Bula do Fosfato de Clindamicina para o Paciente

Bula do Fosfato de Clindamicina produzido pelo laboratorio União Química Farmacêutica Nacional S/a
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Fosfato de Clindamicina
União Química Farmacêutica Nacional S/a - Paciente

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BULA COMPLETA DO FOSFATO DE CLINDAMICINA PARA O PACIENTE

fosfato de clindamicina

União Química Farmacêutica Nacional S.A

Solução injetável

150 mg/mL

Medicamento genérico, Lei nº 9.787, de 1999.

IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO

Solução injetável 150 mg/mL: caixa contendo 50 ampolas de 4 mL.

VIA ENDOVENOSA / INTRAMUSCULAR (EV/IM)

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 1 MÊS DE IDADE

COMPOSIÇÃO:

Cada mL contém:

fosfato de clindamicina ............................................................... 178,242 mg*

*equivalente a 150 mg de clindamicina base

Veículo: álcool benzílico, edetato dissódico di-hidratado, hidróxido de sódio e água para injetáveis.

INFORMAÇÕES AO PACIENTE

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?

O fosfato de clindamicina solução injetável é um antibiótico indicado no tratamento de diversas infecções,

entre as quais incluem:

• infecções do trato respiratório superior (nariz, faringe laringe e traqueia) e inferior (brônquios, pulmões)

como empiema (presença de pus entre as membranas que envolvem os pulmões), pneumonia anaeróbica

(pneumonia por uma bactéria específica) e abscessos pulmonares (acúmulo de pus nos pulmões);

• septicemia bacteriana (disseminação de bactérias pelo sangue a partir de uma infecção em determinado

local);

• infecções de pele e partes moles, (infecção da pele e tecidos próximos como gordura);

• infecções intra-abdominais, de abdome, como peritonite (infecção da membrana que envolve os órgãos

internos abdominais) e abscesso intra-abdominal (acúmulo de pus dentro da cavidade do abdome);

infecções da pelve (região inferior do abdome) e do trato genital feminino (útero, trompas, ovário e

vagina) como endometrite (infecção de uma das camadas de tecido que forma o útero), abscessos tubo-

ovarianos não gonocócicos (acúmulo de pus dentro das trompas uterinas e do ovário causadas por

bactérias diferentes da Neisseria gonorrheae), celulite pélvica (infecção da pele e dos tecidos abaixo dela

na região pélvica e infecção vaginal após cirurgias) e infecções dentárias.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

O fosfato de clindamicina é um antibiótico inibidor da síntese proteica bacteriana, ele impede que as

bactérias produzam proteínas que são a base do seu crescimento e reprodução, ou seja, incapacita a bactéria

de crescer e se multiplicar.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

O fosfato de clindamicina não deve ser usado caso você já tenha apresentado hipersensibilidade, alergia ou

reação alérgica à clindamicina, à lincomicina ou a qualquer componente da fórmula.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

O tratamento com antibióticos altera a flora normal do cólon, altera o equilíbrio entre as bactérias presentes

normalmente no intestino grosso, resultando em um crescimento excessivo de determinadas bactérias. Há

relatos de que diarreia associada à C. difficile pode ocorrer em até dois meses após a administração de

antibióticos; portanto, o médico deve ter cuidado na avaliação de seu histórico clínico e acompanhá-lo após

o tratamento.

Colite pseudomembranosa (infecção do intestino por bactéria da espécie C. difficile) foi relatada em

associação a quase todos agentes antibióticos, inclusive clindamicina, fosfato de clindamicina, e pode

variar, em gravidade, de leve a risco de morte. Portanto, é importante que o médico considere esse

diagnóstico em pacientes que apresentem diarreia (aumento no número e na quantidade de fezes eliminadas

diariamente) após a administração de antibióticos. Casos leves de colite pseudomembranosa geralmente

melhoram com a interrupção do uso do medicamento.

O fosfato de clindamicina não deve ser utilizado no tratamento da meningite (infecção das meninges,

membrana que envolve o cérebro e a medula espinal), pois não penetra adequadamente no líquido

cefalorraquidiano (líquido que preenche o espaço entre as meninges e o cérebro e a medula).

Durante o tratamento prolongado, devem ser realizados testes periódicos de função hepática (do fígado) e

renal (do rim).

O uso de fosfato de clindamicina pode resultar em proliferação de micro-organismos não susceptíveis, não

sensíveis ao antibiótico, particularmente as leveduras.

O fosfato de clindamicina não deve ser injetado em bolus (em uma aplicação rápida) por via endovenosa

sem ser diluído, mas sim posto em infusão por, pelo menos, 10 – 60 minutos.

Este produto contém álcool benzílico. O álcool benzílico foi associado à síndrome de Gasping (um tipo de

alteração na respiração) fatal em recém-nascidos prematuros.

Uso durante a Gravidez

O fosfato de clindamicina atravessa a placenta em humanos, portanto deve ser utilizado na gravidez apenas

se claramente necessário.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

Uso durante a Lactação

A clindamicina foi detectada no leite materno e devido aos potenciais efeitos adversos em neonatos,

clindamicina não deve ser utilizada em mulheres que estão amamentando.

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas

O efeito de fosfato de clindamicina na habilidade de dirigir ou operar máquinas ainda não foi

sistematicamente avaliado.

Interações Medicamentosas

Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma quando ele for prescrever uma medicação

nova.

O médico precisa avaliar se as medicações reagem entre si alterando a sua ação, ou da outra; isso se chama

interação medicamentosa.

O fosfato de clindamicina pode interagir com outros medicamentos, como eritromicina e medicamentos

bloqueadores neuromusculares.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

Manter em sua embalagem original, e conservar em temperatura ambiente (entre 15° e 30°C).

O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico: solução límpida, incolor a levemente amarelada, isenta de partículas estranhas visíveis.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você

observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Uso em Adultos

Via parenteral (administração IM = Intramuscular ou EV = Endovenosa): para infecções intra-

abdominais, infecções da pelve e outras complicações ou infecções graves, a dose usual diária de fosfato de

clindamicina é 2400 – 2700 mg em 2, 3 ou 4 doses iguais. Infecções mais moderadas causadas por micro-

organismos sensíveis podem responder com 1200 – 1800 mg por dia, em 3 ou 4 doses iguais.

Doses diárias maiores que 4800 mg foram usadas com sucesso.

Doses únicas IM maiores que 600 mg não são recomendadas.

Uso em Crianças (com mais de 1 mês de idade)

Via parenteral (administração IM = Intramuscular ou EV = Endovenosa): 20 – 40 mg/kg por dia em 3

ou 4 doses iguais.

Uso em Pacientes Idosos

Estudos com fosfato de clindamicina mostraram que não há diferenças importantes entre pacientes jovens e

idosos com a função hepática (do fígado) normal e função renal (do rim) normal (ajustado pela idade), após

administração oral ou endovenosa. Portanto, o ajuste da dose não é necessário em pacientes idosos com a

função hepática normal e função renal normal (ajustado pela idade).

Uso em Pacientes com Insuficiência Renal e Hepática

Não é necessário o ajuste de dose em pacientes com insuficiência (falência) renal e hepática.

Doses em Indicações Específicas

Tratamento de infecções por estreptococo beta-hemolítico: Consulte as recomendações de dosagem

“Uso em Adultos e Crianças”. Em infecções por estreptococos beta-hemolíticos (bactéria específica), o

tratamento deve ser mantido por pelo menos 10 dias.

Tratamento intra-hospitalar de doença inflamatória pélvica: em doença inflamatória pélvica (DIP),

infecção ou inflamação dos órgãos presentes na região inferior do abdome (útero, trompas, ovário), o

tratamento deve ser iniciado com 900 mg de fosfato de clindamicina, por via endovenosa a cada 8 horas. O

tratamento EV deve ser continuado por pelo menos 4 dias e por pelo menos 48 horas após a recuperação da

paciente.

Continua-se então o tratamento com fosfato de clindamicina por via oral, administrando-se 450 – 600 mg a

cada 6 horas até completar 10 – 14 dias de tratamento total.

O fosfato de clindamicina será preparado e administrado por um médico ou por um profissional de saúde

especializado.

As instruções para administração, reconstituição, diluição e infusão estão disponibilizadas na parte

destinada aos Profissionais de Saúde, pois somente um médico ou um profissional de saúde especializado

poderá preparar e administrar a medicação.

O fosfato de clindamicina em infusão, é incompatível (ou seja, não deve ser infundido junto com) com:

ampicilina sódica, fenitoína sódica, barbitúricos, aminofilina, gluconato de cálcio, sulfato de magnésio,

ceftriaxona sódica e ciprofloxacino.

Não foi demonstrada incompatibilidade com os antibióticos cefalotina, cenamicina, gentamicina, penicilina

ou carbenicilina.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Como este é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo

médico que acompanha o caso. Se você não receber uma dose deste medicamento, o médico deve redefinir

a programação do tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?

As categorias de frequência são definidas como: muito comuns (ocorre em mais de 10% dos pacientes que

utilizam este medicamento), comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este

medicamento), incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento), raras

(ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento), muito raras (ocorre em menos

de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento), desconhecidas (não podem ser estimadas a partir

dos dados disponíveis).

Foram relatadas as seguintes reações adversas:

Infecções e Infestações:

Comum: Colite pseudomembranosa (infecção do intestino por bactéria da espécie C. dificille).

Distúrbios sanguíneos e do sistema linfático:

Incomuns: eosinofilia (aumento de um tipo de células de defesa no sangue: eosinófilo).

Desconhecidas: agranulocitose (diminuição de um tipo de células de defesa no sangue: granulócitos),

leucopenia (redução de células de defesa no sangue), neutropenia (diminuição de um tipo de células de

defesa no sangue: neutrófilos), e trombocitopenia (diminuição de um tipo de células de coagulação do

sangue: plaquetas).

Distúrbios do sistema imunológico:

Desconhecidas: reações anafiláticas (reação alérgica que pode levar à incapacidade de respirar), reação com

eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) (reação adversa a medicamentos caracterizada por erupção

cutânea grave, febre, aumento de gânglios, hepatite e anormalidades nas células do sangue).

Distúrbios do sistema nervoso:

Incomum: disgeusia (alteração do paladar).

Distúrbios Cardíacos:

Incomum: parada cardiorrespiratória, hipotensão (pressão baixa).

Distúrbios vasculares:

Comum: tromboflebite (inflamação da veia).

Distúrbios gastrintestinais:

Comuns: diarreia (aumento no número e na quantidade de fezes eliminadas diariamente), dor abdominal.

Incomuns: náusea (enjoo), vômito.

Distúrbios hepatobiliares:

Comum: foram observadas anormalidades em testes de função hepática (alterações dos testes laboratoriais

que avaliam a função do fígado).

Desconhecida: icterícia (pele amarelada devido à deposição de substâncias biliares).

Distúrbios na pele ou no tecido subcutâneo:

Comum: rash maculopapular (erupções de pele).

Incomum: urticária (reação alérgica).

Raras: eritema multiforme (manchas vermelhas, bolhas e ulcerações em todo o corpo), prurido (coceira).

Desconhecidas: necrose epidérmica tóxica (descamação grave da camada superior da pele), síndrome de

Stevens-Johnson (reação alérgica grave com bolhas na pele e mucosas), dermatite esfoliativa (descamação

da pele), dermatite bolhosa (erupções da pele avermelhadas com pequenas bolhas), rash morbiliforme

(erupções da pele não elevadas e avermelhadas), infecção vaginal (inflamação vaginal), pustulose

exantemática generalizada aguda (aparecimento repentino de pústulas – pequenas bolhas com pus – sobre

região de pele avermelhada acompanhada de febre e aumento da quantidade de leucócitos – tipo de célula

branca de defesa – no sangue).

Distúrbios Gerais e condições do local de administração:

Incomum: dor e abcesso.

Desconhecida: irritação no local da injeção.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis

pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.

Bula do Fosfato de Clindamicina
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Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.