Bula do Valerato de Betametasona para o Profissional

Bula do Valerato de Betametasona produzido pelo laboratorio Ems S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Valerato de Betametasona
Ems S/a - Profissional

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BULA COMPLETA DO VALERATO DE BETAMETASONA PARA O PROFISSIONAL

VALERATO DE BETAMETASONA

EMS S/A

Solução Capilar

1 mg / g

I – IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

valerato de betametasona

"Medicamento Genérico, Lei nº. 9.787, de 1999".

APRESENTAÇÕES

O valerato de betametasona solução capilar 1mg / g, apresentado em frasco de 50g.

USO CAPILAR

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 1 ANO

COMPOSIÇÃO

Cada 1g de valerato de betametasona solução capilar contém:

valerato de betametasona .......................................................................................................................................................... 1.227mg*

excipientes** qsp ................................................................................................................................................................................. 1 g

* Correspondentes a 1,000 mg de betametasona.

** polímero de ácido acrílico, hidróxido de sódio, álcool isopropílico, água de purificada.

II – INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

O valerato de betametasona capilar é indicado para o tratamento das dermatoses do couro cabeludo sensíveis à corticoterapia, tais

como psoríase, dermatite seborreica e dermatites associadas à intensa descamação.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

I. Em um estudo que avaliou 474 pacientes com psoríase de couro cabeludo, foi observado taxas de melhoria importante e

clareamento das lesões de 75% dos pacientes que receberam betametasona tópica comparado a 58% de melhoria nos mesmos

parâmetros observada em pacientes tratados com calcipotriol (p<0,001).1

II. Aplicações sequenciais de betametasona em 10 voluntários submetidos à exposição a agentes irritantes demonstrou redução

significativa do eritema e da perda de água transepidérmica nos voluntários que receberam betametasona tópica após o

desenvolvimento de dermatite de contato.2

III. Em um estudo randomizado e duplo-cego, betametasona tópica demonstrou ser eficaz na redução das lesões de 15 pacientes com

dermatite seborreica e dermatite atópica em couro cabeludo.3

IV. Estudo clínico duplo cego analisou a eficácia do 17-valerato de betametasona em solução alcoólica para o tratamento da

dermatite seborreica. Um total de 10 pacientes foram tratados, aplicando duas vezes ao dia durante 4 semanas. O estudo mostra

melhora significante nos pacientes tratados com betametasona.4

V. Em estudo comparativo, a eficácia e a segurança da solução tópica de calcipotriol e da solução tópica de 17-valerato de

betametasona foram avaliadas no tratamento de dermatite seborreica no couro cabeludo. Do total de 60 pacientes incluídos, 30

foram tratados com a solução de valerato de betametasona utilizada duas vezes ao dia durante 4 semanas. O estudo mostra que a

solução de valerato de betametasona foi eficaz e estatisticamente superior à solução de calcipotriol (p<0,05).5

VI. Estudo comparativo entre solução de desoximetasona e ácido salicílico com solução de valerato de betametasona 0,1% foi

realizado em pacientes com psoríase do couro cabeludo. Quatorze pacientes foram tratados com a solução de betametasona, aplicada

duas vezes ao dia por três semanas, com melhora importante do quadro.6

1. KLABER, MR. et al. Br J Dermatol, 131(5): 678-83. 1994.

2. KUCHAREKOVA, M. et al. Arch Dermatol Res, 295(1): 29-32. 2003.

3. TURNBULL, BC. N Z Med J, 95(718): 738-40. 1982.

4. MARKS, R. et al. Acta Derm Venereol, 54(5): 373-375. 1974.

5. BASAK, PY. et al. JEADV, 15:86-8, 2001.

6. HILLSTRÖM, L. J Int Med Res, 12: 170-3, 1984.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

Mecanismo de ação

Corticosteroides tópicos atuam como anti-inflamatórios, através de vários mecanismos para inibir reações alérgicas de fase tardia,

incluindo diminuição da densidade de mastócitos, diminuição da quimiotaxia e ativação dos eosinófilos, diminuição da produção de

citocinas por linfócitos, monócitos, mastócitos e eosinófilos, e inibindo o metabolismo do ácido araquidônico.

Efeitos farmacodinâmicos

Corticosteroides tópicos apresentam propriedades anti-inflamatória, antipruriginosa e vasoconstritoras.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

Corticosteroides tópicos podem ser absorvidos sistemicamente pela pele intacta e saudável. A extensão da absorção percutânea dos

corticosteroides tópicos é determinada por vários fatores, incluindo o veículo e a integridade da barreira epidérmica. Oclusão,

inflamação, e/ou outros processos patológicos da pele também podem aumentar a absorção percutânea.

Distribuição

É necessário o uso de parâmetros farmacodinâmicos para avaliar a exposição sistêmica dos corticosteroides tópicos, pois os níveis

na circulação são bem abaixo do nível de detecção.

Metabolismo

Uma vez absorvidos através da pele, os corticosteroides tópicos apresentam uma farmacocinética similar aos corticosteroides

sistêmicos e são metabolizados primariamente pelo fígado.

Eliminação

Corticosteroides tópicos são eliminados pelos rins. Além disso, alguns corticosteroides e seus metabólitos também são excretados na

bile.

4. CONTRAINDICAÇÕES

O valerato de betametasona capilar é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula, ao

tratamento de infecções do couro cabeludo e para o tratamento de dermatoses em crianças com menos de 1 ano de idade, incluindo

dermatites.

Este medicamento é contraindicado para menores de 1 ano de idade.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

O valerato de betametasona capilar deve ser usado com cautela em pacientes com histórico de hipersensibilidade local a

corticosteroides ou a qualquer outro excipiente da formulação. Reações de hipersensibilidade local (ver Reações Adversas) podem

assemelhar-se aos sintomas da doença em tratamento.

Manifestações de hipercortisolismo (Síndrome de Cushing) e supressão reversível do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA)

levando à insuficiência glicocorticoide, podem ocorrer em alguns indivíduos como resultado de uma elevação na absorção sistêmica

de esteroides tópicos. Se alguma das verificações acima for observada, interrompa o uso da droga gradualmente, reduzindo a

frequência de aplicação, ou substituindo por um corticosteroide menos potente. A interrupção abrupta do tratamento pode resultar

em insuficiência glicocorticoide (ver Reações Adversas).

Fatores de risco para aumento dos efeitos sistêmicos são:

• Potência e formulação de esteroide tópico

• Duração da exposição

• Aplicação em uma área de grande extensão

• Uso em áreas oclusivas da pele, por exemplo, em áreas intertriginosas ou sob curativos oclusivos

• Aumento da hidratação do estrato córneo

• Uso em áreas de pele fina, como a face

• Uso em pele lesada ou em outras condições em que a barreira da pele pode estar prejudicada

• Em comparação com adultos, crianças e bebês podem absorver proporcionalmente maiores quantidades de corticosteroides tópicos

e assim serem mais suscetíveis aos efeitos adversos sistêmicos. Isso ocorre porque as crianças têm uma barreira da pele imatura e

uma maior área de superfície em relação ao peso corporal em comparação com adultos.

Crianças

Em bebês e crianças menores de 12 anos de idade, a terapia tópica contínua de corticosteroides a longo prazo deve ser evitada

sempre que possível, uma vez que a supressão adrenal pode ocorrer.

Risco de infecção com oclusão

Infecções bacterianas são facilitadas pelo calor e umidade nas dobras da pele ou causadas por curativos oclusivos. Ao usar curativos,

a pele deve ser limpa antes de fazer uma nova oclusão.

Uso em Psoríase

Corticosteroides tópicos devem ser usados com precaução em pacientes com psoríase, pois rebotes, desenvolvimento de tolerância,

risco de psoríase pustulosa generalizada e desenvolvimento de toxicidade local ou sistêmica devido ao comprometimento da função

de barreira da pele têm sido reportados em alguns casos. Se usado no tratamento de psoríase é importante que o paciente seja

cuidadosamente supervisionado.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Não há estudos para investigar o efeito de valerato de betametasona sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas. Não é

esperado que valerato de betametasona capilar influencie na capacidade de dirigir e operar máquinas, considerando o perfil das

reações adversas apresentado por este produto.

Gravidez e lactação

Há dados limitados do uso de valerato de betametasona em mulheres grávidas.

A administração tópica de corticosteroides a animais prenhes pode causar anormalidades no desenvolvimento do feto.

A relevância deste achado em seres humanos não foi estabelecida , no entanto, a administração de valerato de betametasona capilar

durante a gravidez somente deve ser considerada se o benefício esperado para a mãe superar o risco para o feto. Uma quantidade

mínima do medicamento deve ser usada por um período mínimo de tempo.

A administração subcutânea de valerato de betametasona em ratos ou camundongos em doses ≥ 0,1 mg/Kg/dia, ou coelhos em doses

≥ 12 mcg/Kg/dia durante a gravidez produziu anormalidades fetais, incluindo fenda palatina.

O uso seguro de corticosteroides tópicos durante o período de lactação ainda não foi estabelecido.

Não se sabe se a administração tópica de corticosteroides pode resultar em absorção sistêmica suficiente para produzir quantidades

detectáveis no leite materno. A administração de valerato de betametasona capilar durante a lactação só deve ser considerada se o

benefício esperado para a mãe superar o risco para o bebê.

Se valerato de betametasona capilar for usado durante a lactação, não deve ser aplicado nos seios para evitar a ingestão acidental

pelos lactentes.

Categoria C de risco na gravidez

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Carcinogênese

Estudos com animais a longo prazo não apresentaram resultados que permitissem avaliar o potencial carcinogênico do valerato de

betametasona.

Genotoxicidade

Não foram conduzidos estudos específicos para investigar o potencial genotóxico do valerato de betametasona.

Fertilidade

Não há dados em seres humanos para avaliar o efeito dos corticosteroides tópicos sobre a fertilidade. Além disso, não foi avaliado o

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A coadministração de medicamentos que inibem o citocromo CYP3A4 (Ex. ritonavir, itraconazol) demonstrou capacidade de inibir

o metabolismo dos corticosteroides levando ao aumento da exposição sistêmica. A relevância clinica desta coadministração depende

da dose e da via de administração dos corticosteroides e da potência do inibidor do citocromo CYP3A4.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cuidados de armazenamento

O produto deve ser mantido em sua embalagem original e armazenado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C.

Mantenha o produto devidamente fechado quando não estiver em uso. Os componentes são inflamáveis. Mantenha o produto

afastado de qualquer fonte de fogo, chama e calor. Não deixe valerato de betametasona capilar sob luz solar direta.

O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação, impressa na embalagem externa do produto.

Número do lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspectos físicos / Características organolépticas

O valerato de betametasona capilar é uma solução turva, com odor de álcool isopropílico, isenta de partículas e material estranho.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de uso

Aplicar uma pequena quantidade da solução capilar na área afetada.

Devido a natureza inflamável do valerato de betametasona capilar, os pacientes devem evitar fumar ou ficar próximo a uma chama

aberta durante aplicação e imediatamente após o uso.

Posologia

O valerato de betametasona capilar deve ser aplicado em pequenas quantidades, pela manhã e à noite, até que se observe melhora. O

tratamento de manutenção pode ser efetuado com uma só aplicação diária, ou mesmo a intervalos mais espaçados, dependendo da

evolução clínica e do critério médico. O acondicionamento em frasco plástico flexível, com bocal alongado, permite limitar a

aplicação do preparado, às áreas afetadas e melhor aproveitamento terapêutico, independente da concentração pilosa do local.

O tratamento com valerato de betametasona capilar não deve ser mantido por mais de 7 dias sem supervisão médica.

Pacientes idosos

Não existe necessidade de ajuste da dose em pacientes idosos.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas estão listadas abaixo por frequência. As frequências são definidas como:

Reação muito comum (> 1/10)

Reação comum (> 1/100 e < 1/10)

Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100)

Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000)

Reação muito rara (< 1/10.000)

Dados pós-comercialização:

Reação comum (> 1/100 e < 1/10):

- Prurido, dor e ardor local na pele

Reações muito raras (<1/10.000):

- Infecções oportunistas

- Hipersensibilidade local

- Supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA): Características da Síndrome de Cushing (ex.face de lua e obesidade

central), atraso no ganho de peso/retardo do crescimento em crianças, osteoporose, glaucoma, hiperglicemia/glicosúria, catarata,

hipertensão, aumento de peso/obesidade, diminuição dos níveis de cortisol endógeno, alopecia e tricorrexe

- Dermatite de contato alérgica/dermatites, eritema, rash , urticária , psoríase pustulosa, atrofia cutânea*, enrugamento na pele*,

ressecamento da pele*, estrias*, telangiectasias*, alterações da pigmentação da pele*, hipertricose, exacerbação dos sintomas

subjacentes

- Irritação e/ou dor no local da aplicação

* Características cutâneas secundárias aos efeitos locais e/ou sistêmicos da supressão do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA).

Em casos de eventos adversos, notifique-os ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.