Bula do Cefanid para o Profissional

Bula do Cefanid produzido pelo laboratorio Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Cefanid
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a - Profissional

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BULA COMPLETA DO CEFANID PARA O PROFISSIONAL

CEFANID®

(cefalexina)

Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.

Comprimido

500mg

– comprimido - Bula para o profissional da saúde 1

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:

cefalexina

APRESENTAÇÕES

Comprimido. Embalagem contendo 8 comprimidos.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido contém:

cefalexina monoidratada ..................................................................................................................... 526mg

(equivalente a 500mg de cefalexina base)

excipientes q.s.p. ...................................................................................................................... 1comprimido

(corante laca amarelo FDC n° 6, celulose microcristalina, lactose, estearato de magnésio, dióxido de

silício, croscarmelose sódica e talco).

– comprimido - Bula para o profissional da saúde 2

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:

1. INDICAÇÕES

A cefalexina é indicada para o tratamento das infecções listadas abaixo, quando causadas por cepas

sensíveis dos seguintes microrganismos:

Sinusites bacterianas causadas por estreptococos, S. pneumoniae e Staphylococcus aureus (somente os

sensíveis à meticilina).

Infecções do trato respiratório causadas por S. pneumoniae e S. pyogenes (a penicilina é o antibiótico

de escolha no tratamento e prevenção de infecções estreptocócicas, incluindo a profilaxia da febre

reumática. A cefalexina é geralmente eficaz na erradicação de estreptococos da nasofaringe; contudo,

dados substanciais estabelecendo a eficácia da cefalexina na prevenção tanto da febre reumática como da

endocardite bacteriana não estão disponíveis até o momento).

Otite média causada por S. pneumoniae, H. influenzae, M. catarrhalis, outros estafilococos e

estreptococos.

Infecções da pele e tecidos moles causadas por estafilococos e/ou estreptococos sensíveis à cefalexina.

Infecções ósseas causadas por estafilococos e/ou P. mirabilis.

Infecções do trato geniturinário incluindo prostatite aguda, causadas por E. coli, P. mirabilis e

Klebsiella pneumoniae.

Infecções dentárias causadas por estafilococos e/ou estreptococos sensíveis à cefalexina.

Nota: Deverão ser realizados testes de sensibilidade à cefalexina e culturas apropriadas do microrganismo

causador. Estudos da função renal devem ser efetuados quando indicado pelo médico.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Infecções do Trato Respiratório Superior: Nos estudos clínicos, mais de 400 pacientes foram tratados

com cefalexina para tonsilite, faringite ou escarlatina causadas pelo estreptococo beta-hemolítico grupo

A. A dose habitual variou de 20 a 30mg/kg/dia por 10 dias. Uma resposta satisfatória, indicada como uma

remissão clínica dos sintomas e culturas negativas no período de acompanhamento atingiu 94% dos

pacientes.

McLinn13

avaliou a segurança e eficácia da cefalexina administrada duas a quatro vezes ao dia no

tratamento de pacientes com faringite estreptocócica. A idade dos pacientes variou de menos de 1 ano até

20 anos. Uma resposta sintomática satisfatória ao tratamento (melhora significante ou desaparecimento

dos sinais e sintomas com nenhuma recidiva durante os 7 dias após o período de pós-tratamento) foi

observada em 92 dos 97 pacientes tratados duas vezes ao dia (95%) e em 85 dos 89 pacientes tratados

quatro vezes ao dia (96%). O autor concluiu que no tratamento da faringite estreptocócica, a cefalexina

administrada duas vezes ao dia pareceu ser tão eficaz quanto a administrada quatro vezes ao dia, desde

que as doses totais diárias fossem equivalentes e o tratamento continuado por 10 dias.

Browning1

comparou a eficácia da cefalexina, 500mg administrada duas vezes ao dia com 1g

administrada duas vezes ao dia, em pacientes com infecções do trato respiratório superior, principalmente

tonsilite, faringite, sinusite e otite média; do trato respiratório inferior, primeiramente com bronquite

aguda e exacerbações agudas da bronquite crônica. Oito por cento de todos os pacientes ou mais foram

tratados com êxito ou apresentaram melhora considerável após 6 dias de tratamento com a cefalexina.

Não houve diferença de eficácia entre as duas escalas de dose. Marks e Garrett11

relataram uma taxa de

sucesso de 88% em otite média. Disney3

revisou a literatura da cefalexina no tratamento da otite média.

As doses eficazes foram de 50 a 100mg/kg/dia, exceto para o Haemophilus influenzae, na qual houve

uma taxa de falhas de 50%.

McLinn et al12

estudaram a cefalexina no tratamento de otite média em 97 crianças. A cefalexina foi

administrada a uma dose de 100mg/kg/dia dividida em quatro vezes ao dia por 10 a 12 dias. Foi notado

um êxito do resultado clínico e bacteriológico em 90/97 (93%) das crianças no primeiro período de

acompanhamento (48 horas).

Infecções do trato respiratório inferior: Durante os estudos clínicos, 785 pacientes avaliáveis foram

tratados com cefalexina para infecções do trato respiratório inferior. Trezentos e vinte e um desses

pacientes foram diagnosticados com bronquite aguda ou com exacerbações agudas da bronquite crônica.

As doses mais frequentemente usadas foram de 25 a 50mg/kg/dia para crianças e de 1 a 2 gramas diários

para adultos. O período habitual de tratamento foi de 1 semana.

O Streptococcus pneumoniae foi o patógeno mais comum, seguido pelo Haemophilus influenzae como o

segundo mais comum. Foi relatada uma resposta clínica satisfatória em 716 dos 785 pacientes (91%). Foi

registrada uma resposta clínica satisfatória em 89% do subgrupo de bronquite. Fass et al5

revisaram o

experimento com cefalexina no tratamento da pneumonia nos pacientes adultos. Os resultados nos casos

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– comprimido - Bula para o profissional da saúde 3

de pneumonia em crianças foram relatados por Rosenthal et al15

. Dois estudos adicionais publicados

relataram o uso de cefalexina em pacientes com exacerbações purulentas de bronquite crônica. A dose

habitual foi de 2g/dia por 10 dias e, em alguns casos, de 4g/dia por 5 dias.

Infecções da pele e tecidos moles: A cefalexina foi eficaz no tratamento de infecções da pele e de

tecidos moles, assim como nas infecções traumáticas e do pós-operatório. Nos estudos clínicos, a cura

bacteriológica foi notada em 93% dos pacientes tratados com infecções da pele e de estruturas da pele

causadas por Staphylococcus aureus. As condições tratadas incluíram infecções de feridas, furúnculos,

impetigo, pioderma, úlcera da pele, abscesso subcutâneo, celulite e linfadenite.

DiMattia et al2

relataram resultados de um estudo multicêntrico, comparando a eficácia da cefalexina em

regimes de dose de duas vezes ao dia vs. quatro vezes ao dia no tratamento de 154 pacientes com

infecções dermatológicas. A idade da população variou de 1 mês a 70 anos. A dose total para o adulto foi

de 1g/dia e a dose pediátrica foi de 20 a 30mg/kg/dia. Ambas as escalas de dose exibiram uma eficácia

maior que 97%.

comparou doses de 1g com 2g de cefalexina administradas como 500mg ou 1g duas vezes ao

dia no tratamento de infecções da pele e de estruturas da pele. Uma resposta satisfatória foi vista em 99%.

Infecções do trato urinário: Cento e oitenta e quatro pacientes foram admitidos em um estudo multi-

institucional, paralelo, duplo-cego comparando cefalexina 250mg administrada quatro vezes ao dia com

cefalexina 500mg administrada duas vezes ao dia em pacientes com infecções agudas do trato urinário

inferior. Uma resposta sintomática satisfatória, definida como o desaparecimento ou melhora dos sinais e

sintomas da infecção com nenhuma reincidência em 5 a 9 dias após o tratamento, foi vista em 92% dos

pacientes na escala de administração duas vezes ao dia e em 90% dos pacientes na escala de

administração quatro vezes ao dia. A cura bacteriológica foi atingida em 93% dos pacientes da escala de

administração duas vezes ao dia e em 91% dos pacientes da escala de administração quatro vezes ao dia.

Fennell et al6

avaliaram a eficácia da cefalexina no tratamento de bacteriúria em 93 crianças. A cefalexina

foi administrada como uma dose oral de 12,5mg/kg quatro vezes ao dia por 2 semanas, seguida da mesma

dose administrada duas vezes ao dia por 4 semanas. O tratamento com cefalexina erradicou os

organismos sensíveis em 97% dos casos sem relação de reincidência, anomalia estrutural ou estado da

função renal.

Weinstein19

revisou vários estudos da cefalexina no tratamento de infecções do trato urinário. Mais de

90% dos indivíduos com cistite, pielonefrite aguda (não sendo necessária a hospitalização) e infecções

agudas do trato urinário não diferenciada responderam satisfatoriamente ao tratamento com cefalexina. O

autor notou que concentrações significantes na urina são obtidas sempre após a administração de doses

relativamente baixas. Aproximadamente 800mcg de cefalexina por ml de urina estão presentes por 2

horas após a administração de uma dose de 250mg, e 50mcg/mL estão presentes após 8 horas. Com uma

dose de 500mg, a urina contém quase 2200mcg/mL em 2 horas e, após 8 horas, as concentrações são de

400 a 500mcg/ml. Ele notou que a eficácia da cefalexina contra os patógenos comuns do trato urinário foi

bem estabelecida. O atributo de concentração na urina da cefalexina permite a obtenção de concentrações

urinárias além de um excesso daqueles que necessitam inibir os microrganismos que poderiam ser

considerados resistentes se eles fossem responsáveis por infecções em outros locais.

Levinson et al10

observaram 23 pacientes que receberam uma dose de 500mg de cefalexina administrada

quatro vezes ao dia por períodos de 2 a 3 semanas. A maioria dos pacientes teve evidências de anomalias

estruturais ou infecções crônicas do trato urinário. Todos os 23 pacientes tornaram-se abacteriúricos

dentro de 72 horas após o início do tratamento e 10 pacientes (43%) permaneceram abacteriúricos por 2

ou mais meses após a descontinuação do tratamento. Fairley4

relatou êxito no tratamento de 82% das

infecções recorrentes do trato urinário em mulheres. A dose foi de 2g/dia de cefalexina administrada por 1

a 2 semanas.

Infecções ósseas: Os resultados de um ensaio quantitativo de cefalexina presente no osso alveolar

mandibular foram relatados por Shuford16

. Dezesseis pacientes receberam doses múltiplas de cefalexina

(500mg a cada 6 horas por no mínimo 48 horas) e amostras foram obtidas para o ensaio aproximadamente

1 hora após a última dose. Concentrações mensuráveis no osso alveolar variaram de 0,77 a 9,3mcg/g, com

uma média de 2,8mcg/g.

Cinquenta espécimes de fluido articular foram obtidos de 16 crianças com artrite séptica. Após a

administração de uma dose de 25mg/kg de cefalexina, amostras simultâneas do soro e do fluido articular

foram obtidas com concentrações médias de 17,1/11,3mcg/mL em 2 horas, 3,1/6,2mcg/mL em 4 horas e

0,7/1,8mcg/mL em 6 horas.

Jalava et al7

administraram cefalexina, 1g por via oral a cada 6 horas em 13 pacientes com artrite

reumatóide e efusões crônicas do joelho sem artrite bacteriana. As concentrações encontradas no líquido

sinovial (3,8 a 15,5mcg/mL), sinóvia (1,6 a 5,6mcg/g), cartilagem (3,0 a 5,3mcg/g) e osso (1,3 a

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3,1mcg/g), após uma dose oral, foram altas o bastante para ter um efeito terapêutico na artrite bacteriana

devido aos organismos sensíveis à cefalexina.

Não é possível a correlação direta dos níveis ósseos e dos resultados clínicos. Entretanto, os estudos

clínicos demonstraram a eficácia da cefalexina no tratamento da osteomielite quando causada por

organismos sensíveis.

Tetzlaff et al18

avaliaram o uso da cefalexina após 5 a 9 dias do tratamento com antibiótico parenteral em

pacientes pediátricos com osteomielite e artrite supurativa. A cefalexina foi eficaz e bem tolerada por

pacientes que receberam a droga em doses de 100 a 150mg/kg/dia por 3 semanas a 14 meses. Hughes et

al9

relataram a eficácia da cefalexina no tratamento da osteomielite crônica em 14 pacientes. Muitos dos

pacientes no estudo apresentavam-se com infecções que estavam presentes por, no mínimo, 1 ano; um

paciente apresentava uma infecção por 15 anos. A dose de cefalexina foi de 1 g administrada quatro vezes

ao dia, seguida por 500mg administrada quatro vezes ao dia por um total de 6 semanas. O período de

acompanhamento variou de 2 a 5 anos com uma média de 3,75 anos.

Infecções dentárias: Testes qualitativos in vitro indicam que a cefalexina tem atividade contra vários

organismos isolados da cavidade oral, incluindo Peptostreptococcus, Bacteroides, Veillonella,

Fusobacterium, Actinomyces e estreptococo alfa.

Johnson e Foord8

relataram a respeito de 19 pacientes com infecções dentárias que receberam cefalexina,

1 ou 2g por 7 dias. As respostas satisfatórias foram relatadas em 89% dos pacientes.

Stratford17

relatou a respeito de pacientes tratados de várias infecções, incluindo três com abscessos

apicais da raiz. Os organismos infectantes foram Streptococcus mitis, Staphylococcus aureus e

estreptococo beta-hemolítico (grupo C ou G). A dose de cefalexina foi de 4 g/dia por 5 dias. As infecções

melhoraram em cada instância.

Os resultados de um ensaio quantitativo da cefalexina presente no osso alveolar mandibular e no sangue

foram relatados por Shuford16

. O estudo consistiu de 16 pacientes submetidos a extrações selecionadas e a

alveoloplastia para o tratamento das condições dentárias. Todos os pacientes receberam cefalexina,

500mg a cada 6 horas por no mínimo 48 horas antes da obtenção das amostras para o teste. Os níveis

médios no sangue e no osso foram de 4,67mcg/ml (variação de 1,1 a 12,6mcg/ml) e 2,8mcg/g (variação

de 0,77 a 9,3mcg/g), respectivamente. O autor notou que a média das concentrações de cefalexina no

sangue e no osso excedeu aos valores de concentração mínima inibitória para os organismos comumente

encontrados nas infecções dentárias e bacteremias. Nord14

demonstrou a presença de cefalexina sob os

dentes no osso da mandíbula após a administração oral. Seis pacientes sem infecção na maxila receberam

500mg de cefalexina após 12 horas de jejum. O pico dos níveis ósseos foi obtido após cerca de 2 horas e

variou de 2,5 a 3,5mcg/mL.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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sixty-three patients. Am J Med Sci 1970;259:187.

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results in the treatment of 93 children. Clin Pediatr 1975;14:934-938.

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administration. Scand J Rheumatol 1977;6:250.

8. Johnson SE, Foord RD. Cephalexin dosage in general practice assessed by double-blind trial. Curr

Med Res Opin 1972;1:37.

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10. Levison ME, Johnson WD, Thornhill TS, Kaye D. Clinical and in vitro evaluation of cephalexin.

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– comprimido - Bula para o profissional da saúde 5

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16. Shuford GM. Concentrations of cephalexin in mandibular alveolar bone, blood and oral fluids. J Am

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therapeutic properties. Drugs 3.1972;9:78.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

A cefalexina monoidratada é um antibiótico semissintético do grupo das cefalosporinas para

administração oral. É o ácido 7-(D-amino-fenilacetamido)-3-metil-3-cefem-4-carboxílico monoidratado.

Sua fórmula molecular é C16H17N3O4S·H2O e peso molecular de 365,4. Possui o núcleo dos demais

antibióticos cefalosporínicos. O composto é um zwitterion, isto é, a molécula contém agrupamentos ácido

e básico. O ponto isoelétrico da cefalexina em água é de aproximadamente 4,5 a 5. A forma cristalina da

cefalexina é de monoidrato. É um pó cristalino branco, com sabor amargo. A solubilidade em água é

baixa à temperatura ambiente; 1 ou 2mg/mL podem ser dissolvidos rapidamente; porém, concentrações

mais altas são obtidas com dificuldade. As cefalosporinas diferem das penicilinas na estrutura do sistema

bicíclico de anéis. A cefalexina tem um radical D-fenilglicílico como substituinte na posição 7-amino e

um radical metil na posição 3.

Propriedades Farmacocinéticas

A cefalexina é ácido estável, podendo ser administrada sem considerar as refeições. É rapidamente

absorvida após administração oral. Após doses de 250mg, 500mg e 1g, níveis sanguíneos máximos

médios de aproximadamente 9, 18 e 32mcg/mL, respectivamente, foram obtidos em uma hora. Níveis

mensuráveis estavam presentes por 6 horas após a administração. A cefalexina é excretada na urina por

filtração glomerular e secreção tubular. Os estudos demonstraram que mais de 90% da droga foi

excretada inalterada na urina dentro de 8 horas. As concentrações máximas na urina durante este período

foram de aproximadamente 1.000mcg, 2.200mcg e 5.000mcg/mL, após doses de 250mg, 500mg e 1g,

respectivamente.

Propriedades Farmacodinâmicas

Testes in vitro demonstram que as cefalosporinas são bactericidas porque inibem a síntese da parede

celular. A cefalexina mostrou ser ativa tanto in vitro como em infecções clínicas contra a maioria dos

seguintes microrganismos, conforme relacionadas no item “Indicações”:

Aeróbios gram-positivos: Estreptococos beta-hemolítico; Estafilococos (incluindo cepas coagulase

positivas, coagulase negativas e produtoras de penicilinase); Streptococcus pneumoniae (cepas sensíveis à

penicilina).

Aeróbios gram-negativos: Escherichia coli; Haemophilus influenzae; Klebsiella spp.; Moraxella

catarrhalis; Proteus mirabilis.

Nota: Os estafilococos meticilino-resistentes e a maioria das cepas de enterococos são resistentes à

cefalexina. Não é ativa contra a maioria das cepas de Enterobacter spp., Morganella morganii e Proteus

vulgaris. A cefalexina não tem atividade contra as espécies de Pseudomonas spp. ou Acinetobacter

calcoaceticus. Os Streptococcus pneumoniae penicilino-resistentes apresentam usualmente resistência

cruzada aos antibióticos beta-lactâmicos.

Testes de Sensibilidade – Técnicas de Difusão: Os métodos quantitativos que requerem medidas de

diâmetro de halos de inibição fornecem estimativas reproduzíveis da sensibilidade da bactéria às

substâncias antimicrobianas. Um desses métodos padronizados, que foi recomendado para uso, com

discos de papel para testar a sensibilidade dos microrganismos à cefalexina, utiliza discos com 30mcg de

cefalotina. A interpretação do método correlaciona os diâmetros dos halos de inibição obtidos com os

discos com a concentração inibitória mínima (CIM) para cefalexina. Os relatórios de laboratório, dando

resultados do teste de sensibilidade com disco único padrão, com um disco de cefalotina de 30mcg devem

ser interpretados de acordo com os seguintes critérios:

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– comprimido - Bula para o profissional da saúde 6

Diâmetro do halo (mm) Interpretação

≥ 18 (S) Sensível

15-17 (I) Intermediário

≤ 14 (R) Resistente

Um resultado "sensível" significa que o patógeno pode ser inibido pelas concentrações da substância

antimicrobiana geralmente alcançáveis no sangue. Um resultado "intermediário" indica que o resultado

deve ser considerado equivocado e, se o microrganismo não apresentar sensibilidade a outras drogas

clinicamente alternativas, o teste deve ser então repetido. Esta classificação sugere uma possível

indicação clínica nos locais do organismo onde a droga se concentra fisiologicamente ou em situações

onde altas doses da droga podem ser usadas. Esta classificação também abrange uma zona tampão que

previne contra fatores técnicos que possam causar discrepâncias maiores na interpretação. Um resultado

"resistente" indica que as concentrações alcançáveis da substância antimicrobiana no sangue são

insuficientes para serem inibitórias e que outra terapia deverá ser escolhida.

As medidas de CIM e das concentrações alcançáveis das substâncias antimicrobianas podem ser úteis

para orientar a terapia em algumas infecções (ver Propriedades Farmacocinéticas - informações sobre

as concentrações alcançáveis nos locais da infecção e outras propriedades farmacocinéticas desta droga

antimicrobiana).

Os métodos padronizados requerem o uso de microrganismos controlados em laboratório. O disco de

cefalotina de 30mcg deve dar os seguintes halos de inibição quando testados com estas cepas de controle

para testes de laboratório:

Microrganismo Diâmetro do halo (mm)

E. coli ATCC 25922 15-21

S. aureus ATCC 25923 29-37

Técnicas de Diluição: Os métodos quantitativos usados para determinar os valores de CIM fornecem

estimativas reproduzíveis da sensibilidade da bactéria às substâncias antimicrobianas. Um desses métodos

padronizados utiliza a diluição em caldo, ágar, microdiluição ou equivalente com cefalotina. Os

resultados da CIM devem ser interpretados de acordo com os seguintes critérios:

CIM (mcg/ml) Interpretação

≤ 8 (S) Sensível

16 (I) Intermediário

≥ 32 (R) Resistente

A interpretação deve ser como a estabelecida acima para resultados usando métodos de difusão.

Como com os métodos-padrão de difusão, os métodos de diluição requerem o uso de microrganismos de

controle em laboratório. A cefalotina padrão em pó deve fornecer os seguintes valores de CIM:

Microrganismo Variação do CIM (mcg/ml)

E. coli ATCC 25922 4-16

E. faecalis ATCC 29212 8-32

S. aureus ATCC 29213 0,12-0,5

4. CONTRAINDICAÇÕES

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é contraindicado em pacientes alérgicos às cefalosporinas.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Gerais: Antes de ser instituída a terapêutica com a cefalexina, deve-se pesquisar cuidadosamente reações

prévias de hipersensibilidade às cefalosporinas e às penicilinas. Os derivados da cefalosporina-C devem

ser administrados cuidadosamente a pacientes alérgicos à penicilina. Reações agudas graves de

hipersensibilidade podem levar à necessidade do uso de adrenalina ou outras medidas de emergência. Há

alguma evidência clínica e laboratorial de imunogenicidade cruzada parcial entre as penicilinas e as

cefalosporinas. Foram relatados casos de pacientes que apresentaram reações graves (incluindo

anafilaxia) a ambas as drogas.

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Qualquer paciente que tenha demonstrado alguma forma de alergia, particularmente a drogas, deve

receber antibióticos com cautela, não devendo haver exceção com a cefalexina.

Foi relatada colite pseudomembranosa com praticamente todos os antibióticos de amplo espectro

(incluindo os macrolídeos, penicilinas semissintéticas e cefalosporinas); portanto, é importante considerar

este diagnóstico em pacientes que apresentam diarreia em associação ao uso de antibióticos. Essas colites

podem variar de gravidade, de leve a intensa com risco de vida. Casos leves de colite pseudomembranosa

usualmente respondem somente com a interrupção do tratamento. Em casos moderados a graves, medidas

apropriadas devem ser tomadas.

Os pacientes devem ser seguidos cuidadosamente para que qualquer reação adversa ou manifestação

inusitada de idiossincrasia à droga possa ser detectada. Se ocorrer uma reação alérgica à cefalexina, a

droga deverá ser suspensa e o paciente tratado com drogas apropriadas (por ex.: Adrenalina ou outras

aminas pressoras, anti-histamínicos ou corticosteróides).

O uso prolongado e/ou inadequado da cefalexina poderá resultar na proliferação de bactérias resistentes.

A observação cuidadosa do paciente é essencial. Se uma superinfecção ocorrer durante a terapia, devem-

se tomar as medidas apropriadas.

Quando indicada uma intervenção cirúrgica, esta deverá ser feita junto com a terapia antibiótica.

Antibióticos de amplo espectro devem ser prescritos com cuidado a pacientes com história de doença

gastrintestinal, particularmente colite.

Carcinogênese, mutagênese, danos à fertilidade: A administração oral diária de cefalexina a ratos em

doses de 250 ou 500mg/Kg, antes e durante a gravidez, ou ratos e camundongos durante somente o

período de organogênese, não teve efeito adverso na fertilidade, viabilidade fetal, peso fetal ou tamanho

da ninhada, a cefalexina não mostrou aumento de toxicidade em ratos recém-nascidos e em desmamados,

comparados com ratos adultos.

Pacientes Idosos e outros grupos de risco: deve-se administrar com cautela CEFANID®

nestes indivíduos.

Gravidez: Categoria de risco B na gravidez, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres

grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Uso durante a lactação: A excreção da cefalexina no leite aumentou até 4 horas após uma dose de

500mg, alcançando o nível máximo de 4mcg/mL, decrescendo gradualmente, até desaparecer 8 horas

após a administração; portanto, a cefalexina deve ser administrada com cuidado a mulheres que estão

amamentando.

Pacientes Idosos: De um total de 701 indivíduos participantes de 3 estudos clínicos de cefalexina

publicados, 433 (62%) tinham 65 anos ou mais. Em geral, não foram observadas diferenças na segurança

e eficácia entre os pacientes idosos em comparação com indivíduos jovens, e em outra experiência clínica

realizada não foram identificadas diferenças nas respostas entre pacientes idosos e jovens, mas a grande

sensibilidade de alguns indivíduos idosos não pode ser descartada.

Este medicamento é conhecido por ser substancialmente excretado pela via renal, e o risco de reações

tóxicas devido ao medicamento pode ser grande em pacientes com insuficiência renal. Devido aos

pacientes idosos serem mais propensos a apresentarem função renal diminuída, a escolha da dose deve ser

feita com cautela e a função renal deve ser monitorada.

Insuficiência renal: A cefalexina deve ser administrada com cuidado na presença de insuficiência renal

grave, tal condição requer uma observação clínica cuidadosa, bem como exames de laboratório

frequentes, porque a dose segura poderá ser menor do que a usualmente recomendada.

Este medicamento é classificado na categoria de risco B na gravidez. Os estudos em animais não

demonstraram risco fetal, mas também não há estudos controlados em mulheres grávidas; ou então, os

estudos em animais revelaram riscos, mas que não foram confirmados em estudos controlados em

mulheres grávidas.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Interações medicamento- medicamento

Em indivíduos saudáveis usando doses únicas de 500mg de cefalexina e metformina, a CMAX plasmática e

a AUC da metformina aumentaram em média 34% e 24%, respectivamente. O clearance renal dessa

droga diminuiu em média 14%. Não há informações acerca da interação de cefalexina e metformina em

doses múltiplas.

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– comprimido - Bula para o profissional da saúde 8

Como ocorre com outros antibióticos beta-lactâmicos, a excreção renal da cefalexina é inibida pela

probenecida.

Interações medicamento - exame laboratorial

Testes de COOMBS direto positivos foram relatados durante o tratamento com antibióticos

cefalosporínicos. Em estudos hematológicos, nas provas de compatibilidade sanguínea para transfusão,

quando são realizados testes “MINOR” de antiglobulina, ou nos testes de COOMBS nos recém-nascidos,

cujas mães receberam antibióticos cefalosporínicos antes do parto, deve-se lembrar que um resultado

positivo poderá ser atribuído à droga.

Poderá ocorrer uma reação falso-positiva para glicose na urina com as soluções de Benedict ou Fehling

ou com os comprimidos de sulfato de cobre para teste.

Interações medicamento – alimento

pode ser usado independente das refeições.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Este medicamento deve ser armazenado em temperatura ambiente (15 a 30ºC). Proteger da luz e umidade.

O prazo de validade do produto é de 24 meses, contados a partir da data de fabricação impressa na

embalagem.

Número de lote, data de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características organolépticas: comprimido oblongo, semiabaulado e de cor alaranjada.

Antes de usar, observar o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

CEFANID®

é apresentado em comprimidos para administração oral e pode ser usado independente das

refeições.

Não há estudo de cefalexina comprimido administrado por vias não recomendadas. Portanto, por

segurança e eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.

Posologia

As doses para adultos variam de 1 a 4g diárias, em doses fracionadas.

A dose usual para adultos é de 250mg a cada 6 horas.

Para faringites estreptocócicas, infecções da pele e estruturas da pele e cistites não complicadas, em

pacientes acima de 15 anos de idade, uma dose de 500mg ou 1g pode ser administrada a cada 12 horas.

O tratamento de cistites deve ser de 7 a 14 dias.

Para infecções do trato respiratório causadas por S. pneumoniae e S. pyogenes, uma dose de 500mg deve

ser administrada a cada 6 horas.

Para infecções mais graves ou aquelas causadas por microrganismos menos sensíveis poderão ser

necessárias doses mais elevadas.

Se doses diárias de cefalexina acima de 4g forem necessárias, deve ser considerado o uso de uma

cefalosporina parenteral, em doses adequadas.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Gastrintestinais: Sintomas de colite pseudomembranosa podem aparecer durante ou após o tratamento

com antibióticos, náuseas e vômitos tem sido relatados raramente. A reação adversa mais frequente tem

sido a diarreia, sendo raramente grave o bastante para determinar a cessação da terapia. Tem também

ocorrido dispepsia, dor abdominal e gastrite. Como acontece com algumas penicilinas ou cefalosporinas,

tem sido raramente relatada hepatite transitória e icterícia colestática.

Hipersensibilidade: Foram observadas reações alérgicas na forma de erupções cutâneas, urticária,

angioedema e raramente eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson, ou necrólise tóxica

epidérmica. Essas reações geralmente desaparecem com a suspensão da droga. Terapia de suporte pode

ser necessária em alguns casos. Anafilaxia também foi relatada.

Outras reações têm incluído prurido anal e genital, monilíase genital, vaginite e corrimento vaginal,

tonturas, fadiga e dor de cabeça, agitação, confusão, alucinações, artralgia, artrite e doenças articulares.

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Tem sido raramente relatada nefrite intersticial reversível. Eosinofilia, neutropenia, trombocitopenia,

anemia hemolítica e elevações moderadas da transaminase glutâmico-oxalacética no soro (TGO) e

transaminase glutâmico-pirúvica no soro (TGP) têm sido referidas.

Em casos de eventos adversos, notifique ao sistema de Notificação em Vigilância Sanitária

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.