Bula do Endobulin S/d para o Profissional

Bula do Endobulin S/d produzido pelo laboratorio Baxter Hospitalar Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Endobulin S/d
Baxter Hospitalar Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO ENDOBULIN S/D PARA O PROFISSIONAL

Endobulin Kiovig (imunoglobulina G)

Baxter Hospitalar Ltda

Solução Injetável

0,1g/mL

1g/2,5g/5g/10g/20g

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:

Solução injetável a 10%

APRESENTAÇÕES

Endobulin Kiovig – imunoglobulina G, solução injetável a 10%, é um derivado de plasma humano contendo imunoglobulina G humana

purificada e intacta, em forma de solução injetável.

VIA INTRAVENOSA

Endobulin Kiovig – imunoglobulina G, solução injetável a 10% é fornecido em cinco apresentações:

Endobulin Kiovig – imunoglobulina G

- Frasco de vidro contendo 10mL 1g

- Frasco de vidro contendo 25mL 2,5g

- Frasco de vidro contendo 50mL 5g

- Frasco de vidro contendo 100mL 10g

- Frasco de vidro contendo 200mL 20g

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

O produto contém em cada 1mL da solução, pronta para uso, a seguinte composição:

imunoglubulina G 100mg

água para injetáveis 1mL

Excipiente: glicina.

1mL de Endobulin Kiovig contém 100mg de proteína humana da qual pelo menos 98% é imunoglobulina G (IgG).

Distribuição das subclasses de IgG (valores aproximados): IgG1 ≥ 56,9%; IgG2 ≥ 26,6%; IgG3 ≥ 3,4%; IgG4 ≥ 1,7%

Conteúdo máximo de IgA: 0,14mg/mL

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Terapia de reposição em:

Síndromes de imunodeficiências primárias, tais como:

- Agamaglobulinemia e hipogamaglobulinemia congênitas

- Imunodeficiência comum variável

- Imunodeficiência combinada grave

- Síndorme de Wiskott-Aldrich

Mieloma ou leucemia linfocítica crônica com hipogamaglobulinemia secundária grave e infecções recorrentes.

Crianças com AIDS congênita e infecções de repetição.

Imunomodulação:

Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI), em crianças ou adultos com alto risco de hemorragias ou antes de serem submetidos a

cirurgia, para corrigir a contagem de plaquetas.

Síndrome de Guillain-Barré

Doença de Kawasaki

Transplante de medula óssea alogênico

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Um estudo multicêntrico, não controlado, prospectivo foi conduzido. Vinte e dois pacientes (26 a 70 anos) com imunodeficiência

primária foram tratados inicialmente com três infusões de Gammagard S/D (nome comercial nos EUA de uma imunoglobulina G

líquida 10%) para padronizar a terapia de substituição de imunoglobulina de todos os pacientes ao mesmo produto de

imunoglobulina. Nove infusões de Endobulin Kiovig (nome comercial na Europa da mesma imunoglobulina G líquida 10%) foram

subsequentemente administradas. Ambos os produtos foram infundidos a 300 – 450mg/kg a cada 21 dias. Não ocorreram episódios de

infecção grave. A frequência de média mensal de dias ausentes do trabalho/escola foi de 0,40 para Endobulin Kiovig – imunoglobulina G

e 0,47 para Gammagard S/D.

Os dados obtidos neste estudo demonstram que Endobulin Kiovig é eficaz e seguro no tratamento de pacientes com

imunodeficiência primária (1)

.

Um estudo multicêntrico (11 locais), fase III, N=61 (6 a 72 anos de idade com imunodeficiência primária) foi realizado como

segue: imunoglobulina 10%, doses únicas de 300 – 600 mg/kg, administrados a cada 21 – 28 dias durante um mínimo de 12 meses

baseado no protocolo de pré-estudo de imunoglobulina.

Em nenhum dos pacientes foi relatado infecção bacteriana séria aguda. Quatro pacientes tiveram outras infecções bacterianas validadas

pré-definidas. Dois eventos adversos sérios (meningite asséptica) em um paciente, possivelmente relacionado à infusão do produto em

estudo.

Os resultados demonstram que a nova imunoglobulina líquida 10% é bem tolerada e eficaz e possui propriedades farmacocinéticas

típicas de outros produtos com imunoglobulinas. Com a margem alta de segurança e formulação líquida, estes resultados sugerem um

evidente benefício, com riscos mínimos, para pacientes tratados com imunodeficiência primária tratados com imunoglobulina 10% (2)

Referências Bibliográficas:

(1) Björkander, J. et al. Prospective open-label study of pharmacokinetics, efficacy and safety of a new 10% liquid intravenous

immunoglobulin in patients with hypo- or agammaglobulinemia. Vox Sanguinis: 90(4): 286-93, 2006.

(2) Church, J. et al. Efficacy, Safety and Tolerability of a New 10% Liquid Intravenous Immune Globulin [IGIV 10%] in Patients with

Primary Immunodeficiency. Journal of Clinical Immunology: 26(4): 388-395, 2006.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

Imunoglobulina humana normal contém principalmente imunoglobulina G (IgG), com um amplo espetro de anticorpos contra agentes

infecciosos.

Imunoglobulina humana normal contém os anticorpos IgG presentes na população normal.

São geralmente preparadas a partir de pools de plasma de não menos de 1.000 doações. Apresentam uma distribuição de subclasses de

imunoglobulinas G aproximadamente proporcional àquela do plasma humano nativo. As doses adequadas deste medicamento podem

restaurar níveis anormalmente baixos de imunoglobulina G para os valores normais.

O mecanismo de ação em outras indicações que não sejam a terapêutica de substituição não está totalmente elucidado, mas inclui efeitos

imunomoduladores.

População pediátrica

Não existem diferenças teóricas ou observadas na ação das imunoglobulinas em crianças comparados aos adultos.

Propriedades Farmacocinéticas

A imunoglobulina humana normal fica imediatamente e completamente biodisponível na circulação do receptor após a administração

intravenosa. É distribuída relativamente depressa entre o plasma e o líquido extracelular; depois de aproximadamente 3 a 5 dias, o

equilíbrio é atingido entre os compartimentos intra e extracelular.

Os parâmetros farmacocinéticos para o Kiovig foram determinados em dois estudos clínicos em doentes IDP realizados na Europa e

Estados Unidos. Nestes estudos, um total de 83 indivíduos com pelo menos 2 anos de idade foram tratados com doses de 300 a 600

mg/kg de peso corpóreo a cada 21 a 28 dias durante 6 a 12 meses. O tempo de semivida IgG médio após administração do Kiovig foi de

32,5 dias. Este tempo de semivida pode variar de paciente para paciente, especialmente na imunodeficiência primária. Os parâmetros

farmacocinéticos para o medicamento estão resumidos no quadro abaixo. Todos os parâmetros foram analisados separadamente para três

grupos etários, crianças (idade inferior a 12 anos, n=5), adolescentes (13 a 17 anos, n=10) e adultos (acima de 18 anos, n=64). Os valores

obtidos nos estudos são comparáveis aos parâmetros obtidos para outras imunoglobulinas humanas.

Resumo dos Parâmetros Farmacocinéticos de Endobulin Kiovig - imunoglobulina G

Parâmetro Crianças (12 anos ou

menos)

Adolescentes (13 a 17

anos)

Adultos (18 anos ou

mais)

Mediana IC 95%*

Meia-vida terminal

(dias)

41,3 20,2 a

86,8

45,1 27,3 a 89,3 31,9 29,6 a

36,1

Cmin (mg/dL)/(mg/Kg)

(nível mínimo)

2,28 1,72 a

2,74

2,25 1,98 a 2,64 2,24 1,92 a

2,43

Cmáx (mg/dL)/(mg/Kg)

(nível máximo)

4,44 3,30 a

4,90

4,43 3,78 a 5,16 4,5 3,99 a

4,78

Recuperação in vivo

(%)

121 87 a 137 99 75 a 121 104 96 a 114

Recuperação gradativa

(mg/dL)/(mg/Kg)

2,26 1,70 a

2,60

2,09 1,78 a 2,65 2,17 1,99 a

2,44

AUC0 - 21d (gh/dL) (área

sob a curva)

1,49 1,34 a

1,81

1,67 1,45 a 2,19 1,62 1,50 a

1,78

*IC = Intervalo de confiança

IgG e complexos IgG são divididos em células do sistema retículo-endotelial.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Hipersensibilidade a qualquer um dos componentes do produto.

Hipersensibilidade a imunoglobulinas homólogas, especialmente em casos muito raros de deficiência de IgA quando o paciente apresenta

anticorpos anti-IgA.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Determinadas reações adversas graves podem estar relacionadas à velocidade de infusão. A velocidade de infusão recomendada deve ser

atentamente seguida. Os pacientes devem ser monitorados e cuidadosamente observados quanto a quaisquer sintomas durante todo o

período de infusão.

Determinadas reações adversas podem ocorrer com mais frequência:

- em caso de elevada velocidade de infusão

- em pacientes que recebem imunoglobulina normal humana pela primeira vez ou, em raros casos, quando há mudança de produto de

imunoglobulina normal humana ou quando se verificou um longo intervalo desde a infusão anterior.

Complicações potenciais podem muitas vezes ser evitadas garantindo que os pacientes:

• não sejam sensíveis à imunoglobulina normal humana administrando inicialmente o produto lentamente (0,5 mL/kg/h)

• sejam cuidadosamente monitorados para quaisquer sintomas no transcorrer do período de infusão. Em particular, os pacientes que

recebem tratamento com imunoglobulina normal humana pela primeira vez, pacientes em que houve mudança de um produto de

imunoglobulina alternativo ou quando houve um longo intervalo desde a infusão anterior devem ser monitorados durante a primeira

infusão e durante a primeira hora após a primeira infusão, a fim de detectar potenciais sinais adversos. Todos os outros pacientes devem

ser observados durante no mínimo 20 minutos após a administração.

No caso de reação adversa, a taxa de administração deve ser reduzida ou a infusão deve ser interrompida.

O tratamento necessário depende da natureza e da gravidade da reação adversa.

Em caso de choque, o tratamento médico padrão para o choque deve ser implementado.

Em todos os pacientes, a administração de imunoglobulina requer:

• hidratação adequada antes do início da infusão de imunoglobulina

• monitoração do débito urinário

• monitoração dos níveis de creatinina sérica

• evitar o uso de diuréticos de alça

Caso a diluição de Endobulin Kiovig - imunoglobulina G, solução injetável a 10%, para concentrações mais baixas seja necessária para

os pacientes que apresentam diabetes mellitus, o uso da solução de glicose a 5% para diluição deve ser reconsiderada.

Hipersensibilidade

Verdadeiras reações de hipersensibilidade são raras. Podem ocorrer em pacientes com anticorpos anti-IgA. Imunoglobulina não é

indicada para pacientes com deficiência seletiva de IgA, quando a deficiência de IgA for a única anormalidade preocupante.

Raramente, a imunoglobulina normal humana pode induzir a uma queda de pressão sanguínea com reação anafilática, mesmo em

pacientes que haviam tolerado tratamento anterior com imunoglobulina normal humana.

Tromboembolismo

Há evidências clínicas de uma associação entre a administração de imunoglobulina e os eventos tromboembólicos como infarto do

miocárdio, acidente vascular cerebral, embolia pulmonar e trombose venosa profunda, que presume-se estarem relacionados a um

aumento na viscosidade do sangue através do alto influxo de imunoglobulina. Deve-se ter cuidado na prescrição e infusão de

imunoglobulina em pacientes obesos e em pacientes com fatores de risco pré-existentes para eventos trombóticos (como histórico de

aterosclerose, múltiplos fatores de risco cardiovascular, idade avançada, insuficiência cardíaca, hipertensão, diabetes mellitus e um

histórico de doença vascular ou episódios trombóticos, pacientes com distúrbios trombofílicos adquiridos ou hereditários, distúrbio

hipercoagulável, pacientes com períodos prolongados de imobilização, pacientes gravemente hipovolêmicos, pacientes com doenças que

aumentam a viscosidade do sangue).

A hiperproteinemia, o aumento da viscosidade sérica e a subsequente pseudohiponatremia relativa podem ocorrer em pacientes em terapia

com imunoglobulina. Estes devem ser levados em consideração pelo médico, uma vez que o início do tratamento da hiponatremia verdadeira

(por exemplo, diminuição de água livre de soro) nestes pacientes pode levar a um aumento da viscosidade sérica e possível predisposição

para eventos tromboembólicos.

Em pacientes com risco de reações adversas tromboembólicas, os produtos de imunoglobulina devem ser administrados a uma taxa de

infusão e dose mínima praticáveis.

Insuficiência Renal Aguda

Casos de insuficiência renal aguda foram relatados em pacientes que receberam terapia com imunoglobulina. Estas reações incluem

insuficiência renal aguda, necrose tubular aguda, nefropatia tubular proximal e nefrose osmótica. Na maioria dos casos, os fatores de

risco foram identificados como insuficiência renal pré-existente, diabetes mellitus, hipovolemia, obesidade, medicamentos nefrotóxicos

concomitantes ou idade acima de 65 anos, sepsia ou paraproteinemia.

Em caso de comprometimento renal, deve-se considerar a interrupção da imunoglobulina. Apesar destes relatos de disfunção renal e

insuficiência renal aguda terem sido associados ao uso de muitos dos produtos de imunoglobulina licenciados, aqueles que contêm

sacarose, glicose e maltose, estes contendo sacarose como estabilizante foram responsáveis por uma porção desproporcionalmente maior

do número total. Em pacientes em risco, o uso de produtos de imunoglobulina que não contêm sacarose pode ser considerado. Kiovig não

contém sacarose, glicose ou maltose.

Em pacientes com risco de insuficiência renal aguda, os produtos de imunoglobulina devem ser administrados a uma taxa de infusão e

dose mínima praticáveis.

Lesão Pulmonar aguda associada à transfusão (TRALI)

Casos de edema pulmonar não carcinogênico (lesão Pulmonar aguda associada à transfusão (TRALI)) foram relatados em pacientes que

administraram imunoglobulina (incluindo Endobulin Kiovig).

Síndrome da Meningite Asséptica (SMA)

Casos de síndrome da meningite asséptica foram relatados em associação com terapia com imunoglobulina. A descontinuação do

tratamento com imunoglobulina resultou na redução da síndrome da meningite asséptica dentro de vários dias sem sequelas.

Normalmente, a síndrome ocorre entre as primeiras horas e os dois dias seguintes à terapia com imunoglobulina. Estudos de líquido

cefalorraquidiano são frequentemente positivos com pleocitose até vários milhares de células por mm³, predominantemente da série

granulocítica e dos elevados níveis de proteínas até várias centenas mg/dL.

A síndrome da meningite asséptica (SMA) pode ocorrer mais frequentemente quando associada com doses elevadas (2g/kg) do tratamento

com imunoglobulina.

Anemia hemolítica

Produtos contendo imunoglobulina podem conter anticorpos de grupo sanguíneo passíveis de atuar como hemolisinas e induzir o

revestimento dos eritrócitos in vivo com imunoglobulina, causando uma reação positiva de antiglobulina direta (teste de Coombs) e,

raramente, uma hemólise. Anemia hemolítica pode ser desenvolvida após a terapia com imunoglubina, devido ao aumento do sequestro

de eritrócitos (RBC). Recipientes com imunoglobulinas devem ser monitorizados para sinais clínicos e sintomas de hemólise.

Agentes transmissíveis

Endobulin Kiovig é fabricado a partir de plasma humano. As medidas padrões para evitar infecções resultantes do uso de produtos

preparados a partir de sangue ou plasma humano inclui a seleção de doadores, triagem de doações individuais e pools de plasma para

marcadores específicos de infecção e a inclusão de etapas de fabricação efetivas para a inativação/remoção dos vírus. Apesar disso,

quando produtos preparados a partir de sangue ou plasma humano são administrados, a possibilidade de transmissão de agentes

infecciosos não pode ser totalmente excluída. Isto se aplica a vírus desconhecidos ou emergentes e outros patógenos.

As medidas tomadas são consideradas efetivas para os vírus envelopados como HIV, HBV e HCV, e para os vírus não envelopados HAV

e parvovírus B19.

Há experiência clínica suficiente referente à ausência de transmissão de hepatite A ou Parvovírus B19 com as imunoglobulinas e também

presumiu-se que o teor de anticorpos fornece uma importante contribuição para a segurança viral.

É fortemente recomendado que toda vez que Endobulin Kiovig for administrado a um paciente, o nome e número de lote do produto

sejam registrados para se manter uma ligação entre o paciente e o lote do produto.

População pediátrica

Não existem riscos pediátricos específicos relativamente a qualquer uma das reações adversas acima indicadas. Os pacientes pediátricos

podem ser mais suscetíveis a uma sobrecarga de volume.

Gravidez

A segurança deste produto para uso na gestação humana não foi estabelecida em estudos clínicos controlados e, portanto, só deve ser

administrado em gestantes e lactantes com precaução. Imunoglobulinas humanas tem demonstrado atravessar a placenta, cada vez mais

durante o terceiro trimestre. A experiência clínica com imunoglobulinas indica que não são esperados efeitos prejudiciais durante a

gravidez, ao feto e nem ao recém-nascido.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Categoria “C” de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Lactação

As imunoglobulinas são excretadas no leite e podem contribuir para proteger o recém-nascido de agentes patogênicos que tem a mucosa

como portal de entrada.

Fertilidade

A experiência clínica com imunoglobulinas indica que não são esperados efeitos prejudiciais na fertilidade.

Condução e utilização de máquinas

Durante o tratamento com Kiovig, os pacientes podem apresentar reações (por exemplo, tontura ou náusea), o que pode afetar a

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Vacinas de vírus vivo atenuado

A administração de imunoglobulina pode diminuir, por um período de pelo menos 6 semanas até 3, meses a eficácia das vacinas de vírus

vivo atenuado como sarampo, rubéola, caxumba e varicela. Depois da administração deste produto, um intervalo de 3 meses deve

transcorrer antes da vacinação com vacinas de vírus vivo atenuado. No caso de sarampo, este efeito pode persistir por até 1 ano.

Portanto, os pacientes que receberam vacina contra o sarampo devem ter seus níveis de anticorpos verificados.

No caso de diluição com solução de glicose a 5%, a administração de Endobulin Kiovig pode aumentar os níveis de glicose no sangue.

Interferência com o teste sorológico

Após a infusão da imunoglobulina, o aumento temporário dos vários anticorpos transferidos passivamente no sangue dos pacientes pode

apresentar resultados falso-positivos no teste sorológico.

A transmissão passiva de anticorpos aos antígenos de eritrócitos, por exemplo, A, B, D, pode interferir em alguns testes sorológicos

quanto à presença de anticorpos contra hemácias, por exemplo, o teste antiglobulina direto (TAD, teste de Coombs direto).

População pediátrica

As interações listadas aplicam-se tanto para adultos quanto crianças.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

O produto deve ser armazenado em temperatura entre +2°C e +8°C (refrigerado), protegido da luz e não deve ser congelado.

Prazo de validade: 24 meses

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

O medicamento deve ser levado à temperatura ambiente ou à temperatura corporal antes da utilização.

Antes da administração, este medicamento deve ser visualmente inspecionado quanto a partículas e descoloração. A solução deve ser

transparente ou ligeiramente opalescente e incolor ou amarelo pálido. Soluções que se apresentem turvas ou tenham depósito, não devem

ser utilizadas.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Terapia de substituição deve ser iniciada e monitorada sob a supervisão de um médico com experiência no tratamento de

imunodeficiência.

Modo de Uso

Endobulin Kiovig deve ser infundid0 por via intravenosa a uma velocidade inicial de 0,5mL/kg/hora nos primeiros 30 minutos. Se bem

tolerada, a velocidade de administração pode ser aumentada gradualmente para o máximo de aproximadamente 6,0mL/kg/hora. Dados

clínicos obtidos de um número limitado de pacientes indicaram que pacientes adultos com imunodeficiência primária podem tolerar

uma taxa de infusão de até 8mL/kg/hora.

O produto deve estar em temperatura ambiente ou temperatura corporal antes do uso.

Se a diluição for necessária, a solução de glicose a 5% é recomendada. Para a obtenção de uma solução de imunoglobulina de 50mg/mL

(5%), Endobulin Kiovig deve ser diluído com um volume igual da solução de glicose. Recomenda-se que durante a diluição o risco de

contaminação microbiana seja minimizado. O uso imediato após diluição é recomendado.

Qualquer evento adverso relacionado à infusão deve ser tratado diminuindo as taxas de infusão ou interrompendo a infusão.

Posologia

A dose e os intervalos de dosagem dependem da indicação.

Na terapia de reposição, a dosagem deverá ser individualizada para cada paciente dependendo da resposta farmacocinética e clínica. Os

intervalos de dosagem apresentados em seguida são dados como diretriz.

Terapia de reposição em síndromes de imunodeficiências primárias

O regime de dosagem deve alcançar um nível mínimo de IgG (medido antes da infusão seguinte) de pelo menos 4 – 6g/L.

São necessários de 3 a 6 meses após o início da terapia para se obter o equilíbrio.

A dose inicial recomendada é de 0,4 – 0,8 g/kg seguida de 0,2g/kg a cada 3 semanas.

A dose necessária para atingir um nível mínimo de 6g/L é da ordem de 0,2 – 0,8g/kg/mês. O intervalo de administração quando o estado

estável é atingido varia de 2 a 4 semanas.

Os níveis mínimos devem ser medidos a fim de ajustar a dose e o intervalo de dosagem.

Terapia de reposição em mieloma ou leucemia linfocítica crônica com hipogamaglobulinemia secundária grave e infecções recorrentes;

terapia de reposição em crianças com AIDS congênita e infecções de repetição:

A dose recomendada é de 0,2 - 0,4g/kg a cada três a quatro semanas.

Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI)

Para o tratamento de um episódio agudo, 0,8 – 1,0g/kg no 1° dia, podendo ser repetida no terceiro dia ou então administrar 0,4g/kg,

diariamente, durante 2 a 5 dias. O tratamento pode ser repetido se ocorrer recidiva.

Síndrome de Guillain-Barré

A dose recomendada é de 0,4g/kg/dia durante 3 a 7 dias.

A experiência em crianças é limitada.

Doença de Kawasaki

A dose recomendada é de 1,6 – 2,0g/kg que deve se administrada em doses divididas no período de 2 a 5 dias ou 2,0g/kg em dose única.

Os pacientes devem receber tratamento concomitante com ácido acetilsalicílico.

Transplante de medula óssea alogênico

O tratamento com imunoglobulina normal humana pode ser utilizado como parte do regime de condicionamento e após o transplante.

Para o tratamento de infecções e a profilaxia da doença enxerto-versus-hospedeiro, a dose é estipulada individualmente. A dose inicial é

normalmente de 0,5g/Kg/semana, a começar 7 dias antes do transplante e por até 3 meses após o transplante.

No caso de falta persistente de produção de anticorpos, recomenda-se a dose de 0,5g/Kg/mês até que o nível de anticorpos retorne ao

normal.

As recomendações de dosagem estão resumidas no quadro abaixo:

Indicação Dose Frequência das injeções

Terapia de reposição em imunodeficiência

primária

Dose inicial: 0,4 – 0,8 g/kg

Posterior: 0,2 – 0,8 g/kg

A cada 2-4 semanas a fim de obter nível

mínimo de IgG de 4-6 g/L

secundária

0,2 – 0,4 g/kg A cada 3-4 semanas a fim de obter nível

Crianças com AIDS 0,2 – 0,4 g/kg A cada 3-4 semanas

Imunomodulação:

Púrpura Trombocitopênica Idiopática 0,8 – 1,0 g/kg No 1º dia, possivelmente repetida uma vez

dentro de 3 dias

ou

0,4 g/kg/dia Durante 2-5 dias

Síndrome de Guillain Barré 0,4 g/kg/d Durante 3-7 dias

Doença de Kawasaki 1,6 – 2 g/kg Em várias doses durante 2-5 dias, em

associação com ácido acetilsalicílico

2 g/kg Em dose única, em associação com ácido

acetilsalicílico

Tratamento de infecções e profilaxia da doença

enxerto-versus-hospedeiro

0,5 g/kg A cada semana, a partir do 7º dia até 3 meses

após o transplante

Falta persistente de produção de anticorpos 0,5 g/kg Cada mês até que o níveis de anticorpos

retornem ao normal

9. REAÇÕES ADVERSAS

Reações adversas como calafrios, cefaleia, febre, vômito, reações alérgicas, náusea, artralgia, queda na pressão arterial e dor lombar

moderada podem ocorrer ocasionalmente.

Raramente as imunoglobulinas humanas normais podem causar uma queda súbita na pressão arterial e, em casos isolados, choque

anafilático, mesmo quando o paciente não apresentou hipersensibilidade à administração anterior.

Casos de meningite asséptica reversível, e casos raros de reações cutâneas transitórias foram observados com a imunoglobulina humana

normal. Foram observadas reações de hemólise reversíveis em pacientes, principalmente em pacientes dos grupos sanguíneos A, B e AB.

Raramente, podem ocorrer casos de anemia hemolítica com necessidade de transfusão, após alta dose de terapia de imunoglobulina.

Foi observado um aumento no nível de creatinina sérica e/ou insuficiência renal aguda.

Muito raramente: Reações tromboembólicas como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, embolia pulmonar e trombose venosa

profunda.

Quatro estudos clínicos foram realizados com Endobulin Kiovig: Dois estudos clínicos com pacientes com imunodeficiência primária

(IDP), um na Europa com 22 indivíduos e um nos EUA com 61 indivíduos com IDP. Um estudo clínico na Europa com 23 pacientes com

Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI). Reação adversa séria foi observada durante estes estudos: dois episódios de meningite

asséptica em um paciente do estudo norte americano de imunodeficiência primária. A maioria das reações adversas observadas foi de

natureza leve a moderada.

Nos estudos europeus e norte-americanos de imunodeficiência primária, a taxa geral de reação adversa por infusão foi de 0,27. Conforme

esperado devido à administração muito mais alta, a taxa de reação adversa por infusão foi mais alta (0,49) no estudo de PTI; 87,5% destas

reações foram avaliadas como leves. As reações adversas reportadas nestes estudos e pós-comercialização estão resumidos e

categorizados de acordo com a classe de órgãos e frequência do sistema MedDRA na tabela a seguir:

Tabela com as reações adversas

As tabelas apresentadas abaixo estão de acordo com a classificação de órgãos dos sistemas MedDRA (CSO e Nível de Termo Preferencial).

A tabela 1 apresenta as reações adversas observadas nos ensaios clínicos e a tabela 2 apresenta as RAs observadas no período de pós-

comercialização.

A frequência foi avaliada utilizando o seguinte critério:

Muito comum: ≥1/10

Comum: ≥1/100 e <1/10

Incomum: ≥1/1.000 e <1/100

Rara: ≥1/10.000 e <1/1.000

Muito rara: <1/10.0000

Desconhecido: a frequência não pode ser estimada com os dados disponíveis.

Frequência das Reações Adversas (RAs) – Ensaios clínicos

Classes de Sistemas de Órgãos

(CSO) segundo a base de

dados

Termo preferencial na base de dados MedDRA

Categoria de

frequência da RA

Infecções e infestações Bronquite, nasofaringite Comum

Sinusite crônica, infecção fúngica, infecção, infecção renal,

sinusite, infecção do trato respiratório superior, infecção do

trato urinário, infecção bacteriana do trato urinário, meningite

asséptica

Incomum

Distúrbios sanguíneos e do sistema

linfático

Anemia, linfadenopatia Comum

Distúrbios do sistema imunológico Hipersensibilidade Comum

Distúrbios endócrinos Doença da tiroide Incomum

Distúrbios do foro psiquiátrico Insônia, ansiedade Comum

Irritabilidade Incomum

Doenças do sistema nervoso Dores de cabeça Muito comum

Tonturas, enxaqueca, parestesia, hipoestesia Comum

Amnésia, sensação de queimadura, disartria,

disgeusia, perturbação do equilíbrio, tremor

Distúrbios oculares Conjuntivite Comum

Dor nos olhos, inchaço dos olhos Incomum

Distúrbios do ouvido e do labirinto Vertigem Comum

Fluido no ouvido médio Incomum

Cardiopatias Taquicardia Comum

Taquicardia sinusal Incomum

Vasculopatias Afrontamento cutâneo, hipertensão Comum

Frio nas extremidades, flebite, rubor quente Incomum

Distúrbios respiratórios, torácicos e

do mediastino

Tosse Muito comum

Rinorreia, asma, congestão nasal, dor orofaríngea Comum

Dispneia, inchaço orofaríngeo Incomum

Distúrbios gastrointestinais Náuseas, vômitos Muito comum

Diarreia, dor abdominal Comum

Distúrbios dos tecidos cutâneos e

subcutâneos

Comichão, erupção cutânea, urticária, erupção cutânea

eritematosa, erupção cutânea com comichão

Comum

Angioedema, urticária aguda, suores frios,

dermatite, reação de fotossensibilidade, suores

noturnos, hiperidrose

Distúrbios musculoesqueléticos e

dos tecidos conjuntivos

Dores nas extremidades Muito comum

Dor nas costas, mialgia, espasmos musculares, fraqueza

muscular

Fasciculações musculares Incomum

Distúrbios renais e urinários Proteinúria Incomum

Distúrbios gerais e alterações no

local de administração

Pirexia, fadiga Muito comum

Doença semelhante à gripe, mal-estar torácico,

sensação de aperto no peito, dor no peito, astenia, mal-

estar, edema periférico, dor no local de administração,

inchaço no local de administração, reação no local de

administração, calafrios

Comichão no local de administração, sensação de

calor, flebite no local de administração, sensibilidade

no local de administração, reação associada a infusão

intravenosa, tumefação, arrepios

Exames complementares de

diagnóstico

Aumento da temperatura corporal, pressão arterial

aumentada, contagem de leucócitos diminuída,

alaninamino transferase aumentada

Colesterol sanguíneo aumentado, creatinina

sanguínea aumentada, ureia sanguínea aumentada,

hematócrito diminuído, contagem de glóbulos vermelhos

diminuída, taxa respiratória aumentada

Complicações de intervenções

relacionadas com lesões e

intoxicações

Contusão Comum

Reações Adversas (RAs) Pós-Comercialização

Classes de Sistemas de

Órgãos (CSO) segundo a base

de dados MedDRA

Doenças do sangue e do sistema

Hemólise Desconhecido

Doenças do sistema imunitário Choque anafilático, reação anafilática Desconhecido

Doenças do sistema nervoso Ataque isquêmico transitório, AVC Desconhecido

Vasculopatias Hipotensão, enfarte do miocárdio, trombose de veia

profunda

Desconhecido

Doenças respiratórias, torácicas

e do mediastino

Embolia pulmonar, edema pulmonar Desconhecido

Teste de Coombs direto positivo, saturação de oxigénio

diminuída

Lesão traumática pulmonar aguda relacionada com

transfusão

População pediátrica

A frequência, o tipo e a gravidade das reações adversas nas crianças são iguais aos dos adultos.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.