Desconhecida Falência renal

hipertensos independentemente de sua relação causal com o medicamento do estudo: artralgia,

astenia, dor nas costas, diarreia, tontura, dor de cabeça, insônia, diminuição da libido, náusea,

edema, faringite, rinite, sinusite, infecção do trato respiratório superior, infecção viral.

Tabela 3 Frequência das reações adversas com hidroclorotiazida

Muito comum Principalmente em altas doses, aumento de lipídeos no sangue

Comum Hipomagnesia e hiperuricemia

Rara Hipercalemia, hiperglicemia, glicosúria e piora do estado metabólico diabetico

Muito rara Alcalose hipoclorêmica

Comum Urticária e outras formas de rash

Rara Reações de fotossenbilidade

Muito rara Vasculite necrotizante e necrólise epidérmica tóxica, reações parecidas

com lupus eritomatoso cutâneo, reativação do lupus eritomatoso cutâneo

Desconhecida Eritema multiforme

Comum Diminuição do apetite, nausea e vômitos leves

Rara Desconforto abdominal, constipação e diarreia

Muito rara Pancreatite

Distúrbios hepatobíliares

Rara Colestase ou icterícia

Comum Hipotensão ortostática, que pode ser agravada pelo álcool, anestésicos ou

sedativos

Distúrbios cardíacos

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Rara Arritmia

Rara Dor de cabeça, tontura, distúrbios do sono, depressão e parestesia

Rara Comprometimento visual, particularmente nas primeiras semanas de tratamento

Desconhecida Glaucoma agudo de ângulo fechado

Rara Trombocitopenia, algumas vezes com púrpura

Muito rara Leucopenia, agranulocitose, falência da medula óssea e anemia hemolítica

Desconhecida Anemia aplástica

Distúrbios do sistema reprodutivo e das mamas

Comum Impotência

Muito rara Reações de hipersensibilidade – dificuldade respiratória incluindo pneumonite e

edema pulmonar

Desconhecida Falência renal aguda, distúrbios renais

Distúrbios gerais e condições no local de administração

Desconhecida Pirexia, astenia

Distúrbios musculoesqueléticos e dos tecidos conectivos

Desconhecida Espasmo muscular

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.