Bula do Lipidil para o Profissional

Bula do Lipidil produzido pelo laboratorio Abbott Laboratórios do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Lipidil
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO LIPIDIL PARA O PROFISSIONAL

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LIPIDIL®

fenofibrato

ABBOTT LABORATÓRIOS DO BRASIL LTDA.

Cápsulas

200 mg

BU 02_LIPIDIL 200 mg_PROFISSIONAL_Anvisa

1

MODELO DE BULA PARA OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

fenofibrato 200 mg

APRESENTAÇÕES:

(fenofibrato) 200 mg cápsulas: embalagem com 30 cápsulas contendo 200 mg de

fenofibrato.

VIA ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO:

Cada cápsula de LIPIDIL®

(fenofibrato) 200 mg contém:

fenofibrato micronizado....................................................................... 200,0 mg

Excipientes...................................................................................q.s.p.1 cápsula

Excipientes: laurilsulfato de sódio, lactose monoidratada, amido pré-gelatinizado, crospovidona,

estearato de magnésio, dióxido de titânio, óxido férrico hidratado, eritrosina e gelatina.

II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

LIPIDIL®

(fenofibrato) 160 mg é indicado para:

Hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia isolada ou combinada (dislipidemias tipo IIa, IIb, IV assim

como a dislipidemia do tipo III) em pacientes que não respondem à dieta apropriada e à outras medidas

terapêuticas não medicamentosas (por ex. diminuição do peso corporal ou aumento da atividade física)

em especial quando existem fatores de risco associados como a hipertensão e o tabagismo.

A dieta iniciada antes do tratamento deve continuar durante o uso de LIPIDIL®

(fenofibrato).

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A eficácia terapêutica do fenofibrato micronizado uma vez ao dia foi avaliado em estudos comparativos

e não comparativos em pacientes com dislipidemia IIa, IIb, III ou IV e separadamente em pacientes

com diabetes ou síndrome metabólica. A maioria dos estudos incluiu um período sem droga ou placebo

em conjunção com controle dietético por 1 a 4 meses, antes do início da droga ativa.

Em estudo duplo-cego, controlado por grupo paralelo e placebo, 189 pacientes foram randomizados em

3 grupos: placebo, fenofibrato micronizado e fenofibrato não micronizado 100mg 3x/dia. Depois de 3

meses a análise “intent-to-treat” indicou sucesso (conforme avaliado pelo número de pacientes que

experimentaram redução de colesterol > 15%) significativamente maior no grupo de fenofibrato

micronizado (71,9%) do que com placebo em reduzir o colesterol total (-18%), LDL – colesterol (-

22%), triglicérides (-19%) e apolipoproteína B (-24%).

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Os efeitos modificadores de lípidios do fenofibrato micronizado 200mg foram comparados com com as

estatinas disponíveis incluindo sinvastatina, lovastatina,

pravastatina,

e atorvastatina. Estes estudos

incluíram duração de tratamento de 2 a 4 meses. Avaliação da mudança dos níveis de lipoproteínas no

fim de cada estudo mostrou uma diminuição significativamente maior em comparação aos valores

basais dos níveis de triglicérides com fenofibrato micronizado do que com qualquer estatina em

pacientes com ambos os tipos IIa e IIb. O fenofibrato geralmente levou a um aumento maior em HDL

colesterol, particularmente em pacientes do tipo IIb (até 34% com fenofibrato versus 11% com

sinvastatina). Fenofibrato micronizado foi geralmente menos efetivo na diminuição do LDL colesterol

do que a sinvastatina 20mg e atorvastatina 10mg, mas teve um eficácia similar à pravastatina 20 a 40mg

e lovastatina 20mg.

O estudo FIELD, trouxe um melhor entendimento dos benefícios clínicos do fenofibrato além de

representar um marco em relação aos estudos clínicos porque foi o maior estudo realizado em pacientes

com diabetes tipo 2 (n=9795) e sem eventos cardiovasculares pregresso (7664, 78%) jamais antes

estudados. Este estudo avaliou 9795 pacientes diabéticos, com um controle glicêmico geral bom,

durante 5 anos, que tinham seus níveis de colesterol e de triglicérides normais ou próximos do normais,

e, portanto, não haveria a necessidade de um tratamento hipolipemiante. O critério principal de

avaliação foi verificar se o uso de fenofibrato reduziria o número de infartos do miocárdio (fatal ou não

fatal). Como critério secundário avaliou-se outros acontecimentos cardiovasculares maiores como, por

exemplo, acidente vascular cerebral (AVC), bem como todos os outros acontecimentos

cardiovasculares. E, como critério terciário, analisou-se a progressão de doença renal, a necessidade de

tratamento com laser de retinopatia (diabetes) e amputações. O fenofibrato foi associado com 11% de

redução no “end point” primário (primeiro infarto não fatal ou morte por doença coronariana) (P =

0,16). Os níveis substancialmente maiores de estatina usados no grupo placebo podem ter mascarado

alguns efeitos benéficos do fenofibrato. Porém, quando ajustado para o uso de estatinas, o fenofibrato

foi associado com uma redução de 19% no “end point” primário (P = 0,01). Verificou-se também que o

fenofibrato foi associado com uma redução significante de 11% nos eventos coronarianos totais (P =

0,35) e que, quando ajustado para o uso de estatinas, o fenofibrato foi associado com uma redução de

15% nos eventos coronarianos totais (P = 0,004). O fenofibrato reduziu significativamente os índices de

infarto do miocárdio não fatal em 24% (P = 0,010), a revascularização coronariana em 21% (P = 0,003),

os eventos microvasculares (progressão para albuminuria e necessidade de tratamento a laser para

retinopatia). O fenofibrato foi geralmente bem tolerado mesmo em terapias concomitantes (mesmo na

combinação fenofibrato-estatina).

Um outro estudo mais recente (ACCORD Lipid), com o fenofibrato, avaliou pacientes diabéticos tipo 2

que receberam tratamento com sinvastatina associado com placebo ou fenofibrato. Neste estudo, não

houve redução de desfechos cardiovasculares com a associação de fenofibrato à sinvastatina, no entanto

os níveis basais de triglicérides não eram muito elevados, o que poderia justificar parte da perda de

benefício com o fibrato. Análise de subgrupos deste estudo evidenciou que indivíduos com níveis de

triglicérides acima de 204 mg/dL concomitante a níveis de HDL-C abaixo de 34 mg/dL apresentaram

benefício como uso de fenofibrato. Metanálise de 2010 comprovou redução de risco de evento

cardiovascular global em 10% e coronariano em 13%, com o uso de fibratos.

Referências:

 Berthezere F. Comparative placebo controlled study of 2 fenofibrate formulations 3x 100mg/day

fenofibrate and 1x 200mg/day micronized fenofibrate. Internal report CFEN 88 02 FR 90 02,

March 1990.

 Farnier M. Six month, double-blind, comparative trial of fenobibrate 200 M versus simvastatin in

patients with primary hyperlipidaemia IIa or IIb. Internal report CFEN 89 04 FR 91 02, October

1991.

 Farnier M, Bonnefous F, Debbas N, Irvine A. Comparative efficacy and safety of micronized

fenofibrate and simvastatin in patients with primary type IIa or IIb hyperlipidaemia. Arch Inter

Med 1994; 154: 441-449.

3

 Steinmetz A, Schawarz T, Hehnke U, et al. Multicenter comparison of micronised fenofibrate and

simvastatin in patients with primary type Iia or Iib hyperlipoproteinaemia. J Cardiovasc

Pharmacol 1996; 27:563-570.

 De Lorgeril M. Single center, double-blind and parallel-group controlled clinical study of cardiac

function in coronary patients with dyslipidemia treated for 12 weeks with 200mg/dy micronized

fenofibrate or 20mg/day simvastatin. Internal report CFEN 93 05 FR 98 02. November 1998,

revised in October 1999.

 De Lorgeril M, Salen P, Bontemps L et al. Effects of lipid-lowering drugs on left ventricular

function and exercise tolerance in dyslipidemic coronary patients. J Cardiovasc Pharmacol

1999; 33: 473-478.

 Weisweiler P. Comparison of the efficacy of a 200mg fenofibrate formulation with lovastatin.

Internal report CFEN 89 03 WG 90 02, September 1990.

 Vanhaelst L. Multicenter, parallel group, double-blind clinical trial comparing the efficacy and

safety of 200mg micronized fenofibrate and 20mg pravastatin administered during 3 or 6

months to patients with type IIa and IIb dyslipidaemis. Internal report CFEN 90 06 EU 98 02,

December 1998.

 Ducobu J, Vanhaelst L, Pometta D, et al. A randomized double-blind, comparative, multinational

study on lipid-lowering effects of 200mg micronized fenofibrate or 20mg pravastatin in type II

dyslipidemic patients. 66th European Atherosclerosis Society, July 13-17, 1996, Florence

(Italy).

 Bairaktari ET, Tzallas CS, Tsimihodimos VK et al. Comparison of the efficacy of atorvastatin

and micronized fenofibrate in the treatment of mixed hyperlipidaemia. Journal of

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 The effect of 12 weeks treatment with micronized fenofibrate 200mg compared to atorvastatin

10mg on HDL-cholesterol in patients with dyslipidemia. A multi-centre, randomized, open trial.

Internal report CFEN 97 04 WO 01 02; November 2001.

 Despres JP, Lemieux I, Salomon H and Delaval D. Effects of micronized fenofibrate versus

atorvastatin in the treatment of dyslipidaemic patients with low plasma HDL-cholesterol levels.

A 12-week randomized trial. J Intern Med 2002; 251: 490-499.

 Lemieux I, Salomon H, Despres JP. Contribution of apo CIII reduction to the greater effect of 12

week micronized fenofibrate than atorvastatin therapy on triglyceride levels and LDL size in

dyslipidemic patients. Ann Med 2003; 35: 442-448.

 Krempf M, Luc G, Le Malicot K, Ansquer J. Effect of fenofibrate and atorvastatin on LDL

particle distribution: a randomized study in hypercholesterolemic patients. Abstract: W02.113.

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 FIELD Study Investigators. Effects of long-term fenofibrate therapy on cardiovascular events in

9795 people with type 2 diabetes mellitus (the FIELD study): randomized controlled trial.

Lancet 2005; 366:1849-61.

 Keech AC, Mitchell P, Summanen PA, et al; FIELD study investigators. Effect of fenofibrate on

the need for laser treatment for diabetic retinopathy (FIELD study): a randomized controlled

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 Burgess D, Hunt D, Li LP, et al; on behalf of the FIELD Investigators. Effects of fenofibrate on

silent myocardial infarction, hospitalization for acute coronary syndromes and amputation in

type 2 diabetes: the Fenofibrate Intervention and Event Lowering in Diabetes (FIELD) study.

Circulation 2007;116 (Suppl II): 838 (abstract 3693).

 Scott R, d’Emden M, Best J, et al; on behalfof the FIELD Investigators. Features of metabolic

syndrome identify individuals with type 2 diabetes mellitus at high risk for cardiovascular

events and greater absolute benefits of fenofibrate. Circulation 2007;116 (Suppl II): 838

(abstract 3691).

 The ACCORD Study Group. Effects of combination lipid therapy in type 2 diabetes mellitus. N

Engl J Med, 2010;362:1563-74.

4

 Jun M, Foote C, Lv J, et al. Effects of fibrates on cardiovascular outcomes: a systematic review

and meta-analysis. Lancet, 2010;375:1875-84.

 The ACCORD Study GroupAbstract 19724: Hypertriglyceridemia and Low HDL-C Predicts

Fenofibrate Response in The ACCORD-Lipid Trial. Circulation. 2010; 122: A19724

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

O fenofibrato é um derivado do ácido fíbrico cujos efeitos de modificação de lipídios relatados em seres

humanos são mediados através da ativação dos Receptores Ativados da Proliferação de Peroxissomos

(PPAR).

Através da ativação do PPAR, o fenofibrato aumenta a lipólise e a eliminação de partículas

aterogênicas ricas em triglicerídeos do plasma por ativação da lipoproteína lipase e redução da produção

da apoproteína CIII. A ativação do PPAR também induz o aumento da síntese das apoproteínas AI e

AII.

Os efeitos supramencionados do fenofibrato sobre as lipoproteínas levam a uma redução das frações de

baixa densidade (VLDL e LDL) contendo a apoproteina B e um aumento das frações de lipoproteínas de

alta densidade (HDL) contendo as apoproteinas AI e AII.

Além disso, pela modulação da síntese e do catabolismo das frações VLDL, o fenofibrato aumenta a

depuração dos LDL e reduz a taxa de LDL menos densos. As taxas de LDL menos densos são

frequentemente aumentados nos pacientes com risco de doença coronária (Perfil Lipídico Aterogênico).

Nos estudos clínicos com o fenofibrato, a redução do colesterol total foi de 20 a 25%, a dos triglicérides

de 40 a 55% e a taxas de colesterol HDL aumentaram de 10 a 30%.

Nos pacientes hipercolesterolêmicos para os quais as taxas de colesterol LDL diminuíram de 20 a 35%,

o efeito global sobre o colesterol leva a uma diminuição da relação colesterol total sobre colesterol

HDL, colesterol LDL sobre colesterol HDL ou Apo B sobre Apo AI, que são todos os marcadores do

risco aterogênico.

Os depósitos de colesterol extra-vasculares (xantomas tendinosos e tuberosos) podem regredir de modo

importante ou até mesmo desaparecer totalmente quando de um tratamento com fenofibrato.

Os pacientes que apresentam altas taxas de fibrinogênio e tratado com fenofibrato mostraram uma

redução significativa deste parâmetro como aqueles apresentando taxas elevadas de Lp(a). Outros

marcadores de inflamação, tais como a Proteína C-Reativa são reduzidos com o tratamento com

fenofibrato.

O efeito uricosúrico do fenofibrato leva a uma redução de aproximadamente 25% dos níveis de ácido

úrico que deve ser um benefício adicional para os pacientes dislipidêmicos com hiperuricemia.

Um efeito antiagregante plaquetário do fenofibrato tem sido demonstrado em animais e num estudo

clínico que colocou em evidência uma diminuição da agregação plaquetária provocada pelo ADP, o

ácido araquidônico e epinefrina.

Propriedades farmacocinéticas

LIPIDIL®

(fenofibrato) 160 mg, comprimidos revestidos de fenofibrato micronizado é

suprabiodisponível (biodisponibilidade aumentada) comparado com o LIPIDIL®

(fenofibrato) 200 mg

cápsulas.

Absorção: as concentrações plasmáticas máximas (Cmax) são obtidas 4 a 5 horas depois da administração

oral. Em caso de tratamento continuo, estas concentrações são estáveis em qualquer indivíduo.

A administração concomitante de alimento aumenta a absorção do fenofibrato.

Distribuição: o ácido fenofibrico está fortemente ligado à albumina plasmática (mais de 99%).

Meia vida plasmática: a meia vida de eliminação plasmática do ácido fenofibrico é da ordem de 20

horas.

Metabolismo e excreção: Depois da administração oral, o fenofibrato é rapidamente hidrolisado pelas

esterases e se torna o metabólito ativo ácido fenofíbrico. Não é possível detectar fenofibrato inalterado

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no plasma. Fenofibrato não é substrato para a CYP3A4. Não há envolvimento do metabolismo

microssomal hepático. O medicamento é excretado essencialmente por via urinária. A eliminação do

medicamento é quase completa em 6 dias. O fenofibrato e principalmente excretado sob a forma de

ácido fenofibrico e de seus glucoronídeos conjugados Nos pacientes idosos, a depuração plasmática

aparente total não é modificada. Os estudos de cinética após administração de dose única e tratamento

contínuo tem demonstrado a ausência de acumulação do medicamento.

O ácido fenofibrico não é eliminado pela hemodiálise.

Os efeitos do fenofibrato começam a ocorrer a partir da segunda semana de tratamento e são mantidos

durante todo o tratamento.

Dados de segurança pré-clínica

Estudos de toxicidade crônica não trouxeram informações relevantes sobre a toxicidade especifica do

fenofibrato. Os estudos de mutagenicidade sobre o fenofibrato se mostraram negativos. Em ratos e

camundongos, foram observados tumores hepáticos com doses elevadas que foram atribuídas a uma

proliferação dos peroxissomos. Estas manifestações são específicas de pequenos roedores e não foram

observadas em outras espécies de animais. Isto é, sem consequência para a utilização terapêutica no

homem.

Estudos nos camundongos, ratos e coelhos não revelaram nenhum efeito teratogênico. Efeitos

embriotóxicos foram observados em níveis semelhantes aos da toxicidade materna. Uma prolongação do

período de gestação e dificuldades durante o parto foi observada com doses elevadas. Nenhum efeito foi

observado no que diz respeito à fertilidade.

4. CONTRAINDICAÇÕES

LIPIDIL®

(fenofibrato) 160 mg é contraindicado nos casos de:

 Hipersensibilidade ao fenofibrato ou a qualquer um dos componentes da fórmula (ver

COMPOSIÇÃO);

 Insuficiência hepática (incluindo cirrose biliar e anormalidade da função hepática persistente

sem explicação);

 Doença renal crônica grave;

 Reação fototóxica ou fotoalérgica conhecida durante o tratamento com fibratos ou cetoprofeno.

 Doença da vesícula biliar e

 Pancreatite crônica ou aguda com exceção de uma pancreatite aguda devido a uma

hipertrigliceridemia severa.

(fenofibrato) 160 mg, comprimido revestido é contraindicado aos pacientes alérgicos ao

amendoim, ao óleo de amendoim, à lecitina de soja ou a algum dos seus derivados devido ao risco de

ocorrerem reações de hipersensibilidade.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Função hepática: Como ocorre com outros hipolipidemiantes, uma elevação das transaminases foi

observada em alguns pacientes. Na maioria dos casos, essas elevações foram transitórias, leves e

assintomáticas. É recomendado monitorar as taxas de transaminases a cada 3 meses durante os 12

primeiros meses de tratamento e depois disso periodicamente. Uma atenção especial deve ser dada aos

pacientes que tiveram um aumento da taxa de transaminase e o tratamento deverá ser interrompido em

caso de aumento das taxas de aspartato-aminotransferase (AST) e de alanina-aminotransferase (ALT)

acima de 3 vezes o limite superior do intervalo normal. Quando os sintomas indicarem a ocorrência de

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hepatite (ex: icterícia, prurido) e testes laboratoriais confirmarem, a terapia com fenofibrato deve ser

descontinuada.

Pâncreas: Pancreatites têm sido reportadas por pacientes que tomam fenofibrato (ver

CONTRAINDICAÇÕES E REAÇÕES ADVERSAS). Esse fato pode representar a falta de eficácia nos

pacientes com hipertrigliceridemia severa, efeito direto do medicamento, ou um fenômeno secundário

mediado por pedras no trato biliar ou à formação de litíases ou de lamas biliares obstruindo o duto

biliar.

Musculo: Toxicidade muscular incluindo casos raros de rabdomiólise, com ou sem insuficiência renal,

tem sido relatada quando da administração de fibratos ou de outros agentes hipolipidemiantes. A

incidência destes distúrbios aumenta no caso de hipoalbuminemia e insuficiência renal pré-existente.

Pacientes com fatores de pré-disposição para miopatia e/ou rabdomiólise, incluindo aqueles com idade

de mais de 70 anos, ou apresentando antecedentes pessoais ou familiares de problemas musculares,

insuficiência renal, hipotiroidismo e consumo elevado de álcool, podem apresentar um risco mais

elevado de rabdomiólise. Para estes pacientes, o equilíbrio risco- benefício do tratamento com

fenofibrato deve ser cuidadosamente avaliado.

A toxicidade muscular deve ser suspeitada em pacientes apresentando uma mialgia difusa, miosite,

câimbras e fraquezas musculares e/ou aumentos importantes do CPK (> 5 vezes ao limite superior

normal). Nestes casos, o tratamento por fenofibrato deverá ser suspenso.

O risco de toxicidade pode ser aumentado se o medicamento é administrado com outro fibrato ou um

inibidor de HMG-CoA redutase, em particular em caso de doença muscular pré-existente.

Consequentemente, a combinação de Lipidil com inibidores de HMG-CoA ou outros fibratos deve ser

reservada a pacientes com dislipidemia mista severa e alto risco cardiovascular sem histórico de doença

muscular prévia e com monitoramento cuidadoso dos sinais de toxicidade muscular.

Causas secundárias de hiperlipidemia

Causa secundária de hiperlipidemia, como diabetes tipo II não controlada, hipotiroidismo, síndrome

nefrótica, disproteinemia, doença hepática obstrutiva, tratamento farmacológico, alcolismo, devem ser

adequadamente tratados antes da terapia com fenofibrato. Para os pacientes hiperlipidêmicos em

tratamento com estrogênio ou contraceptivos contendo estrogênios, convém assegurar se a

hiperlipidemia é de natureza primaria ou secundária (possível aumento das taxas de lipídios provocado

pela administração oral dos estrogênios).

Função renal

O tratamento deve ser interrompido em caso de aumento da creatinina > 50% de LSN (limite superior

do normal). É recomendado que a creatinina seja avaliada durante os três primeiros meses de tratamento

e depois disso periodicamente.

Excipientes

Este medicamento contém lactose. Portanto, os pacientes com problemas hereditários raros de

intolerância à galactose, deficiência de Lapp lactase ou síndrome da má absorção da galactose-glucose

não devem tomar este medicamento.

Uso durante a gravidez

Gravidez: categoria C

Não existem dados adequados sobre o uso de fenofibrato em mulheres grávidas. Os estudos em animais

não demonstraram nenhum efeito teratogênico. Efeitos embriotóxicos foram observados somente na

dose tóxica materna (ver Dados de segurança pré-clínica). O risco potencial para humanos é

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desconhecido. Além disso, LIPIDIL®

(fenofibrato) 160 mg só deve ser utilizado durante a gravidez

após uma avaliação criteriosa do risco-benefício.

Uso durante a lactação

Não existem dados sobre a excreção de fenofibrato e/ou dos seus metabólitos no leite materno. Um

risco para recem nascidos e crianças não pode ser excluído. Consequentemente, LIPIDIL®

(fenofibrato) 160 mg não deve ser usado durante a lactação.

ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR MULHERES GRÁVIDAS SEM

ORIENTAÇÃO MÉDICA.

Uso em crianças

A segurança e eficácia do fenofibrato em crianças e adolescentes com menos de 18 anos não foi

estabelecida. Não existem dados disponíveis. Portanto o uso do fenofibrato não é recomendado para

pacientes pediátricos com menos de 18 anos.

Pacientes com insuficiência hepática e/ou renal

LIPIDIL®

(fenofibrato) 160 mg é contraindicado em pacientes portadores de insuficiência hepática

e/ou renal graves.

(fenofibrato) 160 mg não afeta a habilidade de dirigir ou operar máquinas.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Anticoagulantes orais: O fenofibrato potencializa o efeito dos anticoagulantes e pode aumentar o risco

de sangramentos. É recomendado que a dose dos anticoagulantes seja reduzida em um terço do inicio do

tratamento e se necessário reajustar progressivamente a dose em função do INR (Índice Internacional

Normalizado) monitorado.

Ciclosporina: Alguns casos graves de danos das funções renais reversíveis foram relatados durante

administração concomitante de fenofibrato e ciclosporina. Nestes pacientes a função renal deverá ser

atentamente controlada e o tratamento com fenofibrato suspenso em caso de alterações importantes dos

parâmetros laboratoriais.

Inibidores de HMG-CoA redutase e outros fenofibratos: O risco de uma toxicidade muscular grave

aumenta se o fenofibrato é utilizado em associação com os inibidores de HMG-CoA redutase ou outros

fibratos. Esta associação deve ser utilizada com cuidado, e os pacientes deven ser monitorados de perto

para sinais de toxicidade muscular (ver PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS);

Glitazonas:

Alguns casos de redução de colesterol HDL paradoxal reversível têm sido relatados durante

administração concomitante de fenofibrato e glitazona. Portanto, é recomendado monitorar colesterol

HDL se um destes componentes é adicionado ao outro e interromper um dos tratamentos se o colesterol

HDL ficar muito baixo.

Enzimas do Citocromo P450

Estudos in vitro utilizando microssomos hepáticos humanos indicam que o fenofibrato e o ácido

fenofíbrico não são inibidores das isoformas de citocromo (CYP) P450 CYP3A4, CYP2D6, CYP2E1 ou

CYP1A2. Eles são fracos inibidores da CYP2C19 e CYP2A6, e médios para moderados da CYP2C9 em

concentrações terapêuticas.

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Pacientes em coadministração de fenofibrato e CYP2C19, CYP2A6 e especialmente drogas

metabolizadas por CYP2C9 com estreito índice terapêutico devem ser cuidadosamente monitorados, e

se necessário o ajuste de dose dessas drogas é recomendado.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar LIPIDIL®

(fenofibrato) 160 mg em temperatura ambiente (15-30°C) e em sua embalagem

original. Proteger da luz e da umidade.

O prazo de validade do LIPIDIL®

(fenofibrato) 160 mg, desde que seguido os cuidados de

conservação, é de 36 meses e encontra-se gravado na embalagem externa. Em caso de vencimento,

inutilizar o produto.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

ASPECTO FÍSICO DO LIPIDIL®

(fenofibrato) 160 mg

LIPIDIL®

(fenofibrato) 160 mg comprimidos: Comprimido revestido branco, oblongo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

A resposta da terapia deve ser monitorada pela determinação dos valores séricos de lipídios. Se uma

resposta adequada não for alcançada depois de alguns meses (ex. 3 meses) de tratamento com

LIPIDIL®

(fenofibrato), medidas terapêuticas complementares devem ser consideradas.

Adultos: A dose recomendada é um comprimido contendo 160 mg de fenofibrato por dia. Os pacientes

tomando uma cápsula de LIPIDIL (fenofibrato) 200 mg podem trocar por um comprimido de LIPIDIL

(fenofibrato) 160 mg, sem ajuste posológico.

Pacientes Idosos: sem insuficiência renal é recomendada a dose usual para adulto.

Insuficiência renal: uma diminuição da posologia é recomendada para os pacientes com insuficiência

renal. Em pacientes com doença renal crônica grave, fenofibrato não é recomendado.

Crianças: A segurança e eficácia do fenofibrato em crianças e adolescentes com menos de 18 anos não

foi estabelecida. Não existem dados disponíveis. Portanto o uso do fenofibrato não é recomendado para

pacientes pediátricos com menos de 18 anos. O comprimido deve ser engolido inteiro durante uma

refeição.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas mais comumente reportadas durante a terapia com LIPIDIL®

(fenofibrato) 160

mg são digestivas, gástricas ou desordens intestinais.

As reações adversas a seguir têm sido obervadas durante estudos clínicos placebo-controlados (n=2344)

com as frequências indicadas.

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Reações Comuns > 1/100, < 1/10

Distúrbios gastrointestinais: sinais gastrointestinais e sintomas (dores abdominais, náuseas, vômitos,

diarreia e flatulência).

Distúrbios hepato-biliares: elevações das transaminases (ver PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS).

Reações Incomuns > 1/1.000, < 1/100

Distúrbios do sistema nervoso: dor de cabeça.

Distúrbios vasculares: tromboembolismo (embolismo pulmonar, trombose venosa profunda*).

Distúrbios gastrointestinais: pancreatite*

Distúrbios hepato-biliares: colelitíase

Distúrbios do tecido subcutâneo e da pele: hipersensibilidade cutânea (ex: rash, prurido, urticária)

Distúrbios ósseos, do tecido conjuntivo e músculo-esquelético: distúrbios musculares (ex: mialgia,

miosite, espasmos musculares e fraqueza)

Distúrbios do sistema reprodutor: disfunção sexual

Exames laboratoriais: aumento da creatinina no sangue

Reações Raras > 1/10.000, < 1/1.000

Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático: diminuição da hemoglobina e dos leucócitos.

Distúrbios do sistema imune: hipersensibilidade, fadiga e vertigem,

Distúrbios hepato-biliares: hepatite

Distúrbios do tecido subcutâneo e da pele: alopecia e reações de fotossensibilidade

Exames laboratoriais: aumento da uréia no sangue

*Observamos no estudo Field, estudo randomizado, placebo controlado, realizado em 9795 pacientes

com diabetes do tipo 2, um aumento estatisticamente significativo de casos de pancreatite nos pacientes

que receberam fenofibrato em relação àqueles que receberam placebo (0,8% versus 0,5%; p=0,031).

Neste mesmo estudo, um aumento estatisticamente significativo foi relatado sobre a incidência de

embolias pulmonares (0,7% no grupo placebo contra 1,1% no grupo fenofibrato; p=0,022) e um

aumento estatisticamente não significativo das tromboses venosas profundas (placebo: 1,0% (48/4.900

pacientes) versus fenofibrato 1,4% (67/4.895 pacientes); p=0,074).

Em adição a esses eventos reportados durante os estudos clínicos, as reações adversas a seguir têm sido

reportadas espontâneamente durante a pós-comercialização do LIPIDIL (fenofibrato). A frequência

precisa não pode ser estimada através dos dados disponíveis e é, portanto classificada como

desconhecida.

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais: doença intersticial pulmonar

Distúrbios ósseos, do tecido conjuntivo e músculo-esquelético: rabdomiólise

Distúrbios hepato-biliares: icterícia, complicações da colelitíase (ex: cólica biliar, colecistite e colangite)

e severas reações cutâneas (ex: eritrema multiforme, síndrome do Stevens-Johnson, necrólise

epidérmica tóxica).

ATENÇÃO: este é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e

segurança aceitáveis para comercialização, efeitos indesejáveis e não conhecidos podem ocorrer.

Neste caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a

Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

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Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.