Bula do Cimaher para o Profissional

Bula do Cimaher produzido pelo laboratorio Eurofarma Laboratórios S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Cimaher
Eurofarma Laboratórios S.a. - Profissional

Download
BULA COMPLETA DO CIMAHER PARA O PROFISSIONAL

Cimaher

Bula para profissional da saúde

Solução injetável

50 MG

CIMAher®

nimotuzumabe

FORMAS FARMACÊUTIC E APRESENTAÇÕES

Embalagens com 4 frascos-ampola de 10 mL contendo 50 mg de nimotuzumabe.

USO INTRAVENOSO

USO PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS DE IDADE.

COMPOSIÇÃO:

Cada frasco-ampola contém:

Nimotuzumabe (anticorpo monoclonal humanizado anti-EGFR)...................... 50 mg

Excipientes* ...................................................................................................... q.s.p. 10 mL

*Excipientes: fosfato de sódio dibásico, fosfato de sódio monobásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água

para injetáveis.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

CIMAher (nimotuzumabe) como monoterapia está indicado para o tratamento de astrocitomas de alto grau

recorrentes e/ou refratários ao tratamento cirúrgico, radioterápico e quimioterápico em crianças.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Um estudo prospectivo, de braço único, multicêntrico, foi realizado para avaliar a eficácia de nimotuzumabe, no

tratamento de gliomas de alto grau resistentes à quimioterapia em crianças e adolescentes, na faixa etária de

quatro a 17 (dezessete) anos. Os pacientes deveriam ter expectativa de vida de pelo menos quatro semanas,

hemograma e funções renal e hepática normais e deveriam apresentar progressão radiologicamente comprovada

da doença durante a terapia primária, ou a terapia para recidiva. Foram excluídos pacientes que haviam recebido

quimio ou radioterapia nas três semanas anteriores à inclusão no estudo.

Durante o período de indução de seis semanas (semanas 1 a 6), todos os pacientes foram tratados com 150 mg/m²

uma vez por semana. Pacientes sem progressão da doença receberam quatro infusões adicionais de

nimotuzumabe na dose de 150 mg/m² de superfície corporal, uma vez a cada três semanas (período de

consolidação, semanas 9 (nove) a 18 (dezoito)).

Quarenta e cinco pacientes, 18 (dezoito) do sexo feminino e 27 (vinte e sete) do sexo masculino foram incluídos

no estudo. Desses, 13(treze) apresentavam diagnóstico de glioblastoma, 12 (doze) apresentavam diagnóstico de

astrocitoma anaplástico e 22 (vinte e dois) de glioma de ponte intrínseco difuso (glioma de tronco cerebral).

Esses pacientes haviam recebido como tratamento de primeira linha procedimento cirúrgico (n=12), radioterapia

(n=47), ou quimioterapia (n=44).

A tabela a seguir demonstra o número e a porcentagem de taxas de resposta e de melhor resposta global após a

semana 8, com o intervalo de confiança (IC) de 95% para as porcentagens, com base na análise per protocol

(n=45).

VERSÃO 02-Essa versão altera a VERSÃO 01

Cimaher_V2_VPS_AM-MKT-AR_final.docVPS

Resposta Glioblastoma

(n=13)

Astrocitoma

anaplástico

(n=11)

Glioma de

ponte

(n=21)

Total

(n=45)

Resposta Completa (n, %) 0 (0%) 0 (0%) 0 (0%) 0 (0%)

Resposta Parcial (n,%)

IC 95%

0 (0%)

[0%; 22,5%]

1 (9,1%)

[0,5%; 39,0%]

1 (4,8%)

[0,2%; 21,8%]

2 (4,4%)

[0,8% ; 14,6%]

Doença estabilizada (n, %)

3 (23,1%)

[6,6%; 52%]

2 (18,2%)

[3,3% ; 50%]

10 (47,6%)

[27,6%; 70,2%]

15 (33,3%)

[20% ; 48,8%]

Doença em

Progressão

(n,%)

10 (76,9%)

[48%; 93,4%]

8 (72,7%)

[39%; 92,1%]

28 (62,2%)

[46,5% ;

76,2%]

Melhor resposta

global

3 (27,3%)

[7,9% ; 61,0%]

11 (52,4%)

[29,8%; 72,4%]

17 (37,8%)

[23,8%; 53,5%]

Doze pacientes (dois portadores de glioblastoma, dois portadores de astrocitoma anaplástico e oito portadores de

glioma de ponte) apresentaram estabilização, ou melhora clínica após o período de indução e progrediram no

tratamento para o período de consolidação. Na semana 21, quatro desses pacientes haviam apresentado resposta

parcial (três com glioma de ponte e um com astrocitoma anaplástico), dois haviam apresentado doença

estabilizada (um com glioma de ponte e um com astrocitoma anaplástico) e seis pacientes apresentaram

progressão da doença (dois com glioblastoma e quatro com glioma de ponte). Seis pacientes receberam terapia

com nimotuzumabe após a 21° semana (uso compassionado), sendo que um portador de astrocitoma anaplástico

recebeu 34 (trinta e quatro) aplicações por 20 (vinte) meses. O tempo mediano de sobrevida livre de progressão

de todos os pacientes foi de 50 dias. O tempo mediano de sobrevida global foi de140 dias. A sobrevida global

mediana para os pacientes que apresentaram resposta objetiva foi de 172 dias versus 101 dias para os pacientes

que não apresentaram resposta objetiva ( p=0,001)

A figura abaixo mostra a estimativa de Kaplan-Meier para a curva de sobrevida global..

Curva do tempo de sobrevida global

Figura 1. Gráfico de probabilidade de sobrevida global versus sobrevida global após início da terapia

em pacientes com glioma difuso de ponte. Linha tracejada: pacientes que não apresentaram

resposta. Linha contínua: pacientes que apresentaram resposta ao tratamento.Long rank test

p=0,001

Os resultados de eficácia foram globalmente melhores no subgrupo de pacientes com glioma de tronco cerebral

(ponte). A sobrevida mediana dos pacientes com esse tipo tumoral que responderam ao tratamento foi de 272

(duzentos e setenta e dois) dias versus 109 (cento e nove) dias para os pacientes não respondedores (p=0,001)

As aplicações repetidas de nimotuzumabe foram bem toleradas e não foram observados eventos adversos

hematológicos e não hematológicos graves.

Em um outro estudo aberto não controlado, com pacientes pediátricos entre 3 e 18 anos com diagnóstico de

tumor cerebral em progressão de doença ou recidivado, e expectativa de vida de pelo menos 4 semanas. Os

pacientes receberam Nimotuzumabe semanal por 6 semanas e após esse período manteve-se a terapia de

consolidação com a administração a cada 2 semanas até que o paciente não apresentasse mais condições clínicas

de receber a medicação. Quatorze (14) entre os de vinte e dois pacientes (22) apresentaram estabilização da

doença por mais de 6 meses (64%). Tres pacientes apresentaram resposta completa do tumor. A sobrevida foi de

82% em 6 meses e 64% em 1 ano e a sobrevida mediana foi de 19 meses.

CIMAher é o nome comercial do nimotuzumabe, um anticorpo monoclonal humanizado que inibe o crescimento

das células tumorais, pois se liga com alta afinidade ao Receptor do Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR)

que está associado à atividade de proteínas que regulam diversas funções celulares, entre elas, o ciclo celular e a

morte celular programada (apoptose), controlando sua proliferação, motilidade e capacidade invasiva.

1.Bode U et al. Final report of a phase II trial of nimotuzumab in the treatment of refractory and relapsed high-

grade gliomas in children and adolescents.Journal of Clinical Oncology, 2007 ASCO Annual Meeting

Proceedings Part I. Vol 25, No. 18S (June 20 Supplement), 2007: 2006

2. Bode U,et al Nimotuzumab treatment of malignant gliomas. Expert Opin Biol Ther.2012 Dec;12(12):1649-59.

3.. Saurez G et al. Clinical experience with nimotuzumab in Cuban pediatric patients with brain tumors, 2005 to

2007. MEDICC Rev. 2009 Jul;11(3):27-33

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Descrição

CIMAher (nimotuzumabe) é um anticorpo monoclonal (MAb) humanizado recombinante que reconhece com alta

afinidade o Receptor do Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR) humano. É obtido pela inserção das regiões

hiper-variáveis, ou determinantes complementares do anticorpo murino ior egf/r3, em marcadores de

imunoglobulina humana, apresentando adicionalmente as regiões constantes das cadeias leves (REI) e pesadas

(Eu) de origem humana. Pertence à subclasse IgG 1, e tem um peso molecular aproximado de 150 Kd. CIMAher

(nimotuzumabe) é produzido pelo cultivo de células não secretoras de mamíferos oriundas de um sistema de

células hospedeiras de mieloma de camundongo bem caracterizado (NSO).

Farmacodinâmica

Mecanismo de Ação: O Receptor do Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR) é uma glicoproteína de

membrana de 170 Kd cuja atividade intracelular está associada à atividade proteína tirosina-quinase específica.

Sua superexpressão pelas células tumorais altera a regulação do ciclo celular (aumentando sua proliferação),

bloqueia a apoptose, promove a angiogenêse, aumenta a motilidade, a adesividade e a capacidade invasiva.

CIMAher (nimotuzumabe) liga-se ao EGFR, bloqueando a ligação de seu ligante natural, e inibindo o

crescimento das células tumorais de origem epitelial in vitro e in vivo. Dessa forma, CIMAher (nimotuzumabe)

possui efeito anti-angiogênico, anti-proliferativo e pró-apoptótico em tumores que superexpressam o EGFR.

Dados pré-clínicos

Citotoxicidade: Estudos avaliaram a citotoxicidade mediada por células anticorpo-dependente – Antibody

Dependent Cell Mediated Cytotoxicity (ADCC) – e a citotoxicidade complemento-dependentes – Complement

Dependent Cytotoxicity (CDC). A capacidade de CDC do CIMAher (nimotuzumabe) foi demonstrada numa

prova de liberação de 51

Cr, usando-se, como alvo, a linhagem celular de adenocarcinoma de pulmão humano H-

125. O CIMAher (nimotuzumabe) foi capaz de se fixar, ativar e induzir a lise das células marcadas quando foi

utilizada uma fonte de complemento humano.

VERSÃO 02-Essa versão altera a VERSÃO 01

Cimaher_V2_VPS_AM-MKT-AR_final.docVPS

Atividade antiproliferativa: CIMAher (nimotuzumabe) demonstrou ação antiproliferativa em linhagens

tumorais e em células tumorais implantadas em camundongos, por bloqueio do EGFR. O CIMAher

(nimotuzumabe) mostrou-se especialmente ativo in vitro, em culturas tridimensionais.

Atividade antiangiogênica: CIMAher (nimotuzumabe) apresentou propriedades antiangiogênicas pela inibição

da produção dos fatores de crescimento pró-angiogênicos, como o fator de crescimento do endotélio vascular

(VEGF). Testes in vivo, avaliando a atividade antitumoral do CIMAher (nimotuzumabe), revelaram uma

diminuição significativa na vascularização das amostras tratadas.

Toxicologia aguda e toxicologia subaguda de doses repetidas em roedores: Foram realizados estudos,

utilizando o CIMAher (nimotuzumabe), em doses de até 20 (vinte) vezes a dose humana máxima proposta. Não

foi observado qualquer sinal de toxicidade em nenhum dos estudos de dose única, ou de doses repetidas.

Toxicidade de doses repetidas (6 (seis) meses) em primatas: Foi realizado um estudo em macacos

(Cercopithecus aethiops) nos quais foram administradas doses intravenosas de 1X e 10X a dose humana ótima,

de 200mg (2,86 mg/kg), e solução fisiológica a três grupos de seis animais, cada grupo contendo três animais de

cada sexo. A administração da substância em estudo foi feita uma vez por semana durante 26 (vinte e seis)

semanas. Não foi observado qualquer efeito toxicológico que pudesse ser interpretado como sinal de efeitos

farmacológicos secundários indesejados.

Mutagenicidade/Carcinogenicidade: Não foram realizados estudos para avaliar o potencial carcinogênico e

mutagênico de CIMAher (nimotuzumabe).

Toxicidade reprodutiva: Não foram realizados estudos específicos em animais, para avaliar o efeito de

CIMAher (nimotuzumabe), sobre a fertilidade.

Reatividade cruzada: CIMAher (nimotuzumabe) foi estudado em várias amostras de cortes histológicos de uma

série de tecidos humanos, sendo capaz de ligar-se essencialmente ao tecido epitelial, especialmente pele, que foi

incluída como controle positivo. Não há reatividade cruzada com tecidos de órgãos vitais (coração, vasos

sanguíneos, rim, encéfalo e pulmão) e a ligação ao tecido epitelial normal não foi considerada um problema

potencial.

Ligação Seletiva: Estudos demonstraram diferentes graus de positividade imuno-histoquímica e distribuição do

CIMAher (nimotuzumabe) em diferentes tipos de tumores, dependendo do nível de expressão do receptor. Os

tumores estudados incluíram gliomas, meningeomas, histiocitoma fibroso maligno, neurofibrossarcoma e

neoplasias malignas da mama, neoplasias malignas da cabeça, face e pescoço e neoplasias malignas dos órgãos

genitais femininos. Tumores não epiteliais não demonstraram qualquer reatividade com este anticorpo

monoclonal.

Biodistribuição: CIMAher (nimotuzumabe) foi avaliado para sua utilização diagnóstica. O produto foi marcado

com 99m

Tc (roedores) ou 188

Re (babuínos). Alguns testes foram feitos em ratos com xenoenxertos de células

tumorais H-125 ou A431. O CIMAher (nimotuzumabe) é depurado rapidamente da circulação, diminuindo a

captação radioativa inespecífica em tecidos normais, como fígado, pulmões e rins. Nos camundongos com

implantes, o CIMAher (nimotuzumabe) marcado mostrou índices tumor/não tumor fortemente positivos.

Farmacocinética – Estudos Clínicos:

Eliminação: No estudo clínico de fase I aberto, de doses crescentes, em portadores de com tumores avançados

derivados do tecido epitelial, a farmacocinética foi avaliada em 10 (dez) pacientes. As curvas de desaparecimento

plasmático de CIMAher (nimotuzumabe) ajustaram-se melhor por equação exponencial com meia-vida de

eliminação (t1/2 β) de 62,91 h; 82,60 h; 302,95 h e 304,51 h para as doses de 50, 100, 200 e 400 mg,

respectivamente. A área sob a curva (AUC) de tempo-concentração foi 45/458, 145/931, 573/612 e 635/275

ng/mL/min e o pico de concentração máxima (Cmax) foi 27/790, 36/612, 52/713, 57/117 ng/mL para as doses de

50, 100, 200 e 400 mg, respectivamente. O volume aparente do compartimento central (Vc) foi 2.321,96;

2.823,67; 4.279,71 e 7.173,99 mL e o clearance total de eliminação (Cl) foi 1,08; 0,67; 0,34 e 0,76 (mL/h/kg)

para as doses de 50, 100, 200 e 400 mg, respectivamente. Não foram encontradas diferenças estatisticamente

significantes no clearance, para os quatro níveis de dose (P = 0,095, teste de Kruskal-Wallis).

As principais vias de eliminação em humanos são rins, bexiga e trato gastrintestinal. Em 24 (vinte e quatro)

horas, a excreção urinária média foi de aproximadamente 22%.

Biodistribuição: Os dados revelaram uma meia-vida efetiva de 2,93 h para o coração, 3,94 h para o fígado, 3,20

h para o baço e 4,96 h para o restante do organismo. Imagens positivas de tumor foram vistas em quatro de 10

(dez) pacientes. As variáveis laboratoriais (antes e 24 horas após a injeção) não sofreram alterações

significantes, exceto para a glicemia, que se apresentou elevada em um paciente após 24 (vinte e quatro) horas. O

fígado foi evidenciado como órgão-alvo, com pico de captação 1 (uma) h após a injeção. Fígado, vesícula biliar e

baço apresentaram os valores mais altos de absorção.

Saturação dos receptores de EGFR: Desde as fases iniciais dos estudos com as doses diagnósticas e

terapêuticas de CIMAher (nimotuzumabe), a droga revelou perfil de segurança muito favorável em doses de até

400 mg (5,71 mg/kg). A biodistribuição nas doses diagnósticas e nas doses terapêuticas revela os mesmos

órgãos-alvo e as mesmas características farmacocinéticas. A análise farmacocinética dos estudos terapêuticos

iniciais indica que a saturação dos receptores é obtida com doses iniciais acima de 200 mg e mantida com doses

de 200 mg de CIMAher (nimotuzumabe).

4. CONTRAINDICAÇÕES

CIMAher (nimotuzumabe) é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida ao nimotuzumabe,

ou aos demais componentes da formulação.

Esse medicamento é contraindicado para uso por crianças menores de 2 anos.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

CIMAher (nimotuzumabe) deve ser administrado com cautela a pacientes que tenham recebido tratamento prévio

com anticorpo murino ior egf/r3, ou que apresentem antecedentes de hipersensibilidade a este ou a outros

produtos derivado de células de mamíferos NSO. CIMAher (nimotuzumabe) deve ser administrado com cautela a

pacientes com doenças crônicas, em fase de descompensação, como por exemplo, doenças isquêmicas do

coração, diabetes mellitus, ou hipertensão arterial.

Uso na gravidez

Categoria de risco C: Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas; ou então, os

estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-

dentista.

Não foram realizados estudos de reprodução animal com CIMAher (nimotuzumabe). Não há estudos adequados

e bem controlados com o uso de CIMAher (nimotuzumabe) na gravidez. Portanto, não se conhecem seus efeitos

na gestação. Não é conhecido se CIMAher (nimotuzumabe) pode causar dano fetal quando administrado a

gestantes, ou se CIMAher (nimotuzumabe) afeta a capacidade reprodutiva. Entretanto, foi demonstrado que o

EGFR participa no controle do desenvolvimento pré-natal e pode ser essencial na organogênese, proliferação e

diferenciação no desenvolvimento embrionário. Sabe-se também, que ao IgG1 pode atravessar a barreira

placentária; portanto, CIMAher (nimotuzumabe) apresenta o potencial de passar da mãe para o feto em

desenvolvimento. Dessa forma, CIMAher (nimotuzumabe) somente pode ser administrado a mulheres grávidas,

ou a qualquer mulher que não esteja fazendo uso de métodos contraceptivos se os potenciais benefícios

justificarem o risco potencial ao feto. Antes de iniciar a terapia, todas as pacientes devem ser informadas sob o

risco potencial do tratamento com CIMAher (nimotuzumabe), no desenvolvimento do feto. Se a paciente

engravidar sob tratamento com CIMAher (nimotuzumabe), deverá ser informada do potencial dano e/ou

potencial risco de perda do feto.

Em mulheres com potencial para engravidar, medidas contraceptivas adequadas são recomendadas durante o

tratamento e logo após seu término.

Lactação:

Não se sabe se CIMAher (nimotuzumabe) é secretado no leite materno. Não se recomenda seu uso na lactação,

pois, como a IgG humana é secretado no leite, existe o risco potencial de absorção e dano ao lactente após a

ingestão. Lactantes devem descontinuar a lactação durante o tratamento com CIMAher (nimotuzumabe) e logo

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

VERSÃO 02-Essa versão altera a VERSÃO 01

Cimaher_V2_VPS_AM-MKT-AR_final.docVPS

A interação de CIMAher (nimotuzumabe) com outros fármacos citostáticos não foi totalmente avaliada até o

momento. Foi observado sinergismo, ou potencialização da atividade antitumoral quando outros agentes

inibidores do EGFR foram usados em combinação com agentes quimioterápicos. CIMAher (nimotuzumabe) foi

utilizado em outros estudos em adultos em associação à cisplatina, potencializando seu efeito quimioterápico sem

agravar o perfil de toxicidade.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Antes de aberto, conservar CIMAher (nimotuzumabe), sob refrigeração entre 2°C e 8 °C. Proteger da luz.

Desde que observados os devidos cuidados de conservação, o prazo de validade deste produto é de 36 (trinta e

seis) meses, contados a partir da data de fabricação impressa em sua embalagem externa.

- Cuidados de conservação da solução para infusão contendo o produto diluído

1- A solução para infusão (solução para infusão de cloreto de sódio a 0,9%) contendo o produto diluído é estável

física e quimicamente por 72 (setenta e duas) horas em temperatura de até 27ºC.

2- Do ponto de vista microbiológico, a solução para infusão deve ser imediatamente utilizada.

Não congelar.

Não agitar.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

CIMAher (nimotuzumabe) em seu frasco-ampola original é uma solução incolor.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

A dose recomendada de CIMAher (nimotuzumabe) para o tratamento de pacientes pediátricos com astrocitoma

de alto grau é de 150 mg/m2

, administrada uma vez por semana, durante seis semanas (período de indução) e,

posteriormente, uma dose de manutenção a cada 15 (quinze) dias.

Preparo para administração

1- O frasco não deve ser agitado, pois a agitação vigorosa pode desnaturar a proteína e afetar a atividade

biológica do produto.

2- Verifique visualmente o produto (antes e após a diluição), para garantir que não existem partículas, ou

alterações na coloração do produto.

3- Via de administração: Infusão intravenosa. Não administrar como injeção intravenosa rápida ou em bolus.

4- Utilizando-se técnicas de assepsia apropriada, retirar a tampa do frasco-ampola que contém CIMAher

(nimotuzumabe) e limpar a parte superior do frasco-ampola com uma solução bacteriostática.

4- Inserir a agulha de uma seringa estéril no frasco-ampola, para retirada da solução de CIMAher

(nimotuzumabe).

5- Dilua o volume correspondente à dose calculada em 250 mL de solução de cloreto de sódio a 0,9% para

infusão..

VERSÃO 02-Essa versão altera a VERSÃO 01

Cimaher_V2_VPS_AM-MKT-AR_final.docVPS

6- Administre a solução para infusão em período entre 30 (trinta) e 60 (sessenta) minutos. Não é necessário

uso de equipo de infusão com filtro interno.

7- Como não há presença de conservantes, recomenda-se que a administração da solução para infusão seja

iniciada assim que possível.

8- A solução de infusão obtida após diluição com solução estéril de cloreto de sódio 0,9%, mantém-se estável por

72 (setenta e duas) horas em temperatura de até 27ºC.

Não estoque sobras da solução de infusão parcialmente utilizadas para uso posterior.

Não foram conduzidos estudos de compatibilidade física, ou bioquímica para avaliar a coadministração de

CIMAher (nimotuzumabe) com outros fármacos. Não infunda concomitantemente, no mesmo equipo, com

outros medicamentos.

Duração do Tratamento

O tratamento com CIMAher (nimotuzumabe) deverá ser realizado enquanto as condições gerais do paciente

permitirem.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As principais reações adversas apresentadas após administração de CIMAher (nimotuzumabe) em crianças

consistem em reações leves, ou moderadas do tipo tremores, febre com calafrios, náuseas, vômitos, cefaleia e

fadiga. Não houve nenhum evento adverso grave (toxicidade grau IV ou V) relacionado à administração do

medicamento. A administração repetida de nimotuzumabe é bem tolerada e segura. A piora observada nos

pacientes e outros eventos adversos sérios foram relacionados à progressão da doença de base ou raramente a

outra doença associada. Nenhuma alergia, toxicidade grave para a pele ou sintomas e sinais relativos ao aparelho

digestivo foram observados. Também não se viu nenhuma alteração nos exames laboratorias, em pacientes

pediátricos, ou alteração no exame físico, ou dos sinais vitais relacionados ao uso do CIMAher (nimotuzumabe).

Em estudos realizados em adultos, para tratamento de neoplasias malignas do sistema nervoso central e para

neoplasias de outras localizações, as principais reações adversas apresentadas após administração de CIMAher

(nimotuzumabe) consistiram, também, em reações leves, ou moderadas do tipo tremores, calafrios, náuseas,

cefaleia, vômitos, anemia, hipotensão, ou hipertensão arterial. Outras reações menos frequentes foram:

sonolência, desorientação, mialgias, distúrbios da fala, disfagia, boca seca, acne, debilidade nos membros

inferiores, achados anormais de exames de sangue (elevação da creatinina plasmática), anormalidades dos

leucócitos (leucopenia), hematúria, dor torácica e cianose perioral. Estas reações adversas respondem ao

tratamento com medicamentos padrão.

Os eventos adversos são apresentados em ordem de frequência decrescente a seguir:

Comuns, > 1/100 e < 1/10 (> 1% e < 10%): astenia, hipertensão arterial, febre, cefaléia, anorexia e vômitos.

Incomuns, > 1/1.000 e < 1/100 (> 0,1% e < 1%): Mucosite grau 1 (Efeitos adversos de outras drogas

antineoplásicas), eritema e choque anafilático.

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e

segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos imprevisíveis,

ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.