Bula do Lfm-Bromexina 0,08% para o Profissional

Bula do Lfm-Bromexina 0,08% produzido pelo laboratorio Laboratório Farmacêutico da Marinha
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Lfm-Bromexina 0,08%
Laboratório Farmacêutico da Marinha - Profissional

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BULA COMPLETA DO LFM-BROMEXINA 0,08% PARA O PROFISSIONAL

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LFM-BROMEXINA

(CLORIDRATO DE BROMEXINA)

LABORATÓRIO FARMACÊUTICO DA MARINHA – LFM

XAROPE

0,8mg/mL

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LFM-BROMEXINA 0,8mg/mL

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

DCB: CLORIDRATO DE BROMEXINA

APRESENTAÇÕES

Forma Farmacêutica: Xarope de 0,8 mg/ml: frascos âmbar com 150 ml + copo-medida graduado. Cada caixa contém 50

frascos.

“USO ORAL.”

“USO ADULTO E PEDIATRICO ACIMA DE 2 ANOS.”

COMPOSIÇÃO

Xarope: Cada 1ml contém 0,8 mg de cloridrato de bromexina.

Excipientes: aroma de morango hidrossolúvel, ácido benzóico, ácido tartárico, carboximetilcelulose sódica, glicerina,

hidróxido de sódio, sorbitol, álcool etílico industrial e água purificada.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

LFM-BROMEXINA é indicado como secretolítico e expectorante no tratamento de doenças broncopulmonares agudas e

crônicas associadas a secreção mucosa anormal e transtornos do transporte mucoso.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Em estudo com seis meses de duração envolvendo 61 pacientes adultos com bronquite crônica de intensidade leve a grave,

83% (25 pacientes, incluindo 8 classificados como graves) do grupo de 30 pacientes que recebeu diariamente 24 mg de

bromexina obteve melhora subjetiva (sentiram-se melhor), contra 19% (6 pacientes) dos 31 voluntários que receberam

placebo.1

Em um estudo que avaliou a redução da viscosidade do muco em pacientes com bronquite crônica com bromexina 16 mg, três

vezes ao dia, durante 11 dias, em comparação duplo-cega com o placebo, LFM-BROMEXINA reduziu a viscosidade em 39%

(em relação ao início do estudo), enquanto o grupo placebo teve uma piora de 7% na viscosidade do muco.2

1. Christensen F; Kjer J; Ryskjaer S; Arseth-Hansen P Bromhexine in chronic bronchitis. Br Med J 4, 117 (1970)

2. Hamilton WFD; Palmer KNV; Gent M Expectorant action of bromhexine in chronic obstructive bronchitis. Br Med J 3,

260-261 (1970).

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

A bromexina é um derivado sintético do princípio ativo vegetal vasicina. Em estudos pré-clínicos, foi demonstrado um

aumento na proporção da secreção serosa brônquica. A bromexina reduz a viscosidade do muco e ativa o epitélio ciliar

(clearance mucociliar), facilitando desta maneira o transporte e a eliminação do muco.

Estudos clínicos demonstraram um efeito secretolítico e secretomotor da bromexina na região dos brônquios, o que facilita a

expectoração e alivia a tosse.

Após a administração de bromexina, ocorre um aumento da concentração de antibióticos (amoxicilina, eritromicina,

oxitetraciclina) no catarro e nas secreções broncopulmonares.

Farmacocinética

Absorção

A bromexina é rápida e completamente absorvida pelo trato gastrointestinal.

A biodisponibilidade absoluta do cloridrato de bromexina é de cerca de 26,8 ± 13,1% para LFM-BROMEXINA solução.

Aproximadamente 75 a 80% do fármaco sofre metabolismo de primeira passagem.

A administração de LFM-BROMEXINA durante as refeições acarreta aumento da concentração plasmática de bromexina.

Seu início de ação ocorre em aproximadamente 5 horas após a administração oral.

Distribuição

Após administração intravenosa, a bromexina foi rápida e extensamente distribuída através do corpo com um volume de

distribuição médio no estado de equilíbrio de até 1209 ± 206L (19L/Kg). A distribuição no tecido pulmonar (brônquico e

parenquimatoso) foi investigada após administração oral de 32 mg e 64 mg de bromexina. Duas horas após a administração de

bromexina, as concentrações nos tecidos pulmonares foram de 1,5–4,5 vezes maiores nos tecidos bronquíolo-bronquial e entre

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2,4 e 5,9 vezes maiores no parênquima pulmonar comparado às concentrações plasmáticas. A distribuição no tecido pulmonar

foi investigada após administração de formulação para uso intravenoso de 8 mg e 16 mg de bromexina. Duas horas após a

administração, as concentrações nos tecidos pulmonares foram 4,2-4,3 vezes maiores nos tecidos dos brônquios e dos

bronquíolos e entre 3,0 e 4,3 vezes maiores no parênquima pulmonar, em comparação com as concentrações plasmáticas.

95% da bromexina inalterada liga-se às proteínas plasmáticas (ligação não-restritiva).

Metabolismo

A bromexina é quase completamente metabolizada para uma variedade de metabólitos hidroxilados e ácido dibromantranílico.

Todos os metabólitos e a própria bromexina são conjugados muito provavelmente nas formas de N-glucuronídeos e O-

glucuronídeos. Não há nenhum indício fundamentado de uma modificação do padrão metabólico devido à sulfonamida,

oxitetraciclina ou eritromicina. Desse modo, interações relevantes com substratos de CYP 450 2C9 ou 3A4 são improváveis.

Eliminação

A bromexina é uma droga de elevada razão de extração (clearance após administração intravenosa na variação do fluxo de

sangue hepático, 843–1073 ml/min), resultando em grande variabilidade intra e interindividual (CV > 30%). Após

administração de bromexina marcada radioativamente, cerca de 97,4 ± 1,9% da dose foi recuperada como radioatividade na

urina, com menos de 1% como composto inalterado.

A concentração plasmática de bromexina apresenta um declínio multiexponencial. Após administração oral de doses únicas

entre 8 e 32 mg, a meia-vida terminal de eliminação variou entre 6,6 e 31,4 horas. Após administração intravenosa de 15-100

mg, a meia-vida terminal de eliminação variou entre 7,1 e 15,4 horas.

A meia-vida relevante para prever a farmacocinética de doses múltiplas é de cerca de 1 hora. Desse modo, não se observou

acumulação após administração múltipla (fator de acumulação: 1,1).

Gerais

A bromexina apresenta farmacocinética proporcional à dose na faixa de 8-32 mg após administração oral.

Após administração intravenosa, a bromexina apresenta farmacocinética proporcional à dose na faixa de 15-100 mg. Não há

dados farmacocinéticos da bromexina em idosos e pacientes com insuficiências renal e hepática.

A ampla experiência clínica não demonstrou necessidade de estudos de segurança nessas populações.

A farmacocinética da bromexina não é afetada de maneira relevante pela administração concomitante de ampicilina ou

oxitetraciclina. De acordo com a comparação de dados anteriores, não existem interações entre bromexina e eritromicina.

Também não se realizaram estudos de interações com anticoagulantes orais e digoxina. A ausência de relatos relevantes de

interação durante o longo período de comercialização da droga sugere que não existe interação potencial importante com essas

drogas.

4. CONTRAINDICAÇÕES

LFM-BROMEXINA é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade à bromexina ou aos outros componentes da

fórmula.

“Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos.”

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Muitos poucos casos de lesões graves na pele como a síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica (NET) têm

sido relatados em associação temporal com a administração de expectorantes como a bromexina. Muitos deles poderiam ser

explicados pela doença subjacente do paciente e/ou medicação concomitante. Além disto, durante a fase inicial da síndrome de

Stevens-Johnson ou NET, o paciente pode apresentar sintomas inespecíficos semelhantes ao de gripe como febre, dores no

corpo, rinite, tosse e dor de garganta. Pode ocorrer que, confundido por estes sintomas inespecíficos semelhantes ao de gripe,

seja iniciado tratamento sintomático com uso de medicação para tosse e resfriado.

Por esta razão, se aparecerem novas lesões na pele ou mucosas, como precaução o tratamento com bromexina deve ser

descontinuado e o médico consultado imediatamente.

Pacientes sendo tratados com LFM-BROMEXINA devem ser alertados de um esperado aumento no fluxo das secreções.

Nas indicações respiratórias agudas, o médico deve ser consultado se os sintomas não melhorarem, ou piorarem, ao longo do

tratamento.

LFM-BROMEXINA xarope não contém açúcar, portanto pode ser utilizado por diabéticos.

Estudos sobre os efeitos na capacidade de dirigir e operar máquinas não foram realizados com LFM-BROMEXINA.

“Este medicamento não deve ser utilizado em crianças menores de 2 anos de idade.”

Fertilidade, Gravidez e Lactação

Existem dados limitados sobre o uso de bromexina em mulheres grávidas. Os estudos em animais não indicam efeitos

prejudiciais diretos ou indiretos no que diz respeito à toxicidade reprodutiva.

Como medida preventiva, é preferível evitar o uso de LFM-BROMEXINA durante a gravidez.

O cloridrato de bromexina está classificado na categoria B de risco na gravidez.

“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.”

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Não se sabe se a bromexina e seus metabólitos são excretados no leite humano.

Os dados farmacológicos/ toxicológicos disponíveis em animais demonstraram excreção de bromexina e seus metabólitos no

leite materno. O risco para o lactente não pode ser excluído. LFM-BROMEXINA não deve ser usado durante a amamentação.

Não foram realizados estudos sobre o efeito de LFM-BROMEXINA na fertilidade humana. Com base em experiências pré-

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Não foram relatadas interações desfavoráveis relevantes com outras medicações.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Manter em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC). Protegido da luz e umidade.

O prazo de validade para LFM-BROMEXINA vide embalagem.

“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”

“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”

LFM-BROMEXINA Líquido límpido, incolor, odor de morango e leve sabor adocicado.

“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”

“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Use a marcação do copo-medida para obter a dose correta.

LFM-BROMEXINA

Cada 1 ml contém 0,8 mg de cloridrato de bromexina.

Crianças de 2 a 6 anos: 2,5 ml, 3 vezes ao dia

Crianças de 6 a 12 anos: 5 ml, 3 vezes ao dia

Adultos e adolescentes acima de 12 anos: 10 ml, 3 vezes ao dia

9. REAÇÕES ADVERSAS

• Reações incomuns (> 1/1.000 e < 1/100): dor abdominal superior, náusea, vômitos, diarreia.

• Reações raras (> 1/10.000 e < 1/1.000): hipersensibilidade, erupção cutânea.

• Reações com frequência desconhecida (não foi possível calcular a frequência a partir dos dados disponíveis): reação

anafilática, choque anafilático, broncoespasmo, edema angioneurótico, urticária, prurido.

“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível

em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal e entre em contato com o

setor de Farmacovigilância do Laboratório Farmacêutico da Marinha pelo telefone (21) 3860-2859.”

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.