Bula do Vacina Rotavírus Humano G1P[8] (Atenuada) para o Profissional

Bula do Vacina Rotavírus Humano G1P[8] (Atenuada) produzido pelo laboratorio Fundação Oswaldo Cruz
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Vacina Rotavírus Humano G1P[8] (Atenuada)
Fundação Oswaldo Cruz - Profissional

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BULA COMPLETA DO VACINA ROTAVíRUS HUMANO G1P[8] (ATENUADA) PARA O PROFISSIONAL

vacina rotavírus humano G1P[8]

(atenuada)

1 dose

BUL-PRF-VRT-003

77

vacinarotavírushumanoG1P1[8](atenuada)

I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

vacina rotavírus humano G1P[8] (atenuada).

APRESENTAÇÕES

• A vacina rotavírus humano G1P[8] (atenuada) é apresentada

em embalagens contendo 10 seringas para administração oral

com 1 dose de 1,5 mL cada.

FORMA FARMACÊUTICA

Suspensão oral.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO

USO ORAL

USO PEDIÁTRICO ENTRE 6 E 14 SEMANAS DE VIDA

(1ª DOSE) E ENTRE 14 E 24 SEMANAS (2ª DOSE). O

INTERVALO ENTRE AS DOSES NÃO DEVE SER

MENOR QUE 4 SEMANAS

COMPOSIÇÃO

Cada dose de 1,5 mL da vacina contém:

Rotavírus humano vivo atenuado, cepa

RIX4414 ...............................

106,0

CCID50

Excipientes: sacarose, adipato dissódico, meio Eagle

modificado Dulbecco.

Diluente: água estéril.

II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AO PROFISSIONAL

DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

A vacina rotavírus humano G1P[8] (atenuada) é indicada

para a prevenção de gastroenterites causadas por rotavírus,

sorotipos G1 e não-G1 (como G2, G3, G4, G9) (veja em

Informações Técnicas).

A vacina se destina a prevenção e não ao tratamento.

2. RESULTADO DE EFICÁCIA

Eficácia protetora na Europa

Estudos clínicos foram conduzidos na Europa e América

Latina para avaliar a eficácia protetora da vacina rotavírus

humano G1P[8] (atenuada) contra qualquer gastroenterite e

contra gastroenterite grave causadas por rotavírus.

Um estudo clínico conduzido na Europa avaliou a vacina

rotavírus humano G1P[8] (atenuada) administrada de acordo

com diferentes esquemas europeus (2, 3 meses; 2, 4 meses; 3,

4 meses; 3, 5 meses) em 3.874 participantes (2.572 indiví-

duos no grupo com HRV e 1.302 indivíduos no grupo com

placebo). A gravidade da gastroenterite foi definida de acordo

com a escala de Vesikari de 20 pontos, que avalia o quadro

clínico de gastroenterite causada por rotavírus, levando em

conta a gravidade e a duração de diarreia e vômito, a gravi-

dade da febre e da desidratação, bem como a necessidade

de tratamento (Ruuska T and Vesikari T, Scand J Infect Dis

1990;22:259–67).

Após duas doses da vacina rotavírus humano G1P[8] (ate-

nuada), a eficácia protetora da vacina durante o primeiro ano

de vida foi de 87,1 % (IC 95 %: 79,6; 92,1) contra qualquer

MementoTerapêuticoBio-Manguinhos

78 gastroenterite causada por rotavírus, 95,8 % (IC 95 %: 89,6;

98,7) contra gastroenterite grave causada por rotavírus (escala

Vesikari > 11), 91,8 % (IC 95 %: 84; 96,3) contra gastroen-

terite causada por rotavírus exigindo atendimento médico e

100 % (IC 95 %: 81,8; 100) contra hospitalização por gas-

troenterite causada por rotavírus.

A eficácia da vacina durante o primeiro ano de vida aumen-

tou progressivamente com o aumento da gravidade da doen-

ça, atingindo 100 % (CI de 95 %: 84,7; 100) para escalas de

Vesikari > 17.

Tabela 1: Eficácia da vacina tipo-específica da vacina rotavírus

humano G1P[8] (atenuada) observada na Europa (Rota-036).

Tipo

Gastroenterite

causada por

rotavírus de qualquer

gravidade

Gastroenterite grave

causada por rotavírus

Eficácia

(%)

IC 95 %

G1P[8] 95,6 87,9; 98,8 96,4 85,7; 99,6

G3P[8] 89,9 9,5; 99,8 100,0 44,8; 100,0

G4P[8] 88,3 57,5; 97,9 100,0 64,9; 100,0

G9P[8] 75,6 51,1; 88,5 94,7 77,9; 99,4

Cepas com

genótipo P[8] 88,2 80,8; 93,0 96,5 90,6; 99,1

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Grupo farmacoterápico: vacinas virais, código ATC:

JO7BH01.

A vacina rotavírus humano G1P[8] (atenuada) é uma vacina

monovalente de vírus vivo atenuado, cepa RIX4414, do soro-

tipo G1 [P8].

Resposta imune

O mecanismo imunológico pelo qual a vacina rotavírus

humano G1P[8] (atenuada) protege contra a gastroenterite

causada por rotavírus não é inteiramente compreendido. Uma

relação entre as respostas de anticorpos à vacinação com rota-

vírus e a proteção contra a gastroenterite causada por rotavírus

não foi estabelecida.

A tabela a seguir mostra a porcentagem de indivíduos com

títulos séricos de anticorpos IgA anti-rotavírus > 20 U/ml (por

ELISA) após a segunda dose de vacina ou placebo, conforme

observado em diferentes estudos.

Esquema

Estudos conduzidos

na Europa

Vacina

(N=794)

Placebo

(N=422)

2, 3 meses

França 84,3 % 14,0 %

Alemanha 82,1 % 6,0 %

2, 4 meses Espanha 85,5 % 12,4 %

3, 5 meses Finlândia 94,6 % 2,9 %

3, 4 meses

Itália 92,3 % 11,1 %

República Tcheca 84,6 % 2,2 %

na América Latina

(N=1023)

(N=448)

2, 3 a 4 meses 11 países 77,9 % 15,1 %

2, 4 meses 3 países 85,5 % 17,1 %

na Ásia

(N=140)

(N=136)

2, 4 meses Taiwan 100 % 4,5 %

Hong Kong 95,2 % 0,0 %

Cingapura 97,8 % 2,1 %

79

vacinarotavírushumanoG1P1[8](atenuada)

Excreção da vacina

A excreção do vírus da vacina nas fezes ocorre após

a vacinação, com excreção máxima por volta do 7o dia.

Partículas do antígeno viral detectadas por ELISA foram

encontradas em 50 % das amostras de fezes após a primeira

dose e em 4 % das amostras após a segunda dose. Quando

essas amostras de fezes foram testadas para a presença da

cepa viva da vacina, 17 % foram positivas.

O Circovírus Suíno tipo 1 (PCV-1) foi detectado na

vacina de Rotavírus, porém o PCV-1 não é conheci-

do por causar doenças em animais nem por infectar e

causar doenças em seres humanos. Não há evidências

de que a presença do PCV-1 representa um risco de

segurança.

4. CONTRA-INDICAÇÕES

A vacina rotavírus humano G1P[8] (atenuada) não deve

ser administrada a indivíduos com hipersensibilidade

conhecida após a administração prévia da vacina rotavírus

humano G1P[8] (atenuada) ou a qualquer componente da

vacina (ver em Formas Farmacêuticas e Apresentações).

ser administrada a crianças com malformação congênita

não-corrigida do trato gastrintestinal, que predisponha à

intussuscepção (tais como divertículo de Meckel).

A vacina rotavírus humano G1P[8] (atenuada) não

deve ser administrada em crianças com conhecida imu-

nodeficiência primária e secundária, incluindo crianças

HIV-positivas.

Esta vacina é contra indicada para menores de 6 semanas

de idade.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

A administração da vacina de rotavírus humano vivo ate-

nuado deve ser exclusivamente oral.

A vacina de rotavírus humano vivo atenuado não deve, sob

nenhuma circunstância, ser injetada.

É um princípio das Boas Práticas Clínicas que a vacina-

ção seja precedida por uma avaliação do histórico médico

(principalmente com relação à vacinação prévia e a possível

ocorrência de eventos indesejáveis) e por um exame clínico.

Assim como para outras vacinas, a administração da vacina

de rotavírus humano vivo atenuado deve ser adiada em crianças

que estejam apresentando doença febril grave aguda. No entanto,

a presença de infecção branda, como um resfriado, não deve

ocasionar o adiamento da vacinação.

nuado deve ser adiada em lactentes apresentando diarreia ou

vômito.

Não há dados sobre a segurança e a eficácia da vacina de

rotavírus humano vivo atenuado em lactentes com doenças

gastrintestinais. A administração da vacina de rotavírus humano

vivo atenuado pode ser considerada com cautela nesses lactentes

quando, na opinião do médico, a não-administração da vacina

acarretaria um risco maior.

Devido ao número restrito de casos para os sorotipos

G2P[4] e G3P[8] observados nos estudos, o intervalo de

confiança foi amplo e a significância estatística não pôde ser

demonstrada.

A vacina de rotavírus humano vivo atenuado não foi estuda-

da em indivíduos com imunodeficiências primárias e secundá-

rias conhecidas, incluindo crianças HIV-positivas.

MementoTerapêuticoBio-Manguinhos

80 As pessoas que têm contato com as crianças vacinadas

recentemente devem ser aconselhadas a observar a hi-

giene pessoal (ex: lavar as mãos após trocar as fraldas da

criança).

Dados limitados em 140 crianças prematuras indicam que a

vacina de rotavírus humano vivo atenuado pode ser adminis-

trada a esses lactentes. No entanto, o nível de proteção clínica

ainda é desconhecido.

Assim como para qualquer vacina, uma resposta imune

protetora pode não ser induzida em todos os vacinados.

a vacina de rotavírus humano vivo atenuado não protege

contra gastroenterite causada por outros patógenos diferentes

de rotavírus.

a vacina de rotavírus humano vivo atenuado não deve, sob

o risco de intussuscepção foi avaliado em um grande

estudo de segurança (que incluiu 63.225 crianças) conduzido

na América Latina e na Finlândia. Nesse ensaio clínico tal

risco não se mostrou elevado após a administração da vacina

rotavírus em comparação com placebo (ver o item Reações

adversas).

No entanto, dados de segurança pós-comercialização indi-

cam um possível aumento do risco de invaginação intestinal

no período de 31 dias após a administração da primeira dose

da vacina de rotavírus humano vivo atenuado (Consulte a

seção Reações Adversas).

Portanto, como medida de precaução, os profissionais de

saúde devem observar quaisquer sintomas indicativos de in-

tussuscepção como: dor abdominal intensa, vômito persisten-

te, fezes com sangue, inchaço abdominal e / ou febre alta. Os

pais e/ou responsáveis pelas crianças devem ser aconselhados

a relatar imediatamente tais sintomas.

Administração da vacina de rotavírus humano vivo ate-

nuado em crianças imunodeprimidas, incluindo crianças em

terapia imunossupressora, deve ser baseada em cuidadosa

avaliação dos benefícios e riscos potenciais.

Gravidez e lactação:

Categoria C de risco na gravidez

A vacina de rotavírus humano não se destina ao uso em

adultos. Assim, os dados em humanos sobre o uso durante a

gravidez ou lactação não estão disponíveis e estudos de repro-

dução em animais não foram realizados.

Uso em adultos e idosos:

A vacina de rotavírus humano vivo atenuado não se destina

ao uso em adultos ou idosos.

Grupos de risco:

A vacina de rotavírus humano vivo atenuado não deve ser

administrada a crianças com malformação congênita não-cor-

rigida (tais como divertículo de Meckel) do trato gastrintesti-

nal que predisponha à intussuscepção.

rias conhecidas, incluindo lactentes HIV-positivos.

Sabe-se que a eliminação do vírus da vacina nas fezes ocor-

re após a vacinação e dura 10 dias, em média, com pico no 7º

dia (ver o item efeitos Farmacodinâmicos, em Características

farmacológicas). Em estudos clínicos, foram observados casos

de transmissão do vírus da vacina excretado para contatos

soronegativos de vacinados sem causar sintomas clínicos. A

vacina rotavírus deve ser administrada com cuidado quan-

do o paciente tem contatos próximos imunodeficientes, por

exemplo devido a malignidades ou que estejam de outra forma

imunocomprometidos ou recebendo terapia imunossupressora.

81

vacinarotavírushumanoG1P1[8](atenuada)

Como com qualquer vacina, uma resposta imunitária prote-

tora pode não ser atingida em todos os indivíduos vacinados

(ver o item efeitos Farmacodinâmica).

Este medicamento contém SACAROSE.

Atenção: Este medicamento contém açúcar, portanto, deve

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A vacina de rotavírus humano vivo atenuado pode ser

administrada concomitantemente com qualquer uma das

seguintes vacinas monovalentes ou combinadas [incluindo

vacinas hexavalentes (DTPa-VHB-VIP/Hib)]: vacina de

difteria-tétano-pertussis de célula inteira (DTPw), vacina

contra difteria-tétano-pertussis acelular (DTPa), vacina contra

Haemophilus influenzae tipo b (Hib), vacina pólio inativada

(VIP), vacina contra a hepatite B (VHB), vacina pneumocó-

cica e vacina meningocócica sorogrupo C. Estudos clínicos

demonstraram que as respostas imunes e os perfis de seguran-

ça das vacinas administradas não foram afetados.

A administração concomitante da vacina de rotavírus

humano vivo atenuado e da vacina pólio oral (VOP) não afeta

a resposta imune aos antígenos da poliomielite. Embora a ad-

ministração concomitante de OPV possa reduzir ligeiramente

a resposta imune à vacina de rotavírus, atualmente não há evi-

dências de que a proteção clínica contra gastroenterite grave

causada por rotavírus seja afetada. A resposta imune à vacina

de rotavírus humano vivo atenuado não é afetada quando VOP

é administrada com duas semanas de intervalo em relação à

vacina de rotavírus humano vivo atenuado.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAGEM DO MEDICAMENTO

Avacina deve ser conservada sob refrigeração entre 2 °C e 8 °C.

Conserve na embalagem original, a fim de proteger o pro-

duto da luz.

Prazo de validade do medicamento: 24 meses.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide

embalagem.

Não use medicamento com prazo de validade vencido.

Guarde-o em sua embalagem original.

A vacina é apresentada como um líquido límpido e incolor,

livre de partículas visíveis, para administração oral.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das

crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

O esquema de vacinação consiste de duas doses:

Primeira dose: entre 6 e 14 semanas de vida.

Segunda dose: entre 14 e 24 semanas de vida.

Deve haver um intervalo de pelo menos 4 semanas entre as doses.

Em estudos clínicos, foi raramente observado o lactente

cuspir ou regurgitar a vacina e, sob essas circunstâncias,

não foi administrada uma dose de reposição. No entanto, no

evento improvável de que um lactente cuspa ou regurgite a

maior parte da dose da vacina, uma única dose de reposição

pode ser administrada na mesma consulta de vacinação. Está

fortemente recomendado que lactentes que receberem uma

dose da vacina de rotavírus humano vivo atenuado completem

o esquema recebendo uma segunda dose da mesma vacina.

A Vacina rotavírus humano G1P[8] (atenuada) destina-se

apenas ao uso oral.

MementoTerapêuticoBio-Manguinhos

82 A Vacina rotavírus humano G1P[8] (atenuada) não deve,

sob nenhuma circunstância, ser injetada.

Não há nenhuma restrição quanto ao consumo de alimentos

ou líquidos pelo lactente, incluindo o leite materno, antes ou

após a vacinação.

Não há evidências disponíveis que indiquem que a ama-

mentação reduza a proteção contra a gastroenterite causada

por rotavírus, conferida pela vacina rotavírus humano G1P[8]

(atenuada). Portanto, a amamentação pode ser mantida duran-

te o esquema de vacinação.

8.1 Instruções para uso, manuseio e descarte.

A vacina deve ser inspecionada visualmente para detecção

de qualquer partícula estranha e/ou de aparência física anor-

mal, antes da administração.

A vacina destina-se apenas a administração oral. A criança

deve estar sentada em uma posição reclinada. Administre todo

o conteúdo da seringa POR VIA ORAL (administrando todo o

conteúdo da seringa na parte interna da bochecha). Não injete.

NÃO USE O MEDICAMENTO SE O PRAZO DE

VALIDADE ESTIVER VENCIDO. ANTES DE USAR

OBSERVE O ASPECTO DO MEDICAMENTO.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Em um total de onze estudos clínicos controlados com pla-

cebo, aproximadamente 77.800 doses da vacina de rotavírus

humano vivo atenuado foram administradas a aproximada-

mente 40.200 lactentes.

Em dois estudos clínicos (Finlândia), a vacina de rotaví-

rus humano vivo atenuado foi administrada isoladamente (a

administração de vacinas de rotina foi escalonada). A incidên-

cia e gravidade de diarreia, vômito, perda de apetite, febre e

irritabilidade não foi diferente no grupo recebendo a vacina

de rotavírus humano vivo atenuado, em comparação com o

grupo recebendo placebo. Nenhum aumento na incidência ou

gravidade dessas reações foi observado com a segunda dose.

Nos outros nove estudos (Europa, Canadá, EUA, América

Latina, Cingapura, África do Sul), a vacina de rotavírus huma-

no vivo atenuado foi co-administrada com vacinas pediátri-

cas de rotina (ver Interações). O perfil de reações adversas

observado nesses indivíduos foi similar ao perfil de reações

adversas observado em indivíduos recebendo as mesmas vaci-

nas pediátricas e placebo.

O perfil de segurança apresentado abaixo baseia-se nos

dados de estudos clínicos conduzidos tanto com a formulação

liofilizada como com a líquida da vacina rotavírus.

Em um total de 4 estudos clínicos, aproximadamente

3.800 doses da formulação líquida da vacina rotavírus foram

administradas em cerca de 1.900 crianças. Esses estudos têm

mostrado que o perfil de segurança da formulação líquida é

comparável ao da formulação liofilizada.

Em um total de 23 estudos clínicos, foram administradas

aproximadamente 106.000 doses da vacina rotavírus em pó

liofilizado ou líquida a cerca de 51.000 lactentes.

Em 3 estudos clínicos controlados com placebo nos quais

a vacina rotavírus foi administrada isoladamente (a adminis-

tração de vacinas de rotina foi escalonada), a incidência e a

gravidade dos sintomas solicitados diarreia, vômito, perda de

apetite, febre, irritabilidade e tosse/coriza não foram significa-

tivamente diferentes no grupo que recebeu a vacina rotavírus,

em comparação com o que recebeu placebo. Nenhum aumento

da incidência ou da gravidade desses eventos foi observado

com a segunda dose.

83

vacinarotavírushumanoG1P1[8](atenuada)

Em uma análise agrupada de 17 estudos clínicos controla-

dos com placebo, entre eles estudos nos quais a vacina rota-

vírus foi co-administrada com vacinas pediátricas de rotina

(ver o item Interações medicamentosas), as reações adversas

relacionadas adiante foram consideradas como possivelmente

relacionadas à vacinação (31 dias após a vacinação).

Para classificar a frequência dessas reações, utilizou-se a

convenção resumida a seguir:

Muito comuns ≥ 1/10

Comuns ≥ 1/100 e < 1/10

Incomuns ≥ 1/1.000 e < 1/100

Raras ≥ 1/10.000 e < 1/1.000

Muito raras < 1/10.000

Reações muito comuns: irritabilidade, perda de apetite.

Reações comuns: diarreia, vômito, dor abdominal, regurgita-

ção de alimentos, febre e irritabilidade.

Reações incomuns: flatulência, choro, distúrbio do sono,

constipação, sonolência.

Reações raras: infecção do trato respiratório superior, rouqui-

dão, rinorréia, dermatite, exantema, câimbra, intussuscepção e

hematoquesia.

Avaliou-se o risco de intussuscepção em um estudo clínico

de grande porte conduzido na América Latina e na Finlândia

com 63.225 indivíduos recrutados. Esse estudo forneceu evi-

dências de que não houve aumento do risco de intussuscepção

no grupo que recebeu a vacina rotavírus em comparação com

o de placebo, conforme demonstrado na tabela abaixo.

vacina

rotavírus

Placebo

Risco relativo

(IC de 95 %)

Intussuscepção

no período de

31 dias após a

administração de:

N = 31.673 N = 31.552

Primeira dose 1 2 0,50 (0,07; 3,80)

Segunda dose 5 5 0,99 (0,31; 3,21)

até 1 ano de idade

N = 10.159 N = 10.010

Primeira dose até

1 ano de idade

4 14 0,28 (0,10; 0,81)

IC: intervalo de confiança.

Intussuscepção, também chamada invaginação intestinal, é

uma forma de obstrução intestinal, em que um segmento do

intestino penetra em outro segmento. É mais frequente em

crianças entre 4 e 9 meses de idade, sendo a causa mais comum

de emergência abdominal na faixa etária menor de 2 anos.

O quadro clínico que geralmente tem caráter de emergência

médica é caracterizado por dor abdominal intensa e inter-

mitente, evoluindo para obstrução intestinal com náuseas,

vômitos e distensão abdominal. Devido ao processo isquêmi-

co no segmento do intestino invaginado, a presença de sangue

nas fezes pode ocorrer e nos casos mais graves pode haver

necrose com perfuração intestinal. No exame físico, pode-se

apalpar uma tumoração tipo “chouriço”. O diagnóstico, além

de clínico, conta com exames de imagem, podendo ser desde

radiografias simples do abdome, radiografias contrastadas

(clister opaco), até ultra-sonografia. O tratamento pode ser

clínico ou cirúrgico dependendo da avaliação de cada caso.

MementoTerapêuticoBio-Manguinhos

84 * Dados preliminares de um grande estudo de segurança

pós-epidemiológico no México indicam um possível aumento

do risco de invaginação intestinal no período de 31 dias após

a primeira dose. Relatos espontâneos de intussuscepção foram

recebidos na maior parte dentro de 7 dias após a primeira dose.

Essas observações são limitadas a primeira dose e não

observados após a administração da segunda dose. Não foi

estabelecido que a vacina rotavírus afeta a incidência global

de intussuscepção.

Segurança em lactentes prematuros

Em um estudo clínico, 1.009 lactentes prematuros rece-

beram a vacina rotavírus em pó liofilizado ou placebo (198

estavam com idade gestacional de 27-30 semanas e 801 com

idade gestacional de 31-36 semanas). A primeira dose foi ad-

ministrada a partir de 6 semanas após o nascimento. Eventos

adversos graves foram observados em 5,1% dos que tomaram

a vacina rotavírus, em comparação a 6,8% dos que receberam

placebo. Os dois grupos apresentaram taxas similares dos ou-

tros eventos adversos observados no estudo. Não foi relatado

nenhum caso de intussuscepção.

Dados pós-comercialização

Distúrbios gastrointestinais

Raro: hematoquezia

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de

Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível

em www.anvisa.gov.br , ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.