Bula do Gelafundin para o Profissional

Bula do Gelafundin produzido pelo laboratorio Laboratórios b. Braun S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Gelafundin
Laboratórios b. Braun S/a - Profissional

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BULA COMPLETA DO GELAFUNDIN PARA O PROFISSIONAL

B|BRAUN Gelafundin®

succinilgelatina

Modelo de Bula do Profissional de Saúde

Gelafundin®

Laboratórios B. Braun S.A.

Solução Injetável

succinilgelatina 4,0g

APRESENTAÇÕES

Frasco ampola plástico transparente sistema fechado – embalagem contendo: 10 unidades de 500 mL por caixa.

é uma solução de gelatina succinilada 4%, estéril e apirogênica para infusão intravenosa.

Via de Administração:

VIA INTRAVENOSA

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada 100 mL da solução contém:

succinilgelatina (= gelatina fluida modificada) 4,0 g

cloreto de sódio* 0,7 g

hidróxido de sódio* 0,136 g

água para injetáveis* q.s.p. 100 mL

(*) excipientes

Conteúdo eletrolítico:

sódio (Na+

) 154 mmol/L

cloreto (Cl–

) 120 mmol/L

Osmolaridade teórica: 274 mOsmol/L

pH: 7,1 – 7,7

Peso molecular médio (Mw): 30.000 Daltons

Ponto de gelificação: < 3 ºC

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Gelafundin®

é indicado como substituto coloidal do volume plasmático nas seguintes situações:

• Profilaxia e tratamento de hipovolemia absoluta e relativa (ex.: choque seguido por hemorragia ou trauma, por

perdas sanguíneas perioperatórias, queimaduras, sepsis)

• Profilaxia da hipotensão (ex.: associada com a indução de uma anestesia epidural ou espinhal);

• Hemodiluição

• Circulação extra-corpórea (máquina: coração/pulmão, hemodiálise)

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Eficácia de succinilgelatina foi demonstrada nos seguintes estudos:

“Succinylated gelatin as a plasma substitute.” ( H.R. STOLL, H NITSCHMANN; 1969); “Comparative study of

the efficacy and tolerability of two plasma substitutes used as replacement fluids during plasma exchanges.” (D.

BOMBAILGIRARD, H. BOULECHFAR , M. TANGREM, N. LANDILLON; 1990); “Synthetic plasma

volume expanders-their pharmacology, safety and clinical efficacy.” (J.M. MISHLER; 1984); “Plasma volume

expansion. ”(J. F. BARON; 1992)

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Gelafundin®

é uma solução injetável, isotônica e isoosmótica de pH ± 7,4 que contém 40,0g de succinilgelatina

por litro e que é utilizada como substituto do plasma para reposição vascular.

B|BRAUN Gelafundin®

succinilgelatina

Modelo de Bula do Profissional de Saúde

Em caso de perda sanguínea ou de diminuição do efeito hemodinâmico por supressão do tônus vascular em

quadros de choque normovolêmico, Gelafundin®

permite aumentar a massa sanguínea circulante e manter a

pressão oncótica (inferior a reserva de uso de cardiotônicos no choque vasopléjico).

Este produto é utilizado no tratamento e na prevenção dos quadros de choque hipovolêmico absoluto: choque

hemorrágico, choque por queimaduras, choque por desidratação grave, assim como em outros estados de choque

do tipo hipovolêmico relativo: choque séptico.

- Gelafundin®

garante uma correção rápida da hipovolemia sem modificar o processo fisiológico de restauração

endógena da massa sanguínea.

- Durante a fase de indução da anestesia espinhal ou epidural previne a hipotensão.

- Evita qualquer risco de hemorragia secundária a sua administração.

- Para perdas de sangue de 10 a 20% do volume sanguíneo total, pode-se utilizar somente o Gelafundin®

, não

havendo necessidade de transfusão de sangue.

- Disponibiliza tempo ao paciente, até que seja providenciado o grupo sanguíneo do paciente. Pode substituir o

sangue do grupo O Rh–

nas transfusões iniciais de urgência. É uma medida de eleição no tratamento inicial de

pacientes em estado de choque durante sua remoção.

- Para o abastecimento de máquinas cardiopulmonares ou de aparatos de hemodiálise (priming).

- Para substituição do volume de sangue.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Gelafundin®

é contraindicado em casos de:

• Hipersensibilidade conhecida a gelatina

• Hipervolemia

• Hiperidratação

• Insuficiência cardíaca grave

• Pacientes digitalizados

• Distúrbio grave da coagulação sanguínea

Categoria de risco na gravidez: categoria C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-

dentista

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Advertências

Deve-se repor os eletrólitos a medida que for necessário.

Gelafundin®

deve ser administrado com muito cuidado nos casos:

- Hipernatremia, desde que o sódio adicional seja administrado com Gelafundin®

.

- Estados de desidratação, neste caso é necessário primeiramente fazer correção do balanço hídrico.

- Distúrbios da coagulação sanguínea, pois a administração do produto leva a uma diluição dos fatores de

coagulação.

- Insuficiência renal, pois a via de excreção normal poderia estar afetada.

- Hepatopatia crônica, pois neste caso a síntese de albumina e dos fatores de coagulação podem ser afetados e a

administração do produto leva a uma posterior diluição.

Precauções

É necessário monitorar o ionograma sérico e o balanço de líquidos nos casos de hipernatremia, estados de

desidratação e insuficiência renal.

Nos casos de distúrbio da coagulação sanguínea e hepatopatia crônica, os parâmetros de coagulação e albumina

sérica devem ser monitorados.

como outros substitutos plasmáticos, podem produzir reações anafiláticas de severidade variável.

Com objetivo de se detectar a aparição de reações anafiláticas, deve-se observar o paciente atentamente durante

a infusão e particularmente durante a administração dos primeiros 20-30 mL.

A infusão deve ser imediatamente interrompida quando surgir o primeiro indício de efeito colateral.

Equipamentos e medicamentos de reanimação devem sempre estar disponíveis.

Não se conhece nenhum teste que identifique antecipadamente os pacientes que possam ter reações anafiláticas

ou anafilactóides.

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succinilgelatina

Modelo de Bula do Profissional de Saúde

Não é possível prognosticar o curso de uma reação de intolerância.

Reações alérgicas (anafiláticas/anafilactóides) à solução de gelatina pode ser medida tanto pela histamina como

independente dela. A liberação de histamina pode ser inibida profilaticamente com bloqueadores H1 e H2.

A administração profilática de corticosteróide não mostrou ser útil.

Reações adversas podem ocorrer tanto em pacientes conscientes quanto em pacientes anestesiados, embora na

fase aguda do choque hipovolêmico não tenham sido observadas até agora reações alérgicas

anafiláticas/anafilactóides).

Efeitos sobre os parâmetros clínico-químicos:

Os parâmetros clínico-químicos podem ser afetados. Os resultados laboratoriais dos seguintes itens podem ser

elevados: taxa de sedimentação sanguínea, peso específico da urina e determinação inespecífica de proteínas.

Não há experiência comprovada referente a administração a menores de 1 ano.

Gravidez e Lactação

Não há indícios de efeito embriotóxico para Gelafundin®

. Porém, a possibilidade de uma reação alérgica

(anafilática/anafilactóide), não deve ser descartada. Só se deve efetuar a administração durante a gravidez após

avaliação crítica dos riscos e benefícios.

Não existe até o momento informação referente a passagem de Gelafundin®

para o leite materno.

Categoria de risco na gravidez: categoria C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Incompatibilidades podem ocorrer com a mistura de outros medicamentos.

As soluções de glicose e eletrólitos podem ser administradas junto com Gelafundin®

.

Gelafundin®

é incompatível com as emulsões lipídicas.

tem baixo conteúdo de cálcio (máximo 0,4 mmol/L), portanto não causará coagulação do sangue

ou plasma, permitindo a administração simultânea de sangue através do mesmo equipo de infusão.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar abaixo de 25 ºC. Não congelar.

Não usar se houver turvação, depósito ou violação do recipiente.

Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação, desde que, a embalagem original esteja integra.

Após perfuração do recipiente, o produto deve ser utilizado dentro de 24 horas.

Número de lote e data de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Posologia:

A dosagem, velocidade de infusão e duração da administração dependem das necessidades individuais de cada

paciente e deve ser ajustada em função dos requisitos usuais mediante vigilância dos parâmetros principais da

circulação (ex.: pressão arterial).

A fim de se identificar o quanto antes uma reação alérgica (anafilática/ anafilactóide), a infusão dos primeiros

20 – 30 mL deve ser feita lentamente com o paciente sendo observado atentamente.

As seguintes recomendações posológicas abaixo, devem se aplicadas para adultos.

- Na profilaxia da hipovolemia e hipotensão. Tratamento de hipovolemia leve (ex.: perdas leves de sangue e

plasma)

- Dose média: 500 – 1000 mL

- Tratamento da hipovolemia grave, em situações de emergência com risco de vida

- Dose média: infusão rápida de 500 mL (a baixa pressão), e depois da melhora dos parâmetros da circulação,

deve-se mensurar o volume de infusão conforme o déficit de volume.

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succinilgelatina

Modelo de Bula do Profissional de Saúde

- Hemodiluição (isovolêmica)

- Dose média: a administração de Gelafundin®

corresponde ao volume de sangue extraído. No entanto, a

administração não deve exceder 20 mL/Kg peso corporal/dia.

- Circulação extracorpórea

- Dose média: depende do sistema circulatório utilizado, mas usualmente administra-se 500 a 1500 mL.

- Aumento do número de leucócitos na leucoferese

- Dose média: 500 – 1000 mL por leucoferese

- Em caso de pacientes com distúrbios na coagulação, insuficiência renal e hepatopatias crônicas é recomendado

um ajuste da dosagem conforme o estado clínico do paciente, considerando os resultados dos testes clínico-

químicos.

Dose diária máxima:

- O limite terapêutico é estabelecido pelo efeito de diluição. A substituição eritrocitária ou a administração de

sangue deve ser considerada quando o hematócrito diminuir abaixo de 25% (30% nos casos de pacientes com

riscos cardiovasculares ou pulmonar).

- Taxa de infusão máxima:

- A taxa de infusão máxima depende em particular da situação cardiocirculatória.

- Nota:

- Gelafundin®

deve estar na temperatura corporal se for administrado mediante infusão sob pressão (manguito

de pressão, bomba de infusão)

Pacientes Idosos

Não há uma dose diferenciada da recomendada para adultos, porém deve-se obsevar as necessidades individuais

de cada paciente.

Em caso de pacientes com distúrbios na coagulação, insuficiência renal e hepatopatias crônicas é recomendado

Modo de Usar:

Via de administração intravenosa.

A solução deve ser aquecida à temperatura corporal antes da infusão.

Quando administrar Gelafundin®

por infusão sob pressão (por exemplo, pressão do manguito ou bomba de

infusão), todo ar deve ser removido dos recipientes e do equipo de infusão antes da solução ser administrada.

Risco de uso por via de administração não recomendada

Não há estudos dos efeitos de Gelafundin®

(succinilgelatina) administrado por vias não recomendadas.

Portanto, para segurança e eficácia deste medicamento, a administração deve ser realizada somente por via

intravenosa.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Podem ocorrer reações alérgicas (anafiláticas ou anafilactóides) de intensidade variáveis com a infusão de

Gelafundin®

, como: reações cutâneas (urticárias), podendo resultar em rubor facial ou da nuca. Em casos

isolados, pode haver diminuição da pressão arterial, choque ou parada cardíaca ou respiratória.

Nos casos de reações adversas deve-se interromper a infusão. O tratamento depende da natureza e gravidade do

efeito adverso, assim caso necessário orienta-se as seguintes medidas terapêuticas:

Reações leves: administrar corticostaróides e anti-histamínicos

Reações graves: epinefrina, infusão IV lenta. Em caso de broncoconstricção grave administrar Teofilina IV.

Aporte de oxigênio e repor o volume (albumina humana)

Efeitos sobre os parâmetros clínico-químicos:

Os parâmetros clínico-químicos podem ser afetados. Os resultados laboratoriais dos seguintes itens podem ser

elevados: taxa de sedimentação sanguínea, peso específico da urina e determinação inespecífica de proteínas.

Tratamento de emergência de reações anafilactóides seguem esquemas estabelecidos, dependendo da

gravidade da reação.

Não pode ser previsto por qualquer procedimento que pacientes são suscetíveis à experiência de reações

anafilactóides, nem é possível prever o curso e a gravidade de qualquer reação.

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succinilgelatina

Modelo de Bula do Profissional de Saúde

Reações anafilactóides causadas por soluções de gelatina podem também ser mediadas por histamina ou

histamina independente. Liberação de histamina pode ser evitada pelo uso de uma combinação de bloqueadores

de receptor H1 e H2. Administração profilática de corticosteróides não tem eficácia comprovada.

Reações adversas podem ocorrer em pacientes conscientes e anestesiados. Na fase aguda de deficiência de

volume choque de reação anafilactóide nunca foi relatado.

Vide tabela de tratamento abaixo.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,

disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

A superdosagem com soluções de substituição do volume plasmático pode ocasionar uma hipervolemia com

consecutivo dano às funções cardíacas e pulmonares.

Se houver manifestação de sintomas de sobrecarga circulatória como: dispnéia, congestão da veia jugular, a

infusão deve ser interrompida imediatamente.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.