Bula do Dipigina para o Profissional

Bula do Dipigina produzido pelo laboratorio Belfar Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Dipigina
Belfar Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO DIPIGINA PARA O PROFISSIONAL

DIPIGINA

(DIPIRONA)

BELFAR LTDA.

COMPRIMIDO

500 mg

Dipirona monoidratada

APRESENTAÇÃO

Comprimido contendo o equivalente a 500 mg de dipirona.

Embalagem contendo 10, 20 ou 280 unidades

USO ORAL. USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 15 ANOS.

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido contém:

Dipirona.............................................................................................................. 500 mg*

*equivalente a 527 mg de dipirona monohidratada

Excipiente q.s.p........................................................................................... 1 comprimido

Excipientes: (lactose, povidona, amido glicolato de sódio, estearato de magnésio,

dióxido de silício coloidal, água purificada).

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é indicado como analgésico e antitérmico.

2.RESULTADOS DE EFICÁCIA

Pacientes pediátricos: Estudo clínico comparativo, multinacional, randomizado, duplo-

cego, comoparou a eficácia antipirética de dipirona, paracetamol e ibuprofeno em 628

crianças com febre, com idade entre 6 meses a 6 anos. Os três fármacos foram eficazes

em baixar a temperatura em 555 pacientes que completaram o estudo. Taxas de

normalização de temperatura no grupo dipirona e ibuprofeno (82% e 78%,

respectivamente) foram significativamente maiores do que no grupo paracetamol (68%,

P=0,004). Depois de 4 a 6 horas, a temperatura média no grupo da dipirona foi

significativamente menor que os demais grupos, demonstrando maior normalização da

temperatura com a dipirona (Wong et al, 2001).

Em outro estudo clínico aberto, não comparativo foi usada dipirona oral na dose de 10-

15 mg/kg cada 6-8 horas para avaliar a redução de temperatura em 93 pacientes

pediátricos (3 meses a 12 anos) com febre (>38,5°C). Resposta boa ou satisfatória foi

observada em 92% dos pacientes (Izhar T, 1999).

Pacientes adultos: Em estudo clínico, randomizado, duplo-cego, de grupos paralelos,

controlado por placebo, foi comparada a eficácia analgésica de dipirona solução oral

500 mg/mL (gotas), cetoprofeno formulação líquida (25 mg ou 50 mg) e placebo em

108 pacientes com idade acima de 18 anos (26 a 28 pacientes por tratamento) com dor

pós episiotomia. Todos os tratamentos ativos foram significativamente superiores ao

placebo para várias medidas de analgesia, incluindo 4-horas e 6-horas SPID e

pontuações TOTPAR. A avaliação global foi considerada como “bom” ou “excelente”

por mais de 75% dos pacientes nos grupos de tratamento ativo comparado com 7,4%dos

pacientes no grupo placebo (Olson et al, 1999).

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

A dipirona é um derivado pirazolônico não-narcótico com efeitos analgésico,

antipirético e espasmolítico.

A dipirona é uma pró-droga cuja metabolização gera a formação de vários metabólitos

entre os quais há 2 com propriedades analgésicas: 4-metilaminoantipirina (4-MAA) e o

4-aminoantipirina (4-AA).

Como a inibição da ciclo-oxigenase (COS-1, COX-2 ou ambas) não é suficiente par

explicar este efeito antinociceptivo, outros mecanismos alternativos foram propostos,

tais como: inibição de síntese de prostaglandinas preferencialmente no sistema nervoso

central, dessensibilização dos nociceptores periféricos envolvendo atividade via óxido

nítrico-GMPc no nociceptor, uma possível variante de COX-1 do sistema nervoso

central seria o alvo específico e, mais recentemente, a proposta de que a dipirona

inibiria uma outra isoforma da ciclo-oxigenase, a COX-3.

Os efeitos analgésico e antipirético podem ser esperados em 30 a 60 minutos após a

administração e geralmente duram cerca de 4 horas.

Propriedades farmacocinéticas

A farmacocinética da dipirona e de seus metabólitos não está completamente elucidada,

mas as seguintes informações podem ser fornecidas:

Após administração oral, a dipirona é completamente hidrolisada em sua porção ativa,

4-N-metilaminoantipirina (MAA). A biodisponibilidade absoluta do MAA é de

aproximadamente 90%, sendo um pouco maior após administração oral quando

comparada à administração intravenosa. A farmacocinética da MAA não se altera em

qualquer extensão quando a dipirona é administrada concomitantemente a alimentos.

Principalmente a MAA, mas também o 4-aminoantipirina (AA), contribuem para o

efeito clínico. Os valores de AUC para AA constituem aproximadamente 25% do valor

de AUC para MAA. Os metabólitos 4-N-acetilaminoantipirina (AAA) e 4-N-

formilaminoantipirina (FAA) parecem não apresentar efeito clínico.

São observadas farmacocinéticas não-lineares para todos os metabólitos. São

necessários estudos adicionais antes que se chegue a uma conclusão sobre o significado

clínico destes resultados. O acúmulo de metabólitos apresenta pequena relevância

clínica em tratamentos de curto prazo.

O grau de ligação às proteínas plasmáticas é de 58% para MAA, 48% para AA, 18%

para FAA e 14% para AAA.

Após administração intravenosa, a meia-vida plasmática é de aproximadamente 14

minutos para a dipirona. Aproximadamente 96% e 6% da dose radiomarcada

administrada por via intravenosa foram excretadas na urina e fezes, respectivamente.

Foram identificados 85% dos metabólitos que são excretados na urina, quando da

administração oral de dose única, obtendo-se 3% ± 1% para MAA, 6% ± 3% para AA,

26% ± 8% para AAA e 23% ± 4% para FAA. Após administração oral de dose única de

1 g de dipirona sódica, o clearance renal foi de 5 mL ± 2 mL/min para MAA, 38 mL ±

13 mL/min para AA, 61 mL ± 8 mL/min para AAA, e 49 mL ± 5 mL/min para FAA.

As meias-vidas plasmáticas correspondentes foram de 2,7 ± 0,5 horas para MAA, 3,7 ±

1,3 horas para AA, 9,5 ± 1,5 horas para AAA, e 11,2 ± 1,5 horas para FAA.

Em pacientes idosos, a exposição (AUC) aumenta 2 a 3 vezes. Em pacientes com

cirrose hepática, após administração oral de dose única, a meia-vida de MAA e FAA

aumentou 3 vezes (10 horas), enquanto para AA e AAA este aumento não foi tão

marcante.

Os pacientes com insuficiência renal não foram extensivamente estudados até o

momento. Os dados disponíveis indicam que a eliminação de alguns metabólitos (AAA

e FAA) é reduzida.

Dados de segurança pré-clínicos

Toxicidade aguda:

As doses mínimas letais de dipirona em camundongos e ratos são: aproximadamente

4000 mg/kg de peso corporal por via oral, aproximadamente 2300 mg de dipirona por

kg de peso corporal ou 400 mg de MAA por kg de peso corporal por via intravenosa. Os

sinais de intoxicação foram sedação taquipneia e convulsões pré-morte.

Toxicidade crônica:

As injeções intravenosas de dipirona em ratos (peso corporal 150 mg/kg por dia) e cães

(50mg/kg de peso corporal por dia) durante um período de 4 semanas foram toleradas.

Foram realizados estudos de toxicidade oral crônica ao longo de um período de 6 meses

em ratos e cães: doses diárias de até 300 mg de peso corporal/kg em ratos e até 100

mg/kg de peso corporal de peso em cães não causaram sinais de intoxicação. Doses

mais elevadas em ambas espécies causaram alterações químicas do soro e

hemossiderose no fígado e baço, também foram detectados sinais de anemia e

toxicidade da medula óssea.

Mutagenicidade:

Estão descritos na literatura tanto resultados positivos bem como negativos. No entanto,

estudos in vitro e in vivo com material específico grau Hoechst não deu indicação de

um potencial mutagênico.

Carcinogenicidade:

Em estudos em ratos e camundongos NMRI em tempo de vida, a dipirona não mostrou

efeitos cancerígenos.

Toxicidade reprodutiva:

Estudos em ratos e coelhos não indicam potencial teratogênico.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Dipigina não deve ser administrada a pacientes:

-com hipersensibilidade à dipirona ou a qualquer um dos componentes da formulação

ou a outras pirazolonas (ex.: fenazona, propifenazona) ou a pirazolidinas (ex.:

fenilbutazona, oxifembutazona) incluindo, por exemplo, experiência prévia de

agranulocitose (diminuição acentuada na contagem de glóbulos brancos do sangue) com

uma dessas substâncias;

- com função da medula óssea prejudicada (ex.: após tratamento citostático) ou doenças

do sistema hematopoiético;

- que tenham desenvolvido broncoespasmo ou outras reações anafilactóides (isto é

urticária, rinite, angioedema) com analgésicos tais como salicilatos, paracetamol,

diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno.

-com porfíria hepática aguda intermitente (risco de indução de crises de porfíria);

-com deficiência congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD) (risco de

hemólise);

-gravidez e lactação (vide “Advertências e Precauções – Gravidez e Lactação”).

Este medicamento é contraindicado para menores de 3 meses de idade ou pesando

menos de 5 kg.

Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por

mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Informe

imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES:

ADVERTÊNCIAS

Agranulocitose induzida pela dipirona é uma casualidade de origem imunoalérgica,

durável por pelo menos 1 semana. Embora esta reação seja muito rara, pode ser grave

que implique em risco a vida, podendo ser fatal. Não é dose-dependente e pode ocorrer

em qualquer momento durante o tratamento. Todos os pacientes devem ser advertidos a

interromper o uso da medicação e consultar seu médico imediatamente se alguns dos

seguintes sinais ou sintomas, possivelmente relacionados a neutropenia, ocorrerem:

febre, calafrios, dor de garganta, ulceração na cavidade oral. Em caso de ocorrência de

neutropenia (menos de 1500 neutrófilos/mm3

) o tratamento deve ser imediatamente

descontinuado e a contagem sanguínea completa deve ser urgentemente controlada e

monitorada até retornar aos níveis normais.

Em caso de pancitopenia o tratamento deve ser imediatamente descontinuado e uma

completa monitorização sanguínea deve ser realizada até normalização dos valores.

Todos os pacientes devem ser aconselhados a procurar atendimento médico imediato se

desenvolverem sinais e sintomas sugestivos de discrasias do sangue (mal estar geral,

infecção, febre persistente, nódoas negras, sangramento, palidez) durante o uso de

medicamentos contendo dipirona.

Choque anafilático: Essa reação ocorre principalmente em pacientes sensíveis. Portanto,

a dipirona deve ser usada com cautela em pacientes que apresentem alergia atópica ou

asma (vide “Contraindicações”).

Reações cutâneas graves: reações cutâneas com risco à vida, como síndrome de

Stevens-Johnson (SSJ) e Necrólise Epidérmica Tóxica (NET) têm sido relatadas com o

uso de dipirona. Se desenvolverem sinais ou sintomas de SSJ ou NET (tais como

exantema progressivo muitas vezes com bolhas ou lesões da mucosa), o tratamento com

a dipirona deve ser descontinuado imediatamente e não deve ser retomado. Os pacientes

devem ser avisados dos sinais e sintomas e acompanhados de perto para reações de pele,

particularmente nas primeiras semanas de tratamento.

PRECAUÇÕES:

Reações anafiláticas/anafilactóides

Em particular, os seguintes pacientes apresentam risco especial para possíveis reações

anafiláticas graves relacionadas a dipirona (vide “Contraindicações”):

-pacientes com asma brônquica, particularmente aqueles com rinossinusite poliposa

concomitante;

- pacientes com urticária crônica;

- pacientes com intolerância ao álcool, por exemplo, pessoas que reagem até mesmo a

pequenas quantidades de bebidas alcoólicas, apresentando sintomas como espirros,

lacrimejamento e vermelhidão acentuada da face. A intolerância ao álcool pode ser

indicativa da síndrome de asma analgésica prévia não diagnosticada;

- pacientes com intolerância a corantes (ex. tartrazina) ou a conservantes (ex.

benzoatos).

Antes da administração de Dipigina, os pacientes devem ser questionados

especificamente. Em pacientes que estão sob o risco potencial para reações anafiláticas,

dipigina só deve ser administrada após cuidadosa avaliação dos possíveis riscos em

relação aos benefícios esperados. Se dipigina for administrada em tais circunstâncias, é

requerido que seja realizada sob a supervisão médica e em locais onde recursos para

tratamento de emergência estejam disponíveis.

Reações hipotensivas isoladas

A administração de dipirona pode causar reações hipotensivas isoladas (vide “Reações

adversas”). Essas reações são possivelmente dose-dependentes e ocorrem com maior

probabilidade após administração parenteral.

Para evitar as reações hipotensivas graves desse tipo:

-reverter a hemodinâmica em pacientes com hipotensão pré-existente, em pacientes com

redução dos fluidos corpóreos ou desidratação, ou com instabilidade circulatória ou com

insuficiência circulatória incipiente;

-deve-se ter cautela em pacientes com febre alta.

Nestes pacientes, a dipirona deve ser utilizada com extrema cautela e a administração de

dipigina em tais circunstâncias deve ser realizada sob cuidadosa supervisão médica.

Podem ser necessárias medidas preventivas (como estabilização da circulação) para

reduzir o risco de reação hipotensiva.

A dipirona só deve ser utilizada sob cuidadoso monitoramento hemodinâmico em

pacientes nos quais a diminuição da pressão sanguínea deve ser evitada, tais como

pacientes com doença cardíaca coronariana severa ou estenose dos vasos sanguíneos

que irrigam o cérebro.

Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, recomenda-se que o uso de altas

doses de dipirona seja evitado, uma vez que a taxa de eliminação é reduzida nestes

pacientes.

Gravidez e lactação

A dipirona atravessa a barreira placentária. Não existem evidências de que o

medicamento seja prejudicial ao feto: a dipirona não apresentou efeitos teratogênicos

em ratos e coelhos, e fetotoxicidade foi observada apenas com doses elevadas que foram

maternalmente tóxicas. Entretanto, não existem dados clínicos suficientes sobre o uso

de dipigina durante a gravidez.

Recomenda-se não utilizar Dipigina durante os primeiros 3 meses da gravidez. O uso de

Dipigina durante o segundo trimestre da gravidez só deve ocorrer após cuidadosa

avaliação do potencial risco/benefício pelo médico.

Dipigina, não deve ser utilizada durante os 3 últimos meses da gravidez, uma vez que,

embora a dipirona seja uma fraca inibidora da síntese de prostaglandinas, a

possibilidade de fechamento prematuro do ducto arterial e de complicações perinatais

devido ao prejuízo da agregação plaquetária da mãe e do recém-nascido não pode ser

excluída.

Os metabólitos da dipirona são excretados no leite materno. A lactação deve ser evitada

durante e por até 48 horas após a administração de dipigina.

Populações especiais

Pacientes idosos: deve-se considerar a possibilidade das funções hepática e renal

estarem prejudicadas.

Crianças: menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg não devem ser

tratadas com dipirona. É recomendada supervisão médica quando se administra dipirona

a crianças pequenas.

Outros grupos de risco: vide “Contraindicações” e “Advertências”.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Para as doses recomendadas, nenhum efeito adverso na habilidade de se concentrar e

reagir são conhecidos. Entretanto, pelo menos com doses elevadas, deve-se levar em

consideração que as habilidades para se concentrar e reagir podem estar prejudicadas,

constituindo risco em situações onde estas habilidades são de importância especial (por

exemplo, operar carros ou máquinas), especialmente quando álcool foi consumido.

Sensibilidade cruzada

Pacientes que apresentam reações anafilactóides a dipirona podem apresentar um risco

especial para reações semelhantes a outros analgésicos não narcóticos.

Pacientes que apresentam reações anafiláticas ou outras imunologicamente0mediadas,

ou seja, reações alérgicas (ex. agranulocitose) a dipirona podem apresentar um risco

especial para reações semelhantes a outras pirazolonas ou pirazolidinas.

6. Interações medicamentosas

Medicamento-medicamento

A dipirona pode causar redução dos níveis de ciclosporina no sangue. As concentrações

de ciclosporina devem, portanto, ser monitoradas quando a dipirona é administrada

concomitantemente.

A administração concomitante da dipirona com metotrexato pode aumentar a

hematotoxicidade do metotrexato particularmente em pacientes idosos. Portanto, esta

combinação deve ser evitada.

A dipirona pode reduzir o efeito do ácido acetilsalicílico na agregação plaquetária,

quando administrados concomitantemente. Portanto, essa combinação deve ser usada

com precaução em pacientes que tomam baixa dose de ácido acetilsalicílico para

cardioproteção.

A dipirona pode causar a redução na concentração sanguínea de bupropiona. Portanto,

recomenda-se cautela quando a dipirona e a bupropiona são administradas

Medicamento-alimento: não há dados disponíveis até o momento sobre a

administração de alimentos e dipirona.

Medicamento-exame laboratorial: não há dados disponíveis até o momento sobre a

interferência de dipirona em exames laboratoriais.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

DIPIGINA deve ser mantida em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da

luz.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua

embalagem original.

Características do medicamento

Líquido incolor a amarelado com odor característico.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

MODO DE USAR

Coloque o frasco na posição vertical com a tampa para o lado de cima, gire-a até romper

o lacre.

Vire o frasco com o conta-gotas para o lado de baixo e pressione o frasco lentamente até

iniciar o gotejamento.

Posologia

A princípio, a dose e a via de administração escolhidas dependem do efeito analgésico

desejado e das condições do paciente. Em muitos casos, a administração oral ou retal é

suficiente para obter analgesia satisfatória.

Quando for necessário um efeito analgésico de início rápido ou quando a administração

por via oral ou retal for contraindicada, recomenda-se a administração por via

intravenosa ou intramuscular.

O tratamento pode ser interrompido a qualquer instante sem provocar danos ao paciente,

inerentes à retirada da medicação.

Cada 1 mL corresponde a 20 gotas (quando o frasco for mantido na posição vertical).

Adultos e adolescentes acima de 15 anos: 20 a 40 gotas em administração única ou até o

máximo de 40 gotas, 4 vezes ao dia.

As crianças devem receber Dipigina gotas conforme seu peso seguindo a orientação

deste esquema:

Peso

(média de idade)

Dose Gotas

5 a 8 kg (3 a 11 meses) Dose única 2 a 5 gotas

Dose máxima diária 20 (4 tomadas x 5 gotas)

9 a 15 kg (1 a 3 anos) Dose única 3 a 10 gotas

Dose máxima diária 40 (4 tomadas x 10 gotas)

16 a 23 kg (4 a 6 anos) Dose única 5 a 15 gotas

Dose máxima diária 60 (4 tomadas x 15 gotas)

24 a 30 kg (7 a 9 anos) Dose única 8 a 20 gotas

Dose máxima diária 80 (4 tomadas x 20 gotas)

31 a 45 kg (10 a 12 anos) Dose única 10 a 30 gotas

Dose máxima diária 120 (4 tomadas x 30 gotas)

46 a 53 kg (13 a 14 anos) Dose única 15 a 35 gotas

Dose máxima diária 140 (4 tomadas x 35 gotas)

Crianças menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg não devem ser

tratadas com Dipigina.

Se o efeito de uma única dose for insuficiente ou após o efeito analgésico ter diminuído,

a dose pode ser repetida respeitando-se a posologia e a dose máxima diária, conforme

descrito acima.

Não há estudos dos efeitos de Dipigina solução infantil administrada por vias não

recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a

administração deve ser somente por via oral.

Populações especiais

Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, recomenda-se que o uso de altas

doses de dipirona seja evitado, uma vez que a taxa de eliminação é reduzida nestes

pacientes. Entretanto, para tratamento em curto prazo não é necessária redução da dose.

Não existe experiência com o uso de dipirona em longo prazo em pacientes com

insuficiência renal ou hepática.

Em pacientes idosos e pacientes debilitados deve-se considerar a possibilidade das

funções renal ou hepática estarem prejudicadas.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As frequências das reações adversas estão listadas a seguir de acordo com a seguinte

convenção:

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este

medicamento).

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento).

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este

Distúrbios cardíacos

Síndrome de Kounis (aparecimento simultâneo de eventos coronarianos agudos e

reações alérgicas ou anafilactóides. Engloba conceitos como infarto alérgico e angina

alérgica).

Distúrbios do sistema imunológico

A dipirona pode causar choque anafilático, reações anafiláticas/anafilactóides que

podem se tornar graves com risco a vida e, em alguns casos, serem fatais. Estas reações

podem ocorrer mesmo após Dipigina ter sido utilizada previamente em muitas ocasiões

sem complicações.

Estas reações medicamentosas podem desenvolver-se imediatamente após a

administração de dipirona ou horas mais tarde; contudo, a tendência normal é que estes

eventos ocorram na primeira hora após a administração.

Normalmente, reações anafiláticas/anafilactóides leves manifestam-se na forma de

sintomas na pele ou nas mucosas (tais como: prurido, ardor, rubor, urticária, edema),

dispneia e, menos frequentemente, doenças gastrintestinais.

Estas reações leves podem progredir para formas graves com coceira generalizada,

angioedema grave (até mesmo envolvendo a laringe), broncoespasmo grave, arritmias

cardíacas, queda da pressão sangüínea (algumas vezes precedida por aumento da

pressão sanguínea) e choque circulatório.

Em pacientes com síndrome da asma analgésica, reações de intolerância aparecem

tipicamente na forma de ataques asmáticos.

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo

Além das manifestações da pele e mucosas, de reações anafiláticas/anafilactóides

mencionadas acima, podem ocorrer ocasionalmente erupções medicamentosas fixas;

raramente exantema e, em casos isolados, síndrome de Stevens-Johnson (reação alérgica

grave, envolvendo erupção cutânea na pele e mucosas) ou síndrome de Lyell ou

Necrólise Epidérmica Tóxica (síndrome bolhosa rara e grave, caracterizada

clinicamente por necrose em grandes áreas da epiderme. Confere ao paciente aspecto de

grande queimadura (vide “Advertências”). Deve-se interromper imediatamente o uso de

medicamentos suspeitos.

Distúrbios do sangue e sistema linfático

Anemia aplástica, agranulocitose e pancitopenia, incluindo casos fatais, leucopenia e

trombocitopenia.

Estas reações são consideradas imunológicas por natureza. Elas podem ocorrer mesmo

após Dipigina ter sido utilizada previamente em muitas ocasiões, sem complicações.

Os sinais típicos de agranulocitose incluem lesões inflamatórias na mucosa (ex.:

orofaríngea, anorretal, genital), inflamação na garganta, febre (mesmo inesperadamente

persistente ou recorrente). Entretanto, em pacientes recebendo terapia com antibiótico,

os sinais típicos de agranulocitose podem ser mínimos. A taxa de sedimentação

eritrocitária é extensivamente aumentada, enquanto que o aumento de nódulos linfáticos

é tipicamente leve ou ausente.

Os sinais típicos de trombocitopenia incluem uma maior tendência para sangramento e

aparecimento de petéquias na pele e membranas mucosas.

Distúrbios vasculares

Reações hipotensivas isoladas.

Podem ocorrer ocasionalmente após a administração, reações hipotensivas transitórias

isoladas (possivelmente por mediação farmacológica e não acompanhadas por outros

sinais de reações anafiláticas/anafilactóides); em casos raros, estas reações apresentam-

se sob a forma de queda crítica da pressão sanguínea.

Distúrbios renais e urinários

Em casos muito raros, especialmente em pacientes com história de doença renal, pode

ocorrer piora aguda da função renal (insuficiência renal aguda), em alguns casos com

oligúria, anúria ou proteinúria. Em casos isolados, pode ocorrer nefrite intersticial

aguda.

Uma coloração avermelhada pode ser observada algumas vezes na urina. Isso pode

ocorrer devido a presença do metabólito ácido rubazônico, em baixas concentrações.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária – NOTIVISA, disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária

estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.