Bula do Cetoprofeno para o Profissional

Bula do Cetoprofeno produzido pelo laboratorio Medley Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Cetoprofeno
Medley Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO CETOPROFENO PARA O PROFISSIONAL

cetoprofeno

Medley Indústria Farmacêutica Ltda.

comprimido revestido

100 mg

Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999

APRESENTAÇÃO

Comprimidos revestidos de 100 mg: embalagem com 20 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém:

cetoprofeno ................................................................................ 100 mg

excipientes q.s.p. ........................................................................ 1 comprimido

(celulose microcristalina, copovidona, dióxido de silício, estearato de magnésio, lactose monoidratada,

simeticona, dióxido de titânio, corante laca amarelo quinolina, copolímero do ácido metacrílico, talco, citrato de

trietila, bicarbonato de sódio, laurilsulfato de sódio, hipromelose, macrogol, água purificada).

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

O cetoprofeno possui atividade anti-inflamatória, analgésica e antitérmica e está indicado para o tratamento de:

- Processos reumáticos: artrite reumatoide, espondilite anquilosante, gota, condrocalcinose, reumatismo

psoriático, síndrome de Reiter, pseudo-artrite, lupus eritematoso sistêmico, esclerodermia, periarterite nodosa,

osteoartrite, periartrite escápulo-umeral, bursites, capsulites, sinovites, tenossinovites, tendinites, epicondilites;

- Lesões ortopédicas: contusões e esmagamentos, fraturas, entorses, luxações;

- Algias diversas: nevralgia cérvico-braquial, cervicalgia, lombalgia, dor ciática, pós-operatórios diversos.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Um estudo clínico, aberto, realizado por Addy (1985), avaliou o uso de cetoprofeno na dose de 50 mg 3 vezes ao

dia durante o período menstrual, por 3 meses, em 42 mulheres com dismenorreia. Ao final do estudo 95% das

mulheres retornaram às suas atividades normais e apresentaram uma boa tolerabilidade ao tratamento.

Estudo realizado por Spongsveen et al (1978) avaliou o uso do cetoprofeno na dose de 50 mg 3 vezes ao dia em

pacientes com doenças osteoarticulares crônicas. Esses pacientes foram acompanhados por um período mínimo

de 3 meses até 12 meses. O cetoprofeno promoveu melhora clínica na maioria dos pacientes, comprovando sua

eficácia dentre os pacientes avaliados. O número de eventos adversos ocorreu em 13% dos pacientes, sendo os

eventos gastrintestinais, principalmente a dispepsia, o mais frequente. Entretanto não houve nenhum evento

considerado sério.

Karvonen et al (2008) realizaram estudo duplo-cego, randomizado, placebo controlado, com grupos paralelos no

qual foi avaliado o uso de paracetamol e cetoprofeno no controle de dor pós operatório de 60 pacientes adultos

submetidos à prótese total de quadril. O uso de cetoprofeno por via oral, na dose de 300 mg dia, reduziu em 22%

o consumo de opioide no 1º dia de pós-operatório.

Dib et al (2002) realizaram estudo multicêntrico, duplo cego, cruzado, placebo controlado, avaliando eficácia e

tolerabilidade do cetoprofeno e da zolmitriptana em pacientes com quadro agudo de migrânea. Foram utilizados

cetoprofeno nas concentrações de 75 e 150 mg, em forma de comprimido de duplo mecanismo de liberação e 2,5

mg de zolmitriptana. Foram incluídos nesse estudo 257 pacientes com média de idade de 38,1 anos. O

cetoprofeno mostrou ser efetivo no alívio do quadro de cefalgia nas duas dosagens utilizadas, alcançando

sucesso no alívio da dor nas duas primeiras horas em 62,6% nos pacientes que receberam cetoprofeno 75 mg e

61,6% com cetoprofeno 150 mg, assimilar à zolmitriptana (66,8% de sucesso no alívio da dor nas 2 primeiras

horas). Ambas as drogas mostraram ser significativamente superiores ao placebo, mas sem diferenças entre si.

Embora não houvera diferença entre as doses de cetoprofeno no alívio da dor nas duas primeiras horas, a dose de

150 mg mostrou-se mais efetiva em manter a analgesia por tempo mais prolongado em relação à dose de 75mg.

A avaliação do cetoprofeno na dose de 200 mg, de liberação controlada, foi realizada por Schattenkirchner

(1991) em estudo clínico, multicêntrico, prospectivo por um período de 12 meses, com mais de 800 pacientes e

uma média de idade de 71,7 anos. Este estudo demonstrou que o uso prolongado do cetoprofeno na apresentação

de liberação controlada determinou uma melhora significativa nos índices de avaliação de dor após 12 meses,

evidenciando que seu uso prolongado não interferiu na sua eficácia, além de ter demonstrado um bom perfil de

segurança.

Estudo multicêntrico, duplo cego, cruzado, realizado por Toft et al (1985) comparou 68 pacientes com

osteoartrite de quadril ou joelho que fizeram uso de 50 mg de cetoprofeno a cada 6 horas ou cetoprofeno de 200

mg de liberação controlada uma vez ao dia, durante tratamento de 3 semanas com cada apresentação. Ao final do

estudo observou-se eficácia semelhante entre os dois tipos de apresentação.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

O cetoprofeno é um anti-inflamatório não esteroidal (AINE), derivado do ácido arilcarboxílico, pertencente ao

grupo do ácido propiônico dos anti-inflamatórios não esteroidais.

O cetoprofeno possui propriedades anti-inflamatória, antitérmica e apresenta atividade analgésica periférica e

central. Inibe a síntese de prostaglandinas e a agregação plaquetária, no entanto, seu mecanismo de ação não está

completamente elucidado.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

O cetoprofeno é rápida e completamente absorvido pelo trato gastrintestinal. Os níveis plasmáticos máximos são

obtidos dentro de 60 a 90 minutos após administração oral. Quando o cetoprofeno é administrado com alimentos,

a taxa de absorção diminui, resultando em atraso e redução do pico da concentração (Cmáx), entretanto, a

biodisponibilidade total não é alterada.

Distribuição

O cetoprofeno encontra-se 99% ligado às proteínas plasmáticas. Difunde-se pelo líquido sinovial, tecidos intra-

articulares, capsulares, sinoviais e tendinosos e atravessa a barreira placentária e hematoencefálica. A meia-vida

de eliminação plasmática é de aproximadamente 2 horas. O volume de distribuição é de aproximadamente 7 L.

Metabolismo

A biotransformação do cetoprofeno é caracterizada por dois principais processos: por hidroxilação e por

conjugação com ácido glicurônico, sendo esta a via principal no homem.

A excreção de cetoprofeno na forma inalterada é muito baixa (menos de 1%). Quase toda a dose administrada é

excretada na forma de metabólitos na urina, dos quais 65 a 85% da dose administrada são excretados como

metabólito glicuronídeo.

Eliminação

Cinquenta por cento (50%) da dose administrada é excretada na urina dentro de 6 horas após a administração do

medicamento. Durante 5 dias após a administração oral, aproximadamente 75 a 90% da dose é excretada

principalmente pela urina. A excreção fecal é muito pequena (1 a 8%).

Populações especiais

Pacientes idosos: a absorção do cetoprofeno não é modificada; há aumento da meia-vida (3 horas) e diminuição

do clearance plasmático e renal.

Pacientes com insuficiência hepática: não ocorrem alterações significativas do clearance plasmático e da meia-

vida de eliminação. No entanto, a fração não ligada às proteínas encontra-se aproximadamente duplicada.

Pacientes com insuficiência renal: há diminuição do clearance plasmático e renal e aumento da meia-vida de

eliminação, relacionados com a severidade da insuficiência renal.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento não deve ser utilizado nos seguintes casos:

-Pacientes com histórico de reações de hipersensibilidade ao cetoprofeno, como crises asmáticas ou outros tipos

de reações alérgicas ao cetoprofeno, ao ácido acetilsalicílico ou a outros AINES. Nestes pacientes foram

relatados casos de reações anafiláticas severas, raramente fatais (vide “Reações Adversas”).

- - Pacientes com úlcera péptica /hemorrágica ou com histórico.

- - Pacientes com histórico de sangramento ou perfuração gastrintestinal, relacionada ao uso de AINES.

- Pacientes com insuficiência severa cardíaca, hepática e/ou renal.

- Terceiro trimestre da gravidez.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência cardíaca, hepática e/ou renal

severas.

Este medicamento é contraindicado na faixa etária pediátrica.

Categoria de risco de gravidez (3º trimestre gestacional): D. Este medicamento não deve ser utilizado por

mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de

gravidez.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Embora os AINES possam ser requeridos para o alívio das complicações reumáticas que ocorrem devido ao

lúpus eritematoso sistêmico (LES), recomenda-se extrema cautela na sua utilização, uma vez que pacientes com

LES podem apresentar predisposição à toxicidade por AINES no sistema nervoso central e/ou renal.

As reações adversas podem ser minimizadas através da administração da dose mínima eficaz e pelo menor

tempo necessário para controle dos sintomas.

Deve-se ter cautela em pacientes que fazem uso concomitante de cetoprofeno e medicamentos que possam

aumentar o risco de sangramento ou úlcera, como corticosteroides orais, anticoagulantes como a varfarina,

inibidores seletivos da recaptação de serotonina ou agentes antiplaquetários como o ácido acetilsalicílico (vide

“Interações Medicamentosas”).

Sangramento, úlcera e perfuração gastrintestinais, que podem ser fatais, foram reportados com todos os AINES

durante qualquer período do tratamento, com ou sem sintomas ou histórico de eventos gastrintestinais graves.

Reações cutâneas graves, algumas fatais, incluindo dermatite esfoliativa, síndrome de Stevens-Johnson e

necrólise epidérmica tóxica, foram reportadas muito raramente com o uso de AINES. Existe um risco maior da

ocorrência destas reações adversas no início do tratamento, a maioria dos casos ocorrendo no primeiro mês.

Assim como para os demais anti-inflamatórios não esteroidais, na presença de doença infecciosa, deve-se notar

que as propriedades anti-inflamatória, analgésica e antitérmica do cetoprofeno podem mascarar os sinais

habituais de progressão da infecção, como por exemplo, febre.

Em pacientes com testes de função hepática anormais ou com histórico de doença hepática, os níveis de

transaminase devem ser avaliados periodicamente, particularmente durante tratamento a longo prazo. Raros

casos de icterícia e hepatite foram reportados com o uso de cetoprofeno.

Se ocorrerem distúrbios visuais, tal como visão embaçada, o tratamento com cetoprofeno deve ser

descontinuado.

Gravidez e lactação

O uso de AINES pode prejudicar a fertilidade feminina e não é recomendado para mulheres que estão tentando

engravidar. Em mulheres com dificuldade de engravidar ou que estejam sob investigação de infertilidade, deve

ser considerada a descontinuação do tratamento com AINES.

Durante o primeiro e segundo trimestres da gestação: não existe evidência de teratogenicidade ou

embriotoxicidade em camundongos e ratos. Em coelhos foram relatados leves efeitos de embriotoxicidade

provavelmente relacionados à toxicidade materna.

Como a segurança do cetoprofeno em mulheres grávidas não foi avaliada, seu uso deve ser evitado durante o

primeiro e segundo trimestres da gravidez.

Durante o terceiro trimestre da gestação: todos os inibidores da síntese de prostaglandinas, inclusive o

cetoprofeno, podem induzir toxicidade cardiopulmonar e renal no feto. No final da gravidez, pode ocorrer

aumento do tempo de sangramento da mãe e do feto. Portanto, cetoprofeno é contraindicado durante o último

trimestre da gravidez.

Não existem dados disponíveis sobre a excreção de cetoprofeno no leite humano. O uso de cetoprofeno não é

recomendado durante a amamentação.

Categoria de risco na gravidez (1º e 2º trimestre gestacional): C. Este medicamento não deve ser utilizado

por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Populações especiais

Idosos

É aconselhável reduzir a dose inicial e manter o tratamento na dose mínima eficaz. Um ajuste posológico

individual pode ser considerado somente após o desenvolvimento de boa tolerância individual.

A frequência das reações adversas aos AINES é maior em idosos, especialmente sangramento e perfuração

gastrintestinais, os quais podem ser fatais.

Crianças

A segurança e eficácia do uso de cetoprofeno comprimidos em crianças não foram estabelecidas.

Outros grupos de risco

Deve-se ter cautela quando o cetoprofeno for administrado em pacientes que têm ou já tiveram úlcera péptica

e/ou doença gastrintestinal (colite ulcerativa, doença de Crohn), pois estas condições podem ser exacerbadas.

No início do tratamento, a função renal deve ser cuidadosamente monitorada em pacientes com insuficiência

cardíaca, cirrose e nefrose, naqueles que fazem uso de diuréticos, ou em pacientes com insuficiência renal

crônica, principalmente se estes pacientes são idosos. Nesses pacientes, a administração do cetoprofeno pode

induzir a redução no fluxo sanguíneo renal causada pela inibição da prostaglandina e levar à descompensação

renal.

Deve-se ter cautela no uso de cetoprofeno em pacientes com histórico de hipertensão e/ou insuficiência cardíaca

congestiva leve a moderada, uma vez que retenção de líquidos e edema foram relatados após a administração de

AINES.

Assim como para os demais AINES, deve-se ter cautela no uso de cetoprofeno em pacientes com hipertensão

não controlada, insuficiência cardíaca congestiva, doença cardíaca isquêmica estabelecida, doença arterial

periférica e/ou doença cerebrovascular, bem como antes de iniciar um tratamento a longo prazo em pacientes

com fatores de risco para doenças cardiovasculares (ex. hipertensão, hiperlipidemia, diabetes mellitus e em

fumantes).

Alteração na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas

Os pacientes devem ser advertidos sobre o risco de ocorrência de sonolência, tontura ou convulsão durante o

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Associações medicamentosas não recomendadas

- Outros anti-inflamatórios não esteroidais (incluindo inibidores seletivos da ciclo-oxigenase 2) e altas dosagens

de salicilatos: aumento do risco de ulceração e sangramento gastrintestinais.

- Álcool: risco de efeitos adversos gastrintestinais, incluindo ulceração ou hemorragia; pode aumentar o risco de

toxicidade hepática.

- Anticoagulantes (heparina e varfarina) e inibidores da agregação plaquetária (ex. ticlopidina e clopidogrel):

aumento do risco de sangramento. Se o tratamento concomitante não puder ser evitado, deve-se realizar

cuidadoso monitoramento.

- Lítio: risco de aumento dos níveis plasmáticos de lítio, devido à diminuição da sua excreção renal, podendo

atingir níveis tóxicos. Realizar se necessário, um cuidadoso monitoramento dos níveis plasmáticos de lítio e um

ajuste posológico do lítio durante e após tratamento com anti-inflamatórios não esteroidais.

- Outros medicamentos fotossensibilizantes: pode causar efeitos fotossensibilizantes adicionais.

- Metotrexato em doses maiores do que 15 mg/semana: aumento do risco de toxicidade hematológica do

metotrexato, especialmente quando administrado em altas doses (> 15 mg/semana), possivelmente relacionado

ao deslocamento do metotrexato ligado à proteína e à diminuição do seu clearance renal.

- Colchicina: aumenta o risco de ulceração ou hemorragia gastrintestinal. A inibição da agregação plaquetária

promovida por AINEs adicionada aos efeitos da colchicina nos mecanismos de coagulação sanguínea pode

aumentar o risco de sangramento em outros locais que não seja o trato gastrintestinal.

Associações medicamentosas que requerem precauções

- Corticosteroides: aumento do risco de ulceração ou sangramento gastrintestinal (vide “Advertências e

Precauções”).

- Diuréticos: pacientes utilizando diuréticos, particularmente os desidratados, apresentam maior risco de

desenvolvimento de insuficiência renal devido à diminuição do fluxo sanguíneo renal causada pela inibição de

prostaglandina. Estes pacientes devem ser reidratados antes do início do tratamento concomitante e a função

renal deve ser monitorada quando o tratamento for iniciado (vide “Advertência e Precauções – Populações

Especiais”).

- Inibidores da ECA e antagonistas da angiotensina II: em pacientes com comprometimento da função renal (ex.

pacientes desidratados ou pacientes idosos), a coadministração de um inibidor da ECA ou de um antagonista da

angiotensina II e de um agente que inibe a ciclo-oxigenase pode promover a deterioração da função renal,

incluindo a possibilidade de insuficiência renal aguda.

- Metotrexato em doses menores do que 15 mg/semana: durante as primeiras semanas de tratamento em

associação, o hemograma completo deve ser monitorado uma vez por semana. Se houver qualquer alteração da

função renal ou se o paciente é idoso, o monitoramento deve ser realizado com maior frequência.

- Pentoxifilina: aumento do risco de sangramento. É necessário realizar um monitoramento clínico e do tempo

de sangramento com maior frequência.

Associações medicamentosas a serem consideradas

- Agentes anti-hipertensivos (ex: beta-bloqueadores, inibidores da enzima conversora de angiotensina,

diuréticos): risco de redução do efeito anti-hipertensivo por inibição das prostaglandinas vasodilatadoras pelos

AINES.

- Trombolíticos: aumento do risco de sangramento.

- Probenecida: a administração concomitante com probenecida pode reduzir acentuadamente o clearance

plasmático do cetoprofeno.

- Inibidores seletivos da recaptação de serotonina: aumento do risco de sangramento gastrintestinal.

Alimentos

O uso concomitante com alimentos pode retardar a absorção do cetoprofeno, entretanto não foram observadas

interações clinicamente significativas.

Exames de laboratório

O uso de cetoprofeno pode interferir na determinação de albumina urinária, sais biliares, 17-cetosteroides e 17-

hidroxicorticosteroides que se baseiam na precipitação ácida ou em reação colorimétrica dos grupos carbonil.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC). Proteger da luz e umidade.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

Este medicamento se apresenta na forma de comprimido revestido circular, amarelo-limão e liso nas duas faces.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Os comprimidos devem ser ingeridos, sem mastigar, com quantidade suficiente de líquido (aproximadamente ½

a 1 copo), de preferência, durante ou após as refeições.

A dose usual é de 200 mg por dia, dividida em 2 doses. Assim que se atingir o efeito terapêutico desejado, o

tratamento deve ser mantido com a menor dose eficaz possível.

Em casos severos ou se uma resposta satisfatória não pode ser obtida com doses menores, pode-se aumentar a

posologia, desde que não se ultrapasse o máximo de 300 mg por dia.

Populações especiais

- Crianças: a segurança e eficácia do uso de cetoprofeno comprimidos em crianças ainda não foram

estabelecidas.

- Pacientes com insuficiência renal e idosos: é aconselhável reduzir a dose inicial e manter estes pacientes com

a menor dose eficaz. Um ajuste posológico individual deve ser considerado somente após se ter apurado boa

tolerância individual (vide “Propriedades farmacocinéticas”).

- Pacientes com insuficiência hepática: estes pacientes devem ser cuidadosamente monitorados e deve-se

manter a menor dose eficaz diária (vide “Propriedades farmacocinéticas”).

Não há estudos dos efeitos de cetoprofeno comprimidos administrado por vias não recomendadas. Portanto, por

segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Reação muito comum (≥ 1/10).

Reação comum (≥ 1/100 e < 1/10).

Reação incomum (≥ 1/1.000 e < 1/100).

Reação rara (≥ 1/10.000 e < 1/1.000).

Reação muito rara (< 1/10.000).

Reação desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).

A lista a seguir de reações adversas está relacionada a eventos apresentados com o uso de cetoprofeno no

tratamento de condições agudas ou crônicas:

Distúrbios no sistema sanguíneo e linfático

- Rara: anemia hemorrágica.

- Desconhecida: agranulocitose, trombocitopenia, aplasia medular, anemia hemolítica, leucopenia.

Distúrbios no sistema imune

- Desconhecida: reações anafiláticas, incluindo choque.

Distúrbios psiquiátricos

- Desconhecida: depressão, alucinação, confusão, distúrbios de humor.

Distúrbios no sistema nervoso

- Incomum: cefaleia, sonolência, vertigem.

- Rara: parestesia.

- Desconhecida: meningite asséptica, convulsões, disgeusia.

Distúrbios visuais

- Rara: visão embaçada, tal como visão borrada (vide “Advertências e Precauções”).

Distúrbios auditivos e do labirinto

- Rara: tinido.

Distúrbios cardíacos

- Desconhecida: exacerbação da insuficiência cardíaca.

Distúrbios vasculares

- Desconhecida: hipertensão, vasodilatação, vasculite (incluindo vasculite leucocitoclástica).

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais

- Rara: asma.

- Desconhecida: broncoespasmo, principalmente em pacientes com hipersensibilidade conhecida ao ácido

acetilsalicílico e/ou a outros AINES.

Distúrbios gastrintestinais

- Comum: dispepsia, náusea, dor abdominal, vômito.

- Incomum: constipação, diarreia, flatulência e gastrite.

- Rara: estomatite, úlcera péptica.

- Desconhecida: exacerbação da colite e doença de Crohn, hemorragia e perfuração gastrintestinais, pancreatite.

Distúrbios hepatobiliares

- Rara: hepatite, aumento dos níveis das transaminases.

Distúrbios cutâneos e subcutâneos

- Incomum: erupção cutânea (rash), prurido.

- Desconhecida: reação de fotossensibilidade, alopecia, urticária, angioedema, erupções bolhosas incluindo

síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica, pustulose exantematosa aguda generalizada.

Distúrbios renais e urinários

- Desconhecida: insuficiência renal aguda, nefrite túbulo-intersticial, síndrome nefrótica e anormalidade nos

testes da função renal.

Distúrbios gerais

- Incomum: edema.

Distúrbios do metabolismo e nutrição:

-Desconhecida: hiponatremia.

Investigações

- Rara: ganho de peso.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

10. SUPERDOSE

Sintomas

Casos de superdose foram relatados com doses de até 2,5 g de cetoprofeno. A maioria dos sintomas observados

foram benignos e limitados à letargia, sonolência, náusea, vômito e dor epigástrica.

Tratamento

Não existe nenhum antídoto específico para superdose com cetoprofeno. Em caso de suspeita de superdose

elevada, recomenda-se lavagem gástrica, devendo-se instituir tratamento sintomático e de suporte visando

compensar a desidratação, monitorar a excreção urinária e corrigir a acidose, se presente.

Se ocorrer insuficiência renal, hemodiálise pode ser útil para remover o fármaco circulante.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.