Bula do Franol para o Profissional

Bula do Franol produzido pelo laboratorio Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Franol
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO FRANOL PARA O PROFISSIONAL

FRANOL®

(teofilina + sulfato de efedrina)

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.

Comprimidos 120 mg + 15 mg

1

Esta Bula sofreu aumento de tamanho para adequação a legislação vigente ANVISA.

Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.

sulfato de efedrina

teofilina

APRESENTAÇÃO

Comprimidos 15 mg + 120 mg: embalagem com 20.

USO ORAL. USO ADULTO E PEDIÁTRICO.

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido contém 15 mg de sulfato de efedrina (equivalente a 11,9 mg de efedrina) e 120 mg de teofilina.

Excipientes: talco, ácido esteárico, estearato de magnésio e amido de milho.

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é destinado ao uso, tanto supressivo quanto terapêutico, como broncodilatador na asma brônquica e no

broncoespasmo reversível que pode ocorrer na bronquite e no enfisema (doença pulmonar obstrutiva crônica).

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A efedrina demonstrou, em diversos estudos, ter uma atividade broncodilatadora mensurada através do aumento das taxas

do pico expiratório de fluxo e redução da resistência brônquica. (Price, 2009; Sill, 1976; Badiei, 1975; Geumei et al, 1975;

Weinberger & Bronsky, 1974a; Whitcomb & Rubinstein, 1973; Muittari & Mattila, 1971; Muittari, 1969).

A efedrina em combinação com a teofilina também é relatada como efetiva em melhorar a função respiratória (Whitcomb

& Rubinstein, 1973; Bierman et al, 1975a; Taylor, 1965), apesar do fato de alguns dados indicarem que estas combinações

resultam em uma maior incidência de efeitos colaterais gastrointestinais e do sistema nervoso central em maior número do

que ocorre com o uso de cada uma destas drogas isoladamente (Weinberger et al, 1975a). Devido a disponibilidade de

agentes mais efetivos, com menor número de efeitos colaterais, tem decrescido o uso da efedrina no tratamento da asma.

Efedrina comparada com terbutalina:

Dois estudos de comparação entre efedrina e terbutalina, indicaram que a terbutalina produz uma melhora precoce nos

sintomas da asma e tem uma duração maior dos seus efeitos quando utilizada nas doses de 5 mg do que 25 mg de

efedrina.(Dulfano & Glass, 1973; Tashkin et al, 1975).

A terbutalina 2,5 mg 3 a 4xx/dia foi comparada à efedrina, 25 mg 3 a 4xx/dia em 32 crianças, em um estudo clínico duplo-

cego sem crossover. Ambas as drogas resultaram em aumentos significativos do volume expiratório final (VEF), ao longo

das 12 semanas do estudo; os resultados não foram significativamente diferentes entre as drogas. Não ocorreu taquifilaxia.

Ambos os tratamentos resultaram, em média, no aumento da freqüência cardíaca, cerca de 8 a 10 bpm, 2 horas após a

administração do medicamento. Não foram observadas alterações no eletrocardiograma (ECG) ou nos exames laboratoriais

(Manaligod et al, 1979).

Efedrina comparada com pseudoefedrina, na indicação de broncoespasmo/asma: a pseudoefedrina é um dextroisômero da

efedrina e apresenta aproximadamente ¼ da potência de um agente vasopressor. Nas doses, com efeito, pressor

eqüipotentes, o efeito broncodilatador da pseudoefedrina é menor que ½ do efeito da efedrina (Drew et al, 1978).

Efedrina comparada com fenoterol:

Fenoterol demonstrou resposta superior à efedrina nos estudos dose resposta controlados e nos estudos crônicos de longo

prazo (Steen et al, 1977; Gross, 1978; Simi & Miller, 1977; Bewtra et al, 1977; VanArsdel et al, 1978; Plummer, 1978).

O fenoterol 10 mg administrado oralmente, 3 a 4 vezes, diariamente, foi comparado a efedrina em um estudo controlado, na

dose de 24 mg 3 a 4 vezes/diariamente administrados a 28 asmáticos (Simi & Miller, 1977). Os pacientes foram divididos

em 2 grupos paralelos e monitorados com testes de função pulmonar durante o período de 90 dias do estudo. Fenoterol

demonstrou ser superior a efedrina como um broncodilatador. Efeitos adversos, incluindo tremor moderado e nervosismo,

foram reportados com freqüência e severidade semelhante para ambos os grupos de tratamento, mas a taquicardia e o

tremor pareceram ser mais proeminentes nos pacientes tratados com fenoterol (Bewtra et al, 1977; VanArsdel et al, 1978).

Fenoterol oral, 7,5 mg, foi superior a efedrina oral 24 mg em um estudo controlado, dose única, comparativo envolvendo

16 crianças com asma (McLaughlin et al, 1982). Todos os pacientes receberam fenoterol nas doses de 2,5 mg, 5 mg, e 7,5

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mg ou efedrina 24 mg e placebo em dias separados. Os testes espirométricos foram realizados antes da administração da

droga e a cada 6 hs, após a dose inicial. Os testes demonstraram diferença estatisticamente significante na força do VEF no

1° segundo (VEF-1) e na taxa de fluxo expiratório intermediário para o grupo com fenoterol 7,5 mg. Foi relatada

taquicardia no grupo com as maiores doses de fenoterol (5 e 7,5 mg), em 7 dos 16 pacientes e foi reportado tremor em 5

dos 16 pacientes, comparado a 1 paciente reportando taquicardia em seguida do uso de efedrina. Menores queixas foram:

náusea em 2 pacientes e vômito em 1 paciente com as maiores doses de fenoterol. Os autores concluíram que fenoterol é

um potente broncodilatador para crianças asmáticas, com pico de início de ação de 2 horas e duração de 6 horas.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

A fórmula de FRANOL contém teofilina e efedrina em quantidades necessárias para tornar o medicamento eficaz no

controle do broncoespasmo. A teofilina, uma metilxantina, relaxa diretamente a musculatura lisa dos brônquios e dos vasos

pulmonares. Suas ações podem ser mediadas pela inibição da fosfodiesterase com o consequente aumento do AMP-cíclico

intracelular e relaxamento muscular.

A efedrina é um agente simpaticomimético não pertencente ao grupo das catecolaminas, com efeitos direto e indireto nos

receptores adrenérgicos. Ela possui atividade alfa e beta-adrenérgica. Em doses terapêuticas a efedrina causa

broncodilatação. Suas ações são prolongadas e incluem inibição da liberação do mediador químico e redução da congestão

e do edema.

A teofilina é rápida e prontamente absorvida após administração oral, retal ou parenteral. Os picos de concentração sérica

aparecem 1-2 horas após ingestão de doses orais. Cerca de 60% da droga liga-se a proteínas plasmáticas. A teofilina é

excretada na urina, após metabolismo hepático.

A efedrina é pronta e completamente absorvida no trato gastrintestinal. É excretada inalterada na urina. A meia-vida

plasmática é de 3-6 horas.

4. CONTRAINDICAÇÕES

FRANOL está contraindicado para pacientes sensíveis aos componentes da fórmula. FRANOL não deve ser administrado

aos pacientes com angina instável, arritmia cardíaca, hipertensão severa, doença arterial coronariana severa, porfiria,

hipertireoidismo, nem àqueles pacientes que fazem uso de xantinas.

FRANOL não deve ser usado durante a gestação e lactação.

Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

médica.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

FRANOL deve ser evitado ou usado com especial cuidado nos pacientes com feocromocitoma, hipertireoidismo, agitação,

glaucoma de ângulo fechado, hipertrofia prostática e úlcera péptica, assim como nos pacientes que tenham tomado

inibidores de MAO nos últimos 14 dias. Cuidado especial é também necessário nos idosos (acima de 65 anos de idade),

assim como naqueles pacientes portadores de disfunções hepática, renal ou cardíaca, uma vez que o “clearance” da teofilina

ou da adrenalina pode estar reduzido nestes grupos.

O “clearance” da teofilina pode aumentar nos fumantes habituais e diminuir nos pacientes com infecções respiratórias ou

naqueles que estejam recebendo dietas hipercalórica ou hipoproteica. A dose de FRANOL poderá necessitar de ajuste

nestes grupos.

Gravidez e lactação

Não foram realizados estudos teratogênicos em animais nem com a teofilina, nem com a efedrina. A segurança destas duas

drogas, que passam pela barreira placentária, não foi estabelecida na gestação humana.

Teofilina e efedrina passam para o leite materno; por esta razão o FRANOL não deve ser administrado a mulheres que

estejam amamentando.

Populações especiais

Pacientes idosos

O uso de FRANOL em pacientes idosos mais sensíveis aos medicamentos, em especial à ação de xantinas, deve ser

cuidadosamente acompanhado.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Medicamento-medicamento:

O efeito broncodilatador da teofilina ou das xantinas é cumulativo. O uso concomitante de outros produtos contendo

xantina deve ser evitado.

Alopurinol, propranolol, cimetidina, eritromicina e outros macrolídeos aumentam a meia-vida sérica da teofilina e uma

redução da dose poderá ser necessária.

3

Carbamazepina, fenitoína e rifampicina aumentam o “clearance” da teofilina. O uso simultâneo com anticoncepcionais

pode alterar a eficácia dos anticoncepcionais.

Medicamento-substância química:

FRANOL não deve ser ingerido juntamente com bebidas alcoólicas.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

FRANOL deve ser mantido em sua embalagem original. Evitar calor excessivo (temperatura superior a 40 º C), proteger da

luz e umidade.

Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

Comprimido branco, redondo e biconvexo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

O comprimido de FRANOL deve ser ingerido com quantidade suficiente de água para permitir a correta deglutição.

Uso adulto:

A dose varia com a necessidade de cada paciente devendo ser ajustada caso a caso. A dose usual para adultos é de 3

comprimidos diários.

Para pacientes que sofram de crises noturnas, é recomendado um comprimido a mais, ao deitar. A dose deve ser ajustada

para os pacientes idosos. Caso sejam necessários mais de 4 comprimidos ao dia, os níveis plasmáticos de teofilina devem

ser monitorados para assegurar que sejam mantidos abaixo de 20 mcg/mL.

Uso em crianças:

Metade ou a terça parte da dose para adulto, ou outra posologia a critério médico.

Não há estudos dos efeitos de FRANOL administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a

eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.

Este medicamento não deve ser mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Reação muito comum (> 1/10).

Reação comum (> 1/100 e ≤ 1/10).

Reação incomum (> 1/1.000 e ≤ 1/100).

Reação rara (> 1/10.000 e ≤ 1/1.000).

Reação muito rara (≤ 1/10.000).

Reações adversas com FRANOL são leves, não necessitando de tratamento. Doses excessivas podem causar arritmia,

taquicardia, palpitação, rubor, vertigem, dor de cabeça, tremor, ansiedade, agitação, insônia, fraqueza, náusea, vômito,

dispepsia, sede, aumento da sudorese e dificuldade de micção. Alguns pacientes podem apresentar um ou mais destes

sintomas mesmo com a dose terapêutica.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível

em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Os sintomas de superdosagem incluem irritabilidade excessiva, transpiração, náusea e vômito, taquicardia, arritmia e

hipertensão, aumento da diurese com febre, hiperglicemia, opistótono, alucinações, convulsões e dificuldade respiratória. O

tratamento da superdosagem inclui terapia de suporte e sintomática, podendo incluir também testes para identificação do

nível plasmático de teofilina, monitoração cardíaca e manutenção do balanço hidroeletrolítico. Aspiração e lavagem

gástrica poderão ser utilizadas. Estimulação do SNC pode ser controlada com diazepam I.V.; alucinações, com

clorpromazina; hipertensão poderá demandar o uso de um bloqueador alfa-adrenorreceptor, e um bloqueador beta-

adrenérgico poderá ser necessário para controlar a arritmia.

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Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.

MS 1.1300.1060

Farm. Resp.: Silvia Regina Brollo

CRF-SP n° 9.815

Registrado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.

Av. Mj. Sylvio de M. Padilha, 5200 – São Paulo – SP

CNPJ 02.685.377/0001-57

Fabricado por:

Rua Conde Domingos Papaiz, 413 – Suzano – SP

CNPJ 02.685.377/0008-23

Indústria Brasileira

®

Marca Registrada

IB310506E

Anexo B

Histórico de Alteração para a Bula

Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas

Data do

expediente

No.

Assunto Data do

Assunto Data da

aprovação

Itens de bula Versões

(VP/VPS)

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Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.