Bula do Tranquinal para o Profissional

Bula do Tranquinal produzido pelo laboratorio Laboratórios Bagó do Brasil S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Tranquinal
Laboratórios Bagó do Brasil S.a. - Profissional

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BULA COMPLETA DO TRANQUINAL PARA O PROFISSIONAL

Tranquinal

Laboratórios Bagó do Brasil S.A.

Comprimido

Alprazolam 0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg e 2 mg

alprazolam

APRESENTAÇÕES

Tranquinal comprimidos de 0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg ou 2 mg em embalagens contendo 20 ou 30

comprimidos.

VIA ORAL

USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS DE IDADE

COMPOSIÇÃO:

Cada comprimido de 0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg ou 2 mg de Tranquinal contém o equivalente a 0,25

mg, 0,5 mg, 1 mg e 2 mg de alprazolam, respectivamente.

Excipientes de Tranquinal comprimido de 0,25 mg, 0,5 mg e 2 mg: celulose microcristalina,

croscarmelose sódica, docusato de sódio, estearato de magnésio, lactose, macrogol e povidona.

Excipientes de Tranquinal comprimido de 1 mg: celulose microcristalina, Punzó 4R, croscarmelose

sódica, docusato de sódio, estearato de magnésio, lactose, macrogol e povidona.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Tranquinal (alprazolam) é indicado no tratamento de transtornos de ansiedade.

Tranquinal não deve ser administrado como substituição do tratamento apropriado de psicose.

Os sintomas de ansiedade podem variavelmente incluir: ansiedade, tensão, medo, apreensão,

intranquilidade, dificuldades de concentração, irritabilidade, insônia e/ou hiperatividade

neurovegetativa, resultando em manifestações somáticas variadas.

Tranquinal também é indicado no tratamento dos transtornos de ansiedade associados com outras

manifestações, como a abstinência ao álcool.

Tranquinal também está indicado no tratamento do transtorno do pânico, com ou sem agorafobia, cuja

principal característica é a crise de pânico não esperada, um ataque súbito de apreensão intensa, medo

ou terror.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Estudos Clínicos

Transtornos de Ansiedade

Alprazolam foi comparado ao placebo em estudos duplo-cegos (doses de até 4 mg/dia) em pacientes

com um diagnóstico de ansiedade ou ansiedade associada a sintomas de depressão. Alprazolam foi

significativamente melhor do que o placebo para cada período de avaliação destes estudos de 4

semanas, conforme a observação de vários instrumentos psicométricos, como a Escala de Impressão

Clínica Global do Médico, Escala de Hamilton de Ansiedade, Escala de Impressão Clínica Global do

Paciente e Escala de Auto-avaliação dos Sintomas.

Transtorno do Pânico

Três estudos de curto prazo (de até 10 semanas), duplo-cegos, controlados por placebo, dão suporte ao

uso de Alprazolam no tratamento do transtorno de pânico, conforme diagnóstico estabelecido

utilizando-se o critério do DSM-III-R para este transtorno.

A dose média de Alprazolam foi de 5-6 mg/dia em dois destes estudos, e as doses foram fixadas em 2

e 6 mg/dia no terceiro estudo. Em todos os estudos clínicos, Alprazolam foi superior ao placebo na

variável definida como o número de pacientes com nenhum ataque de pânico (37 a 83% dos pacientes

alcançaram este critério), bem como na variável sobre o escore de melhora global. Em dois destes

estudos, Alprazolam foi superior ao placebo na mudança do número de ataques de pânico por semana

em comparação à linha de base (que variou de 3,3 a 5,2) e também na escala de fobia. Um terceiro

subgrupo de pacientes que melhoraram com Alprazolam durante o tratamento de curto prazo

continuou em um estudo aberto de até 8 meses, sem perda aparente do benefício do medicamento.

Referências:

Elie, R.;Lamontagne,Y.: Alprazolam and Diazepam in the Treatment of Generalized Anxiety. Journal

of Clinical Psychopharmacology, 1984: Volume 4 (3).

Andersch et al: Efficacy and safety of alprazolam, imipramine and placebo in treating panic disorder

A Scandinavian multicenter study. Acta Psychiatrica Scandinavica, 1984: 83(365), 18-27.

Sheehan,D.V.; Raj,A.B.; Harnett-Sheehan,K.; Soto,S.; Knapp,E.: The relative efficacy of high-dose

buspirone and alprazolam in the treatment of panic disorder: a double-blind placebo-controlled study.

Acta Psychiarica Scandinavica, 88(1), 1-11.

Lydiard,R.; Lesser,I; Ballenger,J; Rubin,R.; Laraia,M.; Dupont,R.: A Fixed-Dose Study of

Alprazolam 2 mg, Alprazolam 6 mg, and Placebo in Panic Disorder. Journal of Clinical

Psychopharmacology, 1992: 12(2).

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

Tranquinal contém alprazolam, de nome químico 8-cloro-1-metil-6-fenil-4H-s-triazolo-(4,3-alfa) (1,4)

benzodiazepina, triazolo análogo da classe de 1,4-benzodiazepínicos que atuam no sistema nervoso

central. Esses fármacos, presumivelmente, exercem seus efeitos através da ligação com receptores

estéreo-específicos em vários locais no sistema nervoso central. O mecanismo de ação exato é

desconhecido. Clinicamente, todos os benzodiazepínicos causam um efeito depressor, relacionado

com a dose, que varia de um comprometimento leve do desempenho de tarefas à hipnose.

Propriedades Farmacocinéticas

Após a administração oral, o alprazolam é rapidamente absorvido. Os picos de concentração

plasmática ocorrem em 1 a 2 horas após a administração. As concentrações plasmáticas são

proporcionais às doses administradas; dentro do intervalo posológico de 0,5 mg a 3,0 mg, foram

observados picos de 8,0 a 37 ng/ml. Com a utilização de uma metodologia de ensaio específico, foi

observado que a meia-vida de eliminação plasmática média do alprazolam é de aproximadamente 11,2

horas (variando entre 6,3 – 26,9 h) em adultos saudáveis.

Os metabólitos predominantes são alfa-hidroxi-alprazolam e uma benzofenona derivada do

alprazolam. A atividade biológica do alfa-hidroxi-alprazolam é aproximadamente metade da atividade

biológica do alprazolam. O metabólito benzofenona é essencialmente inativo. Os níveis plasmáticos

desses metabólitos são extremamente baixos, o que impede a descrição precisa da farmacocinética.

Entretanto, suas meias-vidas parecem ter a mesma ordem de magnitude que a do alprazolam. O

alprazolam e seus metabólitos são excretados principalmente através da urina.

A capacidade do alprazolam de induzir os sistemas de enzimas hepáticas em humanos ainda não foi

determinada. Entretanto, essa não é uma propriedade dos benzodiazepínicos em geral. Além disso, o

alprazolam não afetou os níveis plasmáticos de protrombina ou varfarina em voluntários do sexo

masculino que receberam a varfarina sódica por via oral.

In vitro, a ligação do alprazolam às proteínas séricas humanas é de 80%.

Foram relatadas alterações na absorção, distribuição, metabolismo e excreção dos benzodiazepínicos

em uma variedade de doenças, incluindo alcoolismo, insuficiência hepática e insuficiência renal.

Também foram demonstradas alterações em pacientes geriátricos. Em indivíduos idosos sadios, foi

observado que a meia-vida média do alprazolam é de 16,3 horas (variando de 9,0 – 26,9 horas; n=16),

comparado a 11,0 horas (variando de 6,6 – 15,8 horas; n=16) em indivíduos adultos sadios. Em

pacientes com doença alcoólica do fígado, a meia-vida do alprazolam variou de 5,8 – 65,3 horas

(média de 19,7 horas; n=17); quando comparado a 6,3 – 26,9 horas em indivíduos sadios (média: 11,4

horas; n=17). Em um grupo de indivíduos obesos a meia-vida do alprazolam variou entre 9,9 e 40,4

horas (média de 21,8 horas; n=12); quando comparado a indivíduos sadios, cuja variação foi de 6,3 –

15,8 horas (média de 10,6 horas, n=12).

Devido à semelhança com outros benzodiazepínicos, presume-se que o alprazolam atravesse a

placenta e seja excretado pelo leite materno.

Dados de segurança pré-clínica

Mutagênese, Carcinogênese, Fertilidade e Efeitos Oculares

O alprazolam não foi mutagênico no teste de micronúcleo em ratos em doses de até 100 mg/kg, que é

uma dose 500 vezes a dose diária máxima de 10 mg/dia recomendada para humanos. O alprazolam

também não foi mutagênico no ensaio de eluição alcalina/lesão de DNA ou ensaio de Ames.

Não foram observadas evidências de potencial carcinogênico nos estudos de bioensaio de 2 anos do

alprazolam em ratos que receberam doses de até 30 mg/kg/dia (150 vezes a dose diária máxima

recomendada para humanos - 10 mg/dia) e em camundongos que receberam doses de até 10 mg/kg/dia

(50 vezes a dose diária máxima recomendada para seres humanos).

O alprazolam não produziu comprometimento da fertilidade em ratos em doses de até 5 mg/kg/dia,

que são 25 vezes a dose diária máxima de 10 mg/dia recomendada para humanos.

Quando ratos foram tratados oralmente com alprazolam, 3, 10 e 30 mg / kg / dia (15 a 150 vezes a

dose humana máxima recomendada diária de 10 mg / dia) por dois anos, uma tendência para um

aumento da dose relacionados no número de catarata (feminino) e vascularização (machos) foi

observada. Estas lesões não aparecem até depois de 11 meses de tratamento.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Tranquinal é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida a esse fármaco, a outros

benzodiazepínicos ou a qualquer componente do produto, e em pacientes portadores de miastenia

gravis ou glaucoma de ângulo estreito agudo.

Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos de idade.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Gerais

Recomenda-se atenção especial no tratamento de pacientes com insuficiência renal ou hepática.

Habituação e dependência emocional/física podem ocorrer com benzodiazepínicos, inclusive com

Tranquinal.

Assim como com todos os benzodiazepínicos, o risco de dependência aumenta com doses maiores e

utilização em longo prazo, e é ainda maior em pacientes com história de alcoolismo ou abuso de

drogas.

Sintomas de abstinência ocorreram após diminuição rápida ou descontinuação abrupta de

benzodiazepínicos, inclusive de Tranquinal. Esses sintomas podem variar de leve disforia e insônia a

uma síndrome mais importante, que pode incluir cãibras musculares e cólicas abdominais, vômitos,

sudorese, tremores e convulsões.

Adicionalmente, crises epilépticas ocorreram com a diminuição rápida ou descontinuação abrupta do

tratamento com alprazolam (vide item 8 - Posologia e Modo de Usar – Descontinuação do

Tratamento).

Transtornos do pânico têm sido associados a transtornos depressivos maiores primários e secundários

e a relatos aumentados de suicídio entre pacientes não tratados. Dessa forma, deve-se ter cautela

quando doses mais altas de alprazolam forem utilizadas no tratamento de pacientes com transtornos

do pânico, a exemplo do que ocorre no tratamento de pacientes deprimidos com fármacos

psicotrópicos ou naqueles em que há razões para se presumir planos ou pensamentos suicidas ocultos.

A administração a pacientes suicidas ou gravemente deprimidos deve ser realizada com as devidas

precauções e com a prescrição de doses apropriadas.

Episódios de hipomania e mania têm sido relatados em associação com o uso de alprazolam em

pacientes com depressão.

A utilização de alprazolam não foi estabelecida em certos tipos de depressão (vide item 1 -

Indicações).

Se Tranquinal for combinado a outros agentes psicotrópicos ou anticonvulsivantes, deve-se considerar

cuidadosamente a farmacologia dos agentes a serem empregados, particularmente, tratando-se de

agentes que possam potencializar a ação dos benzodiazepínicos (vide item 6 - Interações

Medicamentosas).

O médico deve reavaliar periodicamente a utilidade do medicamento para cada paciente.

Tranquinal não deve ser empregado como substituto ao tratamento adequado para psicose (vide item 1

Os pacientes devem ser advertidos para não ingerirem simultaneamente bebidas alcoólicas e outros

fármacos depressores do sistema nervoso central durante o tratamento com Tranquinal (vide item 6 –

Interações Medicamentosas).

Uso durante a Gravidez

Os dados relacionados à teratogenicidade e aos efeitos sobre o desenvolvimento e o comportamento

pós-natais após tratamento com benzodiazepínicos são inconsistentes. Existem evidências de alguns

estudos iniciais com outros membros da classe dos benzodiazepínicos em que a exposição in utero

pode estar associada a malformações. Estudos posteriores com fármacos da classe dos

benzodiazepínicos não forneceram evidência clara de qualquer tipo de defeito. Há descrições de

crianças expostas a benzodiazepínicos durante o fim do terceiro trimestre de gestação ou durante o

parto que apresentaram tanto a síndrome da criança hipotônica (floppy infant syndrome) quanto

sintomas neonatais de retirada do fármaco. Se Tranquinal for utilizado durante a gravidez, ou se a

paciente engravidar enquanto estiver utilizando Tranquinal, ela deve ser informada do dano potencial

ao feto.

Tranquinal é um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez. Portanto, este

medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Uso durante a Lactação

As concentrações de benzodiazepínicos, inclusive de alprazolam, são baixas no leite materno. No

entanto, não se deve amamentar durante a utilização de Tranquinal.

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas

Os pacientes devem ser advertidos sobre o uso de alprazolam durante a condução de veículos ou

iniciar outras atividades perigosas até que seja provado que eles não se tornem debilitados ao receber

o medicamento.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua

habilidade e atenção podem estar prejudicadas.

Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco

A segurança e a eficácia de Tranquinal em indivíduos com menos de 18 anos de idade não foram

estabelecidas.

Recomenda-se cautela ao tratar pacientes com alteração de função renal ou hepática.

Os pacientes idosos são mais sensíveis aos efeitos dos benzodiazepínicos. Eles apresentam elevadas

concentrações plasmáticas de alprazolam devido à redução do clearance do medicamento quando

comparado à população jovem que recebeu a mesma dose. Recomenda-se que a dose seja limitada à

menor dose eficaz para evitar o desenvolvimento de ataxia ou hipersedação, que pode ser um

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Os benzodiazepínicos, incluindo o alprazolam, produzem efeitos depressores aditivos do sistema

nervoso central, quando coadministrados com álcool ou outros fármacos que produzem depressão do

sistema nervoso central. Podem ocorrer interações farmacocinéticas quando alprazolam é

administrado com fármacos que interferem no seu metabolismo. Compostos que inibem determinadas

enzimas hepáticas (particularmente o citocromo P450 3A4) podem aumentar a concentração de

alprazolam e acentuar sua atividade. Os dados obtidos a partir de estudos clínicos com alprazolam,

estudos in vitro com alprazolam e estudos clínicos com fármacos metabolizados similarmente ao

alprazolam mostram interações de variados graus e possibilidade de interação com alprazolam para

uma quantidade de fármacos. Baseando-se no grau de interação e no tipo de dados disponíveis,

recomenda-se o seguinte:

- a coadministração de alprazolam com cetoconazol, itraconazol e outros antifúngicos azólicos não é

recomendada;

- recomenda-se cautela e consideração de redução da dose quando alprazolam é coadministrado com

nefazodona, fluvoxamina e cimetidina;

- também se recomenda cautela quando alprazolam é coadministrado com fluoxetina, propoxifeno,

anticoncepcionais orais, diltiazem, ou antibióticos macrolídeos como eritromicina e troleandomicina;

- as interações envolvendo inibidores da protease do HIV (por exemplo, ritonavir) e alprazolam são

complexas e dependentes do tempo. Baixas doses de ritonavir resultaram em grande alteração do

clearance de alprazolam, prolongaram sua meia-vida de eliminação e aumentaram seus efeitos

clínicos. No entanto, sob exposição prolongada ao ritonavir, a CYP3A compensou essa inibição. Essa

interação torna necessário um ajuste de dose ou descontinuação do alprazolam.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Tranquinal comprimidos deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido

da luz e umidade. Tranquinal 0,25 mg, 0,5 mg 1 mg e 2 mg podem ser utilizados por 24 meses a partir

da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Características físicas e organolépticas do produto:

Tranquinal 0,25 mg: Comprimidos redondos, biconvexos, na cor branca, gravados com a sigla TRA

0,25 em uma das faces e o logotipo Bagó na outra face.

Tranquinal 0,5 mg: Comprimidos redondos, biconvexos, com ranhuras, na cor branca, gravados com

a sigla TRA 0,5 em uma das faces e o logotipo Bagó na outra face.

Tranquinal 1 mg: Comprimidos redondos, biconvexos, com ranhuras, na cor rosa claro, gravados

com a sigla TRA 1 em uma das faces e o logotipo Bagó na outra face.

Tranquinal 2 mg: Comprimidos simples retangulares trissulcados, na cor branca, gravados com a

sigla TRA 2 em uma das faces.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Cada comprimido de 0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg e 2 mg de Tranquinal contém o equivalente a 0,25 mg,

0,5 mg, 1 mg e 2 mg de alprazolam, respectivamente.

Uso em Adultos

A dose ótima de Tranquinal deve ser individualizada com base na gravidade dos sintomas e na

resposta individual do paciente. A dose habitual (vide dosagem recomendada) é suficiente para as

necessidades da maioria dos pacientes. Nos pacientes que requeiram doses mais elevadas, essas

devem ser aumentadas com cautela, a fim de evitar reações adversas. Em geral, os pacientes que não

tenham sido previamente tratados com medicamentos psicotrópicos necessitarão de doses menores

que aqueles previamente tratados com tranquilizantes menores, antidepressivos ou hipnóticos.

Uso em Crianças

A segurança e a eficácia de Tranquinal em indivíduos com menos de 18 anos de idade não foram

estabelecidas.

Uso em Pacientes Idosos ou Debilitados

Recomenda-se usar a menor dose eficaz para os pacientes idosos ou debilitados para evitar sedação

excessiva ou ataxia (vide dosagem recomendada).

Duração do Tratamento

Os dados disponíveis corroboram a utilização da medicação por até 6 meses para transtornos ansiosos

e por até 8 meses no tratamento dos transtornos de pânico.

Descontinuação do Tratamento

Para descontinuar o tratamento com Tranquinal, a dose deve ser reduzida lentamente, conforme

prática médica adequada. É sugerido que a dose diária de Tranquinal seja reduzida em não mais que

0,5 mg a cada 3 dias. Alguns pacientes podem necessitar de redução de dose ainda mais lenta (vide

item 5 - Advertências e Precauções).

Dosagem Recomendada

Transtornos de ansiedade - Dose inicial*: 0,25 mg a 0,5 mg, administrados 3 vezes/dia. Limites

da dose habitual: 0,5 mg a 4,0 mg ao dia, administrados em doses divididas.

Transtorno do pânico - Dose inicial*: 0,5 mg a 1,0 mg antes de dormir ou 0,5 mg, administrados

3 vezes/dia. Limites da dose habitual: A dose deve ser ajustada de acordo com a resposta do

paciente. Os ajustes de dose devem ser aumentados no máximo 1 mg a cada 3 ou 4 dias. Com

Tranquinal, doses adicionais podem ser acrescentadas até que seja alcançada uma posologia de 3

ou 4 vezes diariamente. A dose média em um grande estudo multi-clínico foi 5,7 ± 2,27 mg, com

pacientes necessitando, ocasionalmente, de um máximo de 10 mg diariamente.

Pacientes geriátricos ou na presença de condições debilitantes - Dose inicial*: 0,25 mg

administrados 2 ou 3 vezes/dia. Limites da dose habitual: 0,5 mg a 0,75 mg ao dia, administrados

em doses divididas; podem ser gradualmente aumentadas se necessário e tolerado.

*Se ocorrerem efeitos colaterais, a dose deve ser diminuída.

Este medicamento não deve ser mastigado.

Dose Omitida

Caso o paciente esqueça de utilizar Tranquinal no horário estabelecido, deve fazê-lo assim que

lembrar.

Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose

esquecida e utilizar a próxima. Neste caso, o paciente não deve utilizar a dose duplicada para

compensar doses esquecidas.

O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Os eventos adversos de Tranquinal, se presentes, geralmente são observados no início do tratamento e

habitualmente desaparecem com a continuidade do tratamento ou diminuição da dose.

Os eventos adversos associados ao tratamento com alprazolam em pacientes participantes de estudos

clínicos controlados foram os seguintes: Reações muito comuns (> 1/10): sedação e sonolência.

Reações comuns (> 1/100 e < 1/10): diminuição do apetite, confusão, depressão, desorientação,

diminuição da libido, ataxia, perturbação do equilíbrio, falta de coordenação motora,

comprometimento da memória, disartria, dificuldades de concentração, hipersonia, letargia, tontura,

cefaleia, visão turva, constipação, boca seca, náusea, fadiga e irritabilidade. Reações incomuns (>

1/1.000 e < 1/100): ansiedade, insônia, nervosismo, amnésia, tremor, fraqueza muscular e alteração do

peso.

Na experiência pós-comercialização, os seguintes eventos adversos adicionais foram relatados:

Reações comuns (> 1/100 e < 1/10): sensação de cabeça vazia. Reações incomuns (> 1/1.000 e <

1/100): hiperprolactinemia, hipomania, mania (vide item 5 – Advertências e Precauções), alucinações,

raiva, comportamento agressivo ou hostil, agitação, alterações da libido, pensamentos invasivos,

pensamento anormal, hiperatividade psicomotora, estimulação, distonia, alterações gastrintestinais,

hepatite, função hepática anormal, icterícia, dermatite, incontinência urinária, retenção urinária,

disfunção sexual, irregularidades menstruais e aumento da pressão intraocular. Frequência

desconhecida: desequilíbrio autonômico do sistema nervoso (aumento da frequência cardíaca,

diminuição da pressão arterial quando há mudança de posição, dilatação da pupila), angioedema

(inchaço das mucosas que pode afetar as vias aéreas) e edema periférico (inchaço dos membros).

Em muitos dos relatos de casos espontâneos de efeitos comportamentais adversos, os pacientes

estavam recebendo outros fármacos de ação no sistema nervoso central concomitantemente e/ou

tinham doenças psiquiátricas subjacentes. Pacientes que apresentam um distúrbio de personalidade

limítrofe, história prévia de comportamento violento ou agressivo ou abuso de bebidas alcoólicas ou

outras substâncias podem ser pacientes de risco para esses eventos. Foram relatados casos de

irritabilidade, hostilidade e pensamentos invasivos durante a interrupção da administração de

alprazolam em pacientes com distúrbio de estresse pós-traumático.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a

Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

As manifestações de superdose do alprazolam são extensões da sua ação farmacológica e incluem

sonolência, fala arrastada, comprometimento da coordenação motora, coma e depressão respiratória.

Sequelas graves são raras, exceto quando há ingestão concomitante de outros fármacos e/ou etanol.

Tratamento geral da superdose

Os relatos de superdose de Tranquinal são limitados. Como em todos os casos de superdose, a

respiração, o pulso e a pressão arterial devem ser monitorados. Devem ser instituídas medidas gerais

de suporte, juntamente com lavagem gástrica imediata. Devem ser administrados líquidos

intravenosos e a permeabilidade das vias aéreas deve ser mantida.

Se ocorrer hipotensão, esta pode ser tratada com vasopressores. O valor da diálise não foi

determinado. Como em todos os casos de superdosagem intencional de qualquer fármaco, deve-se ter

em mente que múltiplos agentes podem ter sido ingeridos.

O flumazenil, um antagonista específico dos receptores de benzodiazepínicos, está indicado na

reversão completa ou parcial dos efeitos sedativos dos benzodiazepínicos e pode ser usado em

situações em que a superdosagem de benzodiazepínicos foi confirmada ou é presumida. Antes da

administração do flumazenil, devem ser instituídas as medidas necessárias para assegurar a

permeabilidade das vias aéreas, a ventilação e um acesso intravenoso. O flumazenil destina-se a ser

usado como um adjuvante do tratamento apropriado da superdosagem de benzodiazepínicos e não

como um substituto. Os pacientes tratados com flumazenil devem ser monitorados para diagnosticar

nova sedação, depressão respiratória e outros efeitos residuais dos benzodiazepínicos durante um

período apropriado após o tratamento. O médico deve estar ciente do risco de crise convulsiva em

associação ao tratamento com flumazenil, particularmente nos pacientes que recebem, durante

períodos prolongados, benzodiazepínicos e na superdosagem de antidepressivos cíclicos. Antes do uso

de flumazenil, deve-se consultar a bula completa deste produto.

Estudos em Animais

Quando ratos foram tratados com alprazolam nas doses de 3, 10 e 30 mg/kg/dia (correspondente a 15-

150 vezes a dose máxima recomendada para humanos), por via oral, por 2 anos, a tendência para um

aumento do número de catarata, relacionado à dose, foi observada em ratas e uma tendência para um

aumento da vascularização da córnea, relacionada à dose, foi observada nos animais machos. Estas

lesões não surgiram até 11 meses após o início do tratamento.

Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS

MS - 1.5626.0021

Farmacêutico responsável: Juliana Couto Carvalho de Oliveira

CRF-RJ n° 19835

Fabricado por: LABORATÓRIOS BAGÓ S.A.

Calle 4 n° 1429 (B1904CIA) – La Plata – Pcia. de Buenos Aires – Argentina

Importado por: LABORATÓRIOS BAGÓ DO BRASIL S.A.

R. Cônego Felipe, 365 – Rio de Janeiro / RJ – CEP: 22713-010

CNPJ n° 04.748.181/0001-90

Indústria Brasileira

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SUJEITA À RETENÇÃO DA RECEITA. O

ABUSO DESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA.

Histórico de alterações

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expediente

Nome do assunto

Data da

notificação/petição

Data de

aprovação

da petição

Itens alterados

0758448/12-2

10272 - SIMILAR -

Notificação de Alteração de

Texto de Bula – Adequação à

RDC 47/2009

18/09/2012 -

Todos os itens para adequação

à RDC 47/2009

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10457 - MEDICAMENTO

SIMILAR - Inclusão Inicial de

Texto de Bula – RDC 60/12

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