Bula do Timoptol para o Profissional

Bula do Timoptol produzido pelo laboratorio Merck Sharp e Dohme Farmaceutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Timoptol
Merck Sharp e Dohme Farmaceutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO TIMOPTOL PARA O PROFISSIONAL

TIMOPTOL®

(maleato de timolol), MSD

Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda.

Solução oftálmica

0,5%

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

APRESENTAÇÕES

é apresentado em frasco com 5 mL de solução oftálmica estéril a 0,5%.

PARA APLICAÇÃO TÓPICA NO OLHO

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS

COMPOSIÇÃO

Cada mL de TIMOPTOL®

0,5% contém 5 mg de timolol como ingrediente ativo (equivalente a 6,8 mg de maleato de timolol).

Excipientes: fosfato de sódio monobásico diidratado, fosfato de sódio dibásico dodecaidratado, hidróxido de sódio e água para injetáveis.

Cloreto de benzalcônio 0,01% é adicionado como conservante.

Cada mililitro (mL) de TIMOPTOL®

contém aproximadamente 30 gotas e cada gota contém aproximadamente 0,17 mg de timolol.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

TIMOPTOL-XE®

é indicado para a redução da pressão intraocular elevada em:

 pacientes com hipertensão ocular ;

 pacientes com glaucoma crônico de ângulo aberto;

 pacientes afácicos com glaucoma;

 alguns pacientes com glaucoma secundário;

 pacientes com ângulo estreito e histórico de fechamento de ângulo estreito espontâneo ou induzido iatrogenicamente no olho

contralateral, no qual é necessária a redução da pressão intraocular (veja 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

TIMOPTOL-XE®

Em estudos multiclínicos, duplos-mascarados, controlados com medicação ativa e de grupos paralelos que envolveram pacientes com pressão

intraocular elevada, não tratada, maior que 22 mmHg em um ou ambos olhos, TIMOPTOL-XE®

0,25% e 0,5% administrado uma vez ao dia

apresentou efeito redutor da pressão intraocular equivalente ao da mesma concentração de TIMOPTOL®

administrado duas vezes ao dia

(veja tabela abaixo).

Para os cinco estudos comparativos independentes listados na tabela abaixo, o critério de admissão foi pressão intraocular ≥ 22 mmHg em

um ou ambos os olhos, após um período de washout de uma semana para a maioria dos medicamentos antiglaucomatosos e de até três

semanas para antagonistas betadrenérgicos. A posologia utilizada foi uma gota de TIMOPTOL-XE®

em cada olho afetado uma vez ao dia

versus uma gota de TIMOPTOL®

em cada olho afetado duas vezes ao dia.

Alteração média na pressão intraocular (mmHg) no vale (imediatamente antes da dose matinal) na semana

final do estudo duplo-mascarado, em relação ao período basal

Concentração TIMOPTOL-XE®

(n)

TIMOPTOL®

Semana

0,25% -5,8 (94) -5,9 (96) 12

0,25% -6,0 (74) -5,9 (73) 12

0,50% -8,3 (110)* -8,2 (111)* 12

0,50% -5,6 (189) -6,3 (94) 24

0,50% -6,4 (212) -6,1 (109) 24

* A pressão intraocular no período basal estava elevada em comparação com os outros estudos em razão da pressão intraocular mais alta

entre os pacientes com glaucoma pseudoesfoliativo.

Em um estudo das concentrações plasmáticas de timolol, a exposição sistêmica ao timolol foi menor quando voluntários sadios receberam

0,5% uma vez ao dia do que quando receberam TIMOPTOL®

0,5% duas vezes ao dia.

Em três estudos clínicos comparativos com TIMOPTOL®

administrado duas vezes ao dia, TIMOPTOL-XE®

administrado uma vez ao dia

reduziu menos a frequência cardíaca média e causou menos bradicardia (veja 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). No vale (24 horas

após a dose de TIMOPTOL-XE®

, 12 horas após a dose de TIMOPTOL®

), a redução média na frequência cardíaca foi de 0,8

batimento/minuto para TIMOPTOL-XE®

e de 3,6 batimentos/minuto para TIMOPTOL®

; enquanto duas horas após a dose a redução média

foi comparável (3,8 batimentos/minuto para TIMOPTOL-XE®

e 5 batimentos/minuto para TIMOPTOL®

).

Os seguintes dados de estudos clínicos de TIMOPTOL®

estão incluídos para referência.

Em estudos multiclínicos controlados em pacientes com pressão intraocular não tratada ≥ 22 mmHg, TIMOPTOL®

0,25% ou 0,5%

administrado 2 vezes ao dia reduziu mais a pressão intraocular do que a administração 4 vezes ao dia de solução de pilocarpina a 1%, 2%,

3% ou 4% ou de solução de cloridrato de epinefrina a 0,5%, 1% ou 2% administrada 2 vezes ao dia.

Nos estudos multiclínicos que compararam TIMOPTOL®

com a pilocarpina, 61% dos pacientes que receberam TIMOPTOL®

apresentaram

redução da pressão intraocular para menos de 22 mmHg em comparação com 32% dos pacientes que receberam pilocarpina.

Dentre os pacientes que completaram esses estudos, a redução média na pressão no final do estudo em relação ao período pré-tratamento foi

de 30,7% para os pacientes que receberam TIMOPTOL®

e de 21,7% para os pacientes que receberam pilocarpina.

e epinefrina, 69% dos pacientes que receberam TIMOPTOL®

apresentaram redução

da pressão intraocular para menos de 22 mmHg em comparação com 42% dos pacientes que receberam epinefrina. Para os pacientes que

completaram esses estudos, a redução média na pressão no final do estudo em relação ao período pré-tratamento foi de 33,2% para os

pacientes que receberam TIMOPTOL®

e de 28,1% para os pacientes que receberam epinefrina.

Agentes bloqueadores betadrenérgicos orais podem exacerbar a hipertensão de rebote que pode ser desencadeada pela retirada da clonidina.

Se os dois fármacos forem administrados concomitantemente, o agente bloqueador betadrenérgico deve ser retirado vários dias antes da

retirada gradual da clonidina. Se a clonidina for substituída por uma terapia betabloqueadora, a introdução do agente bloqueador

betadrenérgico deve ser postergada vários dias após a interrupção da administração da clonidina.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

TIMOPTOL-XE®

reduz a pressão intraocular elevada e normal, associada ou não ao glaucoma. A pressão intraocular elevada é fator de risco

importante na patogênese da perda de campo visual glaucomatoso. Quanto mais elevada a pressão intraocular, maior a probabilidade de

perda do campo visual glaucomatoso e de lesão ao nervo óptico. O início de ação de TIMOPTOL-XE®

em geral é rápido, ocorre

aproximadamente 20 minutos após a aplicação tópica no olho. A redução máxima da pressão intraocular com TIMOPTOL–XE®

ocorre em

duas a quatro horas. Uma redução significativa se manteve por até 24 horas com a solução oftálmica de TIMOPTOL-XE®

0,25% ou 0,5%.

Essa duração prolongada da ação permite o controle da pressão intraocular durante as horas usuais de sono. Repetidas observações no

decorrer do período de três anos indicam que o efeito redutor da pressão intraocular do TIMOPTOL-XE®

é bem mantido.

O maleato de timolol é um bloqueador não seletivo dos receptores betadrenérgicos e não apresenta atividade simpatomimética intrínseca,

depressora miocárdica direta ou anestésica local (estabilizadora da membrana) significativa. O mecanismo preciso da ação redutora da

pressão intraocular do TIMOPTOL-XE®

não está claramente estabelecido. Um estudo com fluoresceína e estudos tonográficos indicam que

sua ação predominante pode estar relacionada à redução na formação do humor aquoso. Entretanto, em alguns estudos, foi também

observado ligeiro aumento na facilidade de escoamento.

Ao contrário dos mióticos, o maleato de timolol reduz a pressão intraocular com pouco ou nenhum efeito na acomodação ou no tamanho

pupilar. Portanto, alterações na acuidade visual em decorrência de acomodação aumentada são incomuns e a visão turva ou embaçada e

cegueira noturna causadas pelos mióticos não são evidentes. Além disso, em pacientes com catarata, a incapacidade de ver ao redor das

opacidades do cristalino quando a pupila está contraída por mióticos é evitada. Quando o tratamento com mióticos for trocado por

, pode ser necessário avaliar a acuidade visual depois que os efeitos dos mióticos tiverem cessado.

Mecanismo de Ação

O maleato de timolol combina-se de forma reversível com uma parte da membrana celular, o receptorbetadrenérgico, inibindo assim a

resposta biológica usual que ocorreria com a estimulação desse receptor. Este antagonismo competitivo específico bloqueia a estimulação

dos receptores betadrenérgicos por catecolaminas com atividade betadrenérgica (agonista), quer se originem de fonte endógena ou exógena.

A reversão desse bloqueio pode ser obtida pelo aumento da concentração do agonista, que irá restaurar a resposta biológica usual.

Farmacocinética

Em um estudo de concentração plasmática do fármaco, em seis indivíduos, determinou-se a exposição sistêmica ao timolol após

administração uma vez ao dia, pela manhã, de TIMOPTOL®

a 0,5%. A concentração plasmática média máxima após essa dose matinal foi de

0,28 ng/mL.

Farmacodinâmica

O bloqueio do receptor betadrenérgicoreduz o débito cardíaco tanto em indivíduos sadios como em pacientes cardiopatas. Em pacientes com

comprometimento grave da função miocárdica, o bloqueio do receptor betadrenérgico pode inibir o efeito estimulante do sistema nervoso

simpático necessário para manter a função cardíaca adequada.

O bloqueio do receptor betadrenérgico nos brônquios e bronquíolos resulta em aumento da resistência das vias aéreas pela ausência de

oposição à atividade parassimpática. Esse efeito, em pacientes com asma ou outras afecções broncoespásmicas, é potencialmente perigoso.

4. CONTRAINDICAÇÕES

TIMOPTOL-XE®

é contraindicado para pacientes com:

 doença reativa das vias aéreas, asma brônquica ou histórico de asma brônquica, ou doença pulmonar obstrutiva crônica grave;

 bradicardia sinusal; bloqueio sinoatrial, bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus; insuficiência cardíaca manifesta; choque

cardiogênico;

 hipersensibilidade a qualquer componente deste produto.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

A exemplo de outros medicamentos de uso tópico oftálmico, TIMOPTOL-XE®

pode ser absorvido sistemicamente. As mesmas reações

adversas que podem ocorrer após a administração sistêmica de bloqueadores betadrenérgicos podem ocorrer após administração tópica.

Este medicamento pode causar doping.

Reações cardiorrespiratórias: a insuficiência cardíaca deve ser adequadamente controlada antes do início do tratamento com TIMOPTOL-

XE®

. Pacientes com histórico de doença cardiovascular, incluindo insuficiência cardíaca, devem ser observados para sinais de deterioração

destas doenças, e a frequência do pulso deve ser monitorada.

Devido ao efeito negativo no tempo de condução, os betabloqueadores devem ser prescritos com cautela para pacientes com bloqueio

cardíaco de primeiro grau.

Foram relatadas complicações respiratórias, incluindo morte por broncoespasmo de pacientes com asma e complicações cardíacas, incluindo

raramente morte associada à insuficiência cardíaca, após a administração de um agente bloqueadorbetadrenérgico. Essas são complicações

potenciais do tratamento com TIMOPTOL-XE®

.

Em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) leve/moderada, TIMOPTOL-XE®

deve ser usado com cautela, e apenas se o

benefício potencial superar o risco potencial.

Distúrbios vasculares: pacientes com distúrbios/doenças circulatórias periféricas severas (ex. formas severas da doença de Raynaud ou

síndrome de Raynaud) devem ser tratados com cautela.

Mascaramento de sintomas de hipoglicemia em pacientes com diabetes mellitus: agentes bloqueadores betadrenérgicos devem ser

administrados com cautela em pacientes sujeitos a hipoglicemia espontânea ou pacientes diabéticos (especialmente àqueles com diabetes

instável) que estão recebendo insulina ou agentes hipoglicemiantes orais. Agentes bloqueadores betadrenérgicos podem mascarar os sinais e

sintomas de hipoglicemia aguda.

Mascaramento da tireotoxicose: agentes bloqueadores betadrenérgicos podem mascarar determinados sinais clínicos do hipertireoidismo

(ex. taquicardia). Pacientes com suspeita de desenvolvimento de tireotoxicose devem ser gerenciados com cuidado para evitar a retirada

abrupta do agente betadrenérgico, o que pode precipitar uma crise de tiroide.

Anestesia cirúrgica: a necessidade ou conveniência da retirada de agentes bloqueadores betadrenérgicos antes de grandes cirurgias é

controversa. Se necessário durante a cirurgia, os efeitos dos agentes bloqueadores betadrenérgicos podem ser revertidos por doses suficientes

de agonistas adrnérgicos (veja “10. SUPERDOSE”)

Outros: pacientes que já estão em tratamento com um agente bloqueador betadrenérgico por via oral e aos quais é administrado

TIMOPTOL-XE®

devem ser observados quanto a potencial efeito aditivo, seja na pressão intraocular ou nos conhecidos efeitos sistêmicos

dos bloqueadores betadrenérgicos. O uso de dois bloqueadores betadrenérgicos não é recomendado.

O objetivo imediato do tratamento em pacientes com glaucoma de ângulo fechado é reabrir o ângulo. Isso requer a constrição da pupila com

um miótico. O maleato de timolol tem pouco ou nenhum efeito sobre a pupila. Quando TIMOPTOL-XE®

for usado para reduzir a pressão

intraocular elevada, em casos de glaucoma de ângulo fechado, deverá ser utilizado com um miótico e não isoladamente.

Houve relato de descolamento da coroide com a administração de terapia supressora do humor aquoso (por exemplo, timolol, acetazolamida)

após procedimentos de filtração.

não foi estudado em pacientes que utilizam lentes de contato. Em um estudo clínico, o tempo necessário para eliminar

50% da solução gel dos olhos foi de até 30 minutos.

Risco de reação anafilática: enquanto estiverem recebendo agentes betabloqueadores, pacientes com histórico de atopia ou reação

anafilática grave a uma variedade de alérgenos podem ser mais reativos a exposições repetidas a esses alérgenos, sejam elas acidentais, para

diagnóstico ou terapêuticas. Tais pacientes podem não ser responsivos às doses usuais de epinefrina utilizadas para tratar reações anafiláticas.

Gravidez: categoria de risco C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

não foi estudado na gravidez humana. O uso de TIMOPTOL-XE®

requer que os benefícios previstos sejam contrapostos

aos possíveis riscos.

Nutrizes: o timolol é detectável no leite materno. Em razão do potencial de reações adversas graves de TIMOPTOL-XE®

em lactentes, deve-

se decidir entre interromper ou não a amamentação ou o uso do medicamento, considerando a importância do medicamento para a mãe.

Uso pediátrico: a solução oftálmica de maleato de timolol mostrou ser eficaz e bem tolerada em crianças, contudo a formulação de

não foi estudada no grupo pediátrico.

Pacientes idosos: não é necessário ajuste posológico para pacientes idosos (a partir de 65 anos de idade).

Dirigir ou operar máquinas: a visão pode ficar embaçada temporariamente de 30 segundos a 5 minutos imediatamente após o uso de

TIMOPTOL-XE

. Oriente o paciente a certificar-se de que está com a visão normal antes de dirigir ou operar máquinas. Existem outros

efeitos adversos associados a este medicamento que podem afetar a habilidade de dirigir ou operar máquinas (veja 9. REAÇÕES

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Embora o maleato de timolol isoladamente tenha pouco ou nenhum efeito no tamanho da pupila, foi relatada, ocasionalmente, midríase

resultante de terapia concomitante com epinefrina. Existe o potencial para midríase resultante da terapia concomitante de TIMOPTOL-XE®

e

epinefrina.

Existe o potencial de efeitos aditivos e a ocorrência de hipotensão e/ou bradicardia acentuada quando TIMOPTOL-XE®

é administrado com

um bloqueador do canal de cálcio, com medicamentos depletores de catecolamina, antiarrítmicos, parasimpatomiméticos ou outros

bloqueadores betadrenérgicos.

Agentes bloqueadores betadrenérgicos orais podem exacerbar a hipertensão de rebote que pode ser desencadeada pela retirada da clonidina.

Recomenda-se estrita observação do paciente quando se administra um betabloqueador a pacientes que estejam recebendo medicações

depletoras de catecolaminas, tais como reserpina, em razão de possíveis efeitos aditivos e ocorrência de hipotensão e/ou bradicardia

acentuada, que pode resultar em vertigem, síncope ou hipotensão postural.

Podem potencialmente ocorrer hipotensão, distúrbios da condução atrioventricular (AV) e insuficiência ventricular esquerda em pacientes

que estejam recebendo agentes betabloqueadores, quando se adiciona ao tratamento um bloqueador dos canais de cálcio por via oral. A

natureza de qualquer efeito adverso cardiovascular tende a depender do tipo de bloqueador de canal de cálcio utilizado. Os derivados da

diidropiridina, tal como a nifedipina, podem levar à hipotensão, enquanto verapamil ou diltiazem têm maior propensão para distúrbios da

condução AV ou insuficiência ventricular esquerda, quando usados com betabloqueadores.

O uso concomitante de agentes bloqueadores betadrenérgicos e digitálicos com diltiazem ou verapamil pode ter efeitos aditivos no

prolongamento do tempo de condução AV.

Os antagonistas de canal de cálcio por via oral podem ser utilizados em combinação com agentes bloqueadores betadrenérgicos quando a

função cardíaca for normal, mas deve-se evitar o seu uso em pacientes com função cardíaca diminuída.

Os bloqueadores dos canais de cálcio por via intravenosa devem ser utilizados com cautela por pacientes que recebem agentes bloqueadores

betadrenérgicos.

Foi relatado bloqueio betadrenérgico sistêmico potencializado (por exemplo, diminuição da frequência cardíaca, depressão) durante

tratamento combinado com inibidores da isoenzima CYP 2D6 do citocromo P450 (ex. quinidina, inibidores seletivos da recaptação de

serotonina) e timolol.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Mantenha o frasco fechado, protegido da luz e em temperatura entre 15 e 30°C. Evitar congelar.

Prazo de validade: 24 meses após a data de fabricação impressa na embalagem.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

Guarde-o em sua embalagem original.

Após aberto, válido por 4 semanas.

Aparência: TIMOPTOL-XE

é uma solução oftálmica aquosa estéril incolor a quase incolor, levemente turva e levemente viscosa.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Instruções de uso:

1. Antes de utilizar a medicação pela primeira vez, o paciente deve certificar-se de que a fita de segurança na parte frontal do frasco está

intacta. A existência de um espaço entre o frasco e a tampa é normal quando o frasco ainda não foi aberto.

2. A fita de segurança deve ser rompida para quebrar o lacre.

3. O frasco deve ser invertido e agitado apenas UMA VEZ antes de utilizar (não é necessário agitar o frasco mais de uma vez).

4. Para abrir o frasco, deve-se desenroscar a tampa girando-a no sentido indicado pelas setas no alto da tampa. Quando abrir o frasco pela

primeira vez, a tampa não deve ser puxada diretamente para cima, afastando-a do frasco. Se a tampa for puxada diretamente para cima, o

dispensador não funcionará corretamente.

5. Para aplicar o medicamento, o paciente deve inclinar a cabeça para trás e puxar levemente a pálpebra inferior para formar uma bolsa

entre a pálpebra e o olho.

6. O frasco deve ser invertido e pressionado levemente com o dedão ou o dedo indicador sobre a “área de compressão do dedo” (conforme

indicado) até que uma única gota seja dispensada no olho, conforme a prescrição médica.

Setas indicativas ►

Fita de segurança ►

Espaço ►

Área de compressão do dedo ►

NÃO TOCAR A PONTA DO FRASCO NOS OLHOS OU NAS PÁLPEBRAS.

Se manuseados inadequadamente, os medicamentos oftálmicos podem ser contaminados por bactérias comuns, conhecidas por causar

infecções oculares. Danos graves aos olhos e subsequente perda da visão podem resultar do uso de medicamentos oftálmicos contaminados.

Caso o paciente desenvolva infecção ocular ou ache que o medicamento possa estar contaminado, deve contatar o médico imediatamente.

7. Após o uso de TIMOPTOL-XE®

, pressionar com o dedo o canto do seu olho próximo ao nariz (conforme demonstrado na figura abaixo)

por 2 minutos. Isso ajuda a manter TIMOPTOL-XE®

no seu olho.

8. Se o paciente tiver dificuldade para dispensar o medicamento após aberto pela primeira vez, ele deve recolocar a tampa no frasco, apertá-la

(NÃO APERTAR DEMAIS) e então removê-la, girando a tampa na direção oposta, como indicado pelas setas no topo da tampa.

9. Repetir os passos 4 e 5 no outro olho, se a prescrição for usar o medicamento nos dois olhos.

10. A tampa deve ser recolocada e rosqueada até que esteja tocando firmemente o frasco. A seta no lado esquerdo da tampa deve ser alinhada

com a seta do lado esquerdo do rótulo do frasco para fechamento apropriado. A tampa não deve ser apertada demais, para não danificar o

frasco e a tampa.

11. A ponta gotejadora foi projetada para fornecer uma única gota, portanto o furo da ponta gotejadora NÃO deve ser aumentado.

12. Após o uso de todas as doses, irá sobrar um pouco de TIMOPTOL-XE

no frasco - essa é uma quantidade extra de TIMOPTOL-XE

. O

paciente já terá utilizado a quantidade de TIMOPTOL-XE

prescrita e não deve tentar remover o excesso de medicamento do frasco.

POSOLOGIA

A dose é de uma gota de TIMOPTOL-XE®

no(s) olho(s) afetado(s), 1 vez ao dia.

O frasco fechado deve ser invertido e agitado uma vez antes de cada uso. Não é necessário agitar o frasco mais de uma vez.

Se necessário, pode ser instituído tratamento concomitante com outros agentes redutores da pressão intraocular e TIMOPTOL-XE®

. O uso de

dois agentes bloqueadores betadrenérgicos não é recomendado (veja 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). Outros medicamentos de

aplicação tópica devem ser administrados pelo menos 10 minutos antes da administração de TIMOPTOL-XE®

.

Quando se utiliza a oclusão nasolacrimal ou se fecha as pálpebras, durante 2 minutos, a absorção sistémica é reduzida. Isto pode resultar num

aumento da atividade local.

Como transferir o paciente de uma para outra medicação

Quando o tratamento de um paciente é alterado de TIMOPTOL®

para TIMOPTOL-XE®

, TIMOPTOL®

deve ser descontinuado após a

dosagem apropriada em um dia e o tratamento com a mesma concentração de TIMOPTOL-XE®

deve ser iniciado no dia seguinte.

Quando um paciente é transferido de outro agente bloqueador betadrenérgico oftálmico tópico, esse agente deve ser descontinuado após

dosagem apropriada em um dia e o tratamento com TIMOPTOL-XE®

deve ser iniciado no dia seguinte, com 1 gota de TIMOPTOL-XE®

0,5%, 1 vez ao dia.

Quando um paciente for transferido de um tratamento com um único agente antiglaucomatoso que não um agente bloqueadorbetadrenérgico,

continue com esse agente e adicione 1 gota de TIMOPTOL-XE®

0,5% a cada um dos olhos afetados, conforme indicado. No dia seguinte,

descontinue o agente antiglaucomatoso previamente utilizado e continue com TIMOPTOL-XE®

9. REAÇÕES ADVERSAS

TIMOPTOL-XE®

é geralmente bem tolerado. As queixas mais frequentes relacionadas ao fármaco em estudos clínicos com TIMOPTOL-

XE®

foram visão temporariamente embaçada (6,0%), durante 30 segundos a 5 minutos após a instilação.

As seguintes experiências adversas (consideradas como possível, provável ou definitivamente relacionadas à medicação) ocorreram com

frequência de pelo menos 1% em estudos clínicos controlados com medicação ativa:

Oculares: queimação e ferroadas, hiperemia conjuntival, secreção, sensação de corpo estranho, prurido.

As seguintes reações adversas adicionais foram relatadas com a administração ocular desta formulação de maleato de timolol ou de outras,

seja em estudos clínicos ou desde a comercialização:

Sentidos especiais: sinais e sintomas de irritação ocular, incluindo conjuntivite, blefarite, ceratite e diminuição da sensibilidade corneana e

ressecamento ocular. Distúrbios visuais, inclusive modificações na refração (em razão da retirada da terapia miótica em alguns casos),

diplopia, ptose, descolamento da coroide após cirurgia de filtração (veja 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES) e zumbido.

 Área de compressão do dedo

Cardiovasculares: bradicardia, arritmia, hipotensão, síncope, bloqueio cardíaco, acidente vascular cerebral, isquemia cerebral, insuficiência

cardíaca congestiva, palpitação, parada cardíaca, edema, claudicação, fenômeno de Raynaud, mãos e pés frios.

Sistema respiratório: broncoespasmo (predominantemente em pacientes com patologia broncoespásmica preexistente), insuficiência

respiratória, dispneia e tosse.

Corpo como um todo: cefaleia, astenia, fadiga e dor torácica.

Sistema tegumentar: alopecia, erupções na pele em forma de psoríase ou exacerbação da psoríase.

Hipersensibilidade: sinais e sintomas de reação alérgica, incluindo anafilaxia, angioedema, urticária, exantema local e generalizado.

Sistema nervoso/psiquiátrico: tontura, depressão, insônia, pesadelos, perda de memória, parestesia.

Sistema neuromuscular: exacerbação nos sinais e sintomas de miastenia gravis.

Sistema digestivo: náuseas, diarreia, dispepsia, boca seca, dor abdominal.

Urogenital: redução da libido, doença de Peyronie, disfunção sexual.

Imunológico: lúpus eritematoso sistêmico.

Musculoesquelético: mialgia.

Efeitos adversos potenciais: Os efeitos adversos relatados na experiência clínica com o maleato de timolol oral sistêmico podem ser

considerados efeitos adversos potenciais do maleato de timolol oftálmico.

Também foram relatados efeitos adversos cuja relação causal com o tratamento com maleato de timolol não foi estabelecida: edema macular

cistoide afácico, congestão nasal, anorexia, efeitos no SNC (por exemplo, alterações comportamentais, inclusive confusão, alucinações,

ansiedade, desorientação, nervosismo, sonolência e outros distúrbios psíquicos), hipertensão, fibrose retroperitoneal e pseudopenfigoide.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Há relatos de superdosagem acidental com TIMOPTOL-XE®

, que resultou em efeitos sistêmicos semelhantes aos observados com os

betabloqueadores, tais como tontura, cefaleia, dispneia, bradicardia, broncoespasmo e parada cardíaca (veja também 9. REAÇÕES

ADVERSAS).

As seguintes medidas terapêuticas específicas devem ser consideradas:

(1) Bradicardia sintomática: administrar sulfato de atropina por via intravenosa na dose de 0,25 a 2 mg para induzir bloqueio vagal. Se a

bradicardia persistir, deve-se administrar cautelosamente cloridrato de isoproterenol endovenoso. Em casos refratários, deve-se

considerar o implante de marcapasso cardíaco transvenoso.

(2) Bloqueio cardíaco (segundo ou terceiro grau): administrar cloridrato de isoproterenol ou implantar marcapasso cardíaco transvenoso.

(3) Hipotensão: usar agentes simpatomiméticos, tais como dopamina, dobutamina ou levarterenol. Nos casos refratários, o uso de

cloridrato de glucagon tem sido útil.

(4) Insuficiência cardíaca aguda: terapia convencional com digitálicos, diuréticos e oxigênio deve ser instituída imediatamente. Para os

casos refratários, sugere-se o uso de aminofilina intravenosa, seguido, se necessário, por cloridrato de glucagon, cuja utilidade tem sido

relatada.

(5) Broncoespasmo: administrar cloridrato de isoproterenol. Pode-se considerar terapia adicional com aminofilina.

Estudos demonstraram que timolol não é rapidamente dialisado.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.