Bula do Selozok Fix para o Profissional

Bula do Selozok Fix produzido pelo laboratorio Astrazeneca do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Selozok Fix
Astrazeneca do Brasil Ltda - Profissional

Download
BULA COMPLETA DO SELOZOK FIX PARA O PROFISSIONAL

SELOZOK FIX ®

(felodipino + succinato de metoprolol)

AstraZeneca do Brasil Ltda.

Comprimido revestido de liberação prolongada

5/50mg

1

SELOZOK®

Fix

felodipino / succinato de metoprolol

I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

APRESENTAÇÕES

Comprimidos revestidos de liberação prolongada de 5 mg de felodipino e 47,5 mg de succinato de

metoprolol (equivalente a tartarato de metoprolol 50 mg) em embalagens com 10 ou 30 comprimidos

revestidos.

VIA ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido de liberação prolongada de SELOZOK Fix contém 5 mg de felodipino e

47,5 mg de succinato de metoprolol (equivale a tartarato de metoprolol 50 mg).

Excipientes: óxido férrico marrom-avermelhado, óxido férrico amarelo, etilcelulose, hiprolose,

hipromelose, lactose (anidra), celulose microcristalina, parafina, macrogol, óleo de rícino

hidrogenado polioxil, galato de propila, dióxido de silício, silicato de alumínio e sódio, estearil

fumarato de sódio, dióxido de titânio.

II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

2

1. INDICAÇÕES

SELOZOK Fix é indicado para o tratamento da hipertensão após falha terapêutica na monoterapia e

para pacientes com perfil de fator de risco cardiovascular alto e/ou muito alto.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Hipertensão arterial – felodipino

A eficácia do felodipino no tratamento da hipertensão arterial foi comprovada em um importante

estudo de grande porte. O estudo HOT (Hypertension Optimal Treatment) avaliou 18.790 pacientes

por um período de 4,9 anos. O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre eventos

cardiovasculares e a redução da pressão arterial. O estudo mostrou que a redução intensa da

hipertensão nos pacientes que iniciaram a terapia com o felodipino levou a uma redução de eventos

cardiovasculares e da mortalidade cardiovascular (Hansson, L et al. Lancet. 1998; 351: 1755-1762).

Hipertensão arterial – succinato de metoprolol

Em um estudo comparativo com placebo que usou dados de três amostras combinadas, o succinato de

metoprolol foi significativamente superior na redução da pressão arterial supina após 24 horas

(Westergren et al. Curr Ther Res 1994; 55:142-8).

Hipertensão arterial – felodipino / succinato de metoprolol

A taxa de resposta em um estudo de Dahlöf et al. (Dahlöf et al. Blood Pressure 1993;2 (Suppl 1): 37-

45) é definida como segue: pacientes que atingiram pressão arterial diastólica (DBP) supina igual ou

menor que 90 mmHg e/ou uma diminuição da DBP supina igual ou maior que 10 mm Hg.

Isso resultou em uma taxa de resposta após 6 semanas de 76% para SELOZOK Fix, 55% para

felodipino e 48% para metoprolol. Após 12 semanas, 90% para SELOZOK Fix, 71% para felodipino

e 64% para o metoprolol.

Um estudo utilizando monitoramento ambulatorial da pressão arterial por 24 horas e outro estudo em

pacientes idosos (idade ≥ 70 anos) com fator de alto risco cardiovascular, demonstraram que

3

felodipino/metoprolol 5/50 mg foi um agente anti-hipertensivo efetivo e a diminuição da pressão

arterial foi significativamente melhor que o anlodipino 5 mg e placebo, respectivamente.

Em outro estudo por Hoffmann et al, (Blood Pressure 1993;2 (Suppl 1):30-36), foi demonstrado que,

após 12 semanas de tratamento a redução da pressão arterial foi significativamente melhor com

felodipino/metoprolol 5/50 mg (28/18 mmHg) comparada com felodipino 5 mg (18/12mmHg) ou

metoprolol 50 mg (19/12 mmHg).

A taxa da resposta anti-hipertensiva, definida como a porcentagem de pacientes que atingiram

pressão arterial diastólica supina ≤ 90 mmHg e/ou redução ≥ 10 mmHg foi significativamente melhor

com a combinação de dose fixa (98%) do que com felodipino (79%) ou metoprolol (82%) em

monoterapia.

No entanto, os guidelines modernos (JNC-7 nos EUA e ESC guidelines na Europa) também são

levados em conta para a pressão arterial sistólica (PAS). O desenho do estudo M- FACT permitiu

alterações da pressão arterial placebo-corrigidos durante uma ampla faixa de dose. Assim, a

proporção de pacientes que atingiram a meta da pressão arterial JNC-7 (taxa de controle) está descrita

na tabela a seguir.

Tabela Pressão arterial sentada (SiBP): proporção de pacientes que

atingiu o controle da pressão arterial (critério JNC-7) na

semana 9 (grupo de análise de eficácia, estudo SH-LOG-0013)

Grupo de tratamento Grupo de análise de

eficácia

Proporção de pacientes que atingiram a

meta JNC-7 na semana 9

N n (%) IC 95%

placebo 95 12 (12,6) 6,7; 21,0

felodipino 2,5 mg de

liberação controlada

93 17 (18,3) 11,0; 27,7

felodipino 10 mg de

46 13 (28,3) 16,0; 43,5

felodipino 20 mg de

89 32 (36,0) 26,1; 46,8

metoprolol 25 mg de

88 26 (29,5) 20,3; 40,2

metoprolol 100 mg de 44 16 (36,4) 22,4; 52,2

4

metoprolol 400 mg de

90 31 (34,4) 24,7; 45,2

felodipino / metoprolol

2,5/25 mg

88 32 (36,4) 26,4; 47,3

10/25 mg

45 14 (31,1) 18,2; 46,7

20/25 mg

43 21 (48,8) 33,3; 64,5

2,5/100 mg

51 25 (49,0) 34,8; 63,4

10/100 mg

93 40 (43,0) 32,8; 53,7

20/100 mg

47 25 (53,2) 38,1; 67,9

2,5/400 mg

46 25 (54,3) 39,0; 69,1

10/400 mg

45 25 (55,6) 40,0; 70,4

20/400 mg

84 48 (57,1) 45,9; 67,9

Total 1087 402 (37,0)

Meta JNC-7 igual pressão arterial sistólica sentada (SiSBP) <140 mmHg e pressão arterial

diastólica sentada (SiDBP) <90 mmHg; ou se diabético, SiSBP <130 mmHg e SiDBP <80

mmHg. Na semana 9, um paciente seria controlado se SiDBP/SiDBP fosse menor que a meta

JNC-7. Nenhum dos valores de pressão arterial foi avaliado posteriormente. Um paciente sem

valores na semana 9 foi considerado não-controlado.

Infelizmente, a associação de dose de 5 mg de felodipino e 50 mg de metoprolol não fez parte do

estudo, mas a taxa de controle foi estimada em cerca de 50%, semelhante à taxa de controle para a

dose de 2,5 mg/100 mg.

5

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

Os mecanismos de ação complementares do felodipino, um antagonista de cálcio seletivo para

musculatura lisa vascular (redução da resistência periférica), e do metoprolol, um bloqueador beta-1

seletivo (redução do débito cardíaco), resultam em maior efeito anti-hipertensivo e tolerabilidade

similar, ou melhor, em comparação com as respectivas monoterapias. Assim, é alcançado um melhor

equilíbrio de eficácia/tolerabilidade.

A redução da pressão arterial é igual e eficaz durante as 24 horas do intervalo de dose. A combinação

de felodipino e succinato de metoprolol também pode ser utilizada em pacientes hipertensos com

angina do peito estável concomitante, devido à ação anti-isquêmica dos componentes individuais.

- felodipino

O felodipino é um antagonista de cálcio seletivo para a musculatura lisa vascular, que diminui a

pressão arterial pela redução da resistência vascular sistêmica. Devido ao alto grau de seletividade

pela musculatura lisa arteriolar, o felodipino não tem efeito direto sobre a contratilidade ou a

condução cardíaca nas doses terapêuticas. Devido à ausência de efeito sobre a musculatura lisa

venosa ou o controle vasomotor adrenérgico, o felodipino não está associado a hipotensão ortostática.

O felodipino possui um efeito natriurético/diurético discreto, não ocorrendo retenção de líquidos.

O felodipino é eficaz em todos os graus de hipertensão. O felodipino é bem tolerado em pacientes

com doença cardíaca, angina do peito e insuficiência cardíaca congestiva concomitantes.

O felodipino tem efeitos antianginosos e anti-isquêmicos devido à melhora do equilíbrio

fornecimento/demanda de oxigênio para o miocárdio.

- metoprolol

O metoprolol é um bloqueador beta-1 seletivo, isto é, age nos receptores beta-1 no coração em doses

muito menores que as necessárias para influenciar os receptores beta-2, principalmente os localizados

nos vasos periféricos e brônquios.

6

O metoprolol possui um efeito estabilizador de membrana insignificante e não apresenta atividade

agonista parcial.

O efeito estimulador das catecolaminas no coração (que são liberadas durante o estresse físico e

mental) é reduzido ou inibido pelo metoprolol. Isto significa que o aumento usual da frequência

cardíaca, do débito cardíaco, da contratilidade cardíaca e da pressão arterial produzido pelas

catecolaminas é reduzido pelo metoprolol. Esses efeitos resultam em uma redução global da demanda

de oxigênio pelo miocárdio, o que constitui uma parte importante da ação anti-isquêmica do fármaco.

O metoprolol reduz a pressão arterial elevada tanto na posição levantada quanto na posição deitada.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção e distribuição:

A disponibilidade sistêmica do felodipino é de aproximadamente 15% e é independente da dose na

faixa de doses terapêuticas.

A taxa de ligação do felodipino às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 99%, ligando-se

predominantemente à fração de albumina.

Os comprimidos de liberação prolongada produzem uma fase de absorção prolongada do felodipino,

que resulta em concentrações plasmáticas dentro da faixa terapêutica por 24 horas.

Metabolismo e eliminação:

O felodipino é extensivamente metabolizado no fígado pelo citocromo P450 3A4 (CYP3A4) e todos

os metabólitos identificados são inativos. O felodipino é um fármaco de alta depuração, com

depuração sanguínea média de 1200 mL/min. Não há acúmulo significativo durante tratamento de

longo prazo.

Pacientes idosos e pacientes com função hepática reduzida têm em média concentrações plasmáticas

de felodipino maiores que pacientes jovens. A farmacocinética do felodipino não é alterada em

pacientes com insuficiência renal, incluindo aqueles tratados com hemodiálise.

7

Cerca de 70% da dose administrada é excretada como metabólitos na urina; a fração restante é

excretada nas fezes. Menos de 0,5% da dose é recuperada inalterada na urina.

A biodisponibilidade é reduzida em cerca de 20-30% para a formulação de liberação controlada

quando comparada com um comprimido convencional. Isso demonstrou não ter significância para a

eficácia clínica, uma vez que a área sob a curva de efeito (ASCE) sobre a frequência cardíaca é a

mesma que para os comprimidos convencionais. A ligação do metoprolol às proteínas plasmáticas é

baixa, de aproximadamente 5-10%.

A meia-vida de eliminação do metoprolol é em média de 3,5 horas. Assim, durante o intervalo de 24

horas entre as doses uma concentração plasmática constante de metoprolol é alcançada. A velocidade

de liberação do metoprolol é independente de fatores fisiológicos como pH, presença de alimentos e

peristaltismo.

O metoprolol sofre metabolismo oxidativo no fígado primariamente pelo CYP2D6. Foram

identificados três metabólitos principais, entretanto nenhum deles tem efeito beta-bloqueador de

importância clínica.

Via de regra, mais de 95% de uma dose oral pode ser recuperada na urina. Aproximadamente 5% da

dose administrada é excretada na urina sob a forma inalterada, podendo aumentar para até 30% em

casos isolados. A meia-vida de eliminação do metoprolol no plasma é em média de 3,5 horas

(extremos: 1 e 9 horas). A velocidade de depuração total é de aproximadamente 1000 mL/min.

Pacientes idosos não apresentam alterações significativas na farmacocinética do metoprolol em

comparação com pessoas jovens. A biodisponibilidade sistêmica e a eliminação do metoprolol não

são alteradas em pacientes com função renal reduzida. Entretanto, a excreção dos metabólitos é

reduzida.

Foi observado acúmulo significativo de metabólitos em pacientes com velocidade de filtração

glomerular inferior a 5 mL/min. Esse acúmulo de metabólitos, entretanto, não aumenta o efeito beta-

bloqueador.

8

A farmacocinética do metoprolol é pouco afetada pela diminuição da função hepática. Entretanto, em

pacientes com cirrose hepática grave e derivação porta-cava a biodisponibilidade do metoprolol pode

aumentar e a depuração total pode ser reduzida. Os pacientes com anastomose porta-cava

apresentaram uma depuração total de aproximadamente 0,3 L/min e valores da área sob a curva de

concentração plasmática vs. tempo (ASC) até 6 vezes maiores que indivíduos sadios.

- Características da combinação dos produtos

A combinação de felodipino e metoprolol não altera a farmacocinética dos dois componentes. O

felodipino e o metoprolol são completamente absorvidos pelo trato gastrointestinal após a

administração dos comprimidos de SELOZOK Fix. A absorção é independente da ingestão de

alimentos com baixo teor de gordura.

Com a formulação de liberação prolongada, a fase de absorção é prolongada, resultando em

concentrações plasmáticas de felodipino e metoprolol iguais e efetivas durante 24 horas.

Dados de segurança pré-clínica

Em um estudo sobre fertilidade e capacidade reprodutora geral em ratos tratados com felodipino, foi

observado um prolongamento do parto, resultando em trabalho de parto difícil, aumento das mortes

fetais e das mortes pós-natais precoces nos grupos tratados com doses médias e altas.

Estudos de reprodução em coelhos demonstraram aumento reversível das glândulas mamárias nas

mães e anormalidades digitais nos fetos (esses efeitos foram dose-dependentes). As anomalias nos

fetos foram induzidas quando o felodipino foi administrado durante os primeiros períodos do

desenvolvimento fetal.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Hipersensibilidade ao felodipino ou ao metoprolol (incluindo outros diidropiridinos ou beta-

bloqueadores) ou a qualquer outro componente da fórmula.

SELOZOK Fix também é contraindicado nas seguintes situações:

- Gravidez.

9

- Infarto agudo do miocárdio.

- Angina do peito instável.

- Bloqueio atrioventricular de segundo ou terceiro grau.

- Obstrução hemodinamicamente significativa da válvula cardíaca.

- Obstrução dinâmica do fluxo de saída.

- Pacientes com insuficiência cardíaca não compensada instável (edema pulmonar, hipoperfusão ou

hipotensão) e pacientes com terapia inotrópica contínua ou intermitente agindo através de

agonista do receptor beta.

- Bradicardia sinusal clinicamente relevante.

- Síndrome do nó sino-atrial (a não ser que um marcapasso permanente esteja em uso).

- Choque cardiogênico.

- Arteriopatia periférica grave.

SELOZOK Fix não deve ser administrado à pacientes com suspeita de infarto agudo do miocárdio

enquanto a frequência cardíaca for < 45 batimentos/minuto, o intervalo PQ for > 0,24 segundos ou a

pressão sistólica for < 100 mmHg.

Categoria de risco na gravidez: C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

A combinação em dose fixa de felodipino e metoprolol, como outros anti-hipertensivos, pode causar

hipotensão. Em indivíduos suscetíveis a hipotensão pode resultar em isquemia miocárdica.

Geralmente, ao se tratar pacientes com asma, deve-se administrar terapia concomitante com agonista

beta-2 (comprimidos e/ou aerossol). Pode ser necessário ajuste da dose do agonista beta-2 (aumento)

quando o tratamento com SELOZOK Fix é iniciado. O risco de SELOZOK Fix interferir com

receptores beta-2 é, entretanto, menor quando comparado a formulações convencionais de

bloqueadores beta-1 seletivos.

Durante o tratamento com SELOZOK Fix, o risco de interferência com o metabolismo de

carboidratos ou de mascaramento da hipoglicemia é provavelmente menor que durante tratamento

com comprimidos convencionais de bloqueadores beta-1 seletivos e muito menor que com

bloqueadores não-seletivos.

10

Pacientes com insuficiência cardíaca devem ter sua descompensação tratada antes e durante o

tratamento com SELOZOK Fix.

Alterações da condução A-V de grau moderado pré-existentes podem ser agravadas (levando,

possivelmente, a bloqueio A-V).

Não se deve realizar administração intravenosa de antagonistas de cálcio do tipo verapamil em

pacientes em tratamento com SELOZOK Fix.

Se os pacientes desenvolverem bradicardia crescente, o SELOZOK Fix deve ser administrado em

doses menores ou ser suspenso gradualmente.

SELOZOK Fix pode agravar os sintomas de arteriopatia periférica.

Se utilizado em pacientes com feocromocitoma, deve ser administrado concomitantemente com um

alfa-bloqueador.

Antes de cirurgias, o anestesista deve ser informado de que o paciente está utilizando SELOZOK

Fix. Não é recomendado interromper o tratamento com beta-bloqueador em pacientes que serão

submetidos a cirurgias.

A interrupção abrupta da medicação deve ser evitada. Quando possível, deve-se considerar redução

da dose e/ou administração a cada dois dias por um período de 10-14 dias. Especialmente durante

este período, pacientes com doença cardíaca isquêmica conhecida devem ser mantidos sob cuidadosa

vigilância. O risco para eventos coronarianos, incluindo morte súbita, pode aumentar durante a

interrupção do tratamento de SELOZOK Fix ou de outros beta-bloqueadores.

Em pacientes utilizando beta-bloqueadores, o choque anafilático manifesta-se com maior intensidade.

Foram relatados casos de hipertrofia gengival discreta em pacientes com gengivites ou periodontites

acentuadas. Este efeito pode ser prevenido ou revertido por uma cuidadosa higiene dental.

Este medicamento contém lactose (42,00 mg/comprimido).

11

SELOZOK Fix contém lactose e, portanto, não deve ser utilizado por pacientes com intolerância hereditária

a galactose ou pacientes com má-absorção de glicose-galactose.

Devido à presença de metoprolol:

Este medicamento pode causar doping.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: deve-se avaliar a reação dos

pacientes ao medicamento antes de dirigir veículos e operar máquinas, porque, ocasionalmente,

podem ocorrer tontura ou fadiga.

Fertilidade

Não existem dados disponíveis sobre a influência na fertilidade de homens e mulheres.

Gravidez

SELOZOK Fix não deve ser usado durante a gravidez.

Lactação

O felodipino é detectado no leite materno. Entretanto, quando utilizado em doses terapêuticas pela

mãe lactante é improvável que afete a criança.

Os beta-bloqueadores podem causar efeitos adversos, como por exemplo, bradicardia no feto, no

recém-nascido e em crianças sob aleitamento materno. A quantidade de metoprolol ingerida pelo

lactente através do leite materno, entretanto, parece ser insignificante com relação ao efeito beta-

bloqueador na criança, se a mãe é tratada com metoprolol em doses terapêuticas.

Não existem dados suficientes da influência do tratamento sobre amamentação, não sendo possível avaliar os

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

12

A administração concomitante de substâncias que interferem com o sistema enzimático do citocromo

P450 pode afetar as concentrações plasmáticas do felodipino e metoprolol. Não há interação entre

felodipino e metoprolol, uma vez que eles utilizam diferentes isoenzimas do citocromo P450.

Possíveis interações devido ao felodipino

O felodipino é metabolizado no fígado pelo citocromo P450 3A4 (CYP3A4).

Interações que aumentam a concentração plasmática de felodipino

Inibidores enzimáticos do sistema enzimático do citocromo P450 3A4 mostraram promover um aumento

nas concentrações plasmáticas de felodipino.

Exemplos:

- cimetidina

- eritromicina

- itraconazol

- cetoconazol

- certos flavonóides presentes em suco de grapefruit – pomelo

Interações que diminuem a concentração plasmática de felodipino

Indutores enzimáticos do sistema enzimático do citocromo P450 3A4 podem causar redução das

concentrações plasmáticas de felodipino.

- fenotoína

- carbamazepina

- rifampicina

- barbitúricos

- Hypericum perforatum (Erva de São João)

O felodipino pode aumentar a concentração de tacrolimo. Quando usados simultaneamente, a

concentração sérica de tacrolimo deve ser monitorada e pode ser necessário ajustar a dose de

tacrolimo.

13

O felodipino não altera as concentrações plasmáticas da ciclosporina.

Possíveis interações devido ao metoprolol

O metoprolol é um substrato metabólico do CYP2D6. Fármacos que atuam como substâncias

indutoras e inibidoras enzimáticas podem exercer influência sobre os níveis plasmáticos de

metoprolol. Os níveis plasmáticos de metoprolol podem ser elevados pela coadministração de

compostos metabolizados pelo CYP2D6, por exemplo: antiarrítimicos, anti-histamínicos,

antagonistas do receptor de histamina 2, antidepressivos, antipsicóticos e inibidores da COX-2. A

concentração plasmática de metoprolol é diminuída pela rifampicina e pode ser elevada pelo álcool e

pela hidralazina.

Recomenda-se cuidado especial em pacientes sob tratamento concomitante com SELOZOK Fix e

agentes bloqueadores ganglionares simpáticos, outros beta-bloqueadores (ex.: colírio) ou inibidores

da monoaminoxidase (MAO).

Se tratamento concomitante com clonidina for descontinuado, o tratamento de SELOZOK Fix deve

ser interrompido vários dias antes da clonidina.

Pode ocorrer aumento dos efeitos negativos sobre o inotropismo e o cronotropismo quando

SELOZOK Fix é administrado junto com antagonistas do cálcio, como verapamil e diltiazem. A

administração intravenosa de antagonistas do cálcio como verapamil não deve ser realizada.

SELOZOK Fix pode aumentar os efeitos negativos sobre o inotropismo e o cromotropismo de

agentes antiarrítmicos (como quinidina e amiodarona).

A associação de glicosídeos digitálicos e beta-bloqueadores pode aumentar o tempo de condução

atrioventricular e induzir a bradicardia.

Em pacientes sob tratamento com SELOZOK Fix, os anestésicos inalatórios aumentam o efeito

cardiodepressor.

Tratamento concomitante com indometacina ou outros fármacos inibidores da prostaglandina

sintetase pode diminuir o efeito anti-hipertensivo de SELOZOK Fix.

14

Sob certas condições, quando a epinefrina é administrada em pacientes tratados com beta-

bloqueadores, os beta-bloqueadores cardiosseletivos interferem muito menos com o controle da

pressão sanguínea do que os beta-bloqueadores não-seletivos.

Pode ser necessário um ajuste da dose de hipoglicemiantes orais em pacientes sob tratamento com

SELOZOK Fix.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

SELOZOK Fix deve ser conservado em temperatura ambiente (15ºC a 30°C).

SELOZOK Fix tem validade de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

SELOZOK Fix é apresentado da seguinte maneira: comprimidos revestidos, de cor alaranjada

(apricot), circulares e com a gravação A/FG em um dos lados.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de Usar

Os comprimidos de SELOZOK Fix devem ser tomados pela manhã, por via oral, devem ser

engolidos inteiros com água e não devem ser ingeridos com suco de grapefruit (pomelo). Os

comprimidos podem ser administrados em jejum ou após uma refeição leve que não seja rica em

gorduras ou carboidratos.

Este medicamento não deve ser partido, amassado ou mastigado.

15

Posologia

A dose inicial é de um comprimido de SELOZOK Fix uma vez ao dia. Se necessário, a dose pode

ser aumentada para dois comprimidos uma vez ao dia.

Pacientes com insuficiência renal: não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência

renal.

Pacientes com insuficiência hepática: normalmente não é necessário ajuste de dose em pacientes

com cirrose hepática, porque o metoprolol tem uma baixa taxa de ligação proteica (5%-10%).

Quando há sinais de comprometimento importante da função hepática (por exemplo, pacientes

submetidos a cirurgia de derivação), não devem ser administradas doses maiores que 5/50mg de

SELOZOK Fix.

Idosos: geralmente um comprimido de SELOZOK Fix 5/50mg uma vez ao dia é suficiente. Se

necessário, a dose pode ser aumentada para dois comprimidos uma vez ao dia.

Crianças: de acordo com experiências clínicas SELOZOK Fix não deve ser utilizado por crianças.

Se o paciente esquecer de tomar o comprimido de SELOZOK Fix, deve tomá-lo assim que se

lembrar, contanto que esteja a pelo menos 12 horas da próxima dose. Se faltar menos de 12 horas

para a próxima dose, o próximo comprimido de SELOZOK Fix deverá ser tomado no horário

habitual e a dose esquecida não deve ser tomada.

9. REAÇÕES ADVERSAS

SELOZOK Fix é bem tolerado e as reações adversas, geralmente, foram leves e reversíveis.

Os eventos adversos relatados nos estudos clínicos com SELOZOK Fix incluem cefaléia, edema de

tornozelo, rubor, tontura, náusea e fadiga. A maioria desses efeitos pode ser explicada pelas

propriedades vasodilatadoras do felodipino, que são normalmente dose-dependentes e aparecem no

inicio do tratamento ou após aumento da dose. Se tais reações ocorrerem, elas são freqüentemente

transitórias e diminuem em intensidade com o tempo.

16

As reações adversas descritas a seguir foram relatadas em investigações clínicas e após a

comercialização dos fármacos felodipino e metoprolol individualmente.

São usadas as seguintes definições de frequência:

Muito comum ≥ 1/10

Comum ≥ 1/100 e < 1/10

Incomum ≥ 1/1000 e < 1/100

Rara < 1/1000 e ≥ 1/10000

Muito rara < 1/10000

- felodipino

- Sistema nervoso central:

Comum: cefaleia.

Incomuns: tontura, parestesia.

- Sistema cardiovascular:

Incomuns: taquicardia, palpitações.

- Vascular:

Comum: ruborização.

Incomum: hipotensão.

Rara: síncope.

- Gastrointestinal:

Incomuns: náusea, dor abdominal.

Rara: vômito.

Muito raras: hiperplasia gengival, gengivite.

- Hepático:

Muito rara: aumento das enzimas hepáticas.

- Pele:

Incomuns: exantema, prurido.

Rara: urticária.

17

Muito raras: reações de fotossensibilidade, vasculite leucocitoclástica.

- Sistema Músculo-esquelético:

Rara: mialgia, artralgia.

-Sistema Reprodutivo:

Rara: impotência/disfunção sexual.

- Sistema urinário:

Muito rara: polaciúria.

- Geral:

Muito comum: edema periférico.

Incomum: fadiga.

Muito rara: reações de hipersensibilidade (por ex.: angioedema, febre).

- metoprolol

- Sistema Cardiovascular:

Comuns: bradicardia, palpitações.

Incomuns: deterioração de sintomas de insuficiência cardíaca, bloqueio cardíaco de primeiro grau,

dor precordial.

Raras: distúrbios da condução cardíaca, arritmias cardíacas.

Comum: alterações posturais (muito raramente com sincope), mãos e pés frios.

Muito raras: gangrena em pacientes com alterações circulatórias periféricas graves pré-existentes.

Comuns: tontura e cefaleia.

Incomuns: parestesia.

Muito rara: distúrbios do paladar

Comuns: náusea, dor abdominal, diarreia, constipação.

Incomum: vômitos.

18

Rara: boca seca.

- Hematológico:

Muito rara: trombocitopenia.

Rara: alterações de testes da função hepática.

Muito rara: hepatite.

- Metabolismo:

Incomum: ganho de peso.

- Músculo-esquelético e tecido condutor:

Incomum: câimbras musculares

Muito rara: artralgia.

- Psiquiátrico:

Incomuns: depressão, dificuldade de concentração, sonolência ou insônia, pesadelos.

Raras: nervosismo, ansiedade.

Muito raras: amnésia/comprometimento da memória, confusão, alucinações.

- Respiratório:

Comum: dispnéia de esforço.

Incomum: broncoespasmo.

Rara: rinite.

- Olhos

Raras: distúrbios da visão, irritação e/ou ressecamento dos olhos, conjuntivite.

- Ouvidos e labirintite

Muito rara: zumbido.

Incomuns: exantema (sob a forma de urticária psoriasiforme e lesões cutâneas distróficas), sudorese

aumentada.

Rara: perda de cabelo.

19

Muito raras: reações de fotossensibilidade, agravamento da psoríase.

- Sistema reprodutivo

Raro: impotência/disfunção sexual.

Outros:

Muito comum: fadiga.

Incomum: edema.

Atenção: este produto é um medicamento novo (nova associação no país) e, embora as

pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado

corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso,

notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a

Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.