Bula do Fluxon para o Profissional

Bula do Fluxon produzido pelo laboratorio Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Fluxon
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a - Profissional

Download
BULA COMPLETA DO FLUXON PARA O PROFISSIONAL

FLUXON

(cinarizina)

Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.

Comprimido

25mg e 75mg

Fluxon – comprimido – Bula para o profissional da saúde 1

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:

cinarizina

APRESENTAÇÕES

Fluxon comprimidos de 25mg ou 75mg em embalagens contendo 30 comprimidos

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de 25mg contém:

cinarizina........................................................................................................25mg

excipientes - q.s.p..............................................................................1 comprimido

(lactose monoidratada, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício, laurilsulfato de

sódio e estearato de magnésio).

Cada comprimido de 75mg contém:

cinarizina..........................................................................................................75mg

(lactose monoidratada, amido pré-gelatinizado, povidona, polissorbato 20, corante laca amarelo FDC nº

06, celulose microcristalina, talco, dióxido de silício, estearato de magnésio, croscarmelose sódica,

crospovidona).

Fluxon – comprimido – Bula para o profissional da saúde 2

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE:

1. INDICAÇÕES

Distúrbios circulatórios cerebrais:

- Profilaxia e tratamento dos sintomas de espasmo vascular cerebral e arteriosclerose como tontura,

zumbidono ouvido, cefaleia vascular, falta de sociabilidade e irritabilidade, fadiga, distúrbios do sono

como despertar precoce, depressão de involução, perda de memória, falta de concentração, incontinência

e outros distúrbios devidos à idade.

- Sequelas de traumas crânio-encefálicos.

- Sequelas funcionais pós-apopléticas.

- Enxaqueca.

Distúrbios circulatórios periféricos:

- Profilaxia e tratamento dos sintomas que acompanham os distúrbios circulatórios periféricos

(arteriosclerose, tromboangeite obliterante, moléstia de Raynaud, diabete, acrocianose, etc), tais como:

claudicação intermitente, distúrbios tróficos, pré-gangrena, úlceras varicosas, parestesia, câimbra noturna,

extremidades frias.

Distúrbios do equilíbrio:

- Profilaxia e tratamento dos sintomas dos distúrbios do equilíbrio (arteriosclerose labiríntica,

irritabilidade do labirinto, Síndrome de Menière), tais como vertigem, tontura, zumbido, nistagmo,

náuseas e vômitos.

- Profilaxia dos distúrbios de movimento.

2. RESULTADO DE EFICÁCIA

Distúrbios Circulatórios Centrais

O estudo conduzido por Lahitou confirmou a eficácia terapêutica de 150 mg de cinarizina em

microcápsulas com ação prolongada administrada em dose única à noite em tratamento à longo prazo de

sintomas clínicos e neurológicos de pacientes com insuficiência circulatória cerebral crônica. A cinarizina

em microcápsulas com ação prolongada demonstrou ser eficaz e segura, além de produzir poucos efeitos

colaterais em comparação com o placebo.

No estudo trabalhado por Ogueta, os resultados indicaram estatisticamente melhoria significativa com

administração da cinarizina quando comparada ao placebo em dez parâmetros (interesse por contato

social, tontura, vertigem, zumbido, mobilidade, sedação, dor de cabeça, marcha e postura e tremor). A

avaliação clínica global confirmou estatisticamente melhoria significativa em pacientes que estavam

tomando cinarizina (P = 0,012).

Os dados do estudo conduzido por Toledo comprovam que a cinarizina demonstrou ser eficaz em todos

os cinco tipos de situação clínica em que foi testada, tanto nos casos em que os sintomas de circulação

cerebral prejudicada eram manifestações primárias como em complicações causadas por outras doenças.

Vinte e três dos trinta pacientes mostraram melhoria clínica durante tratamento com cinarizina em

comparação com quatro pacientes durante o tratamento com placebo.

O estudo de Staesen demonstrou que tanto a flunarizina quanto a cinarizina foram superiores ao placebo

em relação a tonturas (P <0,05 e P <0,01, respectivamente).

Em estudo conduzido por Garam, onde a dose de 75mg de cinarizina por dia foi comparada com 150 mg

de ácido nicotínico, foi verificada uma melhoria nos sintomas de dor de cabeça (89% dos pacientes),

tontura (88% dos pacientes), mudança de humor (73% dos pacientes) e zumbido (67% dos pacientes) para

o grupo cinarizina, enquanto que para o grupo tratado com ácido nicotínico os sintomas melhoraram

apenas em 15%, 13%, 0% e 33% respectivamente para os sintomas listados anteriormente.

O estudo de Tammaro, duplo-cego que considerou a diidroergotoxina como comparador concluiu que a

cinarizina pode ser incluída entre as drogas com influência positiva no tratamento de sintomas de

insuficiência cerebrovascular.

Sequelas funcionais pós-apopléticas.

O estudo realizado por Udvarhelyi demonstrou que os sintomas de características centrais melhoraram ou

regrediram numa faixa entre 40 e 60%, o que pode ser considerado um resultado significativo. A melhoria

mais significante foi observada em sintomas de vertigem, vasculares dor de cabeça, falta de concentração,

tendência à depressão, falta de memória, falta de interesse e, em confusão. A cinarizina reduziu

consideravelmente o grau de deterioração da saúde mental ao mesmo tempo em que apresentou melhora

na memória dos pacientes. Bons resultados foram registrados igualmente em vertigem e sintomas

alérgicos. Quando comparado à vincamina não foram observadas diferenças significativas entre os dois

Fluxon – comprimido – Bula para o profissional da saúde 3

tratamentos de acordo com a escala de avaliação Reimann-Hunziker, apesar de os testes psicológicos

demonstrarem a vincamina como mais eficaz. A tontura poderia ser moderada em tratamento com

cinarizina para pacientes que sofrem de distúrbios vestibulares.

O estudo conduzido por Hutzel serviu para demonstrar que o efeito terapêutico de cinarizina foi

claramente aparente, com 12 pacientes apresentando uma melhoria dos sintomas e classificando o

tratamento como "Bom" e 4 pacientes classificando como "Moderado".

O estudo gerenciado por Hausman-Petrusewicz mostrou que a cinarizina foi eficaz no tratamento do

stress póstraumático.

Resultados muito bons foram obtidos no tratamento da trombose recente e embolia das artérias cerebrais,

além da arterioesclerose crônica cerebral.

Enxaqueca

Em estudo duplo-cego, randomizado e considerando o valproato de sódio como comparador, Togha não

conseguiu demonstrar diferenças significantes entre a cinarizina e o valproato de sódio. Em ambos os

grupos, o número de intensidade e da duração da crise foram significativamente reduzidos (p <0,05). A

única diferença significativa observada entre os grupos foi uma redução significativa demonstrada pela

cinarizina na linha de base que foi verificada na 3ª e 4ª visitas do estudo. Dois pacientes descontinuaram o

tratamento prematuramente no grupo cinarizina com significante ganho de peso e três pacientes no grupo

valproato de sódio com ganho significativo de peso e tremores graves.

Em estudo duplo-cego com a flunarizina como comparador, Drillisch mostrou que após três meses de

tratamento, a frequência de crises de enxaqueca caiu de forma significativa, em 56% para cinarizina e

42% para flunarizina. A duração das crises também caiu significativamente (de 77% para cinarizina e

72% para flunarizina).

O estudo conduzido por Cerny considerou 2 comparadores, a flunarizina e a diidroergotamina. A eficácia

foi medida pela cura (paciente livre da enxaqueca) e revelou que a cinarizina demonstrou equivalência à

diidroergotamina, porém foi menos eficaz que a flunarizina.

Em estudo conduzido por Rossi, os resultados demonstraram que a cinarizina pode ser eficaz na

profilaxia da enxaqueca.

Em outro estudo realizado por Togha, neste caso aberto e sem comparador, a cinarizina reduziu a

frequência mensal de crises de enxaqueca após 14 semanas de tratamento. A redução percentual na

frequência mensal de enxaqueca foi de 35% depois de duas semanas, 74% após 6 semanas, 74% após 10

semanas e 75% após 14 semanas de tratamento. A redução significativa na duração e gravidade da crise

também foi observada. Nenhum evento adverso grave foi observado.

O estudo conduzido por Radovic demonstrou que depois de um mês de tratamento, 28 dos 30 pacientes

tiveram uma diminuição na gravidade, frequência e duração das crises. Após 3 meses de tratamento,

todos os pacientes foram tratados com sucesso com cinarizina 25 mg duas vezes ao dia.

Distúrbios Circulatórios Periféricos

Em estudo conduzido por Joos comparando a cinarizina ao placebo, os resultados mostraram uma

melhora significativa nos pacientes do grupo cinarizina referente a reclamações em repouso, caminhadas

à distância, dores musculares e extremidades frias (P <0,05, teste de Wilcoxon signed-ranks para

emparelhados em um braço). Esta melhora persistiu ou foi reforçada pelo período de 16 semanas de

tratamento (mesmo ensaio – teste de Wilcoxon). Uma comparação entre os dois grupos (cinarizina e

placebo) revelou diferenças significativas (P <0,05, teste de Kolmogorov-Smirnov, um braço, teste de

duas amostras), em favor do tratamento com cinarizina (melhora de reclamações em repouso após 4, 8 e

16 semanas, de câimbras musculares depois de 8 e 16 semanas e de extremidades frias após 8 semanas).

Em estudo realizado pela Janssen, pode-se verificar que a cinarizina aumentou o repouso e a taxa pós-

isquêmica no aumento de pulsações (quociente de pulsações é o primeiro diferencial) e o fluxo sanguíneo

(pletismometria de oclusão venosa) no polegar e nas pernas de pacientes com claudicação intermitente

contra placebo (P ≤ 0,05).

A cinarizina também reforçou a capacidade de andar desses pacientes (P = 0,0077) enquanto que em

pacientes tratados com placebo não foram observadas mudanças significativas.

Em estudo conduzido por Staesen, duplo-cego e randomizado que comparou a cinarizina com placebo e

flunarizina, a cinarizina provou ser significativamente superior ao placebo em claudicação intermitente (P

<0,05), espasmos vasculares das extremidades (P <0,05), câimbras musculares (P <0,01) e extremidades

frias (P <0,01). Não foram observadas diferenças significativas entre flunarizina e cinarizina.

No estudo realizado por Thenot, a cinarizina demonstrou efeito significativo em relação à caminhada à

distância e à morfo-oscilografia. Com relação a aspectos cerebrais, a melhor eficácia foi observada em

vertigem, dor de cabeça e zumbido. Os autores concluíram que a cinarizina foi eficaz nas seguintes

Fluxon – comprimido – Bula para o profissional da saúde 4

indicações: arterite de baixas extremidades, fenômeno de Raynaud, acrocianose e desordens

cerebrovasculares.

Distúrbios do equilíbrio

Profilaxia e tratamento dos sintomas dos distúrbios do equilíbrio

Em estudo realizado por Philipszoon, em comparação com placebo, a cinarizina foi eficaz em aliviar

sintomas de paciente com vertigem.

Em estudo conduzido por Mangabeira, em comparação com placebo, a cinarizina foi eficaz no tratamento

periférico de doenças vasculares. Vertigem e zumbido no ouvido foram os sintomas que mais melhoraram

com o tratamento.

Em estudo realizado por Castellini, em comparação com o placebo, a cinarizina teve ação eficaz na

terapia de vertigem de origem periférica e apresentou tolerância geralmente satisfatória.

Em estudo conduzido por Stok, em comparação com o placebo, a vertigem melhorou em todos os

pacientes tratados com cinarizina (desaparecimento completo em 9 pacientes e melhora nos outros 3),

enquanto que houve melhora em apenas dois pacientes que receberam placebo. Zumbido no ouvido e

hipoacusia melhoraram em 5 dos 12 pacientes tratados com cinarizina, enquanto que nenhum dos

pacientes tratados com placebo apresentaram melhora nesses sintomas.

Uso na profilaxia do enjoo

No estudo conduzido por Hargreaves, em comparação com placebo, a cinarizina mostrou clara redução na

incidência de enjoo entre um grupo de marinheiros inexperientes.

Em estudo realizado por Doweck, comparação com placebo, a cinarizina demonstrou ser eficaz na

prevenção do enjoo em mar agitado. Nenhum efeito significativo foi encontrado para 25mg de cinarizina.

Em estudo conduzido por Macnair, a cinarizina mostrou-se eficaz na profilaxia contra enjoo em carro em

crianças, com níveis baixos de eventos adversos.

Referências

1. Sweetman S., editor. Martindale’s The Complete Drug Reference. Available at

http://www.medicinescomplete.com/mc/. Accessed at 20 May 2009.

2. Johnson & Johnson Pharmaceutical Research & Development, L.L.C. Company Core Data Sheet

STUGERON - cinnarizine. Date of Report: March 2009.

3. Johnson & Johnson Pharmaceutical Research & Development, L.L.C. Periodic Safety Update Report

for Cinnarizine. Date of Report: 13 Dec 2009.

4. LMD47947 - Lahitou RE Cinarizina 150 mg en microcapsulas de accion prolongada en el tratamiento

de la insuficiência cerebrovascular cronica. October 1985.

5. LMD11129 - Ogueta AP, Kabanchik M, Passanante D. Uso de la cinarizina (R516*) en pacientes com

sintomas de insuficiencia cerebro-vascular. Estúdio clinico a doble-ciego en 50 patients. April 1976.

6. LMD5792 - Toledo JB, Pisa H, Marchese M Clinical evaluation of cinnarizine in patients with cerebral

circulatory deficiency. Arzneimittel-Forschung 22 (2), p. 448-451, 1972.

7. LMD11515 - Staessen AJ Treatment of circulatory disturbances with flunarizine and cinnarizine. A

multicentre, double-blind and placebo-controlled evaluation. Vasa 6 (1), p.59-71, 1977.

8. LMD17714 - Garam T, Szollosy Gy, Wesel K, Clinical trial with Stugeron in cerebral circulatory

disorders. June 1979.

9. LMD9809 - Tammaro AE, Annoni F, Bertelletti D Il trattamento sintomatologico dell'insufficienza

cerebrovasculare. Valutazione comparativa della cinnarizina. May 1975.

10. LMD10347 - Udvarhelyi A Clinical evaluation of Stugeron Richter in internal diseases. Therapia

Hungarica 23(3), p. 116-120, 1975.

11. LMD16215 - Udvarhelyi A. Comparative study of the effect of devincan and Stugeron in patients

suffering from cerebrovascular diseases treated at medical departments. Therapia Hungarica 26(1), p. 29-

32, 1978.

12. LMD2601 - Hutzel H Zur therapie bei folgezustaenden zerebraler mangeldurchblutung. Aertzliche

Praxis 20 (13), p.553-554, 1968.

13. LMD4725 - Hausman-Petrusewicz I. Clinical Report. Neurologic Clinic of Medical Academy,

Warsaw, Lindleya 4, November 1970.

14. LMD235905 - Togha M, Rahmat M, Nilavari K et al. Cinnarizine in refractory migraine prophylaxis:

efficacy, and tolerability. A comparison with sodium valproate. Headache 47 (5), p. 792, 2007.

15. LMD20237 - Drillisch C, Girke W. Ergebnisse der behandlung von migraene-patienten mit cinnarizin

und flunarizin. Die Medizinische Welt;31(51-52), p.1870-1872, 1980.

16. LMD64193 - Cerny R, Krejcova H, Bojar M. Effects of treatment with ergolides and calcium

antagonists in patients with migraine. Proceedings of the 5th European Workshop On Clinical

Fluxon – comprimido – Bula para o profissional da saúde 5

Neuropharmacology, Bratislava, Czechoslovakia, July 6-8, 1987. New Trends In Clinical

Neuropharmacology, eds. D. Bartko et

al, John Libbey & Co. Ltd., p.224-225, 1988.

17. LMD192949 - Rossi P, Fiermonte G, Pierelli F. Cinnarizine in migraine prophylaxis: efficacy,

tolerability and predictive factors for therapeutic responsiveness. An open-label pilot trial. Functional

Neurology 18(3), p.155-159, 2003.

18. LMD217993 - Togha M, Ashrafian H, Tajik P. Open-label trial of cinnarizine in migraine

prophylaxis. Headache 46 (3), p. 498-502, 2006.

19. LMD21591 - Radovic A, Bogdanovic V, Petrovic S, et al.Cinnarizine in the treatment of migraine: a

rheoencephalographic study The Royal Society of Medicine, International Congress And Symposium

Series No. 33, p. 49-56, 1980.

20. LMD10349 - Joos F, Rocher A, Basyn M, et al. Cinnarizine (Stugeron forte) in the treatment of

atherosclerosis of the legs. A double-blind placebo-controlled trial in patients with complaints at rest.

October 1975.

21. LMD5047 - Janssen Pharmaceutica. Peripheral vascular effects of cinnarizine versus placebo in

patients with intermittent claudication. Double-blind crossover study with plethysmometric assessment of

pulsations, venous occlusion plethysmography and measured walking capacity. Clinical Research Report

On Cinnarizine No-7, May 1971.

22. LMD11515 - Staessen AJ. Treatment of circulatory disturbances with flunarizine and cinnarizine. A

23. LMD11130 - Thenot A. Expertise clinique des gelules de stugeron. November 1975.

24. LMD2554 - Philipszoon AJ. Influence of cinnarizine on the labyrinth and on vertigo. Clinical

Pharmacology and Therapeutics 3 (2), p.184-190, 1962.

25. LMD2610 - Mangabeira Albernaz PL, Gananca MM, Menon AD. O tratamento dos problemos de

equilibrio e audicao com a cinnarizina (R00516). O Hospital 74 (3), p. 787-791, 1968.

26. LMD2627 - Castellini V. Esperienze cliniche ed elettronistagmografiche su un nuovo farmaco

contenente cinnarizina nel trattamento delle vertigini. Bollettino delle Malattie dell'Orecchio, della Gola,

del Naso 87, p. 107-131, 1969.

27. LMD8305 – Stok. Estudio a doble-ciego de la influencia de cinnarizina R516 en pacientes con

transtornos Del equilibrio. Clinical Study Report, 1974.

28. LMD20513 - Hargreaves J. A double-blind placebo controlled study of cinnarizine in the prophylaxis

of seasickness. The Practitioner 224, p.547-550, 1980.

29. LMD104704 -Doweck I, Gordon CR, Spitzer O, et al. Effect of cinnarizine in the prevention of

seasickness Aviation, Space, and Environmental Medicine 65, p.606-609, 1994.

30. LMD34992 – Macnair AL. Cinnarizine in the prophylaxis of car sickness in children Current Medical

Research and Opinion 8(7), p.451-455, 1983.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

A cinarizina inibe contrações das células musculares lisas da vasculatura através do bloqueio dos canais

de cálcio. Além deste antagonismo direto ao cálcio, a cinarizina diminui a atividade contrátil das

substâncias vasoativas, como a norepinefrina e a serotonina, através do bloqueio do receptor dos canais de

cálcio. O bloqueio do influxo celular de cálcio é tecido-seletivo, e resulta em propriedades

antivasoconstritoras sem efeito na pressão sanguínea e frequência cardíaca.

A cinarizina pode, adicionalmente, melhorar a microcirculação deficiente através do aumento da

deformabilidade dos eritrócitos e diminuição da viscosidade sanguínea. Fluxon aumenta a resistência

celular à hipóxia.

A cinarizina inibe a estimulação do sistema vestibular, resultando em supressão do nistagmo e outros

distúrbios autonômicos. Episódios agudos de vertigem podem ser prevenidos ou reduzidos pela

cinarizina.

O controle dos sintomas é observado progressivamente com o decorrer de algumas semanas de

tratamento.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

Os níveis de pico plasmático de cinarizina são obtidos entre 1 a 3 horas após a ingestão.

Fluxon – comprimido – Bula para o profissional da saúde 6

Distribuição

A ligação às proteínas plasmáticas da cinarizina é de 91%.

Metabolismo

A cinarizina é extensivamente metabolizada principalmente via CYP2D6.

Eliminação

A meia-vida de eliminação da cinarizina está na faixa entre 4 e 24 horas.

A eliminação de seus metabólitos é cerca de 1/3 na urina e 2/3 nas fezes.

Fertilidade, mutagenicidade e carcinogenicidade

Em estudos de reprodução no rato, coelho e cão, não houve efeito na fertilidade e nem teratogenicidade.

Em doses muito altas (80 a 320 mg/kg, cerca de 18-72 vezes a dose máxima recomendada em seres

humanos) no rato, a toxicidade materna resultou em redução do tamanho da ninhada, aumento da

porcentagem de reabsorções e diminuição do peso fetal ao nascer.

O estudo de mutagenicidade in vitro com Salmonella typhimurium indicou que o composto precursor não

é mutagênico até 10 µmol/placa. No entanto, depois de reagir com nitrito e formar o produto da

nitrosação, foi observada atividade mutagênica fraca. A carcinogenicidade não foi avaliada de forma

específica. Entretanto, alterações pré-neoplásicas não foram evidentes durante a administração oral

crônica por 18 meses em ratos, até uma dose de aproximadamente 72 vezes o nível da dose máxima em

seres humanos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Fluxon é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida a cinarizina ou aos excipientes

da fórmula.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Fluxon, como os outros anti-histamínicos, pode causar desconforto gástrico. A administração do

medicamento após as refeições pode diminuir a irritação gástrica.

Em pacientes com Doença de Parkinson, Fluxon deve ser administrado apenas se os benefícios forem

superiores aos possíveis riscos de agravamento da doença.

Fluxon pode causar sonolência, especialmente no início do tratamento. Portanto, deve-se tomar cuidado

com o uso concomitante de álcool, depressores do Sistema Nervoso Central (SNC) ou antidepressivos

tricíclicos.

Uso durante a gravidez (Categoria C) e lactação

Como ocorre com todas as drogas, embora não se tenha mostrado efeitos teratogênicos em estudos

animais, só se recomenda o uso de Fluxon durante a gravidez se os benefícios terapêuticos justificarem os

potenciais riscos sobre o feto.

Não há dados sobre a excreção do Fluxon no leite humano. Assim, a lactação é desaconselhável em

usuárias de Fluxon.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e utilizar máquinas

Como pode ocorrer sonolência, especialmente no início do tratamento, cuidados devem ser tomados ao

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Álcool, depressores do SNC e antidepressivos tricíclicos

Os efeitos sedativos de Fluxon ou do álcool, depressores do SNC ou antidepressivos tricícliclos podem

ser potencializados quando usados concomitantemente.

Interferência diagnóstica

Devido ao seu efeito anti-histamínico, Fluxon pode impedir reações positivas aos indicadores de

reatividade dérmica se utilizado por até quatro dias antes do teste cutâneo.

Fluxon – comprimido – Bula para o profissional da saúde 7

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30º C). Proteger da luz e umidade.

Número de lote, data de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto Físico

Fluxon 25mg: Comprimido circular, semiabaulado, sulcado e de cor branca.

Fluxon 75mg: Comprimido circular, semiabaulado, sulcado e de cor salmão.

Antes de usar, observar o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Fluxon deve ser tomado por via oral.

- Distúrbios circulatórios cerebrais: 1 comprimido de 25 mg 3 vezes ao dia, ou 1 comprimido de 75 mg

diariamente.

- Distúrbios circulatórios periféricos: 2 a 3 comprimidos de 25 mg 3 vezes ao dia, ou 2 a 3

comprimidos de 75 mg ao dia.

- Distúrbios do equilíbrio: 1 comprimido de 25 mg 3 vezes ao dia, ou 1 comprimido de 75 mg

- Distúrbios do movimento: 1 comprimido de 25 mg meia hora antes de viajar e repetindo cada 6 horas.

Fluxon deverá ser tomado, preferivelmente, após as refeições.

- A dose máxima recomendada não deve exceder 225 mg. Como o efeito de Fluxon sobre vertigens é

dose dependente, a dose deve ser aumentada progressivamente.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Neste item de bula são apresentadas as reações adversas. Reações adversas são eventos adversos que

foram considerados razoavelmente associados ao uso da cinarizina, com base na avaliação abrangente da

informação disponível dos eventos adversos. Uma relação causal com a cinarizina não pode ser

estabelecida de forma confiável em casos individuais. Além do mais, como os estudos clínicos são

conduzidos sob condições amplamente variáveis, as taxas de reações adversas observadas nos estudos

clínicos de um fármaco não podem ser comparadas diretamente com as taxas nos estudos clínicos de

outro fármaco e podem não refletir as taxas observadas na prática clínica.

Dados de estudos clínicos

Reações adversas reportadas com incidência ≥1% em estudos duplo-cego e placebo-controlado.

A segurança da cinarizina (30-225 mg/dia) foi avaliada em 740 indivíduos (dos quais 372 receberam

tratamento com cinarizina e 368 receberam placebo) os quais participaram de 7 estudos controlados por

placebo e duplo-cegos: 3 estudos em pacientes com doenças circulatórias periféricas, 1 com doenças

circulatórias cerebrais, 2 com vertigem e 1 com enjoo.

As reações adversas relatadas por ≥1% dos indivíduos tratados com cinarizina em estudos clínicos duplo-

cegos estão demonstradas na Tabela 1.

Tabela 1. Reações adversas relatadas por ≥1% dos indivíduos tratados com cinarizina em 7 estudos

clínicos controlados por placebo e duplo-cegos.

Sistemas / Órgãos cinarizina (n=372) % Placebo (n=368) %

Doenças do Sistema Nervoso

Sonolência 8,3 4,6

Reações adversas relatadas por ≥1% dos indivíduos – Dados de estudos comparadores e abertos.

Seis estudos comparadores e treze estudos abertos foram selecionados para determinar a incidência de

reações adversas. Nesses 19 estudos, 668 indivíduos foram tratados com doses na faixa entre 50 e 225

mg/dia de cinarizina, no tratamento de doenças circulatórias periféricas, doenças circulatórias cerebrais e

vertigem.

Fluxon – comprimido – Bula para o profissional da saúde 8

As reações adversas relatadas por ≥1% dos indivíduos tratados com cinarizina em estudos clínicos

comparadores e abertos estão demonstradas na Tabela 2.

Tabela 2. Reações adversas relatadas por ≥1% dos indivíduos tratados com cinarizina em 6 estudos

clínicos comparadores e 13 abertos.

Sistemas / Órgãos cinarizina (n=668) %

Doenças Gastrointestinais

Náuseas 1,5

Investigações

Aumento de Peso 2,1

Reações adversas relatadas por <1% dos indivíduos – Dados de estudos com placebo,

comparadores e abertos.

As reações adversas que ocorreram em <1% dos indivíduos tratados com cinarizina provenientes de

dados listados nas duas tabelas acima estão demonstradas na Tabela 3.

Tabela 3. Reações adversas relatadas por <1% dos indivíduos em estudos clínicos com placebo,

Distúrbios do Sistema Nervoso

Hipersonia

Letargia

Distúrbios Gastrintestinais

Desconforto estomacal

Vômito

Dor abdominal superior

Dispepsia

Distúrbios da Pele e Tecido Subcutâneo

Hiperidrose

Distúrbios Gerais e Condições do Local de Administração

Fadiga

Dados pós-comercialização

Os primeiros eventos adversos que foram identificados como reações adversas durante a experiência pós-

comercialização estão listados a seguir. A revisão pós-comercialização baseou-se na verificação de todos

os casos onde houve o uso de cinarizina. As frequências foram estimadas através das taxas provenientes

de relatos espontâneos, de acordo com a seguinte convenção:

Muito comum ≥1/10

Comum ≥1/100 e < 1/10

Incomum ≥1/1.000 e <1/100

Raro ≥1/10.000, <1/1.000

Muito raro <1/10.000, incluindo relatos isolados

Reação muito rara (<1/10.000, incluindo relatos isolados):

Distúrbios do Sistema Nervoso: discinesia, síndrome extrapiramidal, parkinsonismo, tremor.

Distúrbios de Pele e Tecido Subcutâneo: ceratose liquenoide, líquen plano, lúpus eritematoso cutâneo

subagudo.

Distúrbios Musculoesqueléticas, de Tecido Conectivo e Ossos: rigidez muscular.

Em casos de eventos adversos, notifique ao sistema de Notificação em Vigilância Sanitária

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Fluxon – comprimido – Bula para o profissional da saúde 9

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.