Bula do Nootron para o Profissional

Bula do Nootron produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Nootron
Biosintética Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO NOOTRON PARA O PROFISSIONAL

Nootron

Biosintética Farmacêutica Ltda.

Comprimido revestido

400 mg

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BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE

Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009

I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

NOOTRON

piracetam

APRESENTAÇÃO

Comprimidos revestidos 400 mg. Embalagem com 60 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido de Nootron contém:

piracetam...............................................................................................................400 mg

Excipientes: amido, povidona, celulose microcristalina, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, amidoglicolato de

sódio, dióxido de silício, estearato de magnésio, macrogol, hipromelose e dióxido de titânio.

II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Pacientes adultos

• Transtornos cognitivos com comprometimento parcial ou global das funções intelectuais, proporcionando

melhora da atenção, concentração, memória, vigilância e sociabilidade;

• Distúrbios de consciência (estados comatosos e subcomatosos) e de comportamento (desorientação,

agitação e inquietação) de origem vascular, traumática ou tóxica (transtornos mentais e comportamentais

devidos ao uso de álcool, por exemplo);

• Vertigens e alterações associadas ao equilíbrio, exceto nas vertigens de origem vasomotora ou psíquica.

Pacientes pediátricos

• Dislexia (distúrbios do aprendizado) ocorrendo melhora na memorização, atenção e vigilância;

• Crises de perda de fôlego, manifestado por cianose e perda de consciência durante a fase expiratória do

choro;

• Distúrbios de adaptação ao meio (familiar, escolar e social), de comportamento e do pensamento

(coordenação de idéias, julgamento, raciocínio, compreensão e performances intelectuais), de causa

neurológica ou psíquica.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Transtornos Cognitivos

Uma meta-análise foi realizada utilizando 19 estudos que incluíram pacientes com transtorno cognitivo relacionado

à idade ou demência (aproximadamente 1500 participantes). Estudos não publicados também foram incluídos para

redução de bias. A duração dos estudos variou entre 6 e 52 semanas e as doses de piracetam utilizadas foram de 2,4

a 8 g/dia. Foi demonstrado que mais de 60% dos pacientes que receberam o piracetam apresentaram melhora na

escala CGI-C comparados com 30% dos pacientes que receberam placebo.

Em um estudo realizado com 162 participantes com alteração de memória relacionada à idade, os participantes

receberam 2,4 g/dia ou 4,8 g/dia de piracetam ou placebo durante 3 meses. A melhora observada nos participantes

que utilizaram a dosagem mais alta do piracetam foi significativamente maior que nos participantes que receberam

placebo em testes de memória imediata, global e remota. A dosagem mais baixa propiciou uma melhora

significativamente superior ao placebo nos testes de memória imediata.

Acidente Vascular Cerebral

Em estudo randomizado, multicêntrico, duplo-cego, foram incluídos 927 pacientes com AVC que receberam

placebo ou piracetam 12 g (IV) até 12 horas após o AVC, seguido de 12 g de piracetam diariamente por 4 semanas

(IV até 4º dia, depois VO) e da 5ª até a 12ª semana a dosagem de piracetam passa a ser 4,8 g/dia. Não foram

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encontradas diferenças clínicas entre os grupos; no entanto, uma análise dos pacientes que receberam a medicação

até 7 horas após o AVC (n=452) demonstrou diferenças significativas a favor do piracetam na escalada de avaliação

clínica de Orgogozo após 4 semanas de tratamento e na escala de Barthel após 12 semanas (utilizada para avaliação

do resultado funcional e atividades de vida diária em AVC). Quando foram considerados apenas os resultados dos

pacientes com AVC moderado ou grave entre aqueles que receberam o tratamento precoce (n=360), as diferenças a

favor do piracetam foram estatisticamente significativas nas duas escalas (Orgogozo e Barthel).

A porcentagem de pacientes com afasia ao final do tratamento foi menor no grupo que recebeu o piracetam tanto

quando considerado o grupo todo (n=927), como também na análise dos participantes que receberam tratamento

precoce (n=460) e na análise dos participantes com AVC moderado a grave que receberam tratamento precoce

(n=360). Nestes dois últimos grupos também foi observada melhora significativa em relação ao placebo no status

neurológico e na capacidade funcional em atividades de vida diária.

Em estudo prospectivo, duplo-cego, controlado por placebo, foi investigado o efeito do piracetam na recuperação da

linguagem em pacientes que apresentaram afasia após AVC. Vinte e quatro pacientes foram randomizados para

receber 4,8 g/dia de piracetam ou placebo durante 6 semanas. Ambos os grupos foram submetidos a terapia de

linguagem intensiva. O grupo que recebeu piracetam apresentou aumento significativo do efeito de ativação no giro

temporal transverso esquerdo, porção triangular esquerda do giro frontal inferior e giro temporal superior posterior

esquerdo em comparação com as medidas originais. O grupo placebo apresentou um aumento do efeito de ativação

somente na área de vocalização esquerda. Na bateria de testes utilizada, o grupo que recebeu piracetam apresentou

melhora de 6 funções de linguagem enquanto o grupo placebo apresentou melhora de apenas 3 funções.

Sessenta e seis pacientes com afasia após AVC foram incluídos em estudo randomizado, duplo-cego, controlado por

placebo para avaliar os efeitos do piracetam 4,8 g/dia como tratamento adjuvante à terapia de linguagem intensiva.

Foi observada uma tendência de superioridade do grupo ativo em todos os subtestes das escalas de afasia. Esta

tendência foi estatisticamente significativa nas diferenças absolutas da recuperação da “linguagem escrita” e “profile

level”.

Em outro estudo randomizado, multicêntrico, duplo-cego, controlado por placebo, foram incluídos pacientes

hospitalizados, em recuperação de uma hemorragia cerebral ou infarto tromboembólico, que apresentavam déficit da

função motora, perceptual ou da linguagem, com indicação de terapia de reabilitação. Os pacientes receberam

piracetam 4,8 g/dia ou placebo durante 12 semanas. Dos 158 incluídos no estudo, 137 foram avaliados ao final do

tratamento. A análise multivariada dos scores do teste de afasia demonstrou uma melhora global significativa em

relação à baseline a favor do piracetam.

A eficácia e tolerabilidade do piracetam foram também avaliadas em estudo randomizado, duplo-cego realizado com

56 pacientes com isquemia cerebral aguda, de 28 dias de duração. Utilizando SPECT, foi observado que 85,2% dos

pacientes tratados com piracetam apresentaram uma melhora de perfusão na área cerebral afetada. Somente 20,7%

dos pacientes que receberam placebo apresentaram uma melhora deste fluxo.

Vertigem

Foram incluídos em estudo multicêntrico, duplo-cego, controlado por placebo, 143 pacientes idosos com vertigem

de origem central ou periférica com sintomatologia severa o suficiente para comprometer as atividades de vida

diárias. Os participantes receberam piracetam 2,4 g/dia ou placebo durante 8 semanas. Nos participantes tratados

com piracetam, foi observada melhora significativa na frequência das crises, a duração da incapacidade foi menor,

assim como o mal estar entre os episódios e o desequilíbrio. A tolerabilidade ao piracetam foi boa e os eventos

adversos relacionados à medicação foram poucos.

Cinquenta pacientes com vertigem de origem periférica ou central foram incluídos em outro estudo e receberam

piracetam 2,4 g/dia ou placebo durante 8 semanas. Houve uma melhora significativa da vertigem, da severidade e

duração das crises e também do zumbido, nos pacientes que receberam o piracetam em comparação com placebo.

Dislexia

Em um estudo, 225 crianças com dislexia, entre 7 e 12 anos de idade receberam 3,3 g/dia de piracetam

durante 36 semanas. No final do tratamento, o piracetam melhorou significativamente a leitura, em

comparação com placebo, conforme medido pela pontuação total de passagem do Teste Gray de Leitura

Oral (alteração média de ajuste a partir do basal: 7,5 e 6,0 para piracetam e placebo, respectivamente, p =

0,043) e pela pontuação abrangente do Teste Gilmore de Leitura Oral (alteração média de ajuste a partir do basal:

4,3 e 2,7 para piracetam e placebo, respectivamente, p = 0,009).

Um estudo multicêntrico, duplo-cego, controlado por placebo foi realizado com 257 meninos com dislexia que

receberam piracetam (3.3g/dia) ou placebo durante 12 semanas. A medicação foi bem tolerada e crianças tratadas

com piracetam apresentaram melhora na velocidade de leitura. Uma melhora na memória de curto-prazo seqüencial

auditiva foi observada nos sujeitos tratados com piracetam que apresentavam um comprometimento da mesma do

início do tratamento.

Perda de fôlego

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Um estudo prospectivo foi realizado com 52 crianças com o objetivo de determinar a utilidade do piracetam no

tratamento profilático das crises de perda de fôlego severas. A dose de picaretam utilizada foi de 50-100 mg/kg/dia

durante 3 a 6 meses. Em 81% das crianças foi observado o desaparecimento completo das crises de apneia e em 9%

a frequência das crises foi reduzida para menos de 1 crise por mês e sua intensidade foi diminuída. Os pacientes

foram avaliados a cada 2-4 semanas e o seguimento continuou até 3 meses após o término do tratamento, não sendo

relatado nenhum caso de recaída dos sintomas.

Para avaliar a eficácia do piracetam no tratamento de crises de apneia em crianças, 76 crianças foram incluídas em

um estudo randomizado controlado por placebo. A dose administrada de piracetam foi de 40mg/kg/dia por um

período de 2 meses. O controle das crises foi observado em 92.35 das crianças que receberam piracetam e em 29.7%

das crianças que receberam placebo. Não houve diferença em relação aos eventos adversos entre os dois grupos.

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3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

O piracetam é um agente nootrópico, derivado cíclico do ácido gama-aminobutírico (GABA). Em estudos com

animais, foram observados os efeitos do piracetam em facilitar o aprendizado e o armazenamento da memória de

informações adquiridas, melhorar a transferência inter-hemisférica de informações através do corpo caloso e

proteger o cérebro contra estímulos nocivos físicos ou químicos, incluindo a prevenção da amnésia retrógrada

induzida por hipóxia. Esses efeitos são obtidos através do aumento dos níveis da adenosina trifosfato (ATP) no

cérebro, estimulando a transformação do ADP em ATP, tanto em situações de oxigenação normal quanto em

hipóxia. Outra ação que justifica os efeitos benéficos na formação da memória com o uso do piracetam é o aumento

da liberação de dopamina na fenda sináptica. O piracetam também apresenta ação na transmissão colinérgica, por

meio do aumento da liberação de acetilcolina. Esse é um importante mecanismo de ação, que explica o aumento da

capacidade de memorização, principalmente nos casos de doenças degenerativas, em que ocorre a morte gradativa

de neurônios colinérgicos. O piracetam não possui ação sedativa, analéptica, analgésica, neuroléptica ou

tranquilizante, segundo vários estudos de farmacodinâmica.

Propriedades Farmacocinéticas

Quando administrado por via oral, é completa e rapidamente absorvido pelo sistema gastrintestinal, atingindo nível

sanguíneo máximo em 30 a 45 minutos e no líquido cefalorraquidiano após 2 a 8 horas. O piracetam não se liga às

proteínas plasmáticas, concentra-se no córtex cerebral, difunde-se para todos os tecidos e atravessa a barreira

hematoencefálica, a placenta e as membranas utilizadas na diálise renal.

É eliminado principalmente pela urina, sem ser metabolizado, em 30 horas, fato este que deve ser levado em

consideração em pacientes com insuficiência renal; cerca de 1 a 2% é encontrado nas fezes. A meia-vida, que

depende da função renal, é de 4 a 5 horas em pacientes sadios, jovens e adultos; em pacientes com insuficiência

renal grave e irreversível, a meia-vida é de 48 a 50 horas, fato este que deve ser levado em consideração quando da

utilização do piracetam em doentes renais.

O efeito do piracetam é geralmente alcançado após 6 a 12 semanas de tratamento.

4. CONTRAINDICAÇÕES

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NOOTRON é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade ao piracetam ou aos outros componentes de sua

fórmula. Também é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade a derivados de pirrolidona.

NOOTRON é contraindicado também em pacientes portadores de Coréia de Huntington, pois pode piorar os

movimentos coreicos.

Em pacientes com insuficiência renal, o uso de NOOTRON é contraindicado caso o clearance de creatinina seja <

20 mL/min e/ou a creatinina sérica seja > 3 mg/dL.

Este medicamento é contraindicado para menores de 6 meses de idade.

Gravidez e lactação

Não há estudos clínicos publicados que abordem o potencial de malformações fetais de NOOTRON e, portanto, seu

uso durante a gravidez deve ser evitado.

Este medicamento é contraindicado no primeiro trimestre da gravidez.

Sabe-se que o piracetam atravessa a barreira placentária e é excretado no leite materno e, portanto, seu uso durante a

amamentação é desaconselhado.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

NOOTRON deve ser administrado com cautela em pessoas que fazem uso de varfarina. O tempo de protrombina

desses pacientes deve ser rigorosamente monitorizado e pode ser necessário o ajuste da dose do anticoagulante.

Populações especiais

Pacientes com insuficiência renal

Na insuficiência renal grave, desaconselha-se a utilização de doses elevadas ou em curtos intervalos de tempo, desde

que o paciente não esteja em tratamento dialítico. Devido à eliminação renal do piracetam, em pacientes com

insuficiência renal o aumento da meia-vida é inversamente proporcional ao clearance de creatinina, fato que deve

ser levado em consideração na definição da dose do medicamento a ser utilizada (vide “POSOLOGIA E MODO DE

USAR”).

Pacientes idosos

Foi relatado um aumento da meia-vida de eliminação em pacientes idosos com múltiplas doenças em relação a

jovens ou idosos saudáveis. As doses devem ser ajustadas especialmente em idosos com função renal

comprometida, levando-se em consideração o clearance de creatinina.

Capacidade de dirigir e operar máquinas

Pacientes que apresentarem tonturas, sonolência ou outros distúrbios do sistema nervoso central que possam

comprometer sua habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas devem ser advertidos para não realizar estas

atividades.

Categoria de risco na gravidez: B.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Interação medicamento-medicamento

Gravidade: Moderada

Efeito da interação: aumento do risco de sangramento

Medicamento: varfarina e acenocumarol

Efeito da interação: confusão, irritabilidade e alteração do sono

Medicamento: Hormônios tiroideanos (T3 + T4).

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

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Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar

da data de sua fabricação.

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C). Proteger da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Nootron solução oral é um líquido límpido de coloração castanha.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

No tratamento de doença na fase crônica, a administração deve ser oral; neste caso, o efeito medicamentoso é

geralmente alcançado após 6 a 12 semanas de tratamento. Após 3 meses de tratamento, deve-se reavaliar a

necessidade de continuação do mesmo, na dependência do estado clínico do paciente.

Pacientes adultos

Iniciar o tratamento com 40 mL a 80 mL/dia divididos em 3 vezes ao dia (2.400 a 4.800 mg/dia). Após obtenção do

efeito desejado, diminuir a dose para 20 mL a 40 mL/dia divididos em 2 a 3 vezes ao dia (1.200 a 2.400 mg/dia).

Pacientes pediátricos

Em crianças de 6 meses a 5 anos com diagnóstico de perda de fôlego, administrar 60 mg (1 mL) por Kg de peso por

dia, dividindo-se esta dose em 3 administrações. Após a obtenção dos efeitos desejados, reduzir a dose para 30 mg

por Kg de peso/dia, dividido em 2 administrações.

No tratamento da dislexia em crianças de 8 a 13 anos de idade, a dose recomendada é de 55 mL/dia (3.300 mg/dia)

dividido em duas tomadas.

Pacientes com insuficiência renal

Uma vez que o NOOTRON é excretado por via renal, a dose deve ser ajustada em casos de insuficiência renal

grave, levando-se em consideração o clearance de creatinina.

Clearance de creatinina

(mL/min)

Creatinina sérica

(mg/dL)

Posologia

60 - 40 1,25 - 1,7 1/2 da dose usual

40 - 20 1,7 - 3 1/4 da dose usual

< 20 > 3 O uso é contra-indicado

A segurança e eficácia de NOOTRON somente são garantidas na administração por via oral.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Geralmente, NOOTRON é bem tolerado quando utilizado na posologia recomendada.

Sintomas gastrointestinais: náuseas, vômitos, diarreia, desconforto ou dor abdominal, flatulência;

Sintomas neurológicos: tontura, cefaleia, tremores, letargia, ataxia, piora da epilepsia, vertigem;

Sintomas psiquiátricos: alterações do sono, confusão, agitação, nervosismo, irritabilidade, ansiedade, alucinação,

astenia;

Sintomas dermatológicos: eritema, prurido, dermatite;

Sintomas hepáticos: elevação dos testes de função hepática.

Sintomas endocrinológicos: ganho de peso;

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Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual

ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.