Bula do Imuran para o Profissional

Bula do Imuran produzido pelo laboratorio Aspen Pharma Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Imuran
Aspen Pharma Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO IMURAN PARA O PROFISSIONAL

IMURAN®

comprimidos

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I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO

(azatioprina) apresentado em:

Caixa contendo blísteres com 50 e 100 comprimidos revestidos de 50mg.

USO ORAL

USO ADULTO E USO PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém:

azatioprina ......................................................................................................................... 50 mg

excipientes (lactose, amido de milho, amido pré-gelatinizado, ácido esteárico, estearato de magnésio,

hipromelose, macrogol e água purificada) ........................................................q.s.p. 1 comprimido

II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

IMURAN®

é usado como antimetabólito imunossupressor isolado ou, com mais frequência, em combinação

com outros agentes (normalmente corticosteroides), em procedimentos que influenciam a resposta

imunológica. O efeito terapêutico pode ser evidente apenas após semanas ou meses, assim como pode

compreender um efeito poupador de esteroide, reduzindo, dessa forma, a toxicidade associada com altas doses

e o uso prolongado de corticosteroides.

, em combinação com corticosteroides e/ou outros agentes ou em procedimentos

imunossupressores, é indicado no controle de pacientes submetidos a transplantes de órgãos, como transplante

renal, cardíaco ou hepático, e na redução da quantidade de corticosteroides necessária aos pacientes que

receberam transplante renal.

, isolado ou mais comumente em combinação com corticosteroides e/ou em outros procedimentos,

tem sido usado com benefício clínico (que pode abranger redução de dose e/ou descontinuação do uso de

corticosteroides) para certo número de pacientes com as seguintes patologias:

- artrite reumatoide grave;

- lúpus eritematoso sistêmico;

- dermatomiosite/polimiosite;

- hepatite crônica ativa autoimune;

- pênfigo vulgar;

- poliarterite nodosa;

- anemia hemolítica autoimune;

- púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) refratária crônica.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Resultados do estudo mostram que sessenta pacientes (83 %) permaneceram em remissão ao receber o

azatioprina, isolada, para uma média de 67 meses (variação 12-128). Das 48 biópsias de fígado de

acompanhamento em 42 pacientes, 45 mostraram a doença inativa ou mínima, e 3 mostraram doença

moderada (2, após um ano de terapia e 1 depois de oito anos). O efeito adverso mais comum foi artralgia (em

38 pacientes). Em um grupo que utilizou maior dose de azatioprina, quatro pacientes apresentaram

mielossupressão, definida como uma diminuição nos leucócitos e plaquetas para menos de 4000 e 150 mil por

milímetro cúbico, respectivamente. Dois destes pacientes (ambos com pancitopenia) apresentaram recaida

quando a azatioprina foi retirada, nos outros dois, a remissão foi mantida com a reintrodução de prednisona.

Desenvolveu-se linfopenia em 32 dos 56 pacientes tratados com 2 mg de azatioprina / kg / dia por mais de

dois anos. Durante a fase de acompanhamento, nove pacientes evoluíram à óbito: um por insuficiência

hepática e oito de causas não diretamente relacionadas à doença hepática. Conclui-se, então, que muitos

pacientes com hepatite autoimune que tenham estado em remissão completa por pelo menos um ano com a

prednisona e azatioprina podem permanecer em remissão através da administração de uma maior dose de

azatioprina, isolada. [1]

Em outro estudo, foi feita uma revisão de literatura, indicando que a remissão é uma normalização completa

de todos os parâmetros inflamatórios incluindo histologia. Isto é, de fato, o objetivo de todos os regimes de

tratamento e que garante o melhor prognóstico. A remissão pode ser sustentada com monoterapia com

IMURAN®

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azatioprina de 2 mg/kg. A remissão pode ser alcançada em 65 de 75% dos pacientes após 24 meses de

tratamento. [2]

[1] Johnson PJ, McFarlane IG, Williams R.Azathioprine for long-term maintenance of remission in

autoimmune hepatitis.N Engl J Med. 1995 Oct 12;333(15):958-63.

[2] Strassburg CP, Manns MP, Treatment of Autoimmune Hepatitis.Semin Liver Dis 2009;293273–285.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

A azatioprina é um derivado imidazólico da mercaptopurina. Não se definiu claramente a atividade do radical

metilnitroimidazol, um metabólito da azatioprina. Todavia, em vários sistemas, ele parece modificar a

atividade desse fármaco em comparação com a molécula de mercaptopurina.

As concentrações plasmáticas da azatioprina e da mercaptopurina não estão bem correlacionadas com a

eficácia terapêutica e a toxicidade da azatioprina e, portanto, não têm valor prognóstico.

Embora os mecanismos precisos de ação ainda não tenham sido elucidados, alguns desses mecanismos

sugeridos incluem:

- liberação da mercaptopurina, que age como antimetabólito da purina;

- possível bloqueio de grupos SH por alquilação;

- inibição de diversas vias na biossíntese de ácidos nucleicos, o que impede a proliferação de células

envolvidas na determinação e na ampliação da resposta imunológica;

- dano ao ácido desoxirribonucleico (DNA) pela incorporação de tioanálogos da purina.

Devido a esses mecanismos, o efeito terapêutico de IMURAN®

pode tornar-se evidente apenas após semanas

ou meses de tratamento.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

Na administração oral, a azatioprina é bem absorvida no trato gastrintestinal superior.

Distribuição

Estudos em camundongos com a 35S-azatioprina não mostraram concentrações anormalmente elevadas em

nenhum tecido em particular; entretanto, uma pequena concentração de 35S foi encontrada no cérebro.

Os nucleotídeos formados pela metabolização da azatioprina não atravessam as membranas celulares e, por

essa razão, não circulam nos fluidos corporais.

Metabolismo

A azatioprina é rapidamente metabolizada in vivo, gerando mercaptopurina e um radical de

metilnitroimidazol. A molécula de mercaptopurina cruza prontamente as membranas celulares e se converte

intracelularmente em uma série de tioanálogos da purina, que incluem seu principal nucleotídeo ativo, o ácido

tioinosínico. A taxa de conversão varia de um indivíduo para outro. A oxidação da mercaptopurina ao

metabólito inativo, o ácido tiúrico, é catalisada pela xantina oxidase, enzima inibida pelo alopurinol.

Eliminação

A mercaptopurina é eliminada principalmente como metabólito oxidado inativo, na forma de ácido tiúrico,

independentemente de ser administrada de forma direta ou de ser derivada in vivo da azatioprina.

4. CONTRAINDICAÇÕES

IMURAN®

é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida à azatioprina ou a qualquer

outro componente da fórmula. A hipersensibilidade à mercaptopurina deve alertar o médico quanto à provável

hipersensibilidade a IMURAN®

.

Gravidez e lactação

não deve ser administrado a pacientes grávidas, ou que pretendam engravidar, a não ser que os

benefícios se sobreponham aos riscos. A evidência de teratogenicidade de IMURAN®

é duvidosa. Assim

como em todas as quimioterapias citotóxicas, deve-se adotar medidas contraceptivas adequadas quando um

dos parceiros recebe IMURAN®

A mercaptopurina tem sido identificada no colostro e no leite de mães tratadas com azatioprina.

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Categoria D de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe

imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que

acompanham pacientes sob imunossupressão devem estar alertas à possibilidade de surgimento de

doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico precoce e tratamento.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Existem riscos potenciais no uso de IMURAN®

, que deve ser prescrito somente se houver possibilidade de

controlar adequadamente seus efeitos tóxicos sobre o paciente durante todo o período de tratamento.

Durante as oito primeiras semanas de tratamento, se forem usadas doses altas da medicação ou se houver

manifestação de distúrbios renais e/ou hepáticos graves, deve-se realizar, semanalmente ou com maior

frequência, hemogramas completos, inclusive plaquetometria. Posteriormente, no decorrer do tratamento,

pode-se reduzir a frequência dos hemogramas, mas se recomenda a repetição mensal ou no mínimo trimestral

desses exames.

Deve-se instruir os pacientes em tratamento com IMURAN®

a relatar imediatamente toda evidência de

infecção, contusão ou sangramento inesperados ou quaisquer outras eventuais manifestações de depressão da

medula óssea.

Há indivíduos com deficiência hereditária da enzima tiopurina metiltransferase (TPMT) que, em geral, podem

ser mais sensíveis ao efeito mielossupressor da azatioprina e, desse modo, demonstram predisposição ao

desenvolvimento rápido de depressão da medula óssea após o início do tratamento com IMURAN®

. Esse

problema poderia agravar-se pela coadministração de drogas que inibem a TPMT, como olsalazina,

mesalazina ou sulfassalazina. Relatou-se a possibilidade de haver relação entre a diminuição da atividade da

TPMT e a existência de leucemias secundárias e de mielodisplasia em indivíduos que recebem

mercaptopurina (metabólito ativo da azatioprina) em combinação com outros agentes citotóxicos (ver a seção

Reações Adversas). Alguns laboratórios oferecem testes de deficiência de TPMT, que, entretanto, não se

mostram eficientes na identificação de todos os pacientes sob risco de toxicidade grave. Dessa forma, é

necessário efetuar monitoramento constante e hemogramas contínuos.

Pacientes com insuficiência renal

Há sugestões de que a toxicidade de IMURAN®

pode aumentar com a presença de insuficiência renal, mas

estudos controlados não confirmaram essa possibilidade.

Todavia, recomenda-se reduzir as dosagens usadas ao limite mínimo da faixa de doses terapêuticas e

monitorar cuidadosamente a resposta hematológica. As dosagens devem ser reduzidas novamente caso ocorra

toxicidade hematológica.

Pacientes com insuficiência hepática

É necessário ter cuidado durante a administração de IMURAN®

a pacientes com disfunção hepática. Deve-se

realizar regularmente hemogramas completos e testes de função hepática. Nesses pacientes, o metabolismo de

IMURAN®

pode ser prejudicado e sua dosagem deve, portanto, reduzir-se ao limite mínimo da faixa de doses

terapêuticas. A dosagem deve ser novamente reduzida caso ocorra toxicidade hepática ou hematológica.

Evidências limitadas sugerem que IMURAN®

não é benéfico para os pacientes com deficiência de

hipoxantina-guanina fosforribosiltransferase (HGFRT), ou síndrome de Lesch-Nyhan. Portanto, devido ao

metabolismo anormal desses pacientes, não é prudente prescrever IMURAN®

.

Infecção pelo vírus da varicela-zóster

A infecção pelo vírus da varicela-zóster (VZV) pode ser grave durante a administração de agentes

imunossupressores.

Antes de iniciar a administração de imunossupressores, o médico deve checar se o paciente tem histórico de

infecção por varicela-zóster. Testes sorológicos podem ser úteis para determinar a existência de exposição

anterior. Pacientes que não têm histórico de exposição ao vírus devem evitar contato com indivíduos que

apresentam varicela-zóster ou herpes-zóster. Se o paciente for exposto ao VZV, deve-se tomar cuidados

especiais para evitar que desenvolva varicela-zóster ou herpes-zóster, além de considerar a imunização

passiva com imunoglobulina de varicela-zóster (VZIG).

Se o paciente for infectado por VZV, deve-se tomar medidas apropriadas, como terapia antiviral e outras

medidas de suporte.

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Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva (LMP)

Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP), uma infecção oportunista causada pelo vírus JC, foi

relatada em alguns pacientes que receberam azatioprina em combinação com outro agente imunossupressor.

A terapia imunossupressora deve ser suspensa ao primeiro sinal ou sintomas de LMP e adequada avaliação

médica deve ser realizada com o objetivo de estabelecer o diagnóstico.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e de operar máquinas

Não existem dados disponíveis sobre o efeito de IMURAN®

na habilidade de dirigir veículos ou operar

máquinas. Não está previsto nenhum efeito prejudicial relativo à farmacologia da droga.

Gravidez e lactação

O tratamento da insuficiência renal crônica por meio de transplante renal com a administração de IMURAN®

tem sido relacionado ao aumento da fertilidade tanto dos homens quanto das mulheres que recebem

transplante.

não deve ser administrado a pacientes grávidas ou que pretendem engravidar, a não ser que os

benefícios se sobreponham aos riscos.

A azatioprina e seus metabólitos têm sido encontrados, em baixas concentrações, no sangue fetal e no fluido

amniótico após a administração de IMURAN®

à futura mãe.

Há ocorrências de leucopenia e/ou trombocitopenia em certo número de neonatos cujas mães utilizaram

durante a gravidez. Deve-se ressaltar a necessidade de cuidados adicionais no monitoramento

hematológico no período de gestação.

A mercaptopurina tem sido identificada no colostro e no leite de mães tratadas com azatioprina.

Categoria D de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe

imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Teratogenicidade, mutagenicidade e reprodução

A evidência de teratogenicidade de IMURAN®

é duvidosa. Assim como em todas as quimioterapias

citotóxicas, deve-se adotar medidas contraceptivas adequadas quando um dos parceiros recebe IMURAN®

Houve relatos de nascimentos prematuros ou de bebês que nasceram abaixo do peso após a exposição materna

a IMURAN®

, particularmente em combinação com corticosteroides. Também houve relatos de abortos

espontâneos após a exposição materna ou paterna a IMURAN®

Demonstrou-se a ocorrência de anormalidades cromossômicas em pacientes de ambos os sexos tratados com

. É difícil analisar o papel desse medicamento no desenvolvimento de tais anormalidades.

Registraram-se também anormalidades cromossômicas em linfócitos de descendentes de pacientes tratados

com IMURAN®

que, porém, desaparecem com o tempo. Exceto em casos extremamente raros, não se

observou nenhuma evidência conhecida de anormalidade física em descendentes de pacientes tratados com

A azatioprina e a radiação ultravioleta tiveram efeitos clastogênicos sinérgicos sobre pacientes que usaram

esse fármaco para tratar uma variedade de doenças.

Carcinogenicidade (ver a seção Reações Adversas)

Os pacientes que recebem tratamento imunossupressor correm risco maior de desenvolver linfomas não-

Hodgkin e outras malignidades, principalmente câncer de pele (melanoma e não melanoma), sarcoma (Kaposi

e não-Kaposi) e câncer de colo de útero in situ. O risco parece relacionar-se mais à intensidade e à duração da

imunossupressão do que ao uso de algum agente específico. Houve relatos de que a redução ou a

descontinuação da imunossupressão pode estar ligada à regressão parcial ou completa de linfomas não-

Hodgkin e sarcomas de Kaposi.

Os pacientes que recebem múltiplos agentes imunossupressores podem correr risco de imunossupressão

excessiva; portanto, deve-se manter a terapia com a dosagem mínima eficaz. Como geralmente acontece com

os pacientes sob risco maior de desenvolver câncer de pele, a exposição aos raios solares e à luz ultravioleta

deve ser evitada, assim como se recomenda o uso de roupas protetoras e de bloqueador solar com alto fator de

proteção.

Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que

acompanham pacientes sob imunossupressão devem estar alertas à possibilidade de surgimento de

doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico precoce e tratamento.

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6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Alopurinol/oxipurinol/tiopurinol

A atividade da xantina oxidase é inibida por alopurinol, oxipurinol e/ou tiopurinol, o que resulta na redução

da conversão do ácido tioinosínico, biologicamente ativo, em ácido 6-tioúrico, biologicamente inativo.

Quando se administram o alopurinol, o oxipurinol e/ou o tiopurinol concomitantemente com a

mercaptopurina ou com IMURAN®

, a dose de ambos deve ser reduzida para um quarto da original.

Agentes de bloqueio neuromuscular

IMURAN®

pode potencializar o bloqueio neuromuscular produzido por agentes despolarizantes, como a

succinilcolina, e reduzir o bloqueio produzido por agentes não despolarizantes, como a tubocurarina. Há

considerável variação da potência dessa interação.

Varfarina

Segundo relatos, o efeito anticoagulante da varfarina é inibido na administração conjunta com IMURAN®

.

Agentes citostáticos/mielossupressores

Quando possível, deve-se evitar a administração concomitante de drogas citostáticas e de drogas que possam

ter efeito mielossupressor, como a penicilamina. São conflitantes os dados clínicos sobre a interação entre

e cotrimoxazol, que poderia resultar em grave anormalidade hematológica.

Um relato sugeriu a possibilidade de ocorrência de anormalidades hematológicas com a administração

concomitante de IMURAN®

com captopril.

Sugeriu-se também que a cimetidina e a indometacina podem ter efeitos mielossupressores que talvez

aumentem com a administração concomitante com IMURAN®

Aminossalicilatos

Existem evidências in vitro de que os derivados de aminossalicilatos (por exemplo olsalazina, mesalazina e

sulfassalazina) inibem a enzima TPMT (tiopurina metiltransferase), portanto eles devem ser administrados

com cuidado a pacientes em terapia com IMURAN®

(ver a seção Advertências e Precauções).

Vacinas

A atividade imunossupressora de IMURAN®

pode resultar em resposta atípica e potencialmente deletéria a

vacinas vivas. Dessa forma, a administração de vacinas vivas a pacientes sob terapia com IMURAN®

é,

teoricamente, contraindicada.

Observou-se redução da resposta a vacinas com agentes inativos, semelhante à resposta à vacina contra

hepatite B, em alguns pacientes tratados com uma combinação de azatioprina com corticosteroides.

Um pequeno estudo clínico apontou que as doses terapêuticas habituais de IMURAN®

não afetam de forma

deletéria a resposta a vacinas polivalentes contra pneumococos, de acordo com a avaliação da concentração

média de anticorpos específicos anticapsulares.

Outras interações

Há evidências de que a furosemida pode prejudicar in vitro o metabolismo da azatioprina pelo tecido hepático

humano. A relevância clínica desse achado ainda é desconhecida.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Mantenha o medicamento na embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC), protegido da

luz. O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação, impressa na embalagem externa do

produto.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

Comprimido amarelo, revestido por filme, redondo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

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Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de usar

Uso exclusivamente oral.

Posologia

Adultos

Transplante

A posologia depende do regime imunossupressor adotado. Em geral, recomenda-se uma dose de até 5 mg por

quilo de peso corporal no primeiro dia, administrada por via oral.

A dose de manutenção pode variar entre 1 e 4 mg por quilo de peso corporal por dia, também por via oral, e

deve ser ajustada de acordo com as necessidades clínicas e com a tolerância hematológica. As evidências

disponíveis parecem indicar que o tratamento com IMURAN®

deve ser mantido indefinidamente, mesmo que

sejam necessárias apenas doses baixas, devido ao risco de rejeição ao transplante.

Outras indicações

A dose inicial, geralmente, é de 1 a 3 mg por quilo de peso corporal por dia e deve ser ajustada dentro desses

limites, conforme a resposta clínica (que pode evidenciar-se em semanas ou meses) e a tolerância

hematológica.

Quando a resposta terapêutica for evidente, deve-se considerar a redução da dose de manutenção até o nível

mais baixo compatível com a continuidade da resposta. Se não ocorrer nenhuma melhora das condições do

paciente em três meses, deve-se considerar a suspensão de IMURAN®

. A dose de manutenção necessária

pode variar de menos de 1 a 3 mg por quilo de peso corporal por dia, conforme a condição clínica do paciente

durante o tratamento e a resposta individual, o que inclui a tolerância hematológica.

Crianças: Transplantes e outras indicações.

Deve-se seguir as mesmas dosagens indicadas para adultos.

Idosos

Não existem muitos dados relativos à experiência clínica de uso de IMURAN®

em pacientes idosos. Embora

os dados disponíveis não gerem evidências de que a incidência de reações adversas em pacientes idosos seja

maior do que entre os demais pacientes tratados com IMURAN®

, recomenda-se que as dosagens usadas

sejam as menores possíveis dentro da faixa indicada.

Deve-se tomar cuidado especial ao monitorar a resposta hematológica e ao reduzir a dose de manutenção até

o mínimo necessário para obtenção da resposta clínica.

Pacientes com insuficiência renal e/ou hepática

Para os pacientes com insuficiência renal e/ou hepática, as doses devem estar no limite mínimo da faixa

recomendada (ver a seção Advertências e Precauções).

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Não existem documentações clínicas atuais sobre o efeito de IMURAN®

que possam servir como base para

determinar com precisão a frequência da ocorrência de efeitos adversos.

Os seguintes parâmetros têm sido utilizados na classificação das reações adversas:

Reações muito comuns ≥ 1/10

Reações comuns ≥ 1/100 e < 1/10

Reações incomuns ≥ 1/1.000 e < 1/100

Reações raras ≥ 1/10.000 e < 1/1.000

Reações muito raras < 1/10.000

Reações muito comuns (≥ 1/10)

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- infecções virais, fúngicas e bacterianas (inclusive infecções graves e atípicas, como varicela e herpes-zóster,

e as causadas por outros agentes infecciosos) em pacientes transplantados que recebem IMURAN®

como

monoterapia ou em combinação com outros imunossupressores, particularmente corticosteroides;

- depressão da função da medula óssea, mais frequentemente expressa como leucopenia*.

Reação comum (≥ 1/100 e < 1/10)

- trombocitopenia*.

Reações incomuns (≥ 1/1.000 e < 1/100)

- infecções virais, fúngicas e bacterianas em outros grupos de pacientes (não transplantados)

- anemia*;

- hipersensibilidade;

- pancreatite, particularmente em pacientes que receberam transplante renal e apresentam doença inflamatória

intestinal;

- colestase e deterioração das provas de função hepática.

Reações raras (≥ 1/10.000 e < 1/1.000)

- neoplasias, inclusive linfomas não-Hodgkin, câncer de pele (melanoma e não melanoma), sarcomas (Kaposi

e não-Kaposi), câncer de colo de útero in situ, leucemia mieloide aguda e mielodisplasia;

- agranulocitose, pancitopenia, anemia aplástica*;

- anemia megaloblástica, hipoplasia eritrocítica. IMURAN®

está associado a aumentos reversíveis e

dependentes de dose do volume médio corpuscular e do conteúdo de hemoglobina dos glóbulos vermelhos

- danos hepáticos potencialmente fatais, associados à administração crônica de IMURAN®

e raramente

descritos entre pacientes transplantados;

- alopecia.

Reações muito raras (< 1/10.000)

- síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica;

- pneumonite reversível;

- náusea, que pode ser aliviada com a administração dos comprimidos após as refeições;

- colite, diverticulite e perfuração do intestino (em pacientes transplantados);

- diarreia grave (em pacientes com doenças inflamatórias intestinais);

- relatos de JC vírus associado à leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP) foi relatada após o uso de

azatioprina em combinação com outros agentes imunossupressores (ver Precauções e Advertências).

* IMURAN®

pode estar associado à depressão dependente de dose, em geral reversível, da função da medula

óssea, expressa com mais frequência como leucopenia, algumas vezes como anemia e trombocitopenia e

raramente como agranulocitose, pancitopenia e anemia aplástica. Isso ocorre particularmente em pacientes

predispostos a mielotoxicidade, assim como em pacientes com deficiência da enzima tiopurina metiltranferase

(TPMT) e insuficiência renal ou hepática e em pacientes que não responderam à redução da dose de

quando em terapia concomitante com alopurinol.

Em casos de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.