Bula do Maxapran para o Profissional

Bula do Maxapran produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Maxapran
Biosintética Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO MAXAPRAN PARA O PROFISSIONAL

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Maxapran

Biosintética Farmacêutica Ltda.

Comprimidos revestidos

20 mg

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BULA PARA PACIENTE

Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009

I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:

MAXAPRAN

citalopram

APRESENTAÇÕES

Embalagem com 7, 14, 28 ou 60 comprimidos revestidos.

USO ADULTO

USO ORAL

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido de Maxapran contém:

citalopram (equivalente a 25 mg de bromidrato de citalopram)..................................20,00 mg

Excipientes: amido, iodopovidona, celulose microcristalina, lactose, croscarmelose sódica,

estearato de magnésio, hipromelose, macrogol e dióxido de titânio.

II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é destinado ao tratamento e prevenção de recaída ou recorrência da

depressão, de transtornos do pânico com ou sem agorafobia e do transtorno obsessivo

compulsivo.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Depressão

Estudos placebo-controlados de curto-prazo

Um estudo1 de dose fixa em depressão maior (moderada a grave) (critérios do DSM-III-R),

incluiu pacientes (n=650) que receberam diariamente placebo ou citalopram nas doses de

10mg, 20mg, 40mg ou 60mg. Todos os grupos que receberam o citalopram demonstraram

melhora significativa das pontuações do item humor deprimido da Escala de Depressão de

Hamilton (HAM-D) (p < 0,01), na Sub-escala de Melancolia da HAM-D, na Escala de

Impressão Clínica Global (CGI) e na Escala de Depressão de Montgomery-Asberg (MADRS)

(resposta; p < 0,05). Ao final do estudo (semana 6), os grupos de 10 e 20 mg/dia

apresentaram vantagem estatística em comparação ao placebo na CGI, no item humor

deprimido da HAM-D e na MADRS, e os grupos que receberam doses de 40 e 60 mg/dia

apresentaram superioridade estatística na CGI, na MADRS, no item humor depressivo da

HAM-D e na pontuação total da HAM-D.

Em um outro estudo2, de dose flexível (citalopram de 20 a 80 mg/dia), multicêntrico,

placebo-controlado, de curto prazo (4 semanas), em pacientes com depressão maior leve a

moderada (critérios do DSM-III-R), os pacientes do grupo citalopram apresentaram melhora

significativa em relação ao início na HAM-D (p < 0,05), na CGI (p < 0,05) e na Escala de

Auto-avaliação da Depressão de ZUNG (ZUNG) (p < 0,05).

1) Feighner J.P. & Overo K.. Multicenter, placebo-controled, fixed dose study of citalopram in

moderate to severe depression. Journal of Clinical Psychiatry, 1999, 60 (12): 824-830.

2) Mendels J., Kiev A., Fabre L.F.. Double-blind comparison of citalopram and placebo in

depressed outpatients with melancholia. Depression and Anxiety, 1999, 9: 54-60.

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Depressão - prevenção de recaída e recorrência

Estudos de longo prazo, placebo-controlados

Em dois estudos placebo-controlados (n=207 e n=226) os pacientes que preencheram os

critérios para resposta clínica (pontuação total na Escala de Depressão de Montgomery-

Asberg - MADRS < 12) após 6-8 semanas de tratamento, oriundos de um estudo placebo-

controlado (20 ou 40 mg/dia de citalopram) e de um estudo aberto

com citalopram (20-60 mg/dia), foram randomizados para uma nova fase de 24 semanas de

tratamento sem alteração das doses do citalopram ou do placebo1,2. Nos dois estudos

demonstrou-se uma vantagem significativa do citalopram sobre o placebo (p<0,05). O

percentual de recaída para os pacientes em tratamento com citalopram foi de 10,5% e

13,8% respectivamente, nos dois estudos, comparados com 31% e 24,3% para os pacientes

que receberam placebo.

Citalopram nas doses de 20, 40 ou 60 mg/dia é efetivo na prevenção da recaída da

depressão em pacientes que inicialmente responderam a terapia antidepressiva.

1) Montgomery S.A., Rasmussen J.G.C. & Tanghoj. A 24-week study of 20mg citalopram, 40

mg citalopram and placebo in the prevention of relapse of major depression. Int Clin

Psychopharmacol, 1993, 8:181-8.

2) Robert P., Montgomery S.A. Citalopram in doses of 20-60 mg is effective in depression

relapse prevention: a placebo-controlled 6 month study. Int Clin Psychopharmacol, 1995,

19(suppl 1): 29-35.

Transtorno do Pânico

Um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego, placebo-controlado, de 8 semanas,

incluiu 475 pacientes com transtorno do pânico (com ou sem agorafobia), e comparou o

citalopram ao placebo e à clomipramina. A resposta foi definida como pontuação de 0 ou 1

para o item ataque de pânico na Escala de Ansiedade Clínica (CAS). Os melhores

resultados foram obtidos com o citalopram, em doses entre 20 e 30mg/dia1.

Em uma extensão cega deste estudo, de longa duração (12 meses), os grupos que

receberam citalopram 20- 30 ou 40-60mg/dia apresentaram resposta significativamente

superior ao grupo placebo (p=0,001 e p=0,003, respectivamente). O grupo clomipramina (60

ou 90 mg/dia) não apresentou diferenças em relação ao grupo placebo2. Os percentuais de

resposta em todo o período de tratamento indicaram que citalopram 20-60 mg/dia é efetivo

no tratamento do transtorno de pânico 1,2.

1) Wade et al. The effect of citalopram in panic disorder. Br J Psychiatry, 1997, 170:549-53.

2) Lepola et al. A controlled, prospective, 1-year trial of citalopram in the treatment of panic

disorder. J Clin Psychiatry, 1998, 59: 528-34.

Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)

Um estudo multicêntrico, duplo-cego, randomizado, placebo-controlado, de 12 semanas,

com 400 pacientes com TOC, incluiu, além do grupo placebo, grupos com citalopram nas

doses de 20, 40 e 60mg/dia. Neste estudo, os três grupos de droga ativa apresentaram

superioridade estatística comparados ao placebo na Escala de Obsessão-Compulsão de

Yale-Brown –(Y-BOCS;p<0,01 para 20mg/dia e p<0,001 para 40 e 60mg/dia)1.

1) Montgomery S.A., Kasper S., Stein D.J., Bang Hedegaard K., Lemming O.M.. Citalopram

20 mg, 40 mg and 60 mg are all effective and well tolerated compared with placebo in

obsessive-compulsive disorder. Int Clin Psychopharmacol., 2001, 16(2):75-86.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

Estudos bioquímicos e comportamentais mostraram que o citalopram é um potente inibidor

da recaptação da serotonina (5-HT). A tolerância para a inibição da recaptação de 5-HT não

é induzida pelo tratamento prolongado com citalopram.

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O citalopram é o inibidor seletivo da recaptação de serotonina (ISRS) de maior seletividade

descrito até o momento, com nenhum ou mínimo efeito sobre a recaptação da noradrenalina

(NA), dopamina (DA) e ácido gamaminobutírico (GABA).

Ao contrário dos antidepressivos tricíclicos e de alguns dos mais novos inibidores da

recaptação da serotonina, o citalopram não apresenta afinidade ou apresenta muito baixa

afinidade aos receptores 5-HT1A, 5-HT2, DA D1 e DA D2; colinérgicos muscarínicos;

histamínicos H1; alfa e beta-adrenérgicos; benzodiazepínicos e opióides.

Uma série de testes funcionais in vitro em órgãos isolados, bem como testes funcionais in

vivo, confirmou a falta de afinidade por esses receptores. Essa ausência de efeitos sobre

receptores, poderia explicar porque o citalopram produz uma quantidade menor de efeitos

colaterais tradicionais, como boca seca, distúrbios vesicais e intestinais, visão turva,

sedação, cardiotoxicidade e hipotensão ortostática.

A supressão do sono durante o estágio REM (movimento rápido dos olhos) é considerada

um fator preditivo da atividade antidepressiva. Como os antidepressivos tricíclicos, outros

ISRSs e inibidores da MAO, o citalopram suprime o sono REM e aumenta o sono profundo

de ondas lentas.

Embora não se ligue a receptores opióides, o citalopram potencializa o efeito antinociceptivo

de analgésicos opióides comumente utilizados.

Os principais metabólitos do citalopram são ISRSs, embora as relações de potência e

seletividade deles sejam menores que as do citalopram. No entanto, as relações de

seletividade dos metabólitos são maiores que as de vários dos ISRSs mais novos. Os

metabólitos não contribuem para o efeito antidepressivo total.

Em humanos, o citalopram não compromete o desempenho cognitivo (função intelectual) e

psicomotor e apresenta pouca ou nenhuma propriedade sedativa, seja sozinho ou em

associação com álcool.

O citalopram não reduziu o fluxo de saliva em um estudo de dose única em voluntários

humanos e não teve nenhuma influência significativa sobre parâmetros cardiovasculares em

nenhum dos estudos com voluntários sadios. Existem algumas evidências de um possível

efeito leve sobre a secreção de prolactina.

Farmacocinética

Absorção: a absorção do citalopram é quase completa e independe da ingestão de

alimentos (Tmáx médio de 3 horas). A biodisponibilidade absoluta é aproximadamente 80%.

Distribuição: O volume de distribuição aparente (Vd) beta é cerca de 12 a 17 L/kg. A

ligação às proteínas plasmáticas é menor que 80% para o citalopram e seus principais

metabólitos.

Biotransformação: O citalopram é metabolizado nos derivados ativos desmetilcitalopram,

didesmetilcitalopram e citalopram-N-óxido e em um derivado inativo, o ácido propiônico

deaminado. Todos os metabólitos ativos também são inibidores seletivos da recaptação da

serotonina (ISRS), porém mais fracos que o composto original. O citalopram inalterado é o

composto predominante no plasma. As concentrações de desmetilcitalopram e

didesmetilcitalopram geralmente correspondem a 30% - 50% e 5% - 10% da concentração

de citalopram, respectivamente. A biotransformação do citalopram em desmetilcitalopram é

mediada pela CYP2C19 (aproximadamente 38%), CYP3A4 (aproximadamente 31%) e

CYP2D6 (aproximadamente 31%).

Eliminação: A meia-vida de eliminação (T1/2) (beta) é de cerca de um dia e meio, a

depuração plasmática do citalopram sistêmico (Cls) é de aproximadamente 0,3 a 0,4 L/min e

a depuração plasmática do citalopram oral é de aproximadamente 0,4 L/min.

O citalopram é excretado principalmente através do fígado (85%) e o restante (15%) através

dos rins; 12% a 23% da dose diária são excretados através da urina na forma de citalopram

inalterado.

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A depuração hepática (residual) é de aproximadamente 0,3 L/min e a depuração renal é de

aproximadamente 0,05 a 0,08 L/min.

A cinética é linear.

Os níveis plasmáticos são alcançados em uma a duas semanas. Concentrações médias de

300 nmol/L (165 a 405 nmol/L) são alcançadas com uma dose diária de 40 mg. Não existe

uma relação clara entre os níveis plasmáticos de citalopram e a resposta terapêutica ou os

efeitos colaterais.

Em pacientes idosos (> 65 anos), foram demonstradas meias-vidas mais longas (1,5 a 3,75

dias) e os valores de depuração diminuídos (0,08 a 0,3 L/min), decorrentes de uma redução

da velocidade de metabolização. Os níveis de equilíbrio em idosos foram cerca de duas

vezes maiores que em pacientes mais jovens tratados com a mesma dose.

O citalopram é eliminado mais lentamente em pacientes com função hepática reduzida. A

meia-vida do citalopram, nesses casos, é cerca de duas vezes mais longa e as

concentrações de citalopram em equilíbrio, em uma determinada dose, serão duas vezes

maiores que em pacientes com função hepática normal.

O citalopram é eliminado mais lentamente em pacientes com redução leve a moderada da

função renal, sem nenhum impacto maior na farmacocinética do citalopram. No momento,

não há nenhuma informação disponível para o tratamento de pacientes com função renal

gravemente reduzida (depuração de creatinina < 20 ml/min).

4. CONTRAINDICAÇÕES

O medicamento é contraindicado para pacientes com conhecida hipersensibilidade ao

citalopram ou a qualquer componente da formulação.

Maxapran deve ser usado com cautela em pacientes com doença hepática grave.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois

sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.

A dose máxima diária não deve exceder 40 mg/dia, pois doses superiores a 40 mg/dia

podem causar alterações na atividade elétrica do coração e não mostram nenhum benefício

no tratamento da depressão.

Os pacientes com prolongamento do intervalo QT congênito apresentam maior risco de

desenvolverem torsades de pointes, taquicardia ventricular e morte súbita se utilizarem

medicamentos que prolongam o intervalo QT.

A dose máxima recomendada para pacientes maiores de 60 anos é de 20 mg diários.

O citalopram deve ser descontinuado em pacientes que apresentem medidas do intervalo

QT superiores a 500ms.

O tratamento concomitante com IMAOs (inibidores da monoaminoxidase), incluindo

selegilina (inibidor seletivo da MAO-B) em doses acima de 10 mg por dia, é contraindicado

(ver Interações Medicamentosas).

Este medicamento é contraindicado em crianças.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Pesquisas in vivo mostraram que a metabolização do citalopram não exibe nenhum

polimorfismo clinicamente importante na oxidação da esparteína / debrisoquina (CYP2D6) e

na hidroxilação da mefenitoína (CYP2C19). Conseqüentemente, não há necessidade de

dose individualizada para esses fenótipos.

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Ansiedade paradoxal

Alguns pacientes com transtorno do pânico podem apresentar sintomas de ansiedade

intensificados no início do tratamento com antidepressivos. Essa reação paradoxal

geralmente desaparece dentro das duas primeiras semanas do início do tratamento.

Aconselha-se iniciar o tratamento com uma dose baixa para reduzir a possibilidade de um

efeito ansiogênico paradoxal (ver Posologia).

IMAOS

Como nos casos dos outros ISRSs, não se deve administrar Maxapran a pacientes que

usam os inibidores da monoaminoxidase (IMAOs), com exceção da selegilina em doses de

até 10 mg por dia. Iniciar o tratamento com o Maxapran (citalopram) 14 dias depois da

suspensão dos IMAOs não-seletivos e no mínimo um dia depois da suspensão da

moclobemida. Introduzir o tratamento com os IMAOs 7 dias depois da suspensão de

Maxapran (ver Interações Medicamentosas).

Hiponatremia

Hiponatremia, relacionada à secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIADH), é

relatada como um efeito adverso raro com o uso de ISRSs. Pacientes idosos, principalmente

mulheres idosas, são um grupo de risco.

Suicídio

A possibilidade de tentativa de suicídio é inerente à depressão e pode persistir até que

ocorra a remissão. Pacientes potencialmente suicidas não devem ter acesso a grandes

quantidades de medicamentos. Pacientes em tratamento com Maxapran devem ser

assistidos no início do tratamento devido a piora clínica e/ou tentativas de suicídio,

principalmente se o paciente possuir pensamentos ou comportamentos suicidas.

Mania

Em pacientes com transtorno afetivo bipolar, pode ocorrer uma mudança para a fase

maníaca. Caso o paciente entre na fase maníaca, interromper o uso de Maxapran.

Convulsões

Experimentos com animais mostraram que Maxapran não tem potencial epileptogênico,

porém para os pacientes com antecedentes de crises convulsivas, assim como ocorre com

outros antidepressivos, utilizar Maxapran com cautela.

Diabetes

Conforme descrito para outros psicotrópicos, Maxapran pode modificar as respostas de

insulina e glicose, portanto, pode exigir o ajuste da terapia antidiabética em pacientes com

diabetes; além disso, a doença depressiva por si só pode afetar o balanço de glicose dos

pacientes.

Síndrome serotoninérgica

São raros os relatos de ocorrência de síndrome serotoninérgica em pacientes que estejam

recebendo ISRSs. Uma combinação de sintomas, incluindo possivelmente agitação,

confusão, tremores, mioclonia e hipertermia, pode indicar o desenvolvimento dessa

condição.

Hemorragia

Há relatos de sangramentos cutâneos anormais, tais como equimoses e púrpura, com o uso

dos ISRSs. Recomenda-se seguir a orientação do médico no caso de pacientes em

tratamento concomitante com ISRSs e medicamentos conhecidos por afetar a função das

plaquetas (p.ex.: anticoagulantes, antipsicóticos atípicos e fenotiazinas, a maioria dos

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antidepressivos tricíclicos, aspirina e medicamentos antiinflamatórios não-esteróides AINEs,

ticlopidina e dipiridamol) e em pacientes com conhecida tendência a sangramentos.

Sintomas de descontinuação

Após a administração prolongada, a cessação abrupta de um ISRS pode produzir, em

alguns pacientes, sintomas de descontinuação, como tontura, parestesia, tremores,

ansiedade, náuseas e palpitação. Ao interromper o tratamento com Maxapran, reduzir

gradualmente a dose durante um período de uma ou duas semanas para evitar possíveis

sintomas de descontinuação (ver Posologia). Esses sintomas não são indicativos de vício.

Efeitos na capacidade de dirigir ou operar máquinas

Maxapran não compromete a função intelectual ou o desempenho psicomotor. Entretanto,

pode-se esperar que pacientes para os quais tenha sido prescrito medicamento psicotrópico

apresentem algum comprometimento da atenção e concentração, devido à própria doença,

ao(s) medicamento(s) ou a ambos. Os pacientes devem ser alertados quanto ao risco de

uma interferência na capacidade de dirigir automóveis e operar máquinas.

Gravidez e lactação

A experiência clínica de uso em mulheres grávidas é limitada.

Estudos de toxicidade reprodutiva não forneceram evidências de uma incidência aumentada

de dano fetal ou outros efeitos deletérios sobre o processo reprodutivo. O uso de Maxapran

(citalopram) durante a gravidez poderá resultar em distúrbios neurológicos e

comportamentais no recém-nascido. As seguintes reações foram observadas nos recém-

nascidos: irritabilidade, tremor, hipertonia, tônus muscular aumentado, choro constante,

dificuldade para mamar e para dormir. Esses efeitos também podem ser indicativos de

síndrome serotoninérgica ou retirada abrupta do medicamento durante a gravidez. Existem

informações sobre a excreção de citalopram no leite materno. Estima-se que o lactente

possa receber aproximadamente 5% da quantidade diária materna (em mg/kg). Nenhum

efeito ou efeito mínimo foi observado no lactente. Entretanto, as informações são

insuficientes para a avaliação do risco para a criança.

Categoria de risco na gravidez: C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

médica ou do cirurgião-dentista.

Informar imediatamente seu médico, ou cirurgião-dentista, em caso de suspeita de gravidez

ou se iniciar amamentação, durante o uso deste medicamento.

A dose máxima diária não deve exceder 40mg/dia pois doses superiores a 40mg/dia podem

causar alterações na atividade elétrica do coração e não mostram nenhum benefício no

tratamento da depressão.

Os pacientes com prolongamento do intervalo QT congênito apresentam maior risco de

desenvolverem torsades de pointes, taquicardia ventricular e morte súbita se utilizarem

medicamentos que prolongam o intervalo QT.

A dose máxima recomendada para pacientes maiores de 60 anos é de 20 mg diários.

O citalopram deve ser descontinuado em pacientes que apresentem medidas do intervalo

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Interações farmacodinâmicas

Selegilina: um estudo de interação de farmacocinética / farmacodinâmica com o citalopram

(20 mg por dia) e selegilina (10 mg por dia), administrados de forma concomitante, não

demonstrou nenhuma interação clinicamente relevante.

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Carbonato de lítio e triptofano: um estudo farmacocinético com lítio e citalopram não

evidenciou alterações farmacocinéticas relevantes. Nenhuma interação farmacodinâmica foi

encontrada em estudos clínicos nos quais o citalopram foi administrado concomitantemente

com o lítio. Entretanto, não se pode excluir uma interação farmacocinética, visto que o lítio e

o triptofano potencializam os efeitos farmacocinéticos. Conduzir com cautela o tratamento

concomitante com essas drogas.

Eletroconvulsoterapia (ECT): ainda não há estudos clínicos que estabeleçam os riscos ou

os benefícios do uso combinado de ECT e Maxapran.

Álcool: a combinação do álcool com os ISRSs não é previsível. Entretanto, não foi

encontrada nenhuma interação farmacodinâmica relevante quando o citalopram foi

administrado simultaneamente com o álcool.

Associações contraindicadas

IMAOs: assim como com outros ISRSs, não administrar Maxapran a pacientes que são

tratados com IMAOs (inibidores da monoaminoxidase), inclusive com a selegilina em doses

acima de 10 mg diários. A administração simultânea de citalopram e IMAOs não-seletivos,

bem como seletivos tipo A (moclobemida), pode causar síndrome serotoninérgica. Iniciar o

tratamento com o Maxapran 14 dias após a descontinuação dos IMAOs não-seletivos e, no

mínimo, 1 dia após a descontinuação da moclobemida. Introduzir o tratamento com os

IMAOs 7 dias após a descontinuação do Maxapran. Não há informação a respeito de

associações.

Interações farmacocinéticas

A biotransformação do citalopram em desmetilcitalopram é mediada pelas isoenzimas

CYP2C19 (aproximadamente 38%), CYP3A4 (aproximadamente 31%) e CYP2D6

(aproximadamente 31%) do sistema citocromo P450. O fato do citalopram ser metabolizado

por mais de uma isoenzima (CYP) indica que a inibição de sua biotransformação é menos

provável. Portanto, na prática clínica, há pouca probabilidade de interações farmacocinéticas

na co-administração do citalopram com outros fármacos. Influência de outros medicamentos

na farmacocinética do citalopram.

Cimetidina: a utilização concomitante do Maxapran com altas doses de cimetidina pode

gerar um aumento moderado dos níveis médios do citalopram. Não se recomenda nenhuma

redução da dose geral de Maxapran durante a co-administração com cimetidina.

Cetoconazol: a co-administração do citalopram com cetoconazol (potente inibidor CYP3A4)

não afeta a farmacocinética do citalopram. Influência do citalopram em outros

medicamentos.

Metoprolol: um estudo de interação farmacocinética / farmacodinâmica com a

administração concomitante do citalopram e do metoprolol mostrou um aumento de duas

vezes das concentrações do metoprolol, mas nenhum aumento estatisticamente significativo

no efeito do metoprolol sobre a pressão arterial ou na frequência cardíaca em voluntários

sadios.

A administração concomitante do citalopram com substratos CYP1A2 (clozapina e teofilina),

CYP2C9 (varfarina), CYP2C19 (imipramina e mefenitoína), CYP2D6 (esparteína,

imipramina, amitriptilina, risperidona) e CYP3A4 (varfarina, carbamazepina e triazolam)

provocou pequenas alterações farmacocinéticas, sem significado clínico.

Digoxina: em um estudo de interação farmacocinética o citalopram não causou nenhuma

alteração na farmacocinética da digoxina, o que significa que o citalopram não induz nem

inibe a glicoproteína P.

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7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade. Desde

que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade

de 24 meses a contar da data de sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Os comprimidos de Maxapran são administrados na forma de uma dose única e podem ser

tomados em qualquer momento do dia, independentemente da ingestão de alimentos.

Geralmente, a resposta terapêutica pode ser avaliada somente depois de 2 a 3 semanas de

tratamento, quando um possível aumento da dose (em elevações de 10 mg) pode ser

realizado em intervalos de 2 a 3 semanas.

Adultos

Tratamento da depressão

Administrar Maxapran na forma de uma dose oral única de 20 mg por dia. Dependendo da

resposta individual do paciente e da gravidade da depressão, aumentar a dose até um

máximo de 40 mg por dia.

Tratamento do transtorno do pânico

Uma dose oral única de 10 mg é recomendada na primeira semana, antes de se aumentar a

dose para 20 mg por dia. Dependendo da resposta individual, aumentar a dose até um

Tratamento do transtorno obsessivo compulsivo

É recomendada a dose inicial de 20 mg. Dependendo da resposta individual, aumentar a

dose até um máximo de 40 mg por dia.

Pacientes idosos (> 65 anos de idade)

Administrar Maxapran na forma de uma dose oral única de 20 mg por dia.

A dose máxima recomendada para pacientes maiores de 60 anos é de 20 mg diários.

dose para 20 mg por dia. A dose máxima recomendada para pacientes maiores de 60

anos é de 20 mg diários.

Crianças

O uso não é recomendado, pois a segurança e eficácia não foram estabelecidas nesta

população.

Função renal reduzida

Não é necessário ajuste da posologia em pacientes com comprometimento renal leve ou

moderado. Não está disponível nenhuma informação sobre o tratamento de pacientes com

função renal gravemente reduzida (depuração de creatinina < 30 ml/min).

Função hepática reduzida

Pacientes com função hepática reduzida não devem receber doses superiores a 20 mg/dia.

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Duração do tratamento

Uma melhora significativa do humor deprimido pode ser notada já na primeira semana de

tratamento e uma reposta antidepressiva total em 2 a 4 semanas.

O tratamento com antidepressivos é sintomático e deve, portanto, ser continuado por um

período de tempo apropriado, geralmente 6 meses ou mais após melhora clínica, para a

prevenção de recidivas.

No caso de pacientes com transtorno depressivo recorrente (unipolar), pode ser necessária

a continuação da terapia durante alguns anos para a prevenção da recorrência de novos

episódios.

A melhora máxima com Maxapran no tratamento do transtorno do pânico é geralmente

alcançada depois de cerca de 3 meses e a resposta é mantida durante tratamento

continuado.

O início do efeito no tratamento do Transtorno Obsessivo Compulsivo é de 2 a 4 semanas,

havendo melhora adicional com a continuação do tratamento.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas observadas com Maxapran são em geral leves e transitórias. Elas são

mais freqüentes durante a primeira ou segunda semana de tratamento e geralmente se

atenuam em seguida.

Os efeitos adversos mais comumente observados com o uso de Maxapran (N=1083) em

estudos duplo-cegos, controlados por placebo e não observados com uma incidência igual

entre pacientes tratados com placebo (N=486) foram: náuseas, boca seca, sonolência,

sudorese aumentada, tremor, diarreia, diminuição da libido, distúrbios de ejaculação e

anorgasmia em mulheres. A incidência excedente de cada um desses efeitos adversos em

relação ao placebo é baixa. Há correlação entre dose e resposta para os seguintes efeitos

adversos: sudorese aumentada, boca seca, agitação, sonolência, diarreia, náusea e fadiga.

Os efeitos adversos abaixo foram relatados em estudos clínicos ou durante a vigilância pós-

marketing:

Comuns (>1/100, <1/10): relatados em estudos clínicos e com frequência corrigida por

placebo – sudorese aumentada, boca seca, agitação, apetite diminuído, impotência, insônia,

libido diminuída, sonolência, bocejos, diarreia, náusea, distúrbios de ejaculação, anorgasmia

feminina e fadiga.

Muito raros (<1/10.000): relatados através do serviço de farmacovigilância pós-marketing –

hiponatremia e secreção inapropriada de hormônio anti-diurético (ambas especialmente em

mulheres idosas), hipersensibilidade, convulsões, convulsão tipo grande mal, síndrome

serotoninérgica, síndrome de descontinuação (vertigem, náusea e parestesia), equimose,

púrpura e sintomas extrapiramidais.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária

- NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a

Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Como o Maxapran é administrado para pacientes que apresentam risco potencial para o

suicídio, houve alguns relatos de tentativa de suicídio. Não existem detalhes quanto às

doses utilizadas ou quanto a combinações com outras drogas e/ou álcool.

Maxapran_BU 02_VPS 11

A experiência proveniente de casos considerados como sendo provocados pelo citalopram

em monoterapia mostrou o seguinte padrão: em doses abaixo de 600 mg, sintomas leves de

náuseas, tontura, taquicardia, tremor e sonolência, foram evidentes; em doses acima de 600

mg, podem ocorrer convulsões nas primeiras horas após a ingestão.

As convulsões podem aparecer repentinamente, apesar de uma diminuição apenas discreta

do nível de consciência, alterações de ECG, principalmente na forma de complexos QRS

alargados, podem ocorrer algumas horas depois.

Não foram relatadas arritmias graves ou hipotensão clinicamente significativa.

Não existe antídoto específico.

O tratamento é sintomático e de suporte.

Deve-se realizar lavagem gástrica assim que possível após a ingestão oral. Iniciar

monitorização através do ECG, quando forem ingeridos mais de 600 mg. Tratar as

convulsões com diazepam. Normalizar os complexos QRS largos através da infusão de

solução hipertônica de cloreto de sódio.

Um paciente adulto sobreviveu à intoxicação com 5.200 mg de citalopram.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais

orientações.

II- DIZERES LEGAIS

MS - 1.1213.0386

Farmacêutico Responsável: Alberto Jorge Garcia Guimarães - CRF-SP nº 12.449

Fabricado e Registrado por:

Biosintética Farmacêutica Ltda.

Av. das Nações Unidas, 22.428

São Paulo - SP

CNPJ 53.162.095/0001-06

Indústria Brasileira

Embalado por:

São Paulo – SP

ou

Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.

Guarulhos - SP

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA

Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 23/12/2013.

Número de Lote, Fabricação e Validade: vide cartucho.

Maxapran_BU 02_VPS 12

Histórico de Alteração de Bula

Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera a bula Dados das alterações de bulas

Data do

expediente

Nº do

Assunto Data do

Assunto Data de

aprovação

Itens de bula Versões (VP/VPS) Apresentações relacionadas

18/07/2013 0583213136 Inclusão Inicial de

Texto de Bula –

RDC 60/12

N/A N/A N/A N/A

ADVERTÊNCIAS E

PRECAUÇÕES

VP e VPS 20 MG COM REV CT BL AL

PLAS INC X 7

20 MG COM REV CT BL AL

PLAS INC X 14

PLAS INC X 28

Notificação de

02/08/2013 0634577/13-8 Inclusão de

nova

apresentação

comercial

23.12.2013 APRESENTAÇÕES/

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.