Bula do Doclaxin para o Profissional

Bula do Doclaxin produzido pelo laboratorio Blau Farmacêutica S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Doclaxin
Blau Farmacêutica S.a. - Profissional

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BULA COMPLETA DO DOCLAXIN PARA O PROFISSIONAL

Blau Farmacêutica S/A.

DOCLAXIN®

Blau Farmacêutica S.A.

Pó Injetável

500 mg + 100 mg

1.000 mg + 200 mg

MODELO DE BULA DO PROFISSIONAL DE SAÚDE RDC 47/09

Doclaxin®

amoxicilina sódica + clavulanato de potássio

APRESENTAÇÕES

Pó Injetável.

Embalagem contendo 10, 20 ou 50 frascos-ampola de 500 mg + 100 mg ou 1.000 mg + 200 mg acompanhados de ampolas de diluente de 10 mL.

Embalagem contendo 10, 20 ou 100 frascos-ampola de 500 mg + 100 mg ou 1.000 mg + 200mg.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAVENOSA

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada frasco-ampola de Doclaxin®

500 mg + 100 mg contém:

amoxicilina sódica (equivalente a 500 mg de amoxicilina)................................................ 530,09 mg

clavulanato de potássio (equivalente a 100 mg ácido clavulânico).................................... 119,12 mg

1.000 mg + 200 mg contém:

amoxicilina sódica (equivalente a 1000 mg de amoxicilina) ............................................ 1060,18 mg

clavulanato de potássio (equivalente a 200 mg de ácido clavulânico) .................................238,25 mg

Cada ampola de diluente contém:

água para injetáveis 10 mL

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Doclaxin® deve ser utilizado de acordo com os guias locais para prescrição de antibióticos e dados de sensibilidade.

Doclaxin® é indicado para tratamentos de curta duração de infecções bacterianas dos seguintes sítios:

● Infecções do trato respiratório superior (inclusive ouvido, nariz e garganta), como amidalite, sinusite e otite média;

● Infecções do trato respiratório inferior, como bronquite aguda e crônica, pneumonia lobar e broncopneumonia;

● Infecções do trato geniturinário, como cistite, uretrite, pielonefrites e infecções genitais femininas;

● Infecções da pele e dos tecidos moles como furúnculos, abscessos, celulite e ferimentos infectados;

● Infecções dos ossos e das articulações, como osteomielite;

● Outras infecções, como aborto séptico, sepse puerperal, sepse intra-abdominal, sepse, peritonite e infecções pós-cirúrgicas.

Doclaxin®

também é indicado para a profilaxia de infecções que podem ser associadas a procedimentos cirúrgicos de grande porte, tais como

gastrintestinais, pélvicos, da cabeça e pescoço, cardíacos, renais, restauração de articulações e do trato biliar. Embora este medicamento seja indicado

apenas para as condições listadas acima, as infecções causadas por microrganismos sensíveis à amoxicilina também podem ser tratadas com

Doclaxin® devido à presença desse fármaco em sua fórmula. Assim, infecções mistas causadas por microrganismos sensíveis à amoxicilina e por

microrganismos produtores de betalactamases sensíveis a Doclaxin® não devem exigir à adição de outro antibiótico.

A sensibilidade ao Doclaxin® irá variar com a região e com o tempo. Sempre que disponíveis, dados de sensibilidade locais devem ser consultados.

Sempre que necessário, amostragem microbiológica e testes de sensibilidade devem ser realizados.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Em um estudo comparativo e multicêntrico, foram randomizados 102 pacientes com diagnóstico de infecção de trato respiratório inferior e idade

variando entre 3 meses e 12 anos, que receberam sulbactam-cefotaxima ou amoxicilina e clavulanato de potássio IV por até 7 dias. A taxa de sucesso

clínico obtida foi de 93,9% para sulbactam-cefotaxima, e 89,8% para amoxicilina e clavulanato de potássio, não havendo portanto diferença estatística

em relação à eficácia de ambas medicações (p<0,05).

Fonte: Pareek A, et al. Comparative evaluation of efficacy and safety of cefotaxime-sulbactam with amoxicillin-clavulanic acid in children with lower

respiratory tract infections. Expert Opin. Pharmacother. (2008) 9(16):2751-2757

Uma avaliação retrospectiva, que analisou 172 neonatos (aproximadamente 19 dias de vida) que apresentaram diagnóstico confirmado de infecção do

trato urinário e receberam tratamento intravenoso com amoxicilina + clavulanato de potássio e gentamicina ou ampicilina e gentamicina, demonstrou

que ambos os tratamentos foram eficazes, não havendo portanto falência do tratamento ou recidiva da infecção. Aproximadamente 80% dos pacientes

apresentaram–se afebril 24horas após o ínicio do tratamento. A duração média do tratamento intravenoso foi de 4 dias. Após este período o

tratamento foi complementado com amoxicilina+clavulanato de potássio via oral.

Fonte: Magín EC, et al. Efficacy of Short-Term Intravenous Antibiotic in Neonates With Urinary Tract Infection. Pediatric Emergency Care 2007;

23(2): 83-86.

Em um outro estudo clínico prospectivo, randomizado, multinacional que comparou o uso da terapia sequencial de moxifloxacino IV/VO 1x ao dia

com amoxicilina + clavulanato de potássio IV/VO 3x ao dia por 7 a 21 dias em pacientes hospitalizados com diagnóstico de infecção de pele e tecidos

moles, demonstrou que a taxa de sucesso clínico nos 804 pacientes avaliados foi de 80,6% para moxifloxacino e 84,5% para amoxicilina +

clavulanato, não havendo portanto diferença estatística significativa entre ambos os medicamentos usados.

Fonte: Lohsiriwat D, et al. Efficacy and Safety of Parenteral Amoxycillin/Clavulanate for Prevention of Surgical Site Infection Following Abdominal

Surgery. J Med Assoc Thai 2009; 92(9): 1167-70.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Doclaxin® contém como princípios ativos a amoxicilina, quimicamente a D-(-)-alfa-amino-p-hidroxibenzilpenicilina, e o clavulanato de potássio, sal

potássico do ácido clavulânico.

Blau Farmacêutica S/A.

Doclaxin® é um antibiótico de amplo espectro que possui a propriedade de atuar contra microrganismos gram-positivos e gram-negativos,

produtores ou não de betalactamases.

A amoxicilina é uma penicilina semissintética com amplo espectro de ação e deriva do núcleo básico da penicilina, o ácido 6- aminopenicilânico. O

ácido clavulânico é uma substância produzida pela fermentação do Streptomyces clavuligerus, que tem a propriedade especial de inativar de modo

irreversível as enzimas betalactamases, permitindo, dessa forma, que os microrganismos se tornem sensíveis à rápida ação bactericida da amoxicilina.

Ambos os sais possuem propriedades farmacocinéticas muito equivalentes.

Tanto a amoxicilina quanto o clavulanato de potássio são bem absorvidos não apenas pela via entérica como também pela parenteral.

As concentrações séricas da amoxicilina alcançadas com o uso de Doclaxin® são similares às produzidas pela administração de dosagens

equivalentes e isoladas desse fármaco. A meia-vida da amoxicilina após a administração de Doclaxin® é de 1,3 hora e a do ácido clavulânico é de 1,0

hora.

Aproximadamente 60% a 70% de amoxicilina e 40% a 65% de ácido clavulânico são excretados na urina, sem modificações, durante as primeiras 6

horas após a administração.

Nenhum dos componentes de Doclaxin® apresenta forte ligação proteica; o índice de ligação proteica do ácido clavulânico é de 25%, enquanto o da

amoxicilina é de 18%.

A amoxicilina, como a maioria das penicilinas, pode ser detectada no leite materno. Com relação ao ácido clavulânico, não existem dados disponíveis

a esse respeito.

A amoxicilina se espalha rapidamente nos tecidos e fluidos intersticiais, mas não no cérebro e seus fluidos. Os resultados de experimentos que

envolvem a administração do ácido clavulânico em animais sugerem que essa substância, do mesmo modo que a amoxicilina, é bem distribuída pelos

tecidos corporais.

Cada frasco-ampola de Doclaxin® 500 mg + 100 mg contém 0,50 mEq de potássio e cada frasco-ampola de Doclaxin® 1 g + 200 mg contém 1,00

mEq de potássio.

A amoxicilina é um antibiótico semissintético com largo espectro de atividade bactericida contra muitos microrganismos gram-positivos e gram-

negativos. É também, todavia, suscetível à degradação por betalactamases; portanto, seu espectro de atividade não inclui os microrganismos que

produzem essas enzimas.

O ácido clavulânico é um betalactâmico estruturalmente relacionado às penicilinas que possui a capacidade de inativar uma gama de enzimas

betalactamases comumente encontradas em microrganismos resistentes às penicilinas e às cefalosporinas. Tem, em particular, boa atividade contra o

plasmídeo mediador das betalactamases clinicamente importante para a transferência de resistência à droga.

Na lista abaixo, os microrganismos foram categorizados de acordo com a sensibilidade in vitro a amoxicilina/ clavulanato.

Espécies comumente sensíveis

Bactérias gram-positivas:

- aeróbias – Staphylococcus aureus (sensível a meticilina)*, Staphylococcus coagulase negativos (sensível a meticilina)*, Enterococcus faecalis*,

Streptococcus pneumoniae*†, Streptococcus pyogenes*†, Streptococcus viridans†, Streptococcus agalactiae*†, , Bacillus anthracis, Listeria

monocytogenes, Gardnerella vaginalis, Nocardia asteroides, Streptococcus sp. (outro β-hemolítico)*†, Staphylococcus saprophyticus (sensível a

meticilina).

- anaeróbias – Clostridium sp., , Peptostreptococcus sp., Peptococcus niger, Peptostreptococcus magnus, Peptostreptococcus micros

Bactérias gram-negativas:

- aeróbias – Haemophilus influenzae*, Moraxella catarrhalis*, Neisseria gonorrhoeae, Bordetella pertussis, Vibrio cholerae, Pasteurella multocida,

Heliobacter pylori, Haemophilus parainfluenzae

- anaeróbias – Bacteroides sp. (inclusive B. fragilis) , Fusobacterium sp., Capnocytophaga sp., Eikenella corrodens, Fusobacterium nucleatum,

Porphyromonas sp., Prevotella sp.

Outras: Borrelia burgdorferi, Leptospira ictterohaemorrhagiae, Treponema pallidum

Espécies que a resistência adquirida pode se tornar um problema

Aeróbias: Escherichia coli*, Klebsiella oxytoca, Klebsiella pneumoniae*, Klebsiella sp.

Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Proteus sp., Salmonella sp., Shigella sp.

Aeróbias: Corynebacterium sp., Enterococcus faecium

Organismos inerentemente resistentes

Aeróbias: Acinetobacter sp., Citrobacter freundii, Enterobacter sp., Hafnia alvei, Legionella pneumophila, Morganella morganii, Providencia sp.,

Pseudomonas sp., Serratia sp., Stenotrophomas maltophilia, Yersinia enterolitica

Outras: Chlamydia pneumoniae, Chlamydia psittaci, Chlamydia sp. , Coxiella burnetti, Mycoplasma sp.

* a eficácia clínica de amoxilicina-ácido clavulânico foi demonstrada em estudos clínicos

† microrganismos que não produzem beta-lactamase. Se um microrganismo isolado é sensível a amoxicilina, pode ser considerado sensível ao

Doclaxin®.

Propriedades farmacocinéticas:

Os resultados dos estudos de farmacocinética nos quais amoxicilina sódica + ácido clavulânico foi administrado a grupos de indivíduos sadios como

500 mg + 100 mg (600 mg) ou 1000 mg + 200 mg (1200 mg) por injeção i.v em bolus ou 2000 mg + 200 mg (2,200 mg) como infusão i.v por 30

minutos são apresentados abaixo.

a) Injeção i.v. em bolus

Dose administrada

Parâmetros farmacocinéticos médios: amoxicilina

Dose de

amoxicilina

Pico de concentração sérica

média

(mcg/mL)

T ½ (horas) AUC

(h.mg/L)

Recuperação

urinária

(0 - 6 h)%

500 mg de amoxicilina – 100 mg de

clavulanato 500 mg 32,2 1,07 25,5 66,5

1000 mg de amoxicilina – 200 mg

de clavulanato 1g 105,4 0,9 76,3 77,4

Parâmetros farmacocinéticos médios: clavulanato

Dose de ácido

clavulânico

Pico médio da

concentração sérica

clavulanato

100 mg 10,5 1,12 9,2 46,0

de clavulanato

200 mg 28,5 0,9 27,9 63,8

(b) Infusão intravenosa por 30 min

Parâmetros farmacocinéticos médios

Dose

2000 mg de amoxicilina – 200 mg de ácido

2 g 108,3 - 119,3 74,4

Clavulanato

200 mg 13,9 - 18,2 1,4

Absorção: Não aplicável.

Distribuição

Após a administração i.v., concentrações terapêuticas de amoxicilina e ácido clavulânico podem ser detectadas nos tecidos e no fluido intersticial. As

concentrações terapêuticas de ambos fármacos foram encontradas na vesícula biliar, tecidos abdominais, pele, tecido adiposo e muscular. Entre os

fluídos que foram encontrados níveis terapêuticos, estão os fluidos sinoviais e peritoniais, bile e pus.

Nem a amoxicilina ou o ácido clavulânico são altamente ligáveis à proteína. Estudos mostram que aproximadamente de 13% a 20% do conteúdo do

fármaco plasmático total de cada componente é ligado a proteínas. Estudos realizados em animais não apresentaram evidências que sugerem que os

componentes se acumulam em qualquer órgão.

A amoxicilina, assim como a maioria das penicilinas, pode ser detectada no leite materno. Traços de clavulanato também podem ser detectados no

leite materno.

Com exceção do risco de sensibilização associado com esta excreção, não há efeitos nocivos conhecidos para o lactente.

Estudos de reprodução em animais mostraram que tanto a amoxicilina como o ácido clavulânico atravessam a barreira placentária. No entanto, não há

evidências de dano à fertilidade ou ao feto.

Eliminação

Assim como ocorre com outras penicilinas, a principal via de eliminação da amoxicilina é através dos rins, enquanto para o clavulanato a eliminação é

tanto renal, quanto por mecanismos não-renais. Aproximadamente de 60% a 70% da amoxicilina e aproximadamente 40% a 65% do ácido

clavulânico são excretados inalterados na urina durante as primeiras seis horas após a administração única de 500/100 mg ou 1000/200 mg por uma

injeção i.v. em bolus.

O uso concomitante de probenecida e Doclaxin® atrasa a excreção renal da amoxicilina mas não do clavulanato (ver Interações).

Metabolismo:

A amoxicilina é excretada na urina como ácido peniciloico em quantidades equivalentes a 10% a 25% da dose inicial.

Ácido clavulânico é extensivamente metabolizado em homens a 2,5 dihidro-4-(2-hidroxietil)-5-oxo-1H-pirrol-3-ácido carboxílico e 1-amino-4-

hidroxibuta-2-nona e eliminado na urina e nas fezes e como dióxido de carbono no ar expirado.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Doclaxin® é contraindicado para pacientes com história de reações alérgicas, hipersensibilidade a penicilinas e disfunção hepática/icterícia associadas

a este medicamento ou a outras penicilinas. Deve-se dar atenção à possível sensibilidade cruzada com outros antibióticos betalactâmicos, como as

cefalosporinas.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Antes de iniciar tratamento com um derivado penicilânico, deve-se realizar uma pesquisa criteriosa e minuciosa sobre o passado alérgico do paciente

no que diz respeito a reações a penicilinas, cefalosporinas ou outros alérgenos.

Há relatos de reações de hipersensibilidade (anafilactoides) graves e ocasionalmente fatais em pacientes que recebem tratamento com derivados

penicilânicos. Essas reações ocorrem, mais provavelmente, em indivíduos com história de hipersensibilidade à penicilina (ver Contraindicações).

Mudanças na função hepática foram observadas em alguns pacientes que recebiam Doclaxin®. A importância clínica dessas mudanças é incerta, mas

Doclaxin® deve ser usado com cautela em pacientes com evidências de disfunção hepática grave.

Houve relatos raros de icterícia colestática, que pode ser grave, mas geralmente reversível. Os sinais e sintomas podem não se tornar aparentes por até

seis semanas após a interrupção do tratamento.

Para os pacientes com insuficiência renal, deve-se ajustar a dose de Doclaxin® conforme se recomenda no item Posologia e Modo de Usar.

Deve-se evitar o uso de Doclaxin® em pacientes sob suspeita de mononucleose, uma vez que a ocorrência de rash cutâneo de aspecto morbiliforme

tem sido associada à amoxicilina em pacientes com essa condição.

O uso prolongado também pode ocasionalmente resultar em crescimento excessivo de organismos não sensíveis. Foi relatada colite

pseudomembranosa com o uso de antibióticos, que pode ter gravidade variada entre leve e risco à vida. Portanto, é importante considerar o

diagnóstico de doentes que desenvolvam diarreia durante ou após o uso de antibióticos. Se ocorrer diarreia prolongada ou significativa, ou o paciente

sentir cólicas abdominais, o tratamento deve ser interrompido imediatamente e a condição do paciente investigada.

Houve relatos raros de prolongamento anormal do tempo de protrombina (aumento da razão normalizada internacional, INR) em alguns pacientes que

receberam tratamento com Doclaxin® e anticoagulantes orais. Deve-se fazer o monitoramento apropriado quando anticoagulantes forem prescritos

para uso concomitante.

Podem ser necessários ajustes de dose de anticoagulantes orais para manter o nível desejado de anticoagulação.

Se a administração parenteral de altas doses for necessária, deve-se considerar o teor de sódio dos pacientes sob dieta com restrição de sal.

Em pacientes com oligúria, muito raramente se observou cristalúria, predominantemente com terapia parenteral. Durante a administração de altas

doses de Doclaxin®, deve-se manter ingestão de líquidos e diurese adequadas a fim de minimizar a possibilidade de cristalúria (ver Superdosagem).

A presença do ácido clavulânico na fórmula de Doclaxin® pode causar uma ligação não específica de IgG e albumina, pela membrana dos glóbulos

vermelhos, levando a resultado falso-positivo do teste de Coombs.

Embora a anafilaxia seja mais frequente após tratamento parenteral, pode também ocorrer em pacientes que recebem terapia oral.

Há relatos de casos de pacientes com história de hipersensibilidade à penicilina que tiveram graves reações quando tratados com cefalosporinas. Caso

ocorra uma reação alérgica, deve-se descontinuar imediatamente o uso de Doclaxin® e instituir terapia adequada. As reações anafilactoides graves

requerem tratamento de emergência com epinefrina. Pode-se também, se necessário, instituir oxigênio, esteroides intravenosos e assistência

respiratória, inclusive entubação.

Embora Doclaxin® tenha a característica de baixa toxicidade do grupo dos antibióticos penicilânicos, recomenda-se, durante tratamentos

prolongados, o acompanhamento periódico das funções orgânicas, inclusive a renal, a hepática e a hematopoiética.

Deve-se considerar a possibilidade de superinfecções por fungos ou bactérias durante o tratamento. Se ocorrer superinfecção (que usualmente envolve

Pseudomonas ou Candida), recomenda-se descontinuar a droga e/ou instituir terapia apropriada.

Gravidez e lactação

Gravidez

Estudos sobre reprodução em animais (camundongos e ratos) nos quais Doclaxin® foi administrado por via parenteral não demonstraram efeitos

teratogênicos. Em um único estudo, feito com mulheres pré-termo com ruptura precoce da bolsa amniótica relatou-se que o tratamento profilático

com Doclaxin® pode estar associado ao aumento do risco de enterocolite necrotizante em neonatos. Como ocorre com todos os medicamentos, deve-

se evitar o uso de Doclaxin® na gravidez, especialmente durante o primeiro trimestre, a menos que o médico o considere essencial.

Categoria de risco na gravidez: B

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Lactação

Doclaxin® pode ser administrado durante o período de lactação. Com exceção do risco de sensibilização, associado à excreção de pequenas

quantidades da droga no leite materno, não existem efeitos nocivos para a criança.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e de operar máquinas.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A probenecida retarda a excreção renal da amoxicilina. Seu uso concomitante com o Doclaxin® pode resultar em aumento do nível de amoxicilina no

sangue, mas não de ácido clavulânico, não sendo, portanto, recomendável.

A administração concomitante de alopurinol e amoxicilina aumenta consideravelmente a incidência de rash em comparação com o uso isolado de

amoxicilina. Não se sabe se essa potencialização do efeito da amoxicilina se deve ao alopurinol ou à hiperuricemia presente nesses casos. Não há

dados sobre a administração concomitante de Doclaxin® e alopurinol.

A ingestão de álcool deve ser evitada durante e vários dias após o tratamento com Doclaxin®.

Doclaxin® não deve ser administrado junto com dissulfiram.

Da mesma forma que outros antibióticos, Doclaxin® pode afetar a flora intestinal e assim diminuir a reabsorção de estrógenos, levando à redução da

eficácia dos contraceptivos orais combinados.

A presença do ácido clavulânico na fórmula de Doclaxin® pode causar uma ligação não específica de IgG e albumina, pela membrana dos glóbulos

vermelhos, levando a resultado falso-positivo do teste de Coombs.

Há, na literatura, raros casos de aumento da INR em pacientes em uso de acenocumarol ou varfarina que recebem um ciclo de tratamento com

amoxicilina. Se a coadministração for necessária, o tempo de protrombina e a INR devem ser cuidadosamente monitorados sempre que se adiciona ou

se interrompe o tratamento com Doclaxin®.

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Em pacientes que receberam micofenolato de mofetila, foi relatada uma redução na concentração do metabólito ativo ácido micofenólico de cerca de

50% após o início do uso de amoxicilina + ácido clavulânico por via oral. A mudança no nível pré-dose pode não representar com precisão alterações

na exposição geral ao MPA.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conserve o produto protegido da luz e umidade e em temperatura ambiente entre 15°C e 30°C.

Este medicamento possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

A solução reconstituída com água para injetáveis, glicose 5% e soro fisiológico 0,9% devem ser utilizadas imediatamente após reconstituição.

Este medicamento apresenta-se na forma de um pó cristalino levemente amarelado. Após reconstituição, solução incolor à amarela, isenta de

partículas visíveis.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Administração

Doclaxin®

pode ser administrado tanto por injeção intravenosa quanto por infusão intermitente. Não é adequado para administração intramuscular.

Injeção intravenosa

Para reconstituir, dissolva o conteúdo de 1 frasco-ampola de Doclaxin®

em 10 mL de água para injetáveis. A solução injetável deve ser utilizada

imediatamente após a reconstituição. A injeção deve ser administrada por via intravenosa lenta, em bolus, por um período de 3 a 4 minutos. A solução

pode ser injetada diretamente na veia ou através de equipo.

Infusão intravenosa

Como alternativa, pode-se preparar infusão de Doclaxin®

com água para injetáveis ou solução injetável de cloreto de sódio a 0,9% (p/v). Reconstituir

o conteúdo de 1 frasco-ampola de Doclaxin®

500 mg + 100 mg com fluido para infusão a 50 mL, ou o conteúdo de 1 frasco-ampola de Doclaxin®

1000 mg + 200 mg com fluido para infusão a 100 mL. Utilizar o produto imediatamente após a reconstituição. A infusão deve ser administrada

durante um período de 30 a 40 minutos.

Quaisquer soluções residuais do antibiótico devem ser descartadas.

Doclaxin® não deve ser misturado a derivados do sangue, a outros fluidos proteináceos, tais como proteínas hidrolisadas, nem a emulsões de lipídeo

intravenosas.

Se Doclaxin® for prescrito em conjunto com um aminoglicosídeo, os antibióticos não devem ser misturados na seringa, no frasco de fluido

intravenoso nem através de equipo, uma vez que pode correr perda de atividade do aminoglicosídeo em tais condições.

O tratamento pode ter início por via parenteral e continuar com uma preparação oral.

O tratamento não deve ser prolongado além de 14 dias sem revisão.

Cuidados especiais de manuseio e armazenamento

Inspecione visualmente a solução reconstituída antes da administração. Não utilize o produto se houver mudança de coloração ou presença de material

particulado, ou qualquer outra alteração que possa comprometer a eficácia e a segurança do medicamento.

Os frascos-ampola não devem ser abertos, uma vez que são estéreis.

O produto deve ser utilizado imediatamente após a reconstituição (ver Administração).

Com a finalidade de evitar o aparecimento de partículas de borracha após a inserção de agulha no frasco-ampola, proceder da seguinte

forma:

1. Encaixar uma agulha de injeção de no máximo 0,8 mm de calibre;

2. Encher a seringa com o diluente apropriado;

3. Segurar a seringa verticalmente à borracha;

4. Perfurar a tampa dentro da área marcada, deixando o frasco-ampola firmemente na posição vertical;

5. É recomendado não perfurar mais de 4 vezes a área demarcada (ISO 7864).

Veja abaixo o procedimento:

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Doclaxin® é um pó liófilo preparado na planta farmoquímica e envasado diretamente.

POSOLOGIA

Posologia para o tratamento de infecções

 Adultos e crianças acima de 12 anos

A dose usual de Doclaxin® é de 1,2 g (1g + 200 mg) de 8 em 8 horas. Em infecções mais graves, diminuir a frequência para intervalos de 6 horas.

 Crianças de 3 meses a 12 anos

A dose é de 30 mg/kg* de 8 em 8 horas. Em infecções mais graves, deve-se diminuir o intervalo para 6 horas.

 Crianças de 0 a 3 meses

A dose é de 30 mg/kg* a cada 12 horas para crianças prematuras ou recém-nascidas durante o período perinatal, diminuindo para intervalos de 8 em 8

horas posteriormente.

*Cada 30 mg de Doclaxin®

fornece 5 mg de ácido clavulânico e 25 mg de amoxicilina.

Posologia para profilaxia cirúrgica

 Adultos:

A profilaxia cirúrgica com Doclaxin® deve ter como objetivo proteger o paciente durante o período de risco de infecções. Desta forma,

procedimentos que durem menos de uma hora podem ser cobertos, por 1,2 g (1 g + 200 mg) de Doclaxin® IV administrado na indução da anestesia.

Cirurgias mais longas requerem doses subsequentes de 1,2 g (1 g + 200 mg) de Doclaxin® IV (até 4 doses em 24 horas). Essas doses são geralmente

administradas em intervalos de 0, 8, 16 (e 24) horas. Pode-se continuar com tal esquema posológico durante vários dias se o procedimento aumentar

significativamente o risco de infecções. Sinais clínicos claros de infecção na cirurgia requerer um curso normal da terapia intravenosa com Doclaxin®

no pós-operatório.

● Posologia para insuficiência renal

Adultos:

Insuficiência leve

(clearance de creatinina > 30 mL/min)

Sem mudanças de posologia

Insuficiência moderada

(clearance de creatinina 10 a 30 mL/min)

1,2 g (1 g + 200 mg) IV seguido de 600 mg ( 500 mg + 100 mg)

IV de 12 em 12 horas

Insuficiência grave

(clearance de creatinina < 10 mL/min)

IV a cada 24 horas (a diálise reduz as concentrações séricas de

Doclaxin®, e uma dose adicional de 600 mg (500 mg + 100 mg)

IV pode ser necessária durante e no final da diálise)

Crianças:

Reduções similares na dose podem ser feitas para crianças.

Posologia para insuficiência hepática

Para pacientes com insuficiência hepática, a definição da posologia deve ser feita com cautela, avaliando-se a função hepática a intervalos regulares.

Cada frasco de 1,2 g (1 g + 200 mg) Doclaxin® contém 1,0 mmol de potássio e 3,1 mmol de sódio (aproximadamente).

9. REAÇÕES ADVERSAS

Usaram-se dados de extensos estudos clínicos para determinar a frequência das reações indesejáveis, de muito comuns a raras. A frequência de todas

as outras reações indesejáveis (isto é, aquelas que ocorreram em nível menor que 1/10.000) foi determinada utilizando-se principalmente dados de

pós-comercialização e se refere à taxa de relatos, e não à frequência real.

Utilizou-se a seguinte convenção na classificação por frequência das reações: muito comuns (≥1/10); comuns ( ≥1/100 e <1/10); incomuns (≥1/1.000

e <1/100); raras (≥1/10.000 e <1/1.000); e muito raras (<1/10.000).

Reações comuns (≥1/100 e <1/10)

- candidíase mucocutânea, diarreia

Reações incomuns (≥1/1.000 e <1/100)

- tontura, dor de cabeça

- náusea, vômito, indigestão

- aumento moderado de AST e/ou ALT (em pacientes tratados com antibióticos betalactâmicos, mas o significado desse achado

ainda é desconhecido )

- rash, prurido, urticária

Reações raras (≥1/10.000 e <1.000)

- leucopenia reversível (inclusive neutropenia) e trombocitopenia

- tromboflebite no sítio de administração

- eritema multiforme

Reações muito raras (<1/10.000)

- agranulocitose reversível e anemia hemolítica, prolongamento do tempo de sangramento e do tempo de protrombina

- edema angioneurótico, anafilaxia, síndrome semelhante à doença do soro e vasculite de hipersensibilidade

- convulsões (que podem ocorrer em pacientes com disfunção renal ou naqueles que recebem altas doses)

- agitação, ansiedade, insônia e confusão mental (reações raramente relatadas)

- colites associadas a antibióticos, inclusive colite pseudomembranosa e hemorrágica (ver Advertências e Precauções), menos prováveis após

administração parenteral

- hepatite e icterícia (eventos notados com outros penicilânicos e cefalosporínicos); os eventos hepáticos reportados ocorreram

predominantemente em homens e idosos e podem estar associados a tratamento prolongado. Em geral, os sinais e sintomas (normalmente reversíveis)

ocorrem durante ou logo depois do tratamento, mas em alguns casos podem não ser aparentes até várias semanas após o término do tratamento. As

Blau Farmacêutica S/A.

reações hepáticas podem ser graves, mas os relatos de morte são extremamente raros. Os óbitos ocorreram quase sempre em pacientes com doença

subjacente grave ou que faziam uso de outros medicamentos cujo potencial de efeitos hepáticos indesejáveis era conhecido.

- síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, dermatite exfoliativa bolhosa e exantema pustuloso generalizado agudo

- nefrite intersticial, cristalúria (ver Superdose)

Se ocorrer qualquer reação dermatológica de hipersensibilidade, o tratamento deve ser descontinuado.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.