Bula do Saizen para o Profissional

Bula do Saizen produzido pelo laboratorio Merck S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Saizen
Merck S/a - Profissional

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BULA COMPLETA DO SAIZEN PARA O PROFISSIONAL

SAIZEN®

somatropina

Merck S/A

Solução injetável

6 mg (5,83 mg/ml x 1,03 ml)

12 mg (8 mg/ml x 1,5 ml)

20 mg (8 mg/ml x 2,5 ml)

APRESENTAÇÕES

Saizen®

6 mg (5,83 mg/mL de somatropina)

Embalagem contendo 1 frasco-ampola de 1,03 mL

12 mg (8 mg/mL de somatropina)

Embalagem contendo 1 frasco-ampola de 1,5 mL

20 mg (8 mg/mL de somatropina)

Embalagem contendo 1 frasco-ampola de 2,5,03 mL

USO SUBCUTÂNEO

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Substância-ativa:

6 mg 12 mg 20 mg

Excipientes

Sacarose, Poloxâmer 188, fenol, ácido citrico 2,5%,

tampão citrato 10mM, água para injeção.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Saizen®

é indicado em crianças para o tratamento de:

 Deficiência de crescimento provocada por diminuição ou ausência de secreção do

hormônio de crescimento endógeno. Esta deficiência é manifestada clinicamente pela

redução significativa do crescimento, com retardo na maturação óssea, bem como pelo

aumento mínimo, ou nenhum aumento no geral, do nível sanguíneo de hormônio do

crescimento durante o teste de estimulação com indução hipoglicêmica, por exemplo,

pela clonidina ou insulina.

 Deficiência de crescimento em meninas com disgenesia gonadal (Síndrome de Turner),

confirmada por análise cromossômica.

 Deficiência de crescimento associado à insuficiência renal crônica em crianças em idade

pré-puberal.

Até o momento não existem dados disponíveis sobre a altura final alcançada na idade

adulta de pacientes com Síndrome de Turner ou em crianças com deficiência de

crescimento resultante de insuficiência renal crônica após o tratamento com somatropina.

 Deficiência de crescimento em crianças nascidas pequenas para idade gestacional. Esta

deficiência é definida como:

- altura atual < -2,5 SDS e o SDS da altura ajustada dos pais < -1;

- peso e/ou altura no nascimento < -2 SDS, em crianças que não alcançaram a taxa

normal de crescimento até os 4 anos de idade ou mais (ou seja, com taxa de

crescimento < 0 SDS durante o último ano).

é indicado em adultos para o tratamento de:

Deficiência acentuada do hormônio do crescimento com início na infância ou na fase adulta.

A deficiência deve ser confirmada por dois testes dinâmicos, incluindo preferencialmente o

teste de GHRH + arginina. Se a deficiência pituitária for detectada, um único teste é

suficiente. O teste deve ser realizado sob adequada substituição de deficiência de outros

hormônios.

Antes que seja iniciada a terapia de substituição utilizando hormônio de crescimento, os

pacientes devem ter deficiência de hormônio de crescimento como resultado de disfunção

hipotalâmica ou pituitária e pelo menos uma outra deficiência hormonal diagnosticada (com

exceção de prolactina), além de terem uma terapia de substituição adequada instituída.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Eficácia clínica nos casos de deficiência acentuada de hormônio do crescimento iniciada

na infância ou na fase adulta

Os efeitos da deficiência do hormônio do crescimento em adultos são influenciados por

Saizen®

como descrito a seguir.

Em um estudo duplo-cego, controlado por placebo com 115 pacientes, conduzido por um

período de 6 meses foram observados os seguintes parâmetros:

No inicio do tratamento, foi administrada uma injeção subcutânea de 0,005 mg/kg/dia. Após

4 semanas de tratamento, se a tolerabilidade fosse boa, a dose era aumentada para

0,01mg/kg/dia.

Avaliação primária: alteração na massa gorda livre (medida pela média do DEXA -

absorciometria por raios-X de dupla energia): aumento estatisticamente significante de

2,23 kg, na média. Os homens apresentaram um aumento mais pronunciado que as mulheres.

Avaliação secundária: alteração na massa gorda total (medida pela media de DEXA):

redução média de 2,3 kg no grupo tratado com r-hGH, comparado a 0,47 kg do grupo tratado

com placebo (estatisticamente significativo). Função cardíaca: a ecocardiografia bi-

dimensional mostra um aumento médio da porcentagem da fração de ejeção de 5,05% no

grupo tratado com r-hGH, comparada com 3,01% no grupo tratado com placebo, e

diminuição média do volume do ventrículo esquerdo no final da sístole de 4,29 mL no grupo

de r-hGH, comparado com 1,14 mL no grupo placebo. Qualidade de vida: além da melhora

estatisticamente significante (de 11% no grupo tratado com r-hGh) nas áreas das “reações

emocionais” (p = 0,017) o resultado do questionário do perfil de saúde de Nottingham

(mobilidade, sono, energia, dor, isolação social) não apresentou melhora. Performance física:

a performance física (medida com base no consumo de oxigênio na esteira ergométrica)

permaneceu inalterada. Densidade óssea: A densidade óssea permaneceu inalterada.

Eficácia clinica nos casos de deficiência de hormônio de crescimento em crianças

nascidas pequenas para idade gestacional (PIG)

Em um ensaio clínico randomizado, o tratamento de três anos com uma dose de

0,067 mg/kg/dia de crianças baixas pré-púberes nascidas com PIG resultou em um ganho

médio em altura de +1,8 SDS.

Os pacientes que não receberam nenhum tratamento adicional mantiveram um ganho em

altura de + 0,7 S na altura final (p<0,01 em comparação com o período inicial).

Os pacientes que receberam um segundo curso do tratamento após um período variável de

observação experimentaram um ganho total em altura de +1,3 S (p=0,001 em relação ao

período inicial) na altura final, após o tratamento com duração média cumulativa de 6,1 anos.

O ganho em altura (+1,3 S ± 1,1) final deste grupo foi significativamente (p<0,05) diferente

do ganho em altura obtido no primeiro grupo (+0,7 S ± 0,8) que recebeu somente 3,0 anos de

tratamento em média.

Um segundo ensaio clínico investigou dois esquemas diferentes de dose ao longo de quatro

anos. Um grupo foi tratado com 0,067 mg/kg/dia durante 2 anos e, depois, foi observado sem

tratamento durante 2 anos. O segundo grupo recebeu 0,067 mg/kg/dia no primeiro e no

terceiro ano e sem tratamento no segundo e no quarto ano. Qualquer um dos esquemas de

tratamento resultou em uma dose administrada cumulativa de 0,033/mg/kg/dia ao longo do

período de quatro anos do estudo. Os dois grupos apresentaram uma aceleração comparável

de crescimento e uma melhora significativa em altura de +1,55 S (p<0,0001) e + 1,43 S

(p<0,0001), respectivamente, no final do período de quatro anos do estudo.

Dados de segurança em longo prazo ainda são limitados.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Grupo fármaco-terapêutico: hormônios e análogos do lóbulo pituitário anterior, código ATC:

H01AC01.

O hormônio de crescimento Saizen®

(somatropina r-hGH) é um peptídeo de 191

aminoácidos idêntico ao hormônio de crescimento pituitário humano.

O hormônio de crescimento é sintetizado em uma linhagem celular murina transformada que

foi modificada pela adição do hormônio de crescimento humano.

Farmacodinâmica

O efeito farmacológico mais importante resultante da administração parenteral de

somatropina é a estimulação dos níveis de crescimento por intermédio de somatomedinas ou

IGF. Entretanto, a somatropina é ativa tanto na presença do crescimento retardado resultado

de uma deficiência de somatomedinas ou de seus receptores, quanto em pacientes de baixa

estatura devido a uma deficiência pituitária, cujas epífises já tenham fechado.

A somatropina também tem efeito sobre o metabolismo de proteínas (efeito anabólico), do

metabolismo da glicose (alteração da tolerância à glicose) e do metabolismo de lipídios

(efeito lipolítico). Adicionalmente, a somatropina modula a atividade do citocromo hepático

P450 3 A4.

Farmacocinética

Após a administração de uma dose única de r-hGH em voluntários saudáveis, a concentração

plasmática máxima (tmax) é alcançada 3 horas após a administração intramuscular, e entre 4 e

6 horas após a administração subcutânea.

As áreas sob a curva (AUC) são comparáveis para as 2 rotas de administração. Os valores de

tmax são semelhantes ao do hormônio do crescimento natural, de acordo com o publicado na

literatura.

A farmacocinética de Saizen®

é linear pelo menos até doses de 8 UI (2,67 mg). Com doses

mais altas (60 UI/20 mg), não pode ser descartado certo grau de não-linearidade, embora

sem relevância clínica.

Após a administração IV em voluntários saudáveis, o volume de distribuição no estado

estacionário é de aproximadamente 7 L, o clearance metabólico total é de aproximadamente

15 L/h, ao passo que a depuração renal é desprezível, e o medicamento exibe uma meia-vida

de eliminação de 20 a 35 min.

Após a administração SC e IM de dose única de Saizen®

, a meia-vida terminal aparente é

bem mais longa, ao redor de 2 a 4 horas. Isso se deve a uma frequência que limita o processo

de absorção.

As concentrações séricas máximas do hormônio de crescimento (GH) são alcançadas após

aproximadamente 4 horas e os níveis séricos de GH voltam para os níveis iniciais dentro de

um período de 24 horas, indicando que não ocorrerá nenhum acúmulo de GH durante as

administrações repetidas.

A biodisponibilidade absoluta de ambas as vias de administração é de 70-90 %.

O hormônio de crescimento exógeno segue a mesma rota de metabolização do hormônio de

crescimento endógeno: é inativado por proteases e metabolizado no fígado e nos rins,

seguindo as rotas de metabolização das proteínas. Ele não é recuperado na urina.

Cinética em grupos especiais de pacientes: Em pacientes com insuficiência hepática ou renal

crônica, a depuração da somatropina é reduzida.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Saizen®

é contraindicado em:

 pacientes hipersensíveis à somatropina e a qualquer excipiente da formulação casos com

evidência de qualquer progressão ou recorrência de uma lesão intracraniana subjacente;

 quantidades farmacológicas em pacientes com doença aguda sofrendo de complicações

após cirurgia cardíaca aberta, cirurgia abdominal, trauma acidental múltiplo,

insuficiência respiratória aguda ou condições semelhantes;

 retinopatia diabética proliferativa ou pré-proliferativa;

 em crianças com doença renal crônica, o tratamento com somatropina deve ser

descontinuado no momento do transplante renal;

 Gravidez e lactação.

Como a deficiência do hormônio do crescimento pode, raramente, ser um dos primeiros

sinais da presença de tumores cerebrais, tumores deste tipo devem ser descartados antes do

início do tratamento. Qualquer tumor já existente deve ser inativo e o tratamento deve ser

terminado antes do início do tratamento com Saizen®

.

não deve ser usado em crianças nas quais ocorreu fusão epifisária.

Contraindicações relativas

Pacientes com Síndrome de Down, Síndrome de Bloom e Anemia de Fanconi não devem ser

tratados com Saizen®

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

A idade óssea deve ser periodicamente determinada durante o tratamento com Saizen®

,

especialmente em pacientes puberais e /ou em pacientes que recebem terapia de substituição

tiroidiana, porque nestes pacientes a maturação das epífises pode ocorrer rapidamente.

Em casos de deficiência de somatropina secundária à terapia antitumoral, é recomendado

procurar por possíveis sinais de recorrência do processo de malignidade, mesmo sabendo que

a taxa de reaparecimento do tumor não é aumentada com a terapia com somatropina. Caso

haja evidência de recorrência, o tratamento com Saizen®

deve ser suspenso.

Pacientes com deficiência de hormônio do crescimento devida à lesão intracraniana devem

ser avaliados periodicamente, a fim de detectar alguma progressão da doença.

Durante a terapia de reposição em adultos, é esperado que ocorra retenção de líquidos.

Doenças agudas críticas

Os efeitos da somatropina no restabelecimento foram estudados em dois estudos controlados

com placebo envolvendo pacientes adultos em estado crítico, sofrendo de complicações pós

cirurgia de coração aberto, cirurgia abdominal, trauma acidental múltiplo ou insuficiência

respiratória aguda. A mortalidade foi maior nos pacientes tratados com 5,3 mg ou 8 mg de

somatropina por dia em comparação com pacientes que receberam placebo.

Com base nesta informação, estes pacientes não devem ser tratados com somatropina. Como

não há dados disponíveis sobre a segurança da terapia de substituição hormonal de

crescimento em pacientes com doença aguda crítica, os benefícios do tratamento contínuo

nesta situação devem ser pesados contra os potenciais riscos envolvidos.

Síndrome de Prader-Willi

Saizen® não é indicado para o tratamento a longo prazo de pacientes pediátricos que sofrem

de insuficiência do crescimento devido à Síndrome de Prader-Willi geneticamente

confirmada, a menos que eles também apresentem um diagnóstico de deficiência de

hormônio de crescimento. Houve relatos de apneia do sono e morte súbita após início da

terapia com hormônio de crescimento em pacientes pediátricos com síndrome de Prader-

Willi que tinham um ou mais dos seguintes fatores de risco: obesidade grave, história de

obstrução das vias aéreas superiores ou apneia do sono, ou infecção respiratória não

identificada.

Leucemia

Leucemia foi relatada em um pequeno número de pacientes com deficiência de hormônio do

crescimento, alguns dos quais tratados com somatropina. No entanto, não há evidência de

que a incidência de leucemia é aumentada nos pacientes receptores de hormônio do

crescimento, sem fatores predisponentes.

Hipotiroidismo

Durante o tratamento com Saizen®

o nível de hormônios tiroidianos no sangue pode diminuir

como o resultado do aumento da deionização periférica de T4 para T3. Pode ocorrer o

desenvolvimento de hipotiroidismo que, se não tratado, pode diminuir a ação do Saizen®

.

Devem ser realizados testes regulares da função da tireoide durante o tratamento com

Saizen®

. Caso ocorra o aparecimento de hipotiroidismo durante o tratamento com hormônio

do crescimento, este deve ser substituído pela administração do hormônio tiroidiano, a fim

de se obter um efeito terapêutico adequado.

Hipertensão intracraniana benigna

No caso de dor de cabeça severa ou recorrente, problemas visuais, náusea e/ou vômito,

recomenda-se a realização de fundoscopia para detecção de papiledema. Se for confirmado

um papiledema, deve ser considerado um diagnóstico de hipertensão intracraniana benigna

(ou pseudotumor cerebral), devendo ser interrompido o tratamento com Saizen®

No momento, não há evidência suficiente para orientar uma tomada de decisão clínica em

pacientes com hipertensão intracraniana resolvida. Se for reiniciado o tratamento com

hormônio de crescimento, é necessário um monitoramento cuidadoso por sintomas da

hipertensão intracraniana, devendo ser interrompido o tratamento se houver recorrência da

hipertensão intracraniana.

Anticorpos

Tal como acontece com todos os produtos contendo somatropina, uma pequena porcentagem

dos pacientes pode desenvolver anticorpos contra a somatropina. A capacidade de ligação

destes anticorpos é baixa e não há nenhum efeito sobre a taxa de crescimento. Teste para

detecção de anticorpos à somatropina deve ser realizado em qualquer paciente que não

responda à terapia.

Resistência à insulina

A administração do hormônio do crescimento é seguida por uma fase transitória de

hipoglicemia de aproximadamente 2 horas. Após 2-4 horas em diante ocorre um aumento

nos níveis de glicose no sangue apesar das altas concentrações de insulina. A somatropina

pode induzir a um estado de resistência à insulina, o que pode resultar em hiperinsulinismo e,

em alguns pacientes, em hiperglicemia. Para detectar resistência à insulina, os pacientes

devem ser monitorados quanto à evidência de intolerância à glicose. Fatores que aumentam o

risco de desenvolvimento de diabetes durante o tratamento com somatropina são: obesidade,

predisposição familiar, tratamento com esteroides ou existência de tolerância a glicose

reduzida. Pacientes com um destes fatores devem ser observados durante o tratamento com

. Saizen®

deve ser utilizado com precaução em pacientes com diabetes mellitus ou

com histórico familiar desta doença. Em pacientes diabéticos é necessário fazer o ajuste da

terapia antidiabética adequadamente.

Deslocamento da epífise femoral

O deslocamento da epífise femoral capital frequentemente está associado com distúrbios

endócrinos tais como deficiência de hormônio do crescimento e hipotireoidismo, e com

surtos de crescimento. Em crianças tratadas com hormônio de crescimento, o deslocamento

da epífise femoral capital pode ser decorrente de distúrbios endócrinos subjacentes ou do

aumento da velocidade de crescimento causado pelo tratamento. Surtos de crescimento

podem aumentar o risco de problemas relacionados com as articulações, com a articulação

do quadril estando especialmente sob esforço durante o surto pré-púbere de crescimento. Os

médicos e os pais devem ficar em alerta para o desenvolvimento do mancar ou para queixas

de dor no quadril ou no joelho em crianças tratadas com Saizen®

Pacientes com deficiência de crescimento associada à insuficiência renal crônica devem ser

regularmente avaliados para possível progressão da osteodistrofia renal. Em crianças com

osteodistrofia renal avançada deve ser observada a ocorrência de deslocamento da epífise

femoral ou uma necrose avascular da cabeça do fêmur. A ligação com a terapia com

hormônio do crescimento não pode ser comprovada. Uma radiografia dos quadris deve ser

realizada antes do inicio do tratamento.

Crianças com insuficiência renal crônica

Em casos de crianças com insuficiência renal crônica, a função renal deve ser reduzida a

pelo menos 50% em relação ao normal antes do inicio do tratamento. A fim de confirmar a

deficiência na taxa de crescimento, o crescimento do paciente deve ser monitorado por um

ano antes do inicio do tratamento. O tratamento da insuficiência renal deve continuar

normalmente durante a terapia com hormônio do crescimento. O tratamento deve ser

interrompido na ocasião do transplante renal.

Crianças nascidas pequenas para idade gestacional

Em crianças nascidas pequenas para idade gestacional, antes de iniciar o tratamento, devem

ser descartados outros motivos ou tratamentos médicos que poderiam explicar o distúrbio de

crescimento.

Para pacientes nascidos pequenos para idade gestacional, recomenda-se medir a insulina em

jejum e a glicemia antes de iniciar o tratamento e anualmente depois disso. Em pacientes

com aumento do risco de diabetes mellitus (por exemplo, história familiar de diabetes,

obesidade, aumento no índice da massa corporal, resistência severa à insulina, acanthosis

nigricans), devem ser realizados testes de tolerância à glicose (TOTG). Caso ocorra

manifestação de diabetes, não deve ser administrado hormônio de crescimento.

Para os pacientes nascidos pequenos para idade gestacional, recomenda-se medir o nível de

IGF-1 antes de iniciar o tratamento e, depois disso, duas vezes ao ano. Se, depois de

repetidas medições, os níveis de IGF-1 excederem +2 SDS em comparação com as

referências quanto à idade e ao estado de puberdade, a proporção IGF-1I/IGFBP-3 poderia

ser levada em conta para considerar o ajuste da dose.

As experiências na iniciação do tratamento em pacientes nascidos pequenos para idade

gestacional próximo ao início da puberdade são limitadas. Portanto, não se recomenda iniciar

o tratamento próximo ao início da puberdade.

Há experiência limitada com pacientes portadores da Síndrome de Silver-Russel.

Parte do ganho de altura obtido com o tratamento de crianças de baixa estatura nascidas

pequenas para idade gestacional com somatropina pode ser perdido caso o tratamento for

suspenso antes de atingir a altura final.

Síndrome de Turner

Pacientes com Síndrome de Turner devem ser examinados regularmente pelo médico para

possíveis sinais da doença de Scheuermann, especialmente com o aparecimento de dores

ósseas.

Deficiência antipituitária

Na presença de deficiência da adeno-hipófise total ou parcial, é necessário a realização de

uma terapia de substituição com hormônios adicionais (ex: glicocorticoides). Nestes casos, a

dosagem do tratamento concomitante deve ser cuidadosamente ajustada, a fim de prevenir

qualquer efeito de inibição do crescimento.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas

Não foram realizados estudos formais sobre os efeitos na capacidade de conduzir e utilizar

máquinas. Com base no mecanismo de ação do hormônio de crescimento, o uso de Saizen®

não deve afetar a habilidade do paciente para dirigir e utilizar máquinas.

Gravidez e lactação

Não estão disponíveis dados clínicos sobre gravidez em mulheres ou animais. Este

medicamento não deve ser administrado durante a gravidez, já que o efeito de uma elevada

concentração de hormônio do crescimento em fases específicas da embriogênese ou do

crescimento fetal é desconhecido.

As pacientes devem ser informadas sobre os possíveis métodos não-hormonais de

contracepção e, em caso de gravidez, o tratamento com Saizen®

deve ser interrompido.

Não se sabe se o hormônio do crescimento é excretado no leite materno. No entanto, como

medida de precaução, o desmame é indicado antes do início do tratamento com Saizen®

Idosos

Embora a deficiência de hormônio do crescimento em adultos seja uma condição que dura a

vida toda e que deve ser tratada de acordo, a experiência com pacientes com mais de 60 anos

de idade é limitada. A experiência com tratamento prolongado em adultos é, também,

limitada.

Este medicamento pode causar doping.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A terapia concomitante com corticosteroides pode inibir a resposta de Saizen®

. Além disso

substâncias como: gonadotropinas, estrógenos, andrógenos e agentes anabólicos podem

influenciar na eficácia da somatropina

Dados in vitro publicados indicam que o hormônio de crescimento pode ser um indutor do

citocromo P450 3A4. A significância clínica dessa observação é desconhecida. Entretanto,

quando a somatropina é administrada em combinação com medicamentos metabolizados por

enzimas hepáticas CYP P450 3A4, é aconselhável monitorar a eficácia clínica desses

medicamentos.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Saizen®

1,33 mg (4 UI) pó liofilizado é válido por 24 meses, quando mantido no frasco-

ampola fechado e em temperatura entre 2 ºC e 8 ºC.

8 mg “click.easy®

” pó liofilizado é válido por 36 meses, quando mantido no frasco-

ampola fechado e em temperatura entre 15ºC e 30ºC.

Após reconstituição:

1,33 mg (4 UI) deve ser conservado sob refrigeração, protegido da luz, em

temperatura entre 2º e 8ºC. Não congelar. ESTE MEDICAMENTO, DEPOIS DE

RECONSTITUIDO, DEVERÁ SER CONSUMIDO EM ATÉ 24 HORAS.

8mg “click.easy”

deve ser conservado sob refrigeração, protegido da luz, em

RECONSTITUÍDO, DEVERÁ SER CONSUMIDO EM NO MÁXIMO 28 DIAS.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de usar

Saizen®

1,33 mg (4 UI) é indicado para dose única e, preferencialmente, por via subcutânea.

Reconstituição: O pó liofilizado deve ser reconstituído com o solvente incluso. A solução

reconstituída para injeção deve ser clara e isenta de partículas. Se a solução contiver

partículas, ela não deve ser injetada.

Para reconstituir Saizen®

, injete o solvente no frasco-ampola de Saizen® 1,33 mg apontando

o líquido contra a parede de vidro. Gire o frasco-ampola cuidadosamente em movimentos

rotatórios suaves até que o conteúdo seja completamente dissolvido. Evite agitar

vigorosamente. Jogue fora qualquer solvente que não for utilizado. O local da injeção deve

ser variado a fim de evitar lipoatrofia.

8 mg é indicado para doses múltiplas por via subcutânea.

O cartucho contendo a solução reconstituída de Saizen® 8 mg click.easy é somente para uso

com o autoaplicador One.Click®

. Para administração, siga as instruções contidas no Manual

de Instruções contido na embalagem do autoaplicador One.click®

.

Reconstituição: O produto deve ser dissolvido com o solvente bacteriostático incluso

metacresol em água para injeção 0,3% (p/v), utilizando o dispositivo para reconstituição

click.easy®. A solução reconstituída para injeção deve ser clara e sem partículas. Se a

solução apresentar partículas, esta não deve ser utilizada. O local da injeção deve ser variado

a fim de evitar lipoatrofia.

Posologia

A dosagem de Saizen®

deve ser individualizada para cada paciente com base na área da

superfície corporal (ASC) ou no peso corporal (PC). Recomenda-se a administração de

na hora de dormir de acordo com a seguinte dosagem:

Deficiência de crescimento decorrente de secreção inadequada de hormônio de crescimento

endógeno

0,7-1,0 mg/m2

da área de superfície corporal (ASC) por dia ou 0,025-0,035 mg/kg do peso

corporal (PC) por dia com administração subcutânea ou intramuscular.

Deficiência de crescimento em garotas com disgenesia gonadal (Síndrome de Turner)

1,4 mg/m2

da área de superfície corporal (ASC) por dia ou 0,045-0,050 mg/kg do peso

corporal (PC) por dia com administração subcutânea. Em pacientes com síndrome de Turner,

ainda não foi definido em que idade o tratamento deve iniciar. Ainda não há dados

disponíveis que demonstrem um melhor resultado com relação à altura em adultos quando o

tratamento é iniciado na infância ou na adolescência. O uso de uma terapia concomitante

com esteróides anabólicos não androgênicos em pacientes com Síndrome de Turner pode

aumentar taxa de crescimento.

Deficiência de crescimento associado a insuficiência renal crônica

de área corpórea ou 0,045 – 0,050 mg/kg de peso corpóreo por dia, administrado

por via subcutânea. Em pacientes com insuficiência renal crônica o tratamento deve iniciar

assim que possível após o diagnostico de retardo no crescimento.

Déficit de crescimento em crianças baixas nascidas pequenas para a idade gestacional (SGA)

Dose diária e 0,035 a 0,067 mg/kg de peso corpóreo (ou 1 – 2 mg/m2

por dia), administrado

por via subcutânea.

Duração do tratamento em crianças

O tratamento é geralmente contínuo por muitos anos. A duração do tratamento depende do

desenvolvimento da altura do paciente e do objetivo terapêutico a ser atingido.

O tratamento deve ser interrompido quando o paciente tiver atingido uma altura adulta

satisfatória ou quando as epífises tiverem fechado. Em crianças com insuficiência renal

crônica o tratamento deve ser interrompido quando for realizado o transplante renal. No caso

do distúrbio de crescimento em crianças baixas nascidas pequenas para idade gestacional,

normalmente se recomenda o tratamento até que a altura final seja atingida. O tratamento

deve ser interrompido após o primeiro ano caso a velocidade da altura seja menor do que +1

S. O tratamento deve ser interrompido quando se atinge a altura final (definida como

velocidade de altura < 2 cm/ano), e se for necessária confirmação caso a idade óssea > 14

anos (garotas) ou > 16 anos (garotos), correspondendo ao fechamento das placas de

crescimento epifisário.

Deficiência do Hormônio de Crescimento em adultos

No início da terapia com somatropina, são recomendadas doses baixas de 0,15-0,3 mg,

ministradas na forma de uma injeção subcutânea diária. A dose deve ser ajustada

gradualmente, levando em consideração as reações clínicas, os eventos adversos que

aparecerem e a concentração de IGF-1 no sangue. Se necessário, a dose deve ser aumentada

uma vez ao mês. A dose final recomendada do hormônio de crescimento raramente

ultrapassa 1,0 mg/dia. Geralmente, deve se administrar a menor dose eficaz. Em pacientes

mais velhos ou com sobrepeso, podem ser necessárias doses menores.

Duração do tratamento em adultos

A duração do tratamento em adultos é normalmente de muitos anos. A duração ótima de

tratamento não é definida. É recomendado avaliar, durante a avaliação médica anual, se o

tratamento deve ser continuado.

Informação importante

Quando o medicamento é injetado no mesmo local por um longo período de tempo, pode

causar danos. É importante alterar constantemente o local de aplicação. Não aplicar em

locais que apresentem nódulos, endurecimento, depressão cutânea ou dor. Neste caso, o

medico deve ser informado.

Os seguintes locais podem ser utilizados para aplicação do Saizen®

:

Abdome: lateral do abdome, manter distância de três dedos longe do umbigo e na altura da

cintura.

Braços: face externa e lateral externa do braço, manter distância de quatro dedos abaixo do

ombro e quatro dedos acima do cotovelo.

Coxas: região frontal e lateral externa da coxa, manter distância de quatro dedos abaixo da

virilha e quatro dedos acima do joelho.

Nádegas: região superior lateral externa das nádegas.

Costas: região próxima da cintura (recomendável auxílio de uma pessoa para aplicação).

9. REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas abaixo foram identificadas durante o tratamento com Saizen®

:

Tipo

Comum

(1/100, <1/10)

Incomum

(1/1.000,

<1/100)

Muito rara

(<1/10.000)

Frequência

desconhecida

Doenças do

Sistema Nervoso

Cefaleia

(isolada)

Hipertensão

intracraniana

idiopática

(hipertensão

benigna)

Síndrome do

túnel do carpo

Afecções

musculosqueléticas

e dos tecidos

conjuntivos

Epifisiólise da

cabeça femoral

ou necrose

avascular da

cabeça

femoral.

Doenças

endócrinas

Hipotiroidismo

(1/1.000, <1/100)

metabolismo e da

nutrição

Em adultos:

retenção de

líquidos (edema

periférico,

rigidez,

artralgia,

mialgia,

parestesia).

Em crianças:

periférico, rigidez,

artralgia, mialgia,

Resistência à

insulina, que

pode resultar em

hiperinsulinemia

e, em casos

raros, em

hiperglicemia.

Problemas no local

de administração

Reações no local

de aplicação:

lipoatrofia

localizada (que

pode ser evitada

através da

variação do

local da

injeção),

vermelhidão e

coceira no local

da injeção

(particularmente

quando a via

subcutânea é

utilizada)

Retenção de líquidos é esperada durante a terapia de reposição hormonal com hormônio do

crescimento em adultos. Edema, edema articular, artralgia, mialgia e parestesia podem ser as

manifestações clínicas da retenção de líquidos. No entanto, estes sinais/sintomas são

geralmente transitórios e dose-dependentes.

Pacientes adultos com deficiência de hormônio de crescimento diagnosticada na infância

relataram menos reações adversas que os adultos com deficiência de hormônio de

crescimento diagnosticada na vida adulta.

Em alguns pacientes, pode haver formação de anticorpos à somatropina. A relevância clínica

destes anticorpos é desconhecida, embora até hoje os anticorpos têm sido de baixa

capacidade de ligação e não têm sido associados com a atenuação do crescimento, exceto em

pacientes com a deleção do gene. Em casos muito raros, onde a baixa estatura é devido à

deleção do complexo do gene do hormônio do crescimento, o tratamento pode induzir o

crescimento de anticorpos atenuantes.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária -NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa ou para a

Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

É conhecido um relato de superdose crônica. Um paciente com deficiência de hormônio do

crescimento tratado com hormônio do crescimento recombinante desenvolveu acromegalia.

Superdose por um período prolongado pode resultar em sinais e sintomas de gigantismo e/ou

acromegalia, efeitos conhecidos de superdose de hormônio do crescimento.

Exceder a dose recomendada pode causar eventos adversos. O uso de hormônio do

crescimento em grande quantidade pode levar a um baixo nível de glicose no sangue

(hipoglicemia) e posteriormente a um aumento (hiperglicemia).

Exceder a dose recomendada pode causar efeitos colaterais. A superdose pode levar à

hipoglicemia e, subsequentemente, à hiperglicemia. Além disso, a superdose de hormônio do

crescimento é suscetível de causar manifestações graves da retenção de líquidos.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.