Bula do Oxalibbs para o Profissional

Bula do Oxalibbs produzido pelo laboratorio Libbs Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Oxalibbs
Libbs Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO OXALIBBS PARA O PROFISSIONAL

OXALIBBS®

oxaliplatina

LibbsFarmacêuticaLtda

Póliófiloinjetável

50mge100mg

OXAL_v.08-14

APRESENTAÇÕES

Pó liófilo injetável 50 mg e 100 mg: embalagem com 1 frasco-ampola.

USO INTRAVENOSO

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada frasco-ampola de Oxalibbs®

50 mg contém:

oxaliplatina.....................................................................................................................................................................50 mg

excipiente: lactose.

100 mg contém:

oxaliplatina...................................................................................................................................................................100 mg

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Oxalibbs®

(oxaliplatina para injeção) é destinado ao tratamento de pacientes com câncer colón retal metastático e como

adjuvante no tratamento de pacientes no estágio III de câncer colón retal após completa ressecção do tumor primário

usado em combinação com 5-fluouracil/leucovorin.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Estudo multicêntrico comparando a associação de 5-fluouracil (5-FU)/ leucovorin (LV), irinotecano e oxaliplatina em

pacientes com câncer de colón metastático nunca tratados anteriormente, mostrou que os pacientes que receberam

oxaliplatina, em conjunto com 5-fluouracil e leucovorin, tiveram uma maior taxa de resposta ao tratamento e uma maior

sobrevida média. Apresentaram também um maior intervalo livre de doença quando comparados ao tratamento controle.

Foram estudados 795 pacientes entre maio de 1999 e abril de 2001, que foram separados em três grupos: 264 pacientes

no grupo controle receberem irinotecano, 5-fluouracil e leucovorin (IFL); 267 pacientes receberam oxaliplatina, 5-

fluouracil e leucovorin (FOLFOX4) e 264 pacientes receberam oxaliplatina e irinotecano (IROX).

Os regimes administrados foram os seguintes:

• IFL = 125 mg/m² de irinotecano, bolus de 5-FU 500mg/m² e 20 mg/m2 de LV nos dias 1, 8,15, 22, a cada 6 semanas;

• FOLFOX4 = 85 mg/m² de oxaliplatina no dia 1 e bolus de 5-FU 400 mg/m² + 200 mg/m² de LV seguidos de 600 mg/m²

de 5-FU em após as 22 horas nos dias 1 e 2, repetidos a cada duas semanas;

• IROX = 85 mg/m² de oxaliplatina e 200 mg/m2 de irinotecano a cada duas semanas.

Os resultados demonstraram que os pacientes que receberam o regime FOLFOX tiveram tempo para progressão da

doença maior (mediana: 8,7 meses; p=0,0014) do que os pacientes que receberam IFL (mediana: 6,9 meses) ou que

receberam IROX (mediana: 6,5 meses).

A sobrevida mediana dos pacientes recebendo IFL foi de 15 meses, enquanto nos pacientes tratados no regime FOLFOX

foi de 19,5 meses (p=0,001) e nos pacientes que receberam IROX foi de 17,4 meses (p=0,04 comparado ao controle).

Não houve diferença na sobrevida mediana entre os pacientes recebendo FOLFOX e IROX (p=0,09). A taxa de resposta

em pacientes recebendo FOLFOX (45%) foi maior que nos pacientes que receberam IFL (32%; p=0,002) ou IROX

(35%; p=0,03). A taxa de resposta não diferiu entre os pacientes dos grupos IFL e IROX (p=0,034).

Um estudo internacional, multicêntrico, aberto, randomizado comparou a eficácia e avaliou a segurança da oxaliplatina

em combinação com 5-FU/LV em comparação com 5-FU/LV isolado, em pacientes com câncer de cólon estágio II

(Dukes B2) ou câncer de cólon estágio III (Dukes C), que haviam sido submetidos à ressecção completa do tumor

primário. O principal objetivo do estudo foi comparar a sobrevida livre de doença em 3 anos em pacientes recebendo

oxaliplatina em associação a 5-FU/LV, com aqueles que recebem apenas 5-FU/LV. O objetivo secundário de eficácia foi

a sobrevida global. Os pacientes foram tratados por um total de 6 meses (ou seja, 12 ciclos). Foram randomizados, no

total, 2.246 pacientes, 1.123 em cada grupo do estudo. Pacientes no estudo tinham idades entre 18 e 75 anos, carcinoma

de colón histologicamente comprovado estágio II (T3-T4 N0 M0; Dukes B2) ou III (qualquer T N1-2 M0; Dukes C)

(com o polo inferior do tumor acima da reflexão peritoneal, isto é, ≥ 15 cm da margem anal) e (dentro de 7 semanas antes

da randomização) submetidos a ressecção completa do tumor primário sem evidências macro ou microscópica da doença

residual. Os pacientes não haviam recebido tratamento quimioterápico prévio. Os regimes terapêuticos foram os

seguintes:

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5-FU/LV (FL) (n=1123): LV: 200 mg/m² (infusão em 2 horas), seguida por 5-FU: 400 mg/m² (bolus), 600 mg/m²

(infusão em 22 horas), durante 2 dias consecutivos, a cada duas semanas por 12 ciclos no total.

Dia 2: LV: 200 mg/m² (infusão em 2 horas), seguida por 5-FU: 400 mg/m² (bolus), 600 mg/m² (infusão em 22 horas).

Oxaliplatina + 5-FU/LV (Oxaliplatina + FL) (n =1.123): LV: 200 mg/m² (infusão em 2 horas), seguida por 5- FU: 400

mg/m² (bolus), 600 mg/m² (infusão em 22 horas), por 2 dias consecutivos. Oxaliplatina: 85 mg/m² (infusão em 2 horas),

junto com LV somente no D1.

O intervalo de sobrevida livre de doença em 3 anos foi estatisticamente significante na população global e nos pacientes

em estágio III da doença tratados com oxaliplatina em combinação com 5-FU/LV em comparação com o grupo que

recebeu apenas 5-FU/LV (78.2% vs. 72.9%; p=0,002 e 72.2% vs. 65.3%; p=0,005, respectivamente). Esse achado não foi

significativamente estatístico nos pacientes em estágio II da doença (87.0% vs. 84.3% p=0,23).

Um estudo europeu multicêntrico de fase III avaliou a eficácia da oxaliplatina como tratamento de primeira linha no

câncer colorretal metastático. Foram estudados 420 pacientes de agosto de 1995 a julho de 1997. Todos tinham

diagnóstico histopatológico confirmado de adenocarcinoma de colón ou reto, metástases inoperáveis e sem tratamento

quimioterápico prévio, além de ao menos uma lesão mensurável em exames de imagem (ressonância nuclear magnética

ou tomografia computadorizada).

Pacientes randomizados para o grupo controle foram tratados com leucovorin 200 mg/m2 IV por 2 horas, seguido de 5-

FU 400 mg/m² administrado em bolus IV seguido de uma infusão de 600 mg/m² em 22 horas por 2 dias consecutivos. Os

pacientes randomizados para o grupo experimental receberam, nos mesmos horários, 5-FU e leucovorina, com

oxaliplatina 85 mg/m2 IV por 2 horas somente no primeiro dia. Os pacientes foram avaliados quanto ao intervalo livre de

progressão. Como objetivo secundário, foram avaliados a taxa de resposta ao tratamento, avaliada por exame de imagem

após 4 semanas, a sobrevida global, qualidade de vida e segurança dos regimes. A associação de oxaliplatina com 5-

FU/LV aumentou significativamente o intervalo livre de progressão mediano quando comparado a 5-FU/LV (9,0 meses

vs 6,2 meses; p =0.0003). Em relação à taxa de resposta avaliada radiologicamente confirmou taxa de resposta

significativamente maior no grupo experimental do que no controle, 50.7% vs 22,3%; p = 0,0001. Embora tenha sido

observada uma tendência para uma maior sobrevida no grupo tratados com oxaliplatina, 16,2 vs 14,7 meses, essa

diferença não alcançou significância estatística (p = 0,12).

GOLDBERG, R.M. A randomized controlled trial of fluorouracil plus leucovorin, irinotecan, and oxaliplatin combinations in patients

with previously untreated metastatic colorectal cancer. J Clin Oncol, v. 22, n. 1, p. 23-30, 2004.

ANDRÉ, T. et al. Oxaliplatin, Fluorouracil, and Leucovorin as Adjuvant Treatment for Colon Cancer. N Engl J Med, v. 350, p. 2343-

51, 2004.

de GRAMONT, A. et al. Oxaliplatin/5FU/LV in the adjuvant treatment of stage II and stage III colon cancer: Efficacy results with a

median follow-up of 4 years. Journal of Clinical Oncology, v. 23, n. 16 S (Junho 1 Suplemento), 2005: 3501 [Abstract only].

de GRAMONT, A, et al. Leucovorin and fluorouracil with or without oxaliplatin as first-line treatment in advanced

colorectal cancer. J Clinical Oncol. 18:2938-2947, 2000.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Oxalibbs®

(oxaliplatina) pertence a uma nova classe de sais da platina, na qual o átomo central de platina é envolvido por

um oxalato e um 1,2-diaminociclohexano (“dach”) em posição trans. A oxaliplatina é um estéreo-isômero.

Assim como outros derivados da platina, a oxaliplatina atua sobre o DNA, formando ligações alquil que levam à

formação de pontes inter e intrafilamentos, inibindo a síntese e posterior formação de novas moléculas nucléicas de

DNA.

A cinética de ligação da oxaliplatina com o DNA é rápida, ocorrendo no máximo em 15 minutos, enquanto que com a

cisplatina essa ligação é bifásica, com uma fase tardia após 4 a 8 horas.

No homem, observou-se presença dos complexos de inclusão nos leucócitos 1 hora após a administração.

A replicação e posterior separação do DNA são inibidas, da mesma forma que, secundariamente, é inibida a síntese do

RNA e das proteínas celulares.

O Oxalibbs®

(oxaliplatina) é eficaz sobre certas linhas de tumores resistentes à cisplatina.

Farmacocinética

O pico plasmático de platina total é de 5,1 ± 0,8 mcg/ml e a área sob a curva de 0 a 48 horas é de 189 ± 45 mcg/mL/h,

após administração por 2 horas de perfusão venosa de 130 mg/m2 de oxaliplatina. Ao final da perfusão, 50% da platina

estão fixados nos eritrócitos e 50% se encontram no plasma, sendo que 25% na forma livre e 75% ligados às proteínas

plasmáticas. A ligação às proteínas aumenta progressivamente, estabilizando-se em 95% no quinto dia após a

administração.

A eliminação é bifásica, com meia-vida terminal de cerca de 40 horas. Um máximo de 50% da dose administrada é

eliminado na urina em 48 horas, e 55% ao fim de 6 dias. A excreção fecal é pequena (5% da dose ao final de 11 dias).

Não há necessidade de adaptação posológica nos pacientes com insuficiência renal moderada, pois apenas a depuração da

platina ultra-filtrável se mostrou diminuída nesses pacientes, não ocorrendo, portanto, aumento da toxicidade. A

eliminação da platina dos eritrócitos é bastante lenta; no 22° dia o nível de platina intra-eritrocitária corresponde a 50%

da concentração plasmática máxima, sendo que a maior parte da platina plasmática já foi eliminada nesse período. Ao

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longo do curso de ciclos sucessivos de tratamento, observou-se que não há aumento significativo dos níveis plasmáticos

de platina total e ultrafiltrável, enquanto que há um acúmulo nítido e precoce da platina eritrocitária.

Em animais de laboratório, o Oxalibbs®

(oxaliplatina) demonstra o perfil de toxicidade geral característica dos

complexos de platina. Entretanto, nenhum órgão-alvo em particular foi identificado, a não ser a cardiotoxicidade no cão,

própria desta espécie animal. Digno de nota é que Oxalibbs®

(oxaliplatina) não apresenta a nefrotoxicidade da cisplatina

nem a mielotoxicidade da carboplatina

4. CONTRAINDICAÇÕES

Oxalibbs®

(oxaliplatina) é contraindicado a pacientes que apresentem antecedentes alérgicos à oxaliplatina ou a outros

medicamentos contendo platina ou manitol. Não deve ser empregado em pacientes com supressão medular (neutrófilos <

2x109/L e/ou contagem de plaquetas < 100x109/L) antes do primeiro ciclo de tratamento, sangramento severo ou

insuficiência renal grave (clearance de creatinina ClCr < 30 mL /min), neutrófilos < 2x109/L e/ou contagem de plaquetas

< 100x109/L) antes do primeiro ciclo de tratamento. Como qualquer citostático, o Oxalibbs®

(oxaliplatina) pode ser

tóxico para o feto e para o lactente; portanto, não deve ser utilizado durante a gravidez e lactação.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes pediátricos.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Oxalibbs®

(oxaliplatina) deve ser administrado sob a supervisão de médico capacitado, com experiência no uso de

quimioterapia antineoplásica. A tolerabilidade neurológica deve ser objeto de especial atenção, sobretudo quando o

(oxaliplatina) é associado a outros medicamentos com potencial toxicidade neurológica. A toxicidade

gastrintestinal do Oxalibbs®

(oxaliplatina) justifica o uso profilático e/ou terapêutico de antieméticos.

Proceder à avaliação do hemograma antes de iniciar o tratamento e antes de cada novo ciclo. A depressão da medula

aumenta em pacientes que tenham recebido terapia anterior, especialmente terapias incluindo derivados de platina.

Em caso de reação hematológica (neutrófilos < 1,5 X 109

/L ou plaquetas < 75 X 109

/L), o início do ciclo seguinte de

tratamento deve ser adiado até recuperação.

(oxaliplatina) não demonstrou ser nefrotóxico, entretanto, não foi estudado em pacientes com insuficiência

renal grave. É, portanto, contraindicado em pacientes com insuficiência renal grave. As informações quanto à segurança

em pacientes com insuficiência renal moderada são limitadas, e o uso da oxaliplatina nestes pacientes deve ser

considerado após uma avaliação de risco e benefício, porém, o tratamento pode ser iniciado na dose usualmente

recomendada. Nesta situação, a função renal deve ser monitorizada e a dose ajustada em função da toxicidade.

Pacientes Pediátricos

A segurança e efetividade do tratamento não foram estabelecidas em pacientes pediátricos.

Pacientes Idosos

Existem poucos estudos sobre a utilização do medicamento em idosos, entretanto, estes parecem ser mais susceptíveis ao

medicamento.

Categoria de risco na gravidez: D.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente

seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Durante o período de amamentação o risco ao lactente não pode ser descartado. Devem-se pesar os benefícios potenciais

do tratamento contra os riscos potenciais antes de prescrever esse medicamento durante a amamentação. A amamentação

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Interação Medicamento-Medicamento

Não foram observadas interações medicamentosas entra a Oxaliplatina com outros medicamentos.

Devido à incompatibilidade com cloreto de sódio e com soluções básicas (em particular a 5-fluoruracil, leucovorin e o

trometanol), o Oxalibbs®

(oxaliplatina) não deve ser misturado com essas substâncias ou administrado pela mesma via

venosa.

Vacinas de vírus vivos ou bactérias não devem ser administradas em pacientes que recebem tratamento com agente

quimioterápico.

Interação Medicamento-substância Química

Grave: Oxalibbs®

não dever ser administrado com materiais que contenham alumínio.

Efeito da interação: degradação dos componentes da platina.

Interação Medicamento - exame laboratorial

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência da oxaliplatina em exames laboratoriais.

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Interação Medicamento- alimento

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre alimentos e a oxaliplatina.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Oxalibbs®

é um pó liofilizado branco, que forma uma solução límpida e incolor após reconstituição.

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.

As soluções reconstituídas podem ser conservadas no frasco original por até 48 horas, mantidas sob refrigeração (entre 2

e 8ºC) e protegidas da luz.

As soluções diluídas de oxaliplatina preparadas para infusão, podem ser conservadas por 24 horas em temperatura

ambiente (temperatura entre 15-30°C) e protegidas da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

A dose recomendada é de 130 mg/m2

, seja em monoterapia ou em associação bevacizumabe e capecitabina. Essa dose

deve ser repetida em intervalos de três semanas, caso não ocorram sinais e sintomas de toxicidade importante.

Quando em combinação com 5-FU/LV, Oxalibbs®

deve ser administrado a cada duas semanas. Para a doença

metastática, o tratamento é recomendado até a progressão da doença ou toxicidade inaceitável. A dose recomendada de

Oxalibbs®

para câncer de colón retal metastático/avançado é de 85 mg/m2

intravenosamente repetido a cada 2 semanas

em associação com fluoropirimidinas por 12 ciclos (6 meses).

(oxaliplatina) é geralmente administrado em infusão venosa de curta duração (2 a 6 horas), diluída em 250 a

500 ml de glicose a 5%. A dose pode ser modificada em função da tolerabilidade, particularmente neurológica.

(oxaliplatina) deve ser administrado antes das fluoropirimidinas.

Atenção:

(oxaliplatina) para injeção deve ser administrado sob a supervisão de um médico qualificado e experiente no

uso de agentes quimioterápicos. Manuseio apropriado (da terapia e complicações) é possível somente quando facilidades

de um tratamento adequado estão rapidamente disponíveis. Ao se manipular e reconstituir Oxalibbs®

(oxaliplatina) deve-

se adotar precauções indispensáveis para todo agente citotóxico. Os procedimentos de manipulação e de destruição

apropriados devem ser respeitados, tanto para Oxalibbs®

(oxaliplatina), como para todos os objetos que entrem em

contato com este medicamento. Estes procedimentos devem seguir as recomendações vigentes para o tratamento dos

resíduos citotóxicos.

Cuidados de administração:

Recomenda-se não administrar em injeção intravenosa direta.

Nunca utilizar solução salina como diluente.

Não misturar com outros medicamentos. Não misturar com solução salina como 5-fluoruracila na mesma ampola ou no

mesmo frasco de infusão.

O alumínio reage com o Oxalibbs®

(oxaliplatina) formando precipitados e levando à perda da potência; portanto, agulhas

ou instrumentos de uso intravenoso contendo partes em alumínio que possam entrar em contato com o fármaco não

devem ser usados para preparação ou administração do medicamento.

Como em toda preparação de solução citotóxica, certas precauções especiais devem ser seguidas para segurança no

manuseio e descarte:

• A preparação do fármaco deverá ser feita em área restrita; o ideal é manipulá-lo em um fluxo laminar vertical

identificado (Biologycal Safety Cabinet - Class II). A superfície de trabalho deverá estar coberta com plástico descartável

revestida por papel absorvente.

• Devem ser utilizadas roupas protetoras adequadas, tais como: luvas descartáveis, óculos de segurança, vestimentas e

máscaras descartáveis. Em caso de contato com os olhos, lavar com grande quantidade de água ou solução fisiológica.

• Todos os instrumentos e seringas a serem usados devem possuir acessórios Luer-Lock. Uma possível formação de

aerossóis pode ser reduzida pelo uso de agulhas de largo calibre e/ou agulhas hipodérmicas com abertura de escape.

No caso de extravasamento, a infusão deve ser interrompida e instituído tratamento sintomático no local.

Inutilizar soluções com sinais de precipitação.

Reconstituição da oxaliplatina:

A reconstituição da solução de Oxalibbs®

(oxaliplatina) e sua manipulação devem obedecer aos cuidados especiais

indispensáveis para todos os medicamentos citotóxicos. Mulheres grávidas devem evitar o contato com agentes

citotóxicos.

Os solventes a serem utilizados são a água para preparações injetáveis ou a solução de glicose a 5%. A concentração do

soluto não deve ser menor que 0,2 mg/ml.

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(oxaliplatina) 50 mg: adicionar ao medicamento liofilizado 10 a 20 ml de solvente, para obter concentração de

oxaliplatina de 2,5 a 5,0 mg/ml.

(oxaliplatina) 100 mg: adicionar ao medicamento liofilizado 20 a 40 ml de solvente, para obter concentração

de oxaliplatina de 2,5 a 5,0 mg/ml.

As soluções assim reconstituídas podem ser conservadas no frasco original por até 48 horas, sob refrigeração (entre 2°C a

8°C). Para infusão venosa, essas soluções devem ser subseqüentemente diluídas em 250 ml a 500 ml de glicose a 5%. A

inutilização das sobras do medicamento e de todo o material que entre em contato com o mesmo deve obedecer às

recomendações vigentes para o tratamento de resíduos citotóxicos.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Cardiovasculares

Reação Muito Comum (>1/10): Edema (5% monoterapia), Taquicardia (2% a 5%).

Reação Comum (> 1/100 e < 1/10): Edema (15% terapia combinada).

Reação sem frequência conhecida: Vasoespasmo Coronariano (síndrome de Kounis).

Dermatológicas

Reação Muito Comum (>1/10): Alopecia (67% terapia combinada), Síndrome mão-pé (13% terapia combinada).

Reação Comum (> 1/100 e < 1/10): Alopecia (3%monoterapia), Síndrome mão-pé (1% monoterapia).

Gastrointestinais

Reação Muito Comum (>1/10): Dor abdominal (monoterapia, 31%; terapia combinada, até 39%), Constipação (terapia

combinada, até 32%), Diarreia (monoterapia, 46%; terapia combinada, 76%), Diarreia graus 3 e 4 (terapia combinada,

11% a 25%), Perda de apetite (monoterapia, 20%; terapia combinada, até 35%), Náusea (monoterapia, 64%; terapia

combinada 83%), Estomatite (monoterapia, 14%; terapia combinada, até 42%), Vômito (monoterapia, 37%; terapia

combinada, até 64%).

Reação Comum (Reação Comum (> 1/100 e < 1/10): Diarreia graus 3 e 4 (monoterapia, 4%).

Reações sem frequência conhecida: Relatadas durante período de vigilância pós comercialização: Obstrução íleo

intestinal, Colite (incluindo diarreia associada ao Clostridum difficile), Pancretatite aguda.

Hematológicas

Reação muito comum (>1/10): Anemia (monoterapia, 64%; terapia combinada, até 81%), Neutropenia (todos os graus)

(monoterapia, 7%; terapia combinada, até 81%), Neutropenia, graus 3 e 4 (pacientes adultos, terapia combinada, até

53%), Neutropenia febril (terapia combinada, até 12%), Distúrbio granulocitopênico graus 3 e 4 (39-45%),

Esplenomegalia (67%),Trombocitopenia (monoterapia, 30%; terapia combinada, até 77%).

Reações sem frequência conhecida: Anemia hemolítica imuno-alérgica.

Hepáticas

Reação muito comum (>1/10): Fosfatase alcalina anormal (pacientes adultos, terapia combinada, 14 a 16%), Bilirrubina

anormal (monoterapia, 13%; terapia combinada, até 20%), ALT/TGP anormal (monoterapia, 36%; terapia combinada, 5

a 31%), AST/TGP anormal (monoterapia, 54%; terapia combinada, 11 a 47%), Aumento da função hepática (pacientes

adultos, terapia combinada, 42 a 57%).

Reações sem frequência conhecida: hipertensão portal, doença veno-oclusiva hepática(Síndrome da obstrução

sinusoidal).

Imunológicas

Reação Comum (> 1/100 e < 1/10): Reação de hipersensibilidade - erupções cutâneas, urticária, eritema, prurido, rubor

da face, diarreia associada à perfusão, falta de ar, sudorese, dor no peito, desorientação, síncope, hipotensão e

broncoespasmo (monoterapia, graus 3 e 4, 1 a 3%; terapia combinada, todos os graus, 6 a 12%).

Músculo-esqueléticas

Reação muito comum (>1/10): Dor nas costas (monoterapia, 11%; terapia combinada, 19%).

Neurológicas

Reação muito comum (>1/10): Disestesia faringolaringeal (1 a 38%), Neuropatia aguda ou persistente (neuropatia geral,

69 a 92%; neuropatia aguda, 56%; neuropatia persistente, 21 a 60%) – neuropatias periféricas sensitivas agravadas pelo

frio, parestesia (62 a 77%).

Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000): Síndrome de leucoencefalopatia posterior reversível (< 0,1%).

Reação sem frequência conhecida: Ataque isquêmico transitório.

Respiratórias

Reação muito comum (>1/10):Tosse (monoterapia, 11%; terapia combinada, 35%), dispneia (monoterapia, 13%; terapia

combinada, até 20%).

Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): Fibrose pulmonar (<1%).

Reação sem frequência conhecida: Pneumonite grave.

Renais

Reação comum (>1/100 e < 1/10): nefrotoxicidade(5 a 10%).

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Reação sem frequência conhecida: relatadas durante vigilância pós cormecialização – Insuficiência renal aguda,

Síndrome hemolítico urêmica, nefrite intersticial aguda, acidose tubular renal.

Outras

Reação muito comum (>1/10): Fadiga (monoterapia, 61%; terapia combinada, até 70%), Febre (monoterapia, 25%;

terapia combinada, até 29%).

Reação comum (>1/100 e < 1/10): Visão anormal (5 a 6%).

Reação sem frequência conhecida: Perda de visão transitória, Perda de audição, Angioedema.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

10. SUPERDOSE

Não se conhece um antídoto específico para o Oxalibbs®

(oxaliplatina). Deve ser esperada uma exacerbação das reações

adversas, em caso de superdose. O tratamento é sintomático, e deve ser realizado o monitoramento dos parâmetros

hematológicos. Nos casos de nefrotoxicidade, deve-se administrar de 3 a 4 litros de fluidos diários pela via intravenosa

(normalmente salinos). Em intoxicações mais severas, o volume deve ser aumentado para 5 a 6 litros diários. Têm sido

usados manitol e furosemida para melhorar a diurese. Reações alérgicas suaves a moderadas devem ser tratadas com anti-

histamínicos associados ou não a beta-agonistas, corticosteróides ou epinefrina.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.