Bula do Prinzide para o Profissional

Bula do Prinzide produzido pelo laboratorio Merck Sharp e Dohme Farmaceutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Prinzide
Merck Sharp e Dohme Farmaceutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO PRINZIDE PARA O PROFISSIONAL

Prinzide®

(lisinopril/hidroclorotiazida), MSD

Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda.

Comprimidos

10/12,5 mg

20/12,5 mg

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IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Prinzide

APRESENTAÇÕES

PRINZIDE

é apresentado na forma de comprimidos de 10/12,5 mg ou 20/12,5 mg de lisinopril e

hidrocrortiazida acondicionados em caixas com 30 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Ingredientes ativos:

• PRINZIDE

10/12,5 mg contém 10 mg de lisinopril e 12,5 mg de hidroclorotiazida.

20/12,5 mg contém 20 mg de lisinopril e 12,5 mg de hidroclorotiazida.

Ingredientes inativos: PRINZIDE

20/12,5 mg contém fosfato de cálcio dibásico diidratado, manitol, amido,

amido pré-gelatinizado, estearato de magnésio e óxido férrico (amarelo). PRINZIDE

10/12,5 mg contém

fosfato de cálcio dibásico diidratado, manitol, amido, amido pré-gelatinizado, estearato de magnésio e corante

azul alumínio laca FD&C nº 2.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AO PROFISSIONAL DE SAÚDE

1. INDICAÇÃO

é indicado para o tratamento de hipertensão essencial, quando terapia combinada for apropriada.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Nos estudos clínicos, o grau de redução da pressão arterial observado com a combinação de lisinopril e

hidroclorotiazida foi aproximadamente aditiva. A combinação de PRINZIDE®

10-12,5 mg agiu igualmente bem

em pacientes negros e caucasianos. As combinações de PRINZIDE 20-12,5 mg e 20-25 mg pareceram de certa

forma menos eficazes em pacientes negros, porém um número relativamente pequeno de pacientes negros foi

estudado. Na maioria dos pacientes, o efeito anti-hipertensivo de PRINZIDE®

foi mantido por pelo menos 24

horas.

Em uma comparação randomizada e controlada, os efeitos anti-hipertensivos médios de PRINZIDE®

20-12,5 mg

e PRINZIDE®

20-25 mg foram semelhantes, o que, sugere que muitos pacientes que respondem adequadamente

ao último podem ser controlados com PRINZIDE®

20-12.5 mg.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacologia Clínica: PRINZIDE

propicia atividade anti-hipertensiva e diurética. Os dois componentes da

combinação – lisinopril e hidroclorotiazida – foram usados isolada e concomitantemente para o tratamento da

hipertensão e seus efeitos anti-hipertensivos são aproximadamente aditivos. Além disso, o componente lisinopril

de PRINZIDE

mostrou atenuar a perda de potássio associada à hidroclorotiazida.

O lisinopril e a hidroclorotiazida têm esquemas posológicos semelhantes, portanto a formulação de PRINZIDE

para a administração concomitante de lisinopril e hidroclorotiazida é cômoda.

Mecanismo de Ação

Lisinopril: a enzima conversora de angiotensina (ECA) é uma peptidil dipeptidase que catalisa a conversão da

angiotensina I à substância pressora angiotensina II. Após a absorção, o lisinopril inibe a ECA, o que resulta na

redução da angiotensina II no plasma, levando ao aumento da atividade da renina plasmática (consequente à

remoção da retroalimentação negativa da liberação de renina) e à diminuição da secreção de aldosterona. A ECA

é idêntica à cininase II. Assim, o lisinopril também pode bloquear a degradação da bradicinina, um peptídeo

vasodepressor potente, entretanto o papel desse bloqueio nos efeitos terapêuticos do lisinopril ainda precisa ser

elucidado. Embora se acredite que o mecanismo pelo qual o lisinopril reduz a pressão arterial deve-se

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principalmente à supressão do sistema renina-angiotensina-aldosterona, o qual desempenha um importante papel

na regulação da pressão arterial, o lisinopril exerce efeito anti-hipertensivo mesmo em pacientes hipertensos com

renina baixa. Esse fato é compatível com o que geralmente se considera uma correlação precária entre a

atividade da renina plasmática e a resposta anti-hipertensiva.

Lisinopril-Hidroclorotiazida: a hidroclorotiazida é um agente diurético e anti-hipertensivo que aumenta a

atividade da renina plasmática. Embora o lisinopril isoladamente seja anti-hipertensivo mesmo em pacientes

hipertensos com renina baixa, a administração concomitante de hidroclorotiazida a esses pacientes causa maior

redução da pressão arterial.

Farmacocinética

Lisinopril: em estudos clínicos, concentrações séricas máximas ocorreram aproximadamente 6-8 horas após

administração oral. As concentrações séricas declinantes apresentaram uma fase terminal prolongada que não

contribuiu para o acúmulo do fármaco. Essa fase terminal não foi proporcional à dose e provavelmente

representa ligação saturável à ECA. O lisinopril não pareceu estar ligado a outras proteínas plasmáticas.

O lisinopril não sofre metabolismo significativo e é excretado inalterado predominantemente na urina. Com base

na recuperação urinária em estudos clínicos, a extensão da absorção do lisinopril foi de aproximadamente 25% e

não foi influenciada pela presença de alimento no trato gastrintestinal.

Em estudos de doses múltiplas, o lisinopril exibiu meia-vida de acúmulo efetiva de 12 horas.

As concentrações plasmáticas máximas observadas em idosos sadios (65 anos de idade ou mais) após a

administração de uma dose única de 20 mg de lisinopril foram mais altas do que as observadas em adultos

jovens sadios que receberam dose semelhante. Em outro estudo, foram administradas doses únicas de 5 mg ao

dia de lisinopril durante 7 dias consecutivos a voluntários sadios jovens e idosos e a pacientes idosos com

insuficiência cardíaca congestiva. As concentrações plasmáticas máximas de lisinopril no 7º dia foram mais altas

nos voluntários idosos do que nos jovens e ainda mais altas nos pacientes idosos com insuficiência cardíaca

congestiva. Esses achados são coerentes com o conceito de que o volume de distribuição de fármacos pouco

lipossolúveis (como o lisinopril) em idosos é reduzido em razão da menor proporção massa corpórea/gordura

nessa faixa etária; além disso, a depuração renal do lisinopril foi diminuída no idoso, particularmente na

presença de insuficiência cardíaca congestiva.

A disposição do lisinopril em pacientes com insuficiência renal foi semelhante àquela observada em pacientes

com função renal normal até a taxa de filtração glomerular alcançar 30 mL/min ou menos. A partir daí, os níveis

de lisinopril no vale e no pico aumentaram, o tempo para as concentrações máximas aumentou e o tempo para o

estado de equilíbrio às vezes foi prolongado.

Estudos em ratos indicam que o lisinopril cruza muito pouco a barreira hematoencefálica. Doses múltiplas de

lisinopril em ratos não resultam em acúmulo em nenhum tecido. Após administração de 14

C-lisinopril, o leite de

ratas lactantes continha radioatividade, que também foi demonstrada na placenta de ratas grávidas, mas não nos

fetos.

Farmacocinética de Interações Medicamentosas: não ocorreram interações farmacocinéticas clinicamente

significativas quando lisinopril foi usado concomitantemente com propranolol, digoxina ou hidroclorotiazida.

Hidroclorotiazida: quando os níveis plasmáticos foram acompanhados durante 24 horas, no mínimo, observou-

se que a meia-vida plasmática foi de 5,60-14,8 horas. A hidroclorotiazida não é metabolizada, mas é eliminada

rapidamente pelo rim; pelo menos 61% da dose oral é eliminada inalterada em 24 horas. A hidroclorotiazida

cruza a placenta, mas não a barreira hematoencefálica.

Lisinopril-Hidroclorotiazida: doses múltiplas de lisinopril e hidroclorotiazida administradas

concomitantemente exercem pouco ou nenhum efeito na biodisponibilidade desses fármacos. O comprimido

contendo a combinação é bioequivalente à administração concomitante dos componentes isoladamente.

Farmacodinâmica

Lisinopril: a administração do lisinopril a pacientes hipertensos resulta em redução da pressão arterial nas

posições deitada e ereta, sem taquicardia compensatória. Hipotensão postural sintomática geralmente não foi

observada, embora possa ser prevista em pacientes com depleção de sal e/ou volume (veja ADVERTÊNCIAS E

PRECAUÇÕES).

Na maioria dos pacientes estudados, o início da atividade anti-hipertensiva foi observado 1–2 horas após a

administração oral de uma dose individual de lisinopril e a redução máxima da pressão arterial foi alcançada em

6 horas; em alguns pacientes, a redução ideal da pressão arterial pode requerer de duas a quatro semanas de

terapia. Nas doses únicas diárias recomendadas, os efeitos anti-hipertensivos mantiveram-se por até 24 horas.

Os efeitos anti-hipertensivos do lisinopril mantiveram-se durante a terapia de longo prazo e sua descontinuação

abrupta não foi associada a aumento rápido da pressão arterial nem superação significativa dos níveis

pressóricos observados antes do tratamento.

Em estudos hemodinâmicos que envolveram pacientes com hipertensão essencial, a redução da pressão arterial

foi acompanhada de redução da resistência arterial periférica com pequena ou nenhuma alteração no débito

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cardíaco ou na frequência cardíaca. Em um estudo que envolveu pacientes hipertensos, o fluxo sanguíneo renal

aumentou e a taxa de filtração glomerular não se alterou após a administração do lisinopril.

O lisinopril, na faixa posológica de 20 mg a 80 mg, foi igualmente eficaz em pacientes hipertensos idosos (65

anos de idade ou mais) e mais jovens. Em estudos clínicos, a idade não afetou o perfil de segurança do lisinopril.

Em pacientes com hipertensão renovascular, o lisinopril mostrou ser bem tolerado e eficaz no controle da

pressão arterial (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

Hidroclorotiazida: o mecanismo do efeito anti-hipertensivo das tiazidas é desconhecido. Os diuréticos

tiazídicos geralmente não afetam a pressão arterial normal.

A hidroclorotiazida é um agente diurético e anti-hipertensivo, que afeta o mecanismo tubular distal renal de

reabsorção eletrolítica e aumenta a excreção de sódio e cloreto em quantidades aproximadamente equivalentes.

A natriurese pode ser acompanhada de alguma perda de potássio, magnésio e bicarbonato.

Depois do uso oral, a diurese começa em 2 horas, alcançando o pico em aproximadamente 4 horas, e dura cerca

de 6 a 12 horas.

Lisinopril-Hidroclorotiazida: quando administrado concomitantemente com diuréticos tiazídicos, os efeitos

redutores da pressão arterial do lisinopril foram aditivos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

• Anúria;

• Pacientes hipersensíveis a qualquer um dos componentes do produto, com histórico de edema

angioneurótico relacionado a tratamento anterior com um inibidor da ECA e com angioedema idiopático ou

hereditário;

• Hipersensibilidade a outros derivados das sulfonamidas;

PRINZIDE

não deve ser administrado com alisquireno em pacientes com diabetes (veja INTERAÇÕES

MEDICAMENTOSAS).

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Hipotensão e desequilíbrio hidroeletrolítico: a exemplo de todos os tratamentos anti-hipertensivos, pode

ocorrer hipotensão sintomática em alguns pacientes. Tal ocorrência foi raramente observada em pacientes

hipertensos sem complicações, mas é mais provável na presença de desequilíbrio hidroeletrolítico, como

depleção de volume, hiponatremia, alcalose hipoclorêmica, hipomagnesemia ou hipocalemia (que podem ter

sido causadas por tratamento anterior com diurético), restrição de sal na dieta, diálise ou diarreia ou vômito

intercorrentes. A determinação periódica de eletrólitos séricos deve ser realizada a intervalos adequados em tais

pacientes.

Durante o tratamento, deve-se dar especial atenção a pacientes com cardiopatia isquêmica ou doença vascular

cerebral, pois a queda excessiva da pressão arterial poderá resultar em infarto do miocárdio ou acidente vascular

cerebral.

Se ocorrer hipotensão, o paciente deverá ser colocado em posição supina e, se necessário, receber infusão

intravenosa de soro fisiológico. Uma resposta hipotensiva transitória não é contraindicação para novas doses.

Após a restauração do volume sanguíneo efetivo e da pressão arterial, a reinstituição do tratamento com

posologia reduzida pode ser possível ou cada um dos componentes pode ser administrado isoladamente da forma

mais adequada.

Estenose aórtica/cardiomiopatia hipertrófica: a exemplo de todos os vasodilatadores, os inibidores da ECA

devem ser administrados com cautela a pacientes com obstrução ao fluxo de saída do ventrículo esquerdo.

Comprometimento da função renal: as tiazidas podem não ser diuréticos adequados para pacientes com

comprometimento renal e são ineficazes em indivíduos com valores de depuração da creatinina de 30 mL/min ou

menos (isto é, insuficiência renal moderada ou grave). PRINZIDE

não deve ser administrado a pacientes com

insuficiência renal (depuração da creatinina < 80 mL/min) até que a titulação de cada componente tenha

mostrado a necessidade das doses presentes no comprimido contendo a combinação.

Alguns pacientes hipertensos sem doença renal preexistente aparente desenvolveram aumentos transitórios e

geralmente mínimos de ureia sanguínea e creatinina sérica quando o lisinopril foi administrado

concomitantemente com um diurético. Se isso ocorrer durante o tratamento com PRINZIDE

, a combinação

deve ser suspensa.

A reinstituição do tratamento com posologia reduzida pode ser possível ou então cada um dos componentes

pode ser administrado isoladamente da forma mais adequada.

Em alguns pacientes com estenose bilateral da artéria renal ou estenose da artéria de rim único, foram

observados aumentos da ureia sanguínea e da creatinina sérica com o uso de inibidores da ECA, geralmente

reversíveis com a descontinuação do tratamento.

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Hepatopatias: as tiazidas devem ser administradas com cautela a pacientes com função hepática comprometida

ou hepatopatia progressiva, pois pequenas alterações de equilíbrio hidroeletrolítico podem precipitar coma

hepático.

Cirurgia/anestesia: em pacientes submetidos a grandes cirurgias ou durante anestesia com agentes hipotensores,

o Iisinopril pode bloquear a formação de angiotensina II secundária à liberação compensatória de renina. Se

ocorrer hipotensão por esse mecanismo, pode-se corrigi-la por meio de expansão de volume.

Efeitos metabólicos e endócrinos: o tratamento com tiazidas pode prejudicar a tolerância à glicose, portanto

podem ser necessários ajustes posológicos dos agentes antidiabéticos, inclusive da insulina.

As tiazidas podem diminuir a excreção urinária de cálcio e podem causar elevações intermitentes e discretas de

cálcio sérico. Hipercalcemia acentuada pode ser evidência de hiperparatireoidismo subclínico. As tiazidas

devem ser descontinuadas antes da realização de testes da função paratireoideana.

Aumentos nos níveis de colesterol e triglicérides podem estar associados ao tratamento com diuréticos

tiazídicos.

O tratamento com tiazidas pode precipitar hiperuricemia e/ou gota em alguns pacientes. Entretanto o lisinopril

pode aumentar a excreção de ácido úrico e, assim, atenuar o efeito hiperuricêmico da hidroclorotiazida.

Hipersensibilidade/edema angioneurótico: edema angioneurótico de face, extremidades, lábios, língua, glote

e/ou laringe, que pode ocorrer a qualquer momento durante o tratamento, foi raramente relatado em pacientes

que receberam inibidores da ECA, inclusive lisinopril; nesses casos, o lisinopril deve ser descontinuado

imediatamente e deve ser instituída monitorização apropriada para assegurar completa resolução dos sintomas

antes de dar alta para o paciente.

Mesmo nos casos onde esteja envolvido apenas inchaço da língua sem angústia respiratória, pode ser necessário

um período de observação prolongado dos pacientes uma vez que o tratamento com anti-histamínicos e

corticosteróides pode não ser suficiente. Muito raramente, foram relatados casos fatais devido a angioedema

associado a edema de laringe ou língua. Os pacientes com envolvimento da língua, glote ou laringe poderão

experimentar obstrução das vias aéreas, especialmente aquelas com histórico de cirurgia das vias aéreas. Quando

há envolvimento da língua, glote ou laringe que possa causar obstrução das vias aéreas, deve ser administrada

imediatamente uma terapia apropriada, que pode incluir solução de epinefrina a 1:1.000 (0,3 mL a 0,5 mL) por

via subcutânea e/ou medidas para assegurar a ventilação.

Foi relatada maior incidência de angioedema em pacientes negros que receberam inibidores da ECA em

comparação com pacientes de outras raças.

Pacientes com histórico de angioedema não relacionado à terapia com inibidor da ECA podem estar sob maior

risco de angioedema enquanto estiverem recebendo um inibidor da ECA (veja CONTRAINDICAÇÕES).

Podem ocorrer reações de hipersensibilidade em pacientes com ou sem histórico de alergia ou asma brônquica

que recebem tiazidas. Foi relatada exacerbação ou ativação de Iúpus eritematoso sistêmico com o uso de

tiazidas.

Reações anafilactoides durante a dessensibilização com himenóptero: pacientes que receberam inibidores da

ECA durante dessensibilização com veneno de himenóptero raramente correram perigo de morte por reações

anafilactoides, as quais foram evitadas por suspensão temporária da terapia com os inibidores da ECA antes de

cada dessensibilização.

Pacientes em hemodiálise: o uso de PRINZIDE

não é indicado para pacientes que requerem diálise por

insuficiência renal (veja POSOLOGIA E MODO DE USAR). Foram relatadas reações anafilactoides em

pacientes dialisados com membranas de alto fluxo (por exemplo, AN 69

) e medicados concomitantemente com

inibidores da ECA. Para esses pacientes, deve-se considerar o uso de tipos diferentes de membrana de diálise ou

uma classe diferente de agente anti-hipertensivo.

Tosse: foi relatada tosse com o uso de inibidores da ECA. Caracteristicamente, essa tosse é não produtiva e

persistente, cessando após a descontinuação da terapia. A tosse induzida pelo inibidor da ECA deve ser

considerada parte do diagnóstico diferencial da tosse.

Hipercalemia – Veja também Interações Medicamentosas, Potássio Sérico: os fatores de risco para

desenvolvimento de hipercalemia incluem insuficiência renal, diabetes mellitus, e uso concomitante de diuréticos

poupadores de potássio (por exemplo, espironolactona, eplerenona, triantereno, ou amilorida), suplementos de

potássio, ou substitutos de sal contendo potássio. O uso de suplementos de potássio, diuréticos poupadores de

potássio, ou substitutos de sal contendo potássio particularmente em pacientes com função renal comprometida

pode levar a um aumento significativo de potássio sérico. Hipercalemia pode causar arritmias sérias, algumas

vezes fatais. Se o uso concomitante de PRINZIDE

com qualquer um dos agentes mencionados acima for

considerado apropriado, eles deverão ser utilizados com cautela e com monitoramento frequente de potássio

sérico.

Gravidez e Lactação: categoria de risco D. O uso de PRINZIDE

durante a gravidez não é recomendado e o

tratamento com esse medicamento deve ser suspenso o mais rápido possível depois da confirmação da gravidez,

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a menos que seja considerado vital para a mãe. Em um estudo epidemiológico retrospectivo publicado, bebês

cujas mães tenham tomado um inibidor da ECA durante o primeiro trimestre de gravidez aparentemente tiveram

um risco aumentado de malformações congênitas importantes em comparação com bebês de mães que não foram

expostas durante o primeiro trimestre a inibidores da ECA. O número de casos de defeitos congênitos é pequeno

e os achados deste estudo ainda não foram repetidos.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe

imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Os inibidores da ECA podem causar mortalidade e morbidade fetal e neonatal quando administrados a mulheres

grávidas durante o segundo e terceiro trimestres. A utilização de inibidores da ECA durante esse período foi

associada a danos para o feto e para o recém-nascido, incluindo hipotensão, insuficiência renal, hipercalemia

e/ou hipoplasia craniana no recém-nascido. Há relato de oligoidrâmnio materno, presumivelmente representando

redução da função renal fetal, que pode resultar em contratura dos membros, deformações craniofaciais e

desenvolvimento de pulmão hipoplásico. Esses eventos adversos para embrião e feto não parecem ser resultado

da exposição intrauterina ao inibidor da ECA limitada ao primeiro trimestre. O uso rotineiro de diuréticos em

mulheres grávidas saudáveis, no entanto, não é recomendado e expõe a mãe e o feto a riscos desnecessários,

incluindo icterícia fetal ou neonatal, trombocitopenia e possivelmente outras reações adversas que ocorrem em

adultos.

Se PRINZIDE

for usado durante a gravidez, a paciente deve ser informada do possível risco para o feto e, nos

raros casos em que o uso durante a gravidez for considerado essencial, deve-se realizar exames de ultrassom

periódicos para avaliar o meio intra-amniótico. Se for detectado oligoidrâmnio, PRINZIDE

deve ser

descontinuado a menos que seja considerado vital para a mãe. Pacientes e médicos, entretanto, devem ficar

atentos, já que o oligoidrâmnio pode aparecer somente depois que o feto já sofreu danos irreversíveis.

Crianças cujas mães tenham tomado PRINZIDE

devem ser rigorosamente observadas quanto a hipotensão,

oligúria e hipercalemia. O lisinopril, que atravessa a placenta, foi removido da circulação neonatal por diálise

peritonial com alguns benefícios clínicos e, teoricamente, pode ser removido por transfusão sanguínea. Não há

experiência sobre a remoção da hidroclorotiazida, que também atravessa a placenta, da circulação neonatal.

Não se sabe se o lisinopril é secretado no leite materno, mas as tiazidas aparecem no leite materno. Em razão do

potencial para reações graves da hidroclorotiazida em lactentes, deve-se decidir entre descontinuar a

lactação ou o uso de PRINZIDE

, levando-se em consideração a importância do medicamento para a mãe.

Crianças: a segurança e a eficácia de PRINZIDE

em crianças ainda não foram estabelecidas.

Idosos: na faixa posológica de 20 mg a 80 mg ao dia, o lisinopril foi igualmente eficaz em hipertensos idosos

(65 anos de idade ou mais) e hipertensos não idosos. Em pacientes hipertensos idosos, a monoterapia com

lisinopril foi tão eficaz quanto a monoterapia com hidroclorotiazida ou atenolol na redução da pressão arterial

diastólica. Em estudos clínicos, a idade não afetou a tolerabilidade ao lisinopril, e a eficácia e a tolerabilidade do

lisinopril e da hidroclorotiazida, administrados concomitantemente, foram semelhantes em pacientes hipertensos

idosos e mais jovens.

Dirigir ou Operar Máquinas: respostas individuais ao medicamento podem variar. Certos efeitos adversos que

foram relatados com PRINZIDE®

podem afetar a capacidade de alguns pacientes para dirigir ou operar

máquinas (veja REAÇÕES ADVERSAS).

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Potássio Sérico – Veja Também ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Hipercalemia: o efeito espoliador

de potássio dos diuréticos tiazídicos é geralmente atenuado pelo efeito poupador de potássio do lisinopril. O uso

de suplementos de potássio, agentes poupadores de potássio ou substitutos do sal contendo potássio pode levar a

aumento significativo de potássio sérico, especialmente em pacientes com comprometimento da função renal.

Quando o uso concomitante de PRINZIDE

com qualquer um desses agentes for considerado apropriado, eles

devem ser usados com cautela e o potássio sérico deve ser monitorado frequentemente.

Lítio: os diuréticos e os inibidores da ECA reduzem a depuração renal do lítio, aumentando muito o risco de

toxicidade do lítio. O uso concomitante não é recomendado. Consulte as informações para prescrição das

preparações contendo lítio antes de usá-las.

Anti-inflamatórios Não-Esteroidais Incluindo Inibidores Seletivos da Ciclooxigenase-2: Anti-inflamatórios

não-esteroidais (AINEs) incluindo inibidores seletivos da ciclooxigenase-2 (inibidores da COX-2) podem

reduzir o efeito de diuréticos e outros anti-hipertensivos. Portanto, o efeito anti-hipertensivo de antagonistas de

receptores da angiotensina II ou de inibidores da ECA pode ser atenuado pelos AINEs, incluindo inibidores

seletivos da COX-2. Em alguns pacientes com comprometimento da função renal (por exemplo, pacientes idosos

ou pacientes que estejam com depleção volumétrica incluindo aqueles recebendo terapia diurética) que estão

sendo tratados com anti-inflamatórios não esteroides, incluindo inibidores seletivos da ciclooxigenase-2, a

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coadministração de antagonistas de receptores de angiotensina II ou de inibidores da ECA pode resultar em

deterioração adicional da função renal, incluindo possível insuficiência renal aguda. Esses efeitos, no entanto,

geralmente são reversíveis. Portanto, a combinação deve ser administrada com cautela em pacientes com função

renal comprometida.

Bloqueio duplo do sistema Renina-angiotensina-aldosterona: em pacientes com doença aterosclerótica

estabelecida, insuficiência cardíaca ou diabetes com dano final em órgãos alvo, o bloqueio duplo do sistema

renina-angiotensina-aldosterona com antagonista de receptor da angiotensina, inibidor da ECA ou diretamente

com inibidores da renina (como o alisquireno) está associado com um maior risco de hipotensão, sincope,

hipercalemia e alterações na função renal (incluindo insuficiência renal aguda) comparado a monoterapia. Deve

se monitorar atentamente a pressão sanguínea, a função renal e os eletrólitos em pacientes tratados com

PRINZIDE

e outros agentes que afetem o sistema renina-angiotensina-aldosterona. Não co-administrar

alisquireno com PRINZIDE

em pacientes com diabetes. Evitar o uso de alisquireno com PRINZIDE

em

pacientes com comprometimento renal (FGR < 60mL/min).

Outros Agentes: as tiazidas podem aumentar a resposta à tubocurarina.

Ouro: reações nitritóides (sintomas incluem rubor facial, náuseas, vômitos e hipotensão) foram relatadas

raramente em pacientes recebendo terapia com ouro injetável (aurotiomalato de sódio) e terapia concomitante

com inibidor da ECA, incluindo lisinopril.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Evite calor excessivo (temperatura superior a 40°C), proteger da luz e umidade. Prazo de validade: 30 meses

após a data de fabricação impressa na embalagem.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto:

PRINZIDE®

10/12,5 mg: comprimido hexagonal, azul, inscrito “145” em um lado e liso no outro.

20/12,5 mg: comprimido hexagonal, amarelo, sulcado em um lado e liso no outro.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

PRINZIDE

comprimidos para uso oral é apresentado em 2 concentrações diferentes:

• PRINZIDE

10/12,5 mg, contendo 10 mg de Iisinopril e 12,5 mg de hidroclorotiazida;

20/12,5 mg, contendo 20 mg de lisinopril e 12,5 mg de hidroclorotiazida.

Hipertensão Essencial: a posologia usual é de 1 comprimido uma vez ao dia. Se necessário, pode ser

aumentada para 2 comprimidos, administrados uma vez ao dia.

Insuficiência Renal: as tiazidas podem não ser diuréticos adequados para pacientes com comprometimento

renal e são ineficazes quando os valores da depuração da creatinina são de 30 mL/min ou menos (isto é,

insuficiência renal moderada ou grave). PRINZIDE

não deve ser usado como tratamento inicial em

pacientes com insuficiência renal. PRINZIDE

pode ser administrado a pacientes com depuração de creatinina

> 30 e < 80 mL/min, mas apenas após a titulação de seus componentes individualmente. Na insuficiência renal

leve, a dose inicial recomendada de lisinopril, quando usado isoladamente, é de 5 mg a 10 mg.

Terapia Diurética Anterior: pode ocorrer hipotensão sintomática após a dose inicial de PRINZIDE

como

resultado de tratamento anterior com diuréticos, particularmente em pacientes com depleção de volume e/ou sal.

O tratamento com diurético deve ser suspenso por dois a três dias antes do início do tratamento com

. Se isso não for possível, o tratamento deve ser iniciado com 5 mg de lisinopril isoladamente.

9. REAÇÕES ADVERSAS

PRINZIDE

é geralmente bem tolerado. Em estudos clínicos, as reações adversas foram geralmente discretas e

transitórias e, na maioria das vezes, não requereram interrupção do tratamento. As reações adversas observadas

limitaram-se àquelas anteriormente relatadas com o lisinopril ou a hidroclorotiazida.[Muito comum (> 1/10);

Comum (> 1/100, < 1/10); Incomum (> 1/1000, < 1/100); Raro (> 1/10.000, < 1/1000); Muito Raro (<

1/10.000), incluindo relatos isolados

Distúrbios do Sangue e Sistema Linfático

Comum: reduções de hemoglobina

Incomum: reduções de hematócrito

Foram relatados frequentemente pequenos decréscimos de hemoglobina e hematócrito em pacientes hipertensos

tratados com PRINZIDE,

, que raramente foram de importância clínica, a menos que houvesse outra causa

concomitante de anemia.

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Distúrbios Metabólicos e Nutricionais

Comum: síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIADH)

Incomum: gota

Raro: hiperglicemia, hipocalemia, hiperuricemia, hipercalemia

Distúrbios do Sistema Nervoso e Psiquiátrico

Comum: tontura, a qual geralmente respondeu à redução de dose e raramente necessitou de descontinuação da

terapia, cefaléia, parestesia

Distúrbios Cardíacos e Vasculares

Comum: hipotensão incluindo hipotensão ortostática

Incomum: palpitação

Distúrbios Respiratórios, Torácicos e do Mediastino

Comum: tosse seca

Distúrbios Gastrintestinais

Comum: diarréia, náuseas, vômitos

Incomum: boca seca

Raro: pancreatite

Distúrbios da Pele e Tecido Subcutâneo

Comum: erupção cutânea

Raro: hipersensibilidade/edema angioneurótico

Edema angioneurótico de face, extremidades, lábios, língua, glote e/ou laringe foi relatado raramente (veja

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

Muito raro: foi relatado angioedema intestinal com inibidores da ECA, incluindo o lisinopril

Foi relatado um complexo sintomático que pode incluir todas ou algumas das seguintes manifestações: febre,

vasculite, mialgia, artralgia/artrite, ANA positivo, velocidade de hemossedimentação elevada, eosinofilia e

leucocitose. Podem ocorrer erupções cutâneas, fotossensibilidade ou outras manifestações dermatológicas.

Distúrbios Musculoesqueléticos, dos Tecidos Conjuntivos e Ósseos

Comum: cãibras musculares

Raro: fraqueza muscular

Distúrbios do Sistema Reprodutivo e da Mama

Comum: impotência

Distúrbios Gerais e Condições no Local de Administração

Comum: astenia

Incomum: desconforto torácico

Não conhecido: fadiga

Investigações

Eventos adversos laboratoriais foram raramente de importância clínica.

Comum: elevações de enzimas hepáticas, elevações de bilirrubina sérica, aumentos de nitrogênio uréico

sanguíneo, aumentos de creatinina sérica

Outras reações adversas relatadas com cada um dos componentes da combinação isoladamente e que podem ser

consideradas potenciais reações adversas ao uso de PRINZIDE

são:

Hidroclorotiazida:

Infecções e Infestações

Não conhecido: sialoadenite

Raro: trombocitopenia, algumas vezes com púrpura

Muito raro: leucopenia, agranulocitose, anemia hemolítica

Não conhecido: anemia aplásica

Distúrbios do Sistema Imune

Não conhecido: reações anafiláticas

Incomum: anorexia, hiperuricemia, desequilíbrio eletrolítico incluindo hiponatremia

Raro: hiperglicemia, glicosúria

Distúrbios Psiquiátricos e do Sistema Nervoso

Não conhecido: vertigem, inquietação

Distúrbios Oculares

Não conhecido: xantopsia, visão turva transitória

Muito raro: angústia respiratória incluindo pneumonite e edema pulmonar

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Raro: constipação

Não conhecido: irritação gástrica

Distúrbios Hepatobiliares

Raro: icterícia (icterícia colestática intra-hepática)

Incomum: urticária

Raro: fotossensibilidade

Muito raro: angiite necrosante (vasculite) (vasculite cutânea), necrólise epidérmica tóxica

Distúrbios Musculoesqueléticos, do Tecido Conjuntivo e Ósseo

Não conhecido: espasmo muscular

Distúrbios Renais e Urinários

Não conhecido: insuficiência renal, disfunção renal, nefrite intersticial

Distúrbios Gerais e Condições no Local da Administração

Não conhecido: febre

Lisinopril:

Muito raro: depressão da medula óssea manifesta como anemia e/ou trombocitopenia e/ou leucopenia

Incomum: alterações de humor

Raro: confusão mental

Incomum: infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral possivelmente decorrente de hipotensão excessiva

em pacientes de alto risco (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES), taquicardia

Distúrbios respiratórios, torácico e do mediastino

Muito raro: broncoespamos

Incomum: dor abdominal

Muito raro: hepatite – tanto hepatocelular como colestática, icterícia

Incomum: prurido

Raro: urticária, alopecia

Muito raro: diaforese

Comum: disfunção renal

Raro: uremia, insuficiência renal aguda

Muito raro: oligúria/anúria

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.