Bula do Tylidol para o Profissional

Bula do Tylidol produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Tylidol
Laboratório Teuto Brasileiro S/a - Profissional

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BULA COMPLETA DO TYLIDOL PARA O PROFISSIONAL

Tylidol®

Comprimido 500mg e Comprimido 750mg

MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS

PROFISSIONAIS DE SAÚDE

paracetamol

APRESENTAÇÕES

Comprimido 500mg

Embalagens contendo 20 e 200 comprimidos.

Comprimido 750mg

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de 500mg contém:

paracetamol....................................................................................................................500mg

Excipiente q.s.p...................................................................................................1 comprimido

Excipientes: amido, povidona, amidoglicolato de sódio, etil hidroxil benzoato, propil

hidroxil benzoato e ácido esteárico.

Cada comprimido de 750mg contém:

paracetamol....................................................................................................................750mg

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é indicado, em adultos, para a redução da febre e o alívio temporário de

dores leves a moderadas, tais como: dores associadas a resfriados comuns, dor de cabeça,

dor no corpo, dor de dente, dor nas costas, dores musculares, dores leves associadas a

artrites e dismenorreia.

Em bebês e crianças é indicado para a redução da febre e para o alívio temporário de dores

leves a moderadas, tais como: dores associadas a gripes e resfriados comuns, dor de cabeça,

dor de dente, dor de garganta.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Um estudo duplo-cego, randomizado, controlado com placebo avaliou a eficácia do efeito

analgésico do paracetamol (1000mg) e um comparativo em 162 pacientes sofrendo de dor

moderada a muito intensa, devido a uma cirurgia dentária. A intensidade e o alívio da dor

foram avaliados em 30 minutos, uma hora e a cada hora subsequente durante 6 horas após a

administração dos fármacos. O paracetamol foi significativamente melhor que o

comparativo na diferença máxima de intensidade da dor (p < 0,05), no máximo alívio da

dor obtida (p < 0,03) e de acordo com uma avaliação global (p < 0,02).1

Em um estudo duplo-cego, multicêntrico, randomizado, foi avaliada a atividade antipirética

do paracetamol e um comparativo. 116 crianças de ambos os sexos, com idade de 4,1 ± 2,6

anos, com febre relacionada a uma doença infecciosa e com temperatura média de 39 °C ±

0,5 °C, foram tratadas com dose única de 9,8 ± 1,9mg/kg de paracetamol ou do

comparativo. A temperatura retal foi monitorada durante 6 horas. As análises estatísticas

dos resultados confirmaram que ambas as drogas foram equivalentes nos seguintes

critérios: (1) tempo decorrido entre a administração e a menor temperatura obtida: 3,65 ±

1,47 horas para o paracetamol e 3,61 ± 1,34 horas para o comparativo (IC 95% na

diferença: -0,48; +0,56); (2) grau de diminuição da temperatura: 1,50 °C ± 0,61°C para o

paracetamol e 1,65 °C ± 0,80°C para o comparativo (IC 95% na diferença: -0,41; +0,11) ;

(3) taxa da diminuição da temperatura: 0,51 °C ± 0,38°C/h para o paracetamol e 0,52 ±

0,32°C/h para o comparativo (IC 95% na diferença: -0,45; +0,55); (4) permanência da

temperatura abaixo de 38,5°C: 3,84 ± 1,22 horas para o paracetamol e 3,79 ± 1,33 horas

para o comparativo (IC 95% na diferença: -0,14; +0,12).2

Referências Bibliográficas

1. Mehlisch D.R., Frakes L.A. A Controlled Comparative Evaluation of Acetaminophen

and Aspirin in the Treatment of Postoperative Pain. Clin. Ther. 1984; 7 (1): 89-97.

2. Vauzelle-Kervroedan F., et al. Equivalent Antipyretic Activity of Ibuprofen and

Paracetamol in Febrile Children. J. Pediatri. 1997; 131 (5): 683 - 687.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

O paracetamol é um analgésico e antitérmico clinicamente comprovado, que promove

analgesia pela elevação do limiar da dor e antipirese através de ação no centro hipotalâmico

que regula a temperatura. Seu efeito tem início 15 a 30 minutos após a administração oral e

permanece por um período de 4 a 6 horas. O paracetamol é um analgésico de ação central,

não pertencente aos grupos dos opiáceos e salicilatos.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção: o paracetamol de liberação imediata é rápido e quase completamente absorvido

no trato gastrintestinal, principalmente no intestino delgado. A absorção ocorre por

transporte passivo. A biodisponibilidade relativa varia de 85% a 98%. Em indivíduos

adultos as concentrações plasmáticas máximas ocorrem dentro de uma hora após a ingestão

e variam de 7,7 a 17,6mcg/mL para uma dose única de 1000mg.

As concentrações plasmáticas máximas no estado de equilíbrio após administração de doses

de 1000mg a cada 6 horas, variam de 7,9 a 27,0mcg/mL.

Efeito dos alimentos: embora as concentrações de pico sejam atrasadas quando o

paracetamol é administrado com alimentos, a extensão da absorção não é afetada. O

paracetamol pode ser administrado independentemente das refeições.

Distribuição: o paracetamol parece ser amplamente distribuído aos tecidos orgânicos,

exceto ao tecido gorduroso. Seu volume de distribuição aparente é de 0,7 a 1L/kg em

crianças e adultos. Uma proporção relativamente pequena (10% a 25%) do paracetamol se

liga às proteínas plasmáticas.

Metabolismo: o paracetamol é metabolizado principalmente no fígado e envolve três

principais vias: conjugação com glucoronídeo, conjugação com sulfato e oxidação através

da via enzimática do sistema citocromo P450. A via oxidativa forma um intermediário

reativo que é detoxificado por conjugação com glutationa para formar cisteína inerte e

metabólitos mercaptopúricos. A principal isoenzima do sistema citocromo P450 envolvida

in vivo parece ser a CYP2E1, embora a CYP1A2 e CYP3A4 tenham sido consideradas vias

menos importantes com base nos dados microssomais in vitro. Subsequentemente

verificou-se que tanto a via CYP1A2 quanto a CYP3A4 apresentam contribuição

desprezível in vivo. Em adultos, a maior parte do paracetamol é conjugada com ácido

glucorônico e em menor extensão com sulfato. Os metabólitos derivados do glucoronídeo,

sulfato e glutationa são desprovidos de atividade biológica. Em recém-nascidos prematuros

e a termo, e, em crianças de baixa idade, predomina o conjugado sulfato. Em adultos com

disfunção hepática de diferentes graus de intensidade e etiologia, vários estudos sobre

metabolismo demonstraram que a biotransformação do paracetamol é semelhante àquela de

adultos sadios, mas um pouco mais lenta. A administração diária consecutiva de doses de

4g por dia induz glucoronidação (uma via não tóxica) em adultos sadios e com disfunção

hepática, resultando essencialmente em depuração total aumentada do paracetamol no

decorrer do tempo e acúmulo plasmático limitado.

Eliminação: em adultos a meia vida de eliminação do paracetamol é cerca de 2 a 3 horas e

em crianças é cerca de 1,5 a 3 horas. Ela é aproximadamente uma hora mais longa em

recém-nascidos e em pacientes cirróticos. O paracetamol é eliminado do organismo sob a

forma de conjugado glucoronídeo (45% a 60%) e conjugado sulfato (25% a 35%), tiois (5%

a 10%), como metabólitos de cisteína e mercaptopurato e catecois (3% a 6%), que são

excretados na urina. A depuração renal do paracetamol inalterado é cerca de 3,5% da dose.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Tylidol®

Gotas não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade ao

paracetamol ou a qualquer outro componente de sua fórmula.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

A dose recomendada de paracetamol não deve ser ultrapassada.

Uso com álcool: Usuários crônicos de bebidas alcoólicas podem apresentar um risco

aumentado de doenças hepáticas caso seja ingerida uma dose maior que a dose

recomendada (superdose) de Tylidol®

Gotas embora relatos deste evento sejam raros. Os

relatos geralmente envolvem casos de alcoolistas crônicos graves e as doses de paracetamol

mais frequentemente foram maiores do que as doses recomendadas, envolvendo superdose

substancial. Os profissionais de saúde devem alertar todos os seus pacientes, inclusive

aqueles que regularmente consomem grandes quantidades de álcool a não excederem as

doses recomendadas de paracetamol. O álcool (etanol) tanto induz quanto inibe

competitivamente a CYP2E1, resultando em indução e inibição simultânea quando o álcool

está presente. Atividade catalítica mais elevada apenas é observada uma vez que o etanol é

eliminado do organismo, de modo que a ativação do paracetamol em seu intermediário

tóxico geralmente é limitada pelo álcool. A partir de estudos duplo-cegos, randomizados,

controlados com placebo, nos quais consumidores assíduos de bebidas alcoólicas, que

descontinuaram o consumo no início do estudo e que foram tratados com a dose diária

máxima recomendada de paracetamol (4000mg por dia) durante 2 a 5 dias, foi demonstrado

que não houve evidência de efeitos hepáticos. Um estudo recente, duplo-cego,

randomizado, controlado com placebo em consumidores assíduos de bebidas alcoólicas que

ingeriam entre uma e três bebidas alcoólicas por dia, demonstrou que a administração de

paracetamol na dose de 4000mg por dia durante 10 dias não resultou em hepatotoxicidade,

em disfunção hepática, nem em insuficiência hepática.

Não administrar este medicamento diretamente na boca do paciente.

Gravidez e Lactação

Em casos de uso por mulheres grávidas ou amamentando, a administração deve ser feita

por períodos curtos.

Tylidol®

Gotas pertence à Categoria B de Risco de fármacos destinados às mulheres

grávidas, uma vez que os estudos em animais demonstraram ou não risco fetal, porém não

há estudos controlados em mulheres grávidas.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

médica ou do cirurgião-dentista.

Não foram realizados estudos clínicos bem controlados em mulheres durante a gestação ou

lactação. Os resultados de estudos epidemiológicos são compatíveis com os dados de

segurança de pós-comercialização da empresa e indicam que o paracetamol, quando

administrado conforme recomendações de prescrição, não afeta adversamente a gestante ou

o feto. A análise de amostras de urina de recém-nascidos demonstrou a passagem do

paracetamol não conjugado através da placenta. Quando administrado à mãe em doses

terapêuticas, o paracetamol atravessa a placenta passando para a circulação fetal em 30

minutos após a ingestão. No feto, o paracetamol é efetivamente metabolizado por

conjugação com sulfato.

A ingestão materna de paracetamol nas doses analgésicas recomendadas não representa

risco para o lactente. O paracetamol é excretado no leite materno em baixas concentrações

(0,1% a 1,85% da dose materna ingerida). A Academia Americana de Pediatria classifica o

paracetamol como compatível com o aleitamento.

Uso em pacientes com hepatopatias: O paracetamol pode ser empregado em pacientes

com doenças hepáticas.

Estudos prospectivos de segurança em adultos com hepatopatias demonstraram que doses

terapêuticas múltiplas de paracetamol durante vários dias são bem toleradas. A

administração repetida de paracetamol na dose de 4g por dia foi estudada durante quatro,

cinco e 13 dias em adultos com hepatopatias crônicas. Doses repetidas de 4g durante cinco

dias também foram avaliadas em estudo controlado com placebo em indivíduos que faziam

uso crônico abusivo de álcool e que apresentavam reação positiva de anticorpos para o

vírus da hepatite C. Além disso, dois estudos clínicos avaliaram a dose de 3g por dia,

durante 5 dias, em adultos portadores de cirrose, e, durante 7 dias, em adultos com infecção

crônica por vírus da hepatite C. As doses cumulativas variaram entre os estudos, de 15g a

56g de paracetamol. Não houve aumentos nos valores dos testes de função hepática,

incluindo a alanina transaminase (ALT), o coeficiente internacional normalizado (INR), e

bilirrubinas, não houve alteração na carga viral em adultos com hepatite e não foram

detectados eventos adversos clinicamente relacionados ao fígado. Após administração de

dose única oral de paracetamol (10mg/kg) em pacientes pediátricos com hepatopatias leves,

moderadas ou graves, o perfil farmacocinético não foi significativamente diferente daquele

de crianças sadias. Outro estudo comparou a eliminação do paracetamol após a

administração de 30mg/kg por via oral em crianças com cirrose, com a eliminação do

paracetamol em crianças sadias. Os pesquisadores concluíram que a glucoronidação e

outras vias de conjugação, provavelmente, não são alteradas em crianças com cirrose. Um

estudo de controle pareado do paracetamol em pacientes com cirrose hepatocelular

secundária à hepatite C e/ou abuso de álcool, demonstrou que a biotransformação do

paracetamol pelo fígado lesado não é diferente daquela do fígado normal, mas apenas mais

lenta. A quantidade de metabólitos tiois derivados da glutationa é semelhante em adultos

com e sem hepatopatia, após administração de dose única ou múltipla (4g por dia). A

administração diária consecutiva, essencialmente induz glucoronidação (uma via não

tóxica), resultando em depuração total aumentada de paracetamol no decorrer do tempo e

em acúmulo plasmático limitado.

Uso em pacientes com nefropatias: Não há evidências de que pacientes com nefropatias

apresentam metabolismo hepático alterado. Embora haja aumento das concentrações

plasmáticas de metabólitos excretados pelos rins devido à depuração renal mais baixa,

todos esses metabólitos são inativos e não tóxicos. Portanto esses aumentos não são

clinicamente relevantes. O intermediário tóxico, a imina N-acetil-p-benzo-quinona,

formado pela oxidação hepática, não pode sair do fígado, pois ele é imediatamente

desintoxicado com glutationa ou se liga às proteínas locais. Dados prospectivos, bem

controlados, indicam que o paracetamol pode ser utilizado em pacientes com insuficiência

renal moderada a grave sem ajuste de doses. Os dados clínicos também sugerem que o

paracetamol pode ser utilizado em pacientes com nefropatias crônicas sem ajuste de doses.

Uso em idosos: Até o momento não são conhecidas restrições específicas ao uso de

Gotas por pacientes idosos. Não existe necessidade de ajuste da dose neste grupo

etário.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A interferência do paracetamol na metabolização de outros medicamentos e a influência

destes medicamentos na ação e na toxicidade do paracetamol, em geral, não é relevante.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO

DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30ºC).

PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.

Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Características físicas e organolépticas: Solução límpida de cor laranja com aroma de

tangerina.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Uso oral. O paracetamol pode ser administrado independentemente das refeições.

1. Retirar a tampa do frasco.

2. Inclinar o frasco a 90° (posição vertical), conforme a ilustração.

3. Gotejar a quantidade recomendada e fechar o frasco após o uso.

Não administrar este medicamento diretamente na boca do paciente.

A dose diária total de paracetamol não deve exceder tanto a dose de 75mg/kg quanto

4000mg em um período de 24 horas.

Criança abaixo de 12 anos: 1gota/kg até a dosagem máxima de 35 gotas. Para crianças

abaixo de 11kg ou 2 anos, você deve consultar seu médico antes de usar.

A dose recomendada de paracetamol varia de 10 a 15mg/kg/dose, com intervalos de 4 a 6

horas entre cada administração. Não exceda 5 administrações (aproximadamente 50-

75mg/kg), em um período de 24 horas. Para crianças abaixo de 11kg ou 2 anos, consultar o

médico antes do uso.

Adultos e crianças acima de 12 anos: 35 a 55 gotas, 3 a 5 vezes ao dia.

A dose diária máxima de paracetamol é de 4000mg (275 gotas) administrados em doses

fracionadas, não excedendo a dose de 1000mg/dose (55 gotas) com intervalos de 4 a 6

horas, no período de 24 horas.

Duração do tratamento: depende da remissão dos sintomas.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Podem ocorrer algumas reações adversas inesperadas. Caso ocorra uma rara reação de

sensibilidade, o medicamento deve ser descontinuado.

As reações adversas identificadas após o início da comercialização de paracetamol Gotas,

com doses terapêuticas de paracetamol são:

Reações muito raras (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este

medicamento): urticária, coceira e vermelhidão no corpo, reações alérgicas a este

medicamento e aumento das transaminases.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,

ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

O paracetamol em superdose maciça pode causar hepatotoxicidade em alguns pacientes;

portanto, o pronto atendimento médico é crítico mesmo se não houver sintomas ou sinais

aparentes.

Em adultos e adolescentes (≥ 12 anos de idade), pode ocorrer hepatotoxicidade após a

ingestão de mais que 7,5 a 10g em um período de 8 horas ou menos. Fatalidades não são

frequentes (menos que 3-4% de todos os casos não tratados) e raramente foram relatadas

com superdoses menores que 15g.

Uma superdose aguda de menos que 150mg/kg em crianças (<12 anos de idade) não foi

associada a hepatotoxicidade. Os sinais e sintomas iniciais que se seguem a uma dose

potencialmente hepatotóxica de paracetamol são: anorexia, náusea, vômito, sudorese

intensa, palidez e mal-estar geral. Os sinais clínicos e laboratoriais de toxicidade hepática

podem não estar presentes até 48 a 72 horas após a ingestão da dose maciça.

Em adultos e adolescentes, qualquer indivíduo que apresente relato de quantidade

desconhecida de paracetamol ingerido ou que apresente histórico não confiável ou

questionável sobre o tempo de ingestão, deve ser submetido a determinação plasmática de

paracetamol e deve ser tratado com acetilcisteína. Para informação completa para

prescrição, consultar a bula da acetilcisteína. São recomendados os procedimentos

adicionais descritos a seguir.

Iniciar imediatamente a descontaminação do estômago. Tão logo possível, mas não antes

que 4 horas após a ingestão, deve-se providenciar a determinação dos níveis plasmáticos de

paracetamol.

Se qualquer um dos níveis plasmáticos estiver acima da linha de tratamento mais baixa do

nomograma de superdose do paracetamol, o tratamento com acetilcisteína deve ser

continuado até completar o curso de tratamento. Os testes de função hepática devem ser

realizados inicialmente e repetidos a cada 24 horas.

Toxicidade grave ou casos fatais foram extremamente infrequentes após uma superdose

aguda de paracetamol em crianças pequenas, possivelmente por causa das diferenças no

modo de metabolizar o paracetamol. Em crianças, a quantidade máxima potencial ingerida

pode ser estimada facilmente. Se tiver sido ingerida dose acima de 150 – 200mg/kg ou se

foi ingerida uma quantidade desconhecida, assim que possível deve ser obtido o nível

plasmático de paracetamol, mas não antes de 4 horas após a ingestão. A administração de

carvão ativado deve ser considerada. Se o nível sérico do paracetamol não puder ser obtido

dentro de 8 horas após a ingestão, a introdução do tratamento com acetilcisteína não é

necessária até que se obtenha o resultado. Entretanto, se a estimativa do tempo após a

ingestão se aproximar de 8 horas, o tratamento com acetilcisteína deve ser iniciado

imediatamente. Se não puder ser obtida a determinação plasmática e a ingestão de

paracetamol estimada exceder 150mg/kg, a administração da acetilcisteína deve ser iniciada

e mantida até completar o curso de tratamento.

Os seguintes eventos clínicos são associados com a superdose de paracetamol, e se forem

observados com superdose, são considerados esperados, inclusive eventos fatais devidos a

insuficiência hepática fulminante ou suas sequelas:

-Distúrbios metabólicos e nutricionais: anorexia;

-Distúrbios gastrintestinais: vômitos, náusea e desconforto abdominal;

-Distúrbios hepatobiliares: necrose hepática, insuficiência hepática aguda, icterícia,

hepatomegalia e sensibilidade anormal à palpação do fígado;

-Distúrbios gerais e condições do local de administração: palidez, hiperidrose e mal estar

geral;

-Exames laboratoriais alterados: bibirrubinemia aumentada, enzimas hepáticas aumentadas,

coeficiente internacional normalizado aumentado, tempo de protrombina prolongado,

fosfatasemia aumentada e lactato sanguíneo aumentado.

Os seguintes eventos clínicos são sequelas de insuficiência hepática aguda e podem ser

fatais. Se esses eventos ocorrerem durante a insuficiência hepática aguda associada a

superdose com paracetamol (adultos e adolescentes com idade acima de 12 anos: > 7,5g no

intervalo de 8 horas; crianças com menos de 12 anos de idade: > 150mg/kg dentro de 8

horas) eles são considerados esperados:

-Infecções e infestações: septicemia, infecção fúngica e infecção bacteriana;

-Distúrbios do sangue e sistema linfático: coagulação intravascular disseminada,

coagulopatia e trombocitopenia;

-Distúrbios metabólicos e nutricionais: hipoglicemia, hipofosfatemia, acidose metabólica e

acidose láctica;

-Distúrbios do sistema nervoso central: coma (com superdose maciça de paracetamol ou

superdose de múltiplas drogas), encefalopatia e edema cerebral;

-Distúrbios cardíacos: cardiomiopatia;

-Distúrbios vasculares: hipotensão;

-Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: insuficiência respiratória;

-Distúrbios gastrintestinais: pancreatite e hemorragia gastrintestinal;

-Distúrbios renais e urinários: insuficiência renal aguda;

-Distúrbios gerais e condições do local de administração: falência múltipla de órgãos.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.