Bula do Corizz Noite para o Profissional

Bula do Corizz Noite produzido pelo laboratorio Legrand Pharma Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Corizz Noite
Legrand Pharma Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO CORIZZ NOITE PARA O PROFISSIONAL

CORIZZ®

NOITE

Legrand Pharma Indústria Farmacêutica Ltda.

comprimidos

400 mg de paracetamol + 20 mg de cloridrato de

fenilefrina /

400 mg de paracetamol + 4 mg de maleato de

carbinoxamina

CORIZZ® NOITE

paracetamol + cloridrato de fenilefrina / paracetamol + maleato de carbinoxamina

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

APRESENTAÇÕES

CORIZZ® NOITE é apresentado na forma farmacêutica comprimido, na seguinte concentração:

- Comprimido amarelo: 400 mg de paracetamol + 20 mg de cloridrato de fenilefrina;

- Comprimido laranja: 400 mg de paracetamol + 4 mg de maleato de carbinoxamina.

CORIZZ® NOITE é apresentado em embalagens contendo 4 comprimidos amarelos + 4 comprimidos laranjas; 8 comprimidos

amarelos + 8 comprimidos laranjas; 12 comprimidos amarelos + 12 comprimidos laranjas; 50 comprimidos amarelos + 50

comprimidos laranjas e 100 comprimidos amarelos + 100 comprimidos laranjas.

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido amarelo contém:

paracetamol 90% *......................................................................444,444 mg

cloridrato de fenilefrina........................................................................20 mg

excipiente** q.s.p.....................................................................1 comprimido

* Cada 444,444 mg de paracetamol 90% equivalem a 400 mg de paracetamol, sendo composto também por povidona,

amidoglicolato de sódio, amido pré-gelatinizado e ácido esteárico.

** celulose microcristalina, copovidona, amido pré-gelatinizado, estearato de magnésio e óxido de ferro amarelo.

Cada comprimido laranja contém:

maleato de carbinoxamina......................................................................4 mg

** celulose microcristalina, croscarmelose sódica, copovidona, estearato de magnésio e corante alumínio laca amarelo crepúsculo nº

6.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INCIDAÇÕES

Este medicamento é indicado para o tratamento dos sintomas de gripes¹ e resfriados². Analgésico e antitérmico. É indicado ainda

nos processos que envolvem as vias aéreas superiores, como descongestionante nasal.

¹ CID: J11 - Influenza [gripe] devido ao vírus não identificado

² CID: J00 - Nasofaringite aguda [resfriado comum]

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Um estudo realizado com a combinação de paracetamol, maleato de carbinoxamina e cloridrato de fenilefrina, que comparou sua

eficácia com outras duas formas de associação contendo dipirona sódica, cafeína e maleato de clorfeniramina, avaliou 178 pacientes

com idade entre 18 e 65 anos, que apresentavam sinais e sintomas de gripes e resfriados. A avaliação de eficácia foi realizada

através de questionário direcionado aos pacientes de acordo com a Escala Visual Analógica (EVA) e através de avaliação clínica

realizada pelo médico. Ficou demonstrado que a combinação de paracetamol, maleato de carbinoxamina e cloridrato de fenilefrina é

eficaz no tratamento sintomático de gripes e resfriados, apresentando equivalência terapêutica e tolerância semelhantes às formas

avaliadas.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

As bases farmacológicas de CORIZZ® NOITE estão apoiadas nos efeitos terapêuticos globais de suas substâncias, cada uma delas

destinada ao específico controle dos sintomas observados nos processos congestivos das vias aéreas superiores, resultando em alívio

imediato para o paciente. Em sua formulação encontramos: paracetamol - analgésico e antitérmico, cloridrato de fenilefrina –

vasoconstritor, que alivia a congestão nasal, e maleato de carbinoxamina - anti-histamínico.

Farmacodinâmica

O mecanismo de ação do paracetamol na analgesia não está completamente estabelecido, podendo exercer sua ação inibindo a

síntese de prostaglandinas no sistema nervoso central e bloqueando a geração de impulso doloroso a nível periférico. A ação

periférica pode também ocorrer devido à inibição da síntese de prostaglandinas ou à inibição da síntese ou da ação de outras

substâncias que sensibilizam receptores devido a estímulos mecânicos ou químicos. A ação antipirética do paracetamol está baseada

em sua atuação no centro hipotalâmico (centro de regulação da temperatura corporal), produzindo vasodilatação periférica,

aumentando o fluxo sanguíneo direto na pele, causando transpiração e consequente diminuição da temperatura. Esta ação central

provavelmente envolve inibição da síntese da prostaglandina no hipotálamo.

A fenilefrina é uma amina simpatomimética de ação direta, embora atue também de forma indireta mediante a liberação de

norepinefrina dos locais de armazenamento. Como vasopressor, atua sobre os receptores alfa-adrenérgicos para produzir

vasoconstrição, que aumenta a resistência periférica, ou seja, proporciona uma constrição das arteríolas dilatadas dentro da mucosa e

redução do fluxo sanguíneo da área edematosa ingurgitada. Após administração oral, a vasoconstrição na mucosa nasal alivia a

congestão nasal. Em doses terapêuticas, esta substância causa pouco ou nenhum estímulo no sistema nervoso central.

A carbinoxamina atua por antagonismo competitivo da histamina, através do bloqueio de seus receptores H1, interferindo com a

ação da histamina principalmente nos capilares que irrigam mucosas e nervos sensoriais das áreas nasal e adjacentes. A

carbinoxamina é capaz de interferir com certas ações inibidoras das secreções da acetilcolina do nariz, boca e faringe,

frequentemente provocando depressão do sistema nervoso central.

Farmacocinética

O paracetamol administrado por via oral possui rápida absorção, com pico de concentração plasmática ocorrendo entre 10 e 60

minutos após a ingestão, e biodisponibilidade de 60% a 98%. O volume de distribuição é de 1 a 2L/Kg. Sua metabolização ocorre

no fígado, sendo que cerca de 25% da droga sofre o metabolismo de primeira passagem. A excreção é renal e 1% a 4% é excretado

inalterado na urina. O clearance renal é de 13,5 L/ h e a meia-vida de eliminação é de 2-4 horas em pacientes sadios.

A fenilefrina quando administrada por via oral possui absorção irregular e biodisponibilidade de 38%. O volume de distribuição é

superior a 40 L. A fenilefrina é extensivamente metabolizada na parede intestinal e moderadamente metabolizada no fígado. A

excreção é renal (80% a 86%) e a meia-vida de eliminação é de 2-3 horas.

A meia-vida sérica da carbinoxamina é estimada em 10 a 20 horas e sua excreção é renal.

4. CONTRAINDICAÇÕES

CORIZZ® NOITE não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade conhecida a algum dos componentes da fórmula.

CORIZZ® NOITE não pode ser usado em pacientes com ulcera péptica, doença das artérias coronárias grave, hipertensão grave,

insuficiência hepatocelular grave ou doença hepática ativa ou em tratamento com inibidores da MAO (monoamino oxidase).

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com glaucoma de ângulo estreito.

Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.

5. ADVERTÊNCIA E PRECAUÇÕES

Pacientes com problemas cardíacos, pressão alta, asma, diabetes, problemas de tireóide e problemas hepáticos deverão estar sob

supervisão médica para fazer uso de CORIZZ® NOITE.

CORIZZ® NOITE deve ser administrado com cautela em pacientes com função renal ou hepática comprometida. Embora haja

poucos relatos de disfunção hepática nas doses habituais de paracetamol, é aconselhável monitorar a função hepática nos casos de

uso prolongado.

Pacientes idosos: A fenilefrina pode causar aumento pronunciado da pressão arterial em pacientes idosos.

Deve-se ter cuidado ao administrar CORIZZ® NOITE em pacientes idosos.

Não use outro produto que contenha Paracetamol.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar

prejudicadas.

Gravidez – Categoria C

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

CORIZZ® NOITE é contraindicado nos 3 primeiros meses de gravidez, após este período deverá ser administrado apenas em caso

de necessidade, sob controle médico.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Devido à ação de potencialização de anticoagulantes cumarínicos (ex.: varfarina e acenocumarol), CORIZZ® NOITE não deve ser

usado concomitantemente a esses medicamentos. Deve ser usado com cautela em pacientes que fazem uso regular de álcool,

barbitúricos (ex.: fenobarbital e tiopental), antidepressivos tricíclicos (ex.: amitriptilina e nortriptilina) e carbamazepina, devido ao

risco de sobrecarga metabólica ou possível agravamento de comprometimento hepático já existente.

Devido ao risco de crise hipertensiva, CORIZZ® NOITE não deve ser usado concomitantemente a medicamentos que elevem a

pressão arterial, ou com medicamentos da classe dos inibidores da enzima monoamina oxidase (MAO) (ex.: fenelzina e iproniazida).

O uso concomitante de fenitoína e CORIZZ® NOITE resulta em diminuição da eficiência do paracetamol e um aumento no risco de

hepatotoxicidade.

A probenecida causa uma redução em cerca de duas vezes do clearance do paracetamol por inibir sua conjugação com o ácido

glucurônico.

Drogas anticolinérgicas podem predispor o paciente a uma atividade anticolinérgica excessiva se administrado em conjunto com

carbinoxamina.

Associação de anti-histamínicos e procarbazina pode causar depressão do SNC.

O uso de paracetamol pode gerar um resultado falso-positivo para a quantificação do ácido 5-hidroxiindolacético em exames

urinários. Também pode resultar em um falso aumento dos níveis séricos de ácido úrico.

A administração concomitante de paracetamol com alimentos diminui o pico de concentração plasmática desta substância.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar o produto em temperatura ambiente (15ºC a 30°C). Proteger da luz e manter em lugar seco.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

- Comprimido na cor amarela, com manchas brancas, circular e biconvexo.

- Comprimido na cor laranja, circular e biconvexo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Uma dose é composta de 2 comprimidos (1 amarelo + 1 laranja).

Adultos e crianças acima de 12 anos: Tomar 2 comprimidos (1 amarelo + 1 laranja) a cada 8 horas, com um copo de água.

Quando usar CORIZZ® DIA e CORIZZ® NOITE, nunca tomar ao mesmo tempo e sempre respeitar o intervalo mínimo de 8 horas

entre as doses.

Não exceder 4 doses em 24 horas.

A dose diária máxima recomendada de paracetamol é de 4000 mg, a de fenilefrina é 120 mg e a de carbinoxamina é de 32 mg.

CORIZZ® NOITE não deve ser administrado por mais de 10 dias para dor, e por mais de 3 dias para a febre ou sintomas gripais.

Para segurança e eficácia desta apresentação, CORIZZ® NOITE não deve ser administrado por vias não recomendadas. A

administração deve ser somente pela via oral.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Foram relatados outros eventos adversos como náusea, vômito, dor abdominal, hipotermia, palpitação e palidez. Sob uso prolongado

podem surgir discrasias sanguíneas. Estudos de pós-comercialização de paracetamol relataram raramente os seguintes eventos

adversos: trombocitopenia, neutropenia, agranulocitose, anemia hemolítica e meta-hemoglobinemia, aumento de enzimas hepáticas,

já tendo sido relatados casos de aplasia medular.

O uso prolongado pode causar necrose papilar renal.

Dependendo da sensibilidade individual do paciente, leve sonolência poderá ocorrer após a 1ª dose; por este motivo recomenda-se

aos pacientes especial cuidado ao executarem trabalhos mecânicos que requeiram atenção até que sua reação seja determinada.

Alergia: paracetamol pode causar reações cutâneas graves. Os sintomas podem incluir vermelhidão, pequenas bolhas na pele e

erupção cutânea. Se ocorrer alguma dessas reações, interrompa o uso e procure ajuda médica imediatamente.

Efeitos nos olhos: os agentes agonistas alfa-adrenérgicos (agentes simpaticomiméticos), como a fenilefrina, podem interferir na

musculatura ciliar, causando alteração no estado de acomodação de repouso dos olhos.

Efeitos na função mental: nervosismo e tremores podem ocorrer devido ao uso de fenilefrina. O uso de gotas nasais de agentes

simpaticomiméticos está relacionado à ocorrência extremamente rara de alucinação. Não se pode descartar definitivamente a relação

de altas doses de fenilefrina por via oral com a ocorrência de alucinação.

Também pode ocorrer aumento prolongado da pressão arterial. A fenilefrina pode ainda induzir taquicardia ou reflexo de

bradicardia.

Neutropenia, leucopenia, diarreia, aumento de enzimas hepáticas, dermatite de contato, rash, anorexia, boca seca, azia, tontura, dor

de cabeça, nervosismo, fadiga, sedação, diplopia, casos raros de excitabilidade, disúria, poliúria, secura nasal e falta de ar foram

reportadas com o uso de carbinoxamina.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Nos casos de ingestão excessiva de paracetamol, como ingestão aguda de 7,5 g ou 140 mg/kg, o paciente deve ser monitorado até

que o médico esteja certo de não haver hepatotoxicidade.

Os sinais iniciais de superdose incluem: vômitos, náuseas, dor no quadrante superior do abdome e palidez cutânea. As evidências

clínicas e laboratoriais da hepatotoxicidade podem não ser aparentes até 24 a 48 horas após a ingestão, portanto recomenda-se que o

paciente fique em observação durante esse período.

O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível: o estômago deve ser esvaziado até 1 hora após a ingestão através de

aspiração gástrica e lavagem. Recomenda-se também a administração de carvão ativado, pois o paracetamol é bem adsorvido.

A estimativa da quantidade ingerida, principalmente se fornecida pelo paciente, não é um dado confiável. Portanto, a determinação

da concentração sérica de paracetamol deve ser obtida o mais rápido possível, mas não antes de 4 horas após a ingestão.

A determinação da função hepática deve ser obtida inicialmente e, a seguir, a cada 24 horas, durante 3 dias.

O antídoto, N-acetilcisteína, deve ser administrado com urgência e dentro das 16 primeiras horas após a ingestão para se obter bons

resultados. O seguinte esquema pode ser utilizado, usando N-acetilcisteína injetável: dose inicial de 150 mg/kg de peso, intravenosa

por 15 minutos, seguida de infusão de 50 mg/kg de peso em 500 ml de dextrose (a 5%) por 4 horas. Depois, 100 mg/kg de peso em

1 litro de dextrose (a 5%) nas próximas 16 horas (total: 300 mg/kg de peso em 20 horas). Os principais sinais de superdosagem

relacionados à fenilefrina são aumento da pressão arterial, taquicardia, tremores e arritmias cardíacas. O paciente deve receber

suporte cardiovascular e tratamento sintomático.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

11. REFERÊNCIAS

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Taverner D, Latte J, Draper M. Nasal decongestants for the common cold. Cochrane Database Syst Rev. 2004;(3):CD001953.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.