Bula do Cerezyme para o Profissional

Bula do Cerezyme produzido pelo laboratorio Genzyme do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Cerezyme
Genzyme do Brasil Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO CEREZYME PARA O PROFISSIONAL

Cerezyme

Genzyme - A Sanofi Company

Pó Liofilizado Para Solução Injetável

400 U

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CEREZYME

_________

imiglucerase

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome do produto: CEREZYME

Nome genérico: imiglucerase

APRESENTAÇÕES

CEREZYME 400 U pó liofilizado para solução injetável – um frasco-ampola contendo 424 U de

imiglucerase, com uma dose extraível de 400 U após reconstituição, acondicionado em cartucho de

cartolina.

USO INTRAVENOSO

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada frasco-ampola de CEREZYME 400 U contém 424 U de imiglucerase, com uma dose extraível de

400 U após reconstituição.

Excipientes: manitol, citrato de sódio, citrato de sódio di-hidratado e polissorbato 80.

Nota: uma unidade de enzima (U) é definida como a quantidade de enzima que catalisa a hidrólise de um micromol do substrato

sintético p-nitrofenil--D-glicopiranosídeo (pNP-Glc) por minuto a 37 °C.

As soluções reconstituídas têm pH de, aproximadamente, 6,1.

Ácido cítrico e / ou hidróxido de sódio pode ser adicionado no momento da produção, para ajustar o pH.

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INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

CEREZYME é indicado para terapia de reposição enzimática de longo prazo em pacientes pediátricos ou

adultos com diagnóstico confirmado de doença de Gaucher, que produz uma ou mais das seguintes

condições: anemia, trombocitopenia, distúrbios ósseos, hepatomegalia e / ou esplenomegalia.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Em estudo duplo-cego randomizado de grupos paralelos, os efeitos terapêuticos de CEREZYME

(imiglucerase) foram comparados com os efeitos de uma preparação obtida de fonte natural [Ceredase™

(alglucerase)] em 30 pacientes acompanhados durante nove meses. Os produtos foram infundidos a cada

duas semanas com dose de 60 U/kg. Os resultados mostraram que, ao final do estudo, não foram encontradas

diferenças significativas entre os dois grupos de tratamento, no índice ou na extensão de melhora nos níveis

de hemoglobina, na contagem de plaquetas, na fosfatase ácida sérica, na atividade da enzima de conversão

da angiotensina e nos volumes do fígado e do baço. Ao final do período de seis meses, houve aumento

médio de 17,9 g/L nos níveis de hemoglobina; ao final de nove meses, os níveis de hemoglobina estavam

significativamente aumentados em ambos os grupos de tratamento. Todos os pacientes apresentavam

trombocitopenia antes do tratamento. Cerca da metade dos pacientes (sete de 15) em cada grupo apresentou

aumento na contagem de plaquetas, de 20% e 40% ou mais durante os períodos de tratamento de seis e nove

meses, respectivamente. Todos os pacientes apresentavam volume aumentado de fígado e baço. As reduções

globais no volume hepático em seis e nove meses foram de 12,4% e 19%, respectivamente, e no volume

esplênico foram de 34,7% e 44,6%. As reduções nos níveis de fosfatase ácida e da enzima de conversão da

angiotensina foram de cerca de 30% em ambos os grupos. No entanto, houve diferença significativa na

incidência de formação de anticorpos IgG, maior no grupo tratado com a preparação de fonte natural (40%)

do que no grupo tratado com a preparação recombinante [CEREZYME (imiglucerase)], mostrando que essa

preparação é menos antigênica que a forma natural.1

A resposta do esqueleto ao tratamento de reposição enzimática para a doença de Gaucher tipo 1 foi avaliada

em 12 indivíduos (quatro adultos e oito crianças) que receberam 60 U/kg de peso de CEREZYME a cada

duas semanas durante 24 meses e, depois, 15 U/kg de peso a cada duas semanas até completar 42 meses de

tratamento. A composição lipídica da medula óssea começou a apresentar melhora a partir do sexto mês e,

após o período de 42 semanas, foi demonstrada melhora significativa no escore de ressonância magnética,

na cintilografia quantitativa marcada com xenon e nas alterações químicas quantitativas da imagem; esta

última, que é considerada a técnica mais sensível, demonstrou dramática normalização do conteúdo

gorduroso da medula óssea em todos os pacientes. O aumento bruto da massa óssea, tanto trabecular quanto

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cortical, avaliado pela medida da espessura cortical e por tomografia computadorizada quantitativa de dupla

energia, respectivamente, ocorreu em dez pacientes2

.

Referências:

1) Grabowski GA., et al. Enzyme therapy in type 1 Gaucher disease: comparative efficacy of mannose

terminated glucocerebosidase from natural and recombinant sources. Ann Int Med 122(1): 33-39, 1995.

2) Rosenthal DI., et al. Enzyme replacement therapy for Gaucher disease: skeletal responses in macrophage–

targeted glucocerebrosidase. Pediatrics 96: 629-637, 1995.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

CEREZYME é um análogo da enzima humana -glicocerebrosidase, produzido por tecnologia de DNA

recombinante.

A -glicocerebrosidase (-D-glicosil-N-acilesfingosina glicoidrolase; E.C.3.2.1.45) é uma glicoproteína

lisossomal que catalisa a hidrólise do glicolipídeo glicocerebrosídeo, resultando em glicose e ceramida.

CEREZYME é produzido pela tecnologia de DNA recombinante utilizando cultura de células de mamíferos

(obtidas do ovário de hamster chinês). A imiglucerase purificada é uma glicoproteína monomérica com 497

aminoácidos, contendo quatro locais de N-glicosilação (Mr = 60,430). A imiglucerase difere da alglucerase,

Ceredase™ – glicocerebrosidase de origem placentária – por um aminoácido na posição 495, em que a

histidina é substituída por arginina. As cadeias de oligossacarídeos nos locais de glicosilação foram

modificadas de maneira a terminarem com resíduos de manose. As estruturas do carboidrato modificado na

imiglucerase são, de certa forma, diferentes das estruturas da glicocerebrosidase de origem placentária.

Essas cadeias de oligossacarídeos terminando em manose da estrutura da imiglucerase são especificamente

reconhecidas por receptores endocíticos para carboidrato, localizados nos macrófagos, células que

acumulam lipídio na doença de Gaucher.

Farmacodinâmica

A doença de Gaucher é caracterizada por uma deficiência da atividade da -glicocerebrosidase, resultando

em acúmulo de glicocerebrosídeo nos tecidos de macrófagos, que se tornam aumentados e são encontrados

tipicamente no fígado, no baço, na medula óssea e, ocasionalmente, nos pulmões, nos rins e nos intestinos.

Sequelas secundárias hematológicas incluem anemia grave e trombocitopenia, além da característica e

progressiva hepatoesplenomegalia. Complicações ósseas também ocorrem, como osteonecrose e osteopenia,

com fraturas patológicas secundárias. CEREZYME catalisa a hidrólise do glicocerebrosídeo para glicose e

ceramida. Em estudos clínicos, CEREZYME melhorou a anemia e trombocitopenia, reduziu o tamanho do

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baço e do fígado e diminuiu a caquexia em grau semelhante ao produzido pela injeção de alglucerase

[Ceredase™

].

Farmacocinética

Durante uma hora de infusão intravenosa de quatro doses [7,5; 15; 30 e 60 U/kg] de CEREZYME, o estado

de equilíbrio da atividade enzimática é atingido ao final de 30 minutos. Terminada a infusão, a atividade

enzimática plasmática declina rapidamente, com meia-vida variando entre 3,6 e 10,4 minutos. A depuração

plasmática oscila entre 9,8 e 20,3 mL/min/kg (média  desvio padrão = 14,5  4,0 mL/min/kg). O volume de

distribuição corrigido pelo peso corporal varia de 0,09 a 0,15 L/kg (0,12  0,02 L/kg). Essas variáveis não

são influenciadas pela dose ou pela velocidade de infusão. Entretanto, apenas um ou dois pacientes foram

estudados com cada dose e velocidade de infusão. A farmacocinética de CEREZYME não parece ser

diferente da farmacocinética da alglucerase de origem placentária [Ceredase™].

Em pacientes que desenvolvem anticorpos IgG a CEREZYME, um aparente efeito sobre os níveis séricos da

enzima resultou em diminuição do volume de distribuição e de depuração e em aumento da meia-vida de

eliminação, quando comparados a pacientes que não desenvolveram anticorpos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

CEREZYME é contraindicado para pacientes que já demonstraram hipersensibilidade grave (reação

anafilática) à imiglucerase ou a qualquer um dos componentes do medicamento. Os riscos e os benefícios da

continuidade do tratamento, nesses casos, deverão ser cuidadosamente avaliados pelo médico.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Aproximadamente 15% dos pacientes tratados com CEREZYME testados até o momento desenvolveram

anticorpos IgG durante o primeiro ano de tratamento. O aparecimento de anticorpos IgG ocorreu, na maioria

dos casos, dentro dos seis primeiros meses e, muito raramente, após 12 meses. Aproximadamente 46% dos

pacientes com anticorpos de IgG detectáveis apresentaram sinais / sintomas de hipersensibilidade.

Pacientes com a presença de anticorpos contra o CEREZYME correm risco maior de apresentar reação de

hipersensibilidade. Entretanto, nem todos os pacientes com sintomas de hipersensibilidade tiveram

anticorpos IgG detectáveis.

O tratamento com CEREZYME deve ser feito com cautela nos pacientes que apresentaram sintomas de

hipersensibilidade ao produto.

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Reações anafilactoides foram relatadas em menos de 1% dos pacientes e, nesses casos, a continuação do

tratamento deve ser conduzida com cautela. A maioria desses pacientes continuou com sucesso o tratamento

após a redução da velocidade de infusão e do pré-tratamento com anti-histamínicos e / ou corticoides.

Precauções

Gerais

Em menos de 1% dos pacientes tratados com CEREZYME foi observada a ocorrência de hipertensão

pulmonar e pneumonia. Hipertensão pulmonar e pneumonia são complicações conhecidas da doença de

Gaucher e foram observadas tanto em pacientes que estavam ou não recebendo CEREZYME, portanto, não

foi estabelecida relação causal com o produto.

Pacientes com sintomas respiratórios e sem febre devem ser avaliados quanto à presença de hipertensão

pulmonar.

A terapia com CEREZYME deve ser conduzida por médicos experientes no tratamento de pacientes com

doença de Gaucher.

Recomenda-se cautela na administração de CEREZYME em pacientes previamente tratados com

Ceredase™ (alglucerase injetável), que apresentaram reações de hipersensibilidade e desenvolveram

anticorpos contra o medicamento.

Testes laboratoriais úteis para monitorar pacientes

Testes laboratoriais úteis para monitorar a resposta à terapia dos pacientes com doença de Gaucher incluem

avaliações hematológicas como níveis de hemoglobina e contagem de plaquetas.

Avaliações de biomarcadores também ajudam na monitorização dos pacientes; estes incluem quitotriosidase

e CCL18.

O monitoramento da resposta à terapia pelos pacientes com doença de Gaucher não deve ser limitados aos

testes laboratoriais descritos acima.

É altamente recomendável que os pacientes sejam monitorados periodicamente para a formação de anticorpo

IgG. Sugere-se que amostras basais de sangue sejam coletadas antes da primeira infusão, para servir como

parâmetro para os títulos de anticorpos em caso de ocorrência de eventos adversos significativos.

Carcinogênese, mutagênese e danos à fertilidade

Não foram feitos estudos em seres humanos e animais para verificar o potencial efeito carcinogênico e

mutagênico de CEREZYME ou sobre a fertilidade.

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Gestação

Efeitos teratogênicos: não foram realizados estudos em animais sobre reprodução com CEREZYME. Não se

sabe se CEREZYME causa dano ao feto quando administrado a mulheres grávidas ou se pode afetar a

capacidade reprodutiva. CEREZYME não deverá ser administrado durante a gestação, exceto quando a

indicação e a necessidade são evidentes e o benefício potencial justifica substancialmente o risco.

CATEGORIA DE RISCO NA GRAVIDEZ: C. ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER

UTILIZADO POR MULHERES GRÁVIDAS SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA OU DO CIRURGIÃO-

DENTISTA.

Lactação

Não se sabe se CEREZYME é excretado no leite humano. Entretanto, como muitas drogas o são, deve-se ter

cautela quando CEREZYME é administrado a mães que amamentam.

Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco

Uso em pacientes idosos

Não se sabe se CEREZYME age exatamente da mesma forma em idosos e adultos jovens. O médico deverá

observar cuidadosamente os efeitos do medicamento nesses pacientes.

Uso em pacientes pediátricos

A eficácia e a segurança de CEREZYME foram estabelecidas em pacientes com idade entre 2 e 16 anos. O

uso do produto nessa faixa etária é respaldado pela evidência de estudos clínicos adequados e bem

controlados de CEREZYME e Ceredase™

(alglucerase) em pacientes pediátricos e adultos e em dados

adicionais da literatura e da experiência pós-comercialização de longo prazo. CEREZYME foi administrado

em pacientes com menos de dois anos de idade, mas a eficácia e a segurança em pacientes nessa faixa etária

não foram estabelecidas.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas

Não há efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos ou utilizar maquinaria pesada com o uso de

CEREZYME.

Este medicamento pode causar doping devido à presença de manitol, que pode atuar como um agente

mascarante para outras substâncias que causam doping.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

CEREZYME pode ser administrado mesmo após o paciente ter se alimentado. Não é aconselhável ingestão

de bebidas alcoólicas no dia da infusão.

Não foram realizados estudos formais de interação medicamentosa e interação com plantas medicinais.

Não foram realizados estudos formais de interação medicamento-substância química (álcool e nicotina).

Não foram realizados estudos formais de interação medicamento-exame laboratorial e não laboratorial.

Não foram realizados estudos formais de interação medicamentos-doenças.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAGEM

CEREZYME deve ser conservado entre 2 ºC e 8 ºC.

Prazo de validade

Este medicamento possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Após reconstituição, manter CEREZYME armazenado entre 2 °C e 8 °C por até 12 horas. Quando

diluído em cloreto de sódio, 0,9% é estável por 24 horas, quando armazenado entre 2 ºC e 8 ºC.

CEREZYME é fornecido como pó liofilizado estéril, não pirogênico, branco a quase branco. Após

reconstituição, é um líquido límpido incolor, livre de material particulado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Reconstituição de CEREZYME

No dia de uso, após determinada a quantidade correta de CEREZYME a ser administrada ao paciente, cada

frasco-ampola de CEREZYME deve ser reconstituído adequadamente com água para injeção, USP. Após

reconstituição, a concentração do produto é de 40 U/mL.

CEREZYME reconstituído deve ser inspecionado visualmente antes do uso. Sendo uma solução proteica,

uma leve floculação (descrita como fibras finas translúcidas) ocorre ocasionalmente após diluição. A

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solução diluída pode ser filtrada por meio de filtro de linha de 0,2 m durante a administração. Qualquer

frasco-ampola que apresente partículas opacas ou alteração da coloração não deve ser utilizado.

A concentração final e os volumes de administração estão demonstrados na tabela a seguir:

Frasco-ampola de

400 Unidades (U)

Volume da água estéril para reconstituição 10,2 mL

Volume final do produto reconstituído no frasco-ampola 10,6 mL

Concentração após reconstituição 40 U/mL

Volume a ser retirado 10,0 mL

Unidades de enzima no volume final retirado 400 Unidades

Como CEREZYME não contém substâncias conservantes, após reconstituição, os frascos-ampola devem ser

prontamente diluídos com cloreto de sódio 0,9% para injeção, USP, e não devem ser guardados para uso

posterior.

Caso não seja possível, depois de aberto e reconstituído com água para injeção, USP, CEREZYME

permanece estável por até 12 horas em refrigerador, sob temperatura entre 2 °C e 8 °C.

Diluição do produto CEREZYME reconstituído

Retirar um volume de 10,0 mL do frasco-ampola de 400 U e, imediatamente, diluir com solução de cloreto

de sódio 0,9% para injeção, USP, a um volume final de 100 mL a 200 mL, conforme a dose calculada a ser

administrada ao paciente. CEREZYME é administrado por infusão intravenosa durante 1 a 2 horas.

Técnicas de assepsia devem ser seguidas no procedimento de diluição.

Posologia

CEREZYME é administrado por infusão intravenosa durante uma a duas horas.

A posologia deve ser individualizada para cada paciente e pode variar de 2,5 U/kg de peso corporal três

vezes por semana até 60 U/kg a cada duas semanas. O esquema de 60 U/kg a cada duas semanas

corresponde à posologia utilizada na maioria dos dados disponíveis. A gravidade da doença pode indicar que

o tratamento deve ser iniciado com dose mais alta ou frequência maior de administração. Ajuste de dose

deve ser feito em bases individuais, podendo aumentar ou diminuir, dependendo do sucesso terapêutico

obtido, determinado pela avaliação rotineira completa das manifestações clínicas do paciente.

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A toxicidade relativamente baixa de CEREZYME combinada com a evolução da resposta por longos

períodos de tempo permitem que pequenos ajustes de posologia sejam feitos para evitar perdas com descarte

de frascos parcialmente utilizados. Assim, a dosagem administrada nas infusões pode ser ligeiramente

aumentada ou diminuída, visando utilizar cada frasco-ampola na totalidade, desde que a dose mensal não

seja alterada.

Doses de até 240 U/kg a cada duas semanas foram utilizadas em pacientes

A infusão de CEREZYME em casa pode ser considerada para os pacientes que toleraram bem as infusões

por vários meses. A decisão de transferir o paciente para infusão em casa deve ser feita após avaliação

e recomendação médica. A infusão de CEREZYME pelo paciente ou profissional de saúde em

casa requer treinamento por um profissional de cuidados de saúde em um ambiente com instalações clínicas

apropriadas. O paciente ou o profissional de saúde vão ser instruídos na técnica de infusão e da necessidade

de manutenção de um registro de tratamento. O paciente que apresentar eventos adversos durante a infusão

deve parar imediatamente o processo de infusão e buscar a ajuda de um profissional de saúde. As infusões

subsequentes podem precisar ocorrer em um ambiente com instalações clínicas apropriadas. A dose e a

velocidade de infusão devem permanecer constantes nas infusões domiciliares, e não podem ser alteradas

sem a supervisão de um profissional de saúde.

Nota: caso o paciente não compareça ou não realize a infusão no dia marcado, deverá fazê-lo em uma nova

data, o mais breve possível, pois a falha nas infusões ou a interrupção das mesmas não trarão os benefícios

esperados do tratamento.

Para controlar os sintomas da doença de Gaucher, é recomendado que o tratamento com imiglucerase

(CEREZYME) seja contínuo.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Desde a aprovação de CEREZYME em maio de 1994 nos EUA, a Genzyme vem mantendo um banco de

dados internacional pós-comercialização de eventos adversos relatados espontaneamente ou discutidos na

literatura médica. A porcentagem de eventos para cada termo de reação adversa relatada foi calculada

utilizando o número de pacientes dessas fontes como o denominador para o total de exposição dos pacientes

ao produto desde 1994. A exposição real dos pacientes é difícil de ser obtida, por causa da natureza

voluntária do banco de dados e à contínua inclusão e perda de pacientes durante o período de tempo

considerado. O número real de pacientes expostos a CEREZYME desde 1994 provavelmente é maior que o

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número estimado a partir dessas fontes de informação voluntárias e, portanto, as porcentagens calculadas

para as frequências das reações adversas provavelmente são maiores que as incidências reais.

Experiência adquirida em pacientes tratados com CEREZYME revelou que aproximadamente 13,8% dos

pacientes apresentaram eventos adversos considerados relacionados à administração da droga e que

ocorreram com aumento de frequência.

Reações comuns (≥1/100 e <1/10): dispneia*, tosse*, reações de hipersensibilidade, urticaria/angioedema*,

prurido* e exantema*

Reações incomuns (≥1/1.000 e <1/100): tontura, cefaléia, taquicardia*, cianose*, rubor*, hipotensão*,

vomito, náusea, dor abdominal, diarreia, dor nas costas*, desconforto, ardor, edema ou abscessos estéreis no

local da infusão, desconforto torácico*, febre, calafrio e fadiga.

Reações raras (≥1/10.000 e <1/1.000): reações anafilactóides.

*Sintomas sugestivos de hipersensibilidade ocorreram durante ou logo após as infusões. Pré-tratamento com

anti-histamínicos e/ou corticoides e redução da velocidade de infusão permitiram o uso continuo de

CEREZYME na maioria dos pacientes.

As taxas de incidência não podem ser calculadas a partir dos eventos adversos relatados espontaneamente no

banco de dados pós-comercialização. A partir desse banco de dados, os eventos adversos relatados mais

comumente em crianças (com idade entre 2 e 12 anos) incluíram: dispneia, febre, náusea, rubor, vômitos e

tosse, enquanto em adolescentes (> 12 até 16 anos) e em adultos (> 16 anos), os eventos mais comumente

relatados incluíram cefaleia, prurido e exantema.

Além das reações adversas que foram observadas nos pacientes tratados com CEREZYME, edema

periférico transitório tem sido relatado para essa classe terapêutica de droga.

Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Doses de até 240 U/kg a cada duas semanas foram utilizadas em pacientes e, nesses casos, não foram

relatados sinais de toxicidade. Não existem relatos espontâneos ou clínicos de superdose. Em caso de

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superdose acidental ou intencional, deve-se monitorar o paciente e adotar medidas de suporte adequadas às

possíveis reações adversas.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.