Bula do Valcyte para o Paciente

Bula do Valcyte produzido pelo laboratorio Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.a.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Valcyte
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.a. - Paciente

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BULA COMPLETA DO VALCYTE PARA O PACIENTE

Valcyte®

(cloridrato de valganciclovir)

Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.

Comprimidos revestidos

450 mg

Valcyte

Roche

cloridrato de valganciclovir

Antiviral

APRESENTAÇÃO

Frasco com 60 comprimidos revestidos.

VIA ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de Valcyte®

contém:

Princípio ativo: 496,3 mg de cloridrato de valganciclovir (equivalente à 450 mg de valganciclovir)

Excipientes: povidona, crospovidona, celulose microcristalina, ácido esteárico, mistura de revestimento

(hipromelose, dióxido de titânio, macrogol, óxido de ferro vermelho e polissorbato).

INFORMAÇÕES AO PACIENTE

Solicitamos a gentileza de ler cuidadosamente as informações a seguir. Caso não esteja seguro a respeito de

determinado item, por favor, informe ao seu médico.

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?

Valcyte®

é indicado para o tratamento de retinite (inflamação da retina) por citomegalovírus (CMV) em pacientes

com síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) e como profilaxia da doença por citomegalovírus em receptores

de transplante de órgão sólido (TOS) de alto risco (doador soropositivo para CMV e receptor soronegativo).

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

O citomegalovírus (CMV) é um vírus da família herpes vírus, e cerca de 50% a 75% dos adultos já foram infectados

por ele. Nos indivíduos com o sistema de defesa íntegro, o CMV permanece em estado dormente. Em indivíduos

com o sistema de defesa enfraquecido, como os doentes com AIDS, ou em pacientes que receberam transplante de

órgão e fazem uso de medicação contra rejeição, o CMV torna-se ativo e causa doença. Em pacientes com AIDS, a

retinite (inflamação da retina) é a manifestação mais frequente do CMV. Em pacientes que receberam transplante de

órgãos, a doença pelo CMV pode causar várias complicações, entre elas a perda do órgão transplantado.

Valcyte®

é um antiviral que contém o ingrediente ativo valganciclovir. Depois de ingerido, é rapidamente

convertido para ganciclovir e age interrompendo a reprodução do CMV. Em um estudo clínico com pacientes com

AIDS e retinite por CMV em que Valcyte®

foi comparado ao ganciclovir, observou-se um tempo médio para

progressão da retinite de 226 dias (mediana de 160 dias) no grupo que usou Valcyte®

, nos períodos de indução e de

manutenção.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Valcyte®

é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao valganciclovir, ao ganciclovir ou a

qualquer componente do produto.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Você deve utilizar Valcyte®

conforme prescrito pelo seu médico.

Em animais, foi verificado que o ganciclovir é mutagênico (pode causar dano à molécula de DNA), teratogênico

(pode causar malformação), carcinogênico (pode causar câncer) e aspermatogênico (pode alterar a produção de

espermatozoides). Portanto, Valcyte®

pode causar defeitos de nascimento, câncer e inibição temporária ou

permanente da espermatogênese (formação de espermatozoides)

Por causa da semelhança entre as estruturas químicas de Valcyte®

, de aciclovir e valaciclovir, pode ocorrer reação de

hipersensibilidade cruzada entre esses medicamentos, ou seja, se você desenvolveu alergia a um desses fármacos,

pode apresentar reação alérgica a Valcyte®

.

Leucopenia, neutropenia, anemia, trombocitopenia, pancitopenia graves, depressão da medula óssea e anemia

aplástica foram observadas em pacientes tratados com Valcyte®

e ganciclovir. Portanto, seu médico deve solicitar

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testes laboratoriais para contagem de células do sangue antes do início do tratamento com Valcyte®

e durante o

tratamento. Pode ser necessário o tratamento com fator de crescimento hematopoiético (favorece a proliferação de

células do sangue) e/ou a interrupção da dose de Valcyte®

Ganciclovir oral NÃO pode ser substituído por Valcyte®

na mesma quantidade (um para um) devido ao risco de

superdose (vide item “O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A

INDICADA DESTE MEDICAMENTO?”).

Efeitos sobre a capacidade de conduzir veículos ou operar máquinas

Convulsões, sedação, tontura, ataxia (incapacidade de coordenar o movimento muscular durante um movimento

voluntário) e/ou confusão foram relatadas em decorrência do uso de Valcyte®

e / ou ganciclovir. Caso ocorram, tais

efeitos podem afetar tarefas que requerem agilidade, inclusive a habilidade para dirigir veículos ou operar máquinas.

Até o momento, não há informações de que Valcyte®

possa causar doping. Em caso de dúvidas, consulte o seu

médico.

Gravidez e lactação

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-

dentista.

Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após seu término e se você estiver

amamentando.

Os estudos de toxicidade reprodutiva com valganciclovir não foram repetidos por causa da rápida e extensa

conversão para ganciclovir. O ganciclovir causa disfunção na fertilidade (possibilidade de engravidar) e

teratogenicidade (malformação no feto) em animais.

A segurança de Valcyte®

para uso em humanos durante a gravidez não foi estabelecida. O uso de Valcyte®

deve ser

evitado por mulheres grávidas, a menos que os benefícios para a mãe justifiquem os riscos potenciais ao feto. Se

você estiver em idade fértil, deve ser orientada a utilizar métodos de contracepção eficazes durante o tratamento com

Valcyte®

. Os pacientes do sexo masculino devem ser orientados a utilizar um método anticoncepcional de barreira

durante o tratamento e por, no mínimo, 90 dias após o término do tratamento com Valcyte®

Como a possibilidade de ganciclovir ser excretado no leite materno não pode ser excluída, causando reações adversas

sérias na criança, seu médico deve avaliar a necessidade de descontinuar o medicamento ou a amamentação, levando

em conta o benefício potencial de Valcyte®

para a mãe lactante.

Idosos

A segurança e a eficácia não foram estabelecidas nessa população de pacientes.

Crianças

A segurança e a eficácia não foram estabelecidas nessa população de pacientes. O uso de Valcyte®

não é

recomendado em crianças.

Insuficiência renal

Se você tem insuficiência renal, é necessário que o médico faça ajustes da dose de Valcyte®

baseados na depuração

de creatinina e monitore cuidadosamente os níveis de creatinina sérica ou da depuração de creatinina. Se você faz

hemodiálise, é recomendado o uso de ganciclovir intravenoso no lugar de Valcyte®

Ingestão concomitante com outras substâncias (interações medicamentosas)

é metabolizado para ganciclovir; portanto, as interações associadas ao ganciclovir são esperadas para

. Por isso, é muito importante que seu médico seja informado se você estiver tomando outros

medicamentos, incluindo probenecida, zidovudina, didanosina, micofenolato de mofetila, zalcitabina, trimetoprima ,

ciclosporina e outros medicamentos antivirais, mielossupressores (diminuem a produção de células sanguíneas pela

medula óssea) ou medicamentos associados à insuficiência renal (como dapsona, pentamidina, flucitosina,

vincristina, vimblastina, adriamicina, anfotericina B, análogos nucleosídeos, hidroxiureia e interferons peguilados /

ribavirina), entre outros.

Deve-se ter cuidado especial se você já estiver em tratamento com zidovudina . A administração conjunta desse

medicamento com Valcyte®

pode levar à redução do número de neutrófilos (glóbulos brancos) e anemia e alguns

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pacientes podem não tolerar a terapia concomitante com dose plena. Pacientes que recebem probenecida e Valcyte®

devem ser monitorados rigorosamente quanto à toxicidade por ganciclovir.

Os pacientes em uso de Valcyte®

e didanosina devem ser monitorados cuidadosamente devido ao risco de toxicidade

por didanosina.

Foram relatadas convulsões em pacientes em uso de imipenem-cilastatina (usado como antibiótico) e ganciclovir.

não deve ser usado concomitantemente com imipenem-cilastatina, a menos que os benefícios potenciais

superem os riscos potenciais.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

Você deve conservar Valcyte®

em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Descarte de medicamentos não utilizados e / ou com data de validade vencida

O descarte de medicamentos no meio ambiente deve ser minimizado. Os medicamentos não devem ser descartados

no esgoto, e o descarte em lixo doméstico deve ser evitado. Utilize o sistema de coleta local estabelecido, se

disponível.

Os comprimidos revestidos de Valcyte®

são ovais, convexos, de coloração cor-de-rosa, com “VGC” gravado de um

lado e “450” do outro.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma

mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Cuidado: você deve seguir exatamente as recomendações de dose indicada pelo médico, para evitar superdose.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

Tendo em vista que Valcyte®

tem potencial para causar danos ao feto e câncer em humanos, devem ser adotadas

precauções para o manuseio de comprimidos quebrados. Evite contato direto dos comprimidos quebrados ou

esmagados com a pele ou com as mucosas. Caso ocorra contato, lave minuciosamente a pele com água e sabão e

enxágue os olhos abundantemente com água corrente.

Você deve tomar Valcyte®

por via oral e junto com alimentos.

Tratamento de indução (dose de ataque) para retinite por CMV

Para pacientes com retinite ativa por CMV, a dose recomendada é de 900 mg (dois comprimidos de 450 mg), duas

vezes ao dia, durante 21 dias. O tratamento de indução prolongado pode aumentar o risco de toxicidade na medula

óssea.

Tratamento de manutenção para retinite por CMV

Em seguida ao tratamento de indução, ou em pacientes com retinite inativa por CMV, a dose recomendada é de 900

mg (dois comprimidos de 450 mg), uma vez ao dia. Os pacientes com piora da retinite podem repetir o tratamento de

indução.

Prevenção da doença provocada por CMV no transplante de órgãos

Em pacientes receptores de transplante renal, a dose recomendada é 900 mg (dois comprimidos de 450 mg), uma vez

ao dia. O tratamento deve ser iniciado até o 10º dia após o transplante e mantido até o 200º dia pós-transplante.

Em pacientes receptores de transplante de órgão sólido que não seja o rim, a dose recomendada é de 900 mg (dois

comprimidos de 450 mg), uma vez ao dia. O tratamento deve ser iniciado até o 10º dia após o transplante e mantido

até o 100º dia pós-transplante.

Instruções de dose em populações especiais Para pacientes adultos com insuficiência renal, o médico deverá ajustar

a dose de acordo com a depuração de creatinina. A dose de indução pode variar de 450 mg, a cada dois dias, até 450

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mg, duas vezes ao dia, e a dose de manutenção pode variar de 450 mg, duas vezes por semana, até 450 mg, uma vez

ao dia.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Se você esquecer de tomar uma dose de Valcyte®

, tome-a assim que se lembrar e retorne ao esquema de tratamento

habitual. Entretanto, se estiver quase no horário da próxima dose, pule a dose que você esqueceu e tome a próxima

dose no horário habitual. Não tome dose dobrada para compensar a que você esqueceu.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?

Além dos efeitos benéficos de Valcyte®

, é possível que ocorram efeitos indesejáveis durante o tratamento, mesmo

quando administrado conforme a prescrição. O médico pode interromper o tratamento temporária ou definitivamente,

dependendo de suas condições.

Você deve verificar todos os possíveis efeitos adversos do uso de Valcyte®

com o seu médico. Se você apresentar

sintomas como febre, tremores, fortes dores, dificuldade em respirar ou outros efeitos indesejáveis, você deve

contatar seu médico imediatamente.

Se você está preocupado com esses ou outros efeitos adversos, fale com seu médico.

As seguintes categorias de frequência serão utilizadas nesta seção: muito comum (≥ 10%), comum (≥ 1% a <10%),

incomum (≥0,1% a <1%), raro (≥0,01% a <0,1%) e muito raro (<0,01%).

Experiência dos estudos clínicos com Valcyte®

Como valganciclovir é um pró-fármaco do ganciclovir, é esperado que os efeitos indesejáveis sabidamente

associados ao uso de ganciclovir ocorram com Valcyte®

. Todos os eventos adversos observados nos estudos clínicos

de Valcyte®

haviam sido observados previamente nos estudos realizados com ganciclovir.

Tratamento de retinite por CMV em pacientes com AIDS

Os eventos relatados com maior frequência em estudos clínicos com pacientes adultos com retinite causada por CMV

tratados com Valcyte®

foram diarreia, neutropenia e febre. Vide também a lista completa dos eventos adversos

relatados neste estudo no sub-item de “Prevenção de doença causada por CMV em pacientes adultos de TOS”.

Prevenção de doença causada por CMV em pacientes de TOS

Os eventos adversos mais frequentemente relatados em estudos clínicos com pacientes adultos foram leucopenia,

diarreia, náusea e neutropenia em receptores de transplante de órgão sólido tratados até o 100° dia pós-transplante e

leucopenia, neutropenia, anemia e diarreia em pacientes transplantados renais tratados até o 200º dia pós-transplante.

A maioria dos eventos adversos foi de intensidade leve ou moderada.

Lista de eventos adversos com incidência > 5% observados nos grupos tratados com valganciclovir em estudos

clínicos em pacientes com retinite causada por CMV e/ou em pacientes submetidos a transplante de órgãos sólidos:

Distúrbios gastrintestinais: diarreia, náusea, vômito, dor abdominal, obstipação (prisão de ventre), dor na região

superior do abdome, dispepsia (dificuldade de digestão), distensão abdominal (“estufamento”) e ascite (acúmulo de

líquido na barriga).

Distúrbios gerais e condições do local de administração: febre, fadiga, inchaço dos membros inferiores, dor,

inchaço, inchaço periférico e fraqueza.

Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático: neutropenia (redução de um dos tipos de glóbulos brancos,

responsável pela defesa de infecções), anemia (diminuição dos níveis de hemoglobina, responsável pelo transporte de

oxigênio dos pulmões aos tecidos, na circulação sanguínea), trombocitopenia (redução das plaquetas, que auxiliam

na coagulação do sangue) e leucopenia (diminuição de glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo, do

sangue).

Infecções e infestações: candidíase oral (“sapinho”), faringite / nasofaringite (inflamação de garganta ou nariz),

sinusite, infecção do trato respiratório superior (como resfriado, por exemplo), gripe, pneumonia, bronquite,

pneumonia por Pneumocystis carinii e infecção do trato urinário.

Distúrbios do sistema nervoso: dor de cabeça, insônia, neuropatia periférica (comprometimento dos nervos

periféricos que se manifesta por formigamentos, perda de sensibilidade), parestesia (formigamento ou dormência de

uma região do corpo), tremores e tontura (excluindo tontura rotatória).

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Distúrbios de pele e tecido subcutâneo: dermatite de todos os tipos (inflamação na pele), sudorese noturna, coceira,

acne e erupção cutânea de todos os tipos.

Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: tosse, falta de ar, tosse produtiva, rinorreia (coriza) e derrame

pleural (acúmulo de líquido nos pulmões, popularmente chamado de “água nos pulmões”).

Distúrbios oculares: descolamento da retina e visão turva.

Distúrbios psiquiátricos: depressão.

Investigações: redução de peso e elevação da creatinina sérica (exame de sangue para avaliação do funcionamento

dos rins).

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo: dor nas costas, dor nas articulações, câimbras musculares

e dor nos membros.

Distúrbios renais e urinários: insuficiência renal (problema nos rins) e disúria (dor/ardência para urinar).

Distúrbios do sistema imune: rejeição do enxerto e do transplante.

Distúrbios metabólicos e de nutrição: anorexia, caquexia (desnutrição intensa), aumento ou redução de potássio no

sangue, redução de magnésio no sangue, aumento de glicose (açúcar) no sangue, diminuição de apetite, desidratação,

redução de fósforo ou cálcio no sangue.

Distúrbios hepatobiliares: função do fígado alterada.

Procedimentos cirúrgicos e médicos: complicações pós-operatórias, dor no pós-operatório, infecção da ferida

cirúrgica.

Trauma, envenenamento e complicações técnicas: aumento da drenagem na ferida cirúrgica e reabertura de ferida

previamente fechada.

Distúrbios vasculares: pressão baixa e pressão alta.

Os eventos adversos sérios considerados relacionados ao uso de Valcyte®

e com frequência inferior a 5% são:

pancitopenia (diminuição global das células do sangue), depressão da medula óssea, anemia aplástica (insuficiência

da produção dos precursores de hemácias/glóbulos vermelhos), neutropenia febril, diminuição da depuração de

creatinina renal, sangramento com potencial risco de morte associado à trombocitopenia (diminuição do número de

plaquetas), convulsão, distúrbio psicótico, alucinações, confusão, agitação e hipersensibilidade à valganciclovir.

A neutropenia (redução de um dos tipos de glóbulos brancos, responsável pela defesa contra bactérias) grave é vista

com mais frequência em pacientes com retinite causada por CMV submetidos ao tratamento com valganciclovir que

nos pacientes com transplante de órgãos sólidos que receberam valganciclovir ou ganciclovir oral até o 100° dia pós-

transplante ou valganciclovir até o 200º dia pós-transplante. Houve maior aumento da creatinina sérica em pacientes

com transplante de órgãos sólidos tratados até o 100° ou 200º dia pós-transplante, tanto com valganciclovir e

ganciclovir oral quando comparados a pacientes com retinite causada por CMV. Insuficiência renal é uma

característica comum aos pacientes com transplante de órgão sólido.

Em relação à extensão da profilaxia com Valcyte®

em pacientes submetidos a transplante renal, uma maior

incidência na diminuição dos leucócitos (células brancas de defesa) foi relatada no grupo de pacientes que recebeu

200 dias de Valcyte®

, sendo a grande maioria considerada leve. Quando considerada a leucopenia moderada, os

relatos foram semelhantes entre os pacientes que receberam 100 ou 200 dias da profilaxia com Valcyte®

.

As incidências de neutropenia, anemia e trombocitopenia foram semelhantes em ambos os grupos de tratamento.

O perfil de segurança global de Valcyte®

em pacientes transplantados renais que receberam 100 e 200 dias de

profilaxia com Valcyte®

foi comparável.

CMV congênita

Embora Valcyte®

não esteja aprovado para tratamento de CMV congênita e os dados sobre o uso de valganciclovir e

ganciclovir em neonatos e bebês com infecção sintomática por CMV congênita sejam limitados, nenhum problema

de segurança foi identificado e a segurança parece consistente com o perfil de segurança conhecido de

valganciclovir/ganciclovir.

Os eventos adversos mais frequentes associados ao tratamento com valganciclovir foram neutropenia, anemia,

anormalidade da função hepática e diarreia. A maioria dos eventos foi controlável com a continuação do tratamento

em estudo. Os únicos eventos adversos sérios associados ao tratamento foram neutropenia e anemia. Nenhuma

diferença significativa foi observada na taxa de crescimento (circunferência craniana média, peso e altura) ao longo

do tempo em cada ponto entre os dois grupos de tratamento.

Experiência dos estudos clínicos com ganciclovir

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Valcyte®

é rapidamente convertido para ganciclovir. Os eventos adversos relatados com ganciclovir, e não

mencionados anteriormente estão relacionados a seguir: colangite (inflamação dos canais biliares), dificuldade de

deglutir, arroto, inflamação do esôfago, perda do controle das evacuações, gases, gastrite, distúrbio

gastrintestinal, hemorragia (sangramento) gastrintestinal, ulceração oral, inflamação do pâncreas, alterações na

língua, desânimo, infecções bacterianas, fúngicas e virais, hemorragia (sangramento), mal-estar, alterações na

membrana mucosa, dor, reação de fotossensibilidade (sensibilidade à luz), rigidez, sepse (infecção geral grave do

organismo), inflamação do fígado, icterícia (coloração amarelada de pele e mucosas), alopecia (redução parcial ou

total de pelos ou cabelos em uma determinada área de pele), pele seca, aumento do suor, urticária (erupção cutânea,

acompanhada de coceira), sonhos anormais, amnésia (perda de memória), ansiedade, ataxia (incapacidade de

coordenar movimentos musculares), coma, boca seca, distúrbio emocional, síndrome hipercinética (movimentos

excessivos), aumento da rigidez muscular, diminuição da libido, convulsões mioclônicas (contrações muito rápidas

de um músculo ou um grupo de músculos), nervosismo, sonolência, pensamento anormal, dor musculoesquelética

(relacionada aos músculos e ossos), síndrome miastênica (doença autoimune, caracterizada por fraqueza e fadiga),

hematúria (sangue na urina), impotência, insuficiência renal (problemas nos rins), alteração na frequência urinária,

aumento de fosfatase alcalina (enzima do fígado), creatinofosfoquinase sanguínea (denota lesão de tecido muscular),

diminuição da glicose (açúcar) sanguínea, aumento da desidrogenase láctica sanguínea (pode denotar lesão de vários

tecidos, como pulmão e coração, entre outros), diabetes mellitus, hipoproteinemia (diminuição das proteínas no

sangue), ambliopia (redução da visão), cegueira, dor de ouvido, hemorragia de olho, dor ocular, surdez, glaucoma

(pressão alta dos olhos), distúrbio do paladar, tinitus (zumbido), visão anormal, distúrbio do vítreo (parte interna do

olho), eosinofilia (aumento dos eosinófilos no sangue), leucocitose (aumento do número de glóbulos brancos),

linfadenopatia (crescimento de um ou mais gânglios linfáticos), esplenomegalia (aumento do volume do baço),

alteração do ritmo de batimento do coração (inclusive arritmia ventricular), tromboflebite profunda /flebite

(inflamação da veia), enxaqueca, aumento da frequência cardíaca, dilatação dos vasos sanguíneos e congestão sinusal

(região da face).

Anormalidades laboratoriais

As anormalidades laboratoriais reportadas em pacientes de TOS foram neutropenia, anemia, trombocitopenia e

aumento da creatinina no sangue. A incidência de anormalidades laboratoriais foi comparável com a extensão da

profilaxia em até 200 dias em pacientes transplantados renais de alto risco.

Experiência pós-comercialização com ganciclovir e Valcyte®

Os eventos adversos dos relatos espontâneos pós-comercialização com ganciclovir intravenoso ou oral que não foram

mencionados nos sub-itens acima e para os quais a relação causal não pode ser excluída são anafilaxia (reação

alérgica grave, com falta de ar intensa e choque) e redução na fertilidade em homens. Qualquer efeito adverso

associado a ganciclovir pode também ocorrer com Valcyte®

. Os eventos adversos relatados durante o período pós-

comercialização são compatíveis com os observados em estudos clínicos com Valcyte®

e ganciclovir.

Atenção: este produto é um medicamento que possui uma nova posologia no país e, embora as pesquisas

tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer

eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.

Bula do Valcyte
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.a. - Profissional

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Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.