Bula do Vepesid para o Paciente

Bula do Vepesid produzido pelo laboratorio Bristol-Myers Squibb Farmacêutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Vepesid
Bristol-Myers Squibb Farmacêutica Ltda - Paciente

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BULA COMPLETA DO VEPESID PARA O PACIENTE

VEPESID

Cápsulas

50 mg

Bristol-Myers Squibb Farmacêutica S.A.

BULA PARA O PACIENTE – VEPESID – Rev1014 1

APRESENTAÇÃO

VEPESID (etoposídeo) é apresentado na forma farmacêutica de cápsulas gelatinosas na concentração de 50

mg em frascos âmbar contendo 20 cápsulas.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada cápsula de VEPESID 50 mg contém 50 mg de etoposídeo.

Os ingredientes inativos incluem: ácido cítrico, glicerol, água purificada, macrogol, gelatina, etilparabeno,

propilparabeno, dióxido de titânio e pigmento de óxido de ferro.

INFORMAÇÕES AO PACIENTE

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?

Este medicamento é destinado ao tratamento dos seguintes tipos de câncer:

Tumores testiculares refratários

Em combinação com outros medicamentos quimioterápicos aprovados, em pacientes com tumores

testiculares refratários que já receberam tratamento cirúrgico, quimioterápico e radioterápico apropriados.

Tumores anaplásicos de pequenas células do pulmão

Em combinação com outros medicamentos quimioterápicos aprovados em pacientes com tumores

anaplásicos de pequenas células do pulmão (Evidências preliminares demonstraram que VEPESID pode ser

eficaz também em outros tipos celulares de carcinoma do pulmão).

Doença de Hodgkin

Linfomas malignos (não Hodgkin)

Especialmente da variedade histiocítica.

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Leucemia aguda não-linfocítica

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

O efeito predominante de VEPESID parece ser a indução à ruptura da alça dupla do DNA, destruição do

DNA, como resultado de uma interação com a enzima DNA-topoisomerase II ou a formação de radicais

livres.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

VEPESID é contraindicado em pacientes que demonstraram hipersensibilidade (alergia) anterior ao

etoposídeo ou a qualquer outro componente da formulação.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

VEPESID deve ser administrado sob a supervisão de médicos especialistas e experientes no uso de

medicamentos quimioterápicos. Pode ocorrer mielodepressão grave (redução na produção de células do

sangue pela medula óssea, incluindo as células de defesa e as que controlam o sangramento) resultando em

infecção ou hemorragia.

Mielodepressão fatal foi relatada após administração de etoposídeo. Os pacientes em tratamento com

VEPESID devem ser observados com relação à mielodepressão cuidadosa e frequentemente durante e após o

tratamento. A toxicidade mais significativa associada ao tratamento com VEPESID é a depressão da medula

óssea (mielodepressão) limitante à dose. Os seguintes exames deverão ser realizados no início do tratamento

e antes de cada dose subsequente de VEPESID: contagem de plaquetas, hemoglobina, contagem de

leucócitos (células de defesa) totais e diferencial (neutrófilos, linfócitos, entre outros). Na ocorrência de uma

contagem de plaquetas menor que 50.000/mm3 ou de uma contagem absoluta de neutrófilos menor que

500/mm3, é aconselhável interromper o tratamento até que a contagem sanguínea esteja suficientemente

recuperada.

Os médicos deverão estar atentos à possível ocorrência de reação anafilática (reação alérgica) que se

manifesta por calafrios, febre, taquicardia, broncoespasmo, dispnéia e hipotensão. O tratamento é

sintomático. A administração de VEPESID deverá ser interrompida imediatamente, sendo seguida pela

administração de agentes pressores, corticosteróides, anti-histamínicos ou expansores de volume, a critério

médico.

O médico deve avaliar o benefício do medicamento ponderando o risco de reações adversas. A maioria das

reações adversas é reversível se detectada no início da ocorrência. Se ocorrerem reações graves, o

medicamento deverá ter sua dose reduzida ou suspensa. O reinício do tratamento com VEPESID deverá ser

efetuado com cautela e considerando-se a necessidade da droga com atenção à possível recorrência da

toxicidade. Pacientes com baixo nível de albumina sérica (proteína no sangue) podem ter um aumento do

risco de toxicidades associadas ao etoposídeo.

VEPESID pode causar dano no feto quando administrado a mulheres grávidas. VEPESID demonstrou ser

teratogênico (provoca danos ao feto) em camundongos e ratos. Entretanto, não existem estudos adequados e

bem controlados em mulheres grávidas. Se a droga for usada durante a gravidez ou se a paciente engravidar

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durante o tratamento, ela deverá estar ciente do risco potencial sobre o feto. As mulheres com potencial de

engravidar devem ser aconselhadas a não fazê-lo.

Dado o potencial mutagênico de VEPESID, a contracepção efetiva é requerida para pacientes homens e

mulheres durante o tratamento e até 6 meses depois do término do tratamento. Recomenda-se consulta

genética para pacientes que querem ter filhos após o término do tratamento. Como VEPESID pode diminuir

a fertilidade masculina, a preservação do esperma pode ser considerada para paternidade posterior ao

tratamento.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe

imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Uso durante a amamentação

Não se sabe se este medicamento é excretado no leite materno; no entanto, como muitos medicamentos o são

e pelo potencial de VEPESID em provocar graves reações adversas em lactentes, deve-se optar por

interromper a amamentação ou o medicamento, levando-se em conta a importância do medicamento para a

mãe.

Carcinogênese

Os testes de carcinogenicidade com VEPESID não foram conduzidos em animais de laboratório. Dado o seu

mecanismo de ação, pode ser considerado um possível carcinógeno em seres humanos.

A ocorrência de leucemia aguda com ou sem fase pré-leucêmica, foi relatada raramente em pacientes

tratados com VEPESID associado com outros medicamentos antineoplásicos.

Uso em crianças

A segurança e a eficácia em crianças não foram sistematicamente estudadas.

Uso em idosos

Apesar de terem sido observadas algumas diferenças nos parâmetros farmacocinéticos em pacientes com 65

anos ou mais, estas não são consideradas clinicamente significantes.

Vacinações

O uso concomitante de VEPESID com vacinas de vírus vivo pode potencializar a replicação do vírus da

vacina e/ou pode aumentar a reação adversa do vírus da vacina porque os mecanismos de defesas normais

podem ser suprimidos pelo VEPESID. A vacinação com vacinas vivas em uma paciente tomando VEPESID

pode resultar em infecções severas. A resposta de anticorpos do paciente a vacinas pode estar diminuída. O

uso de vacinas vivas deve ser evitado e o aconselhamento individual deve ser procurado.

Interações medicamento – medicamento

Altas doses de ciclosporina, a uma concentração acima de 2.000 ng/mL administradas juntamente com

etoposídeo via oral levaram a um aumento de 80% na exposição do etoposídeo (ASC), com uma diminuição

de 38% no clearance corpóreo total do etoposídeo quando comparado ao etoposídeo administrado

isoladamente.

O tratamento com cisplatina concomitante é associada a um reduzido clearance corpóreo total de etoposídeo.

A terapia concomitante com fenitoína está associada com o clearance aumentado e eficácia reduzida de

VEPESID, e outras terapias antiepiléticas podem estar associadas com o clearance aumentado e eficácia

reduzida do VEPESID.

BULA PARA O PACIENTE – VEPESID – Rev1014 4

Efeito do VEPESID em outros medicamentos

A co-administração de drogas antiepiléticas e VEPESID pode levar a um decréscimo no controle das crises

devido às interações famacocinéticas entre os medicamentos.

A terapia concomitante com varfarina pode resultar na elevação da razão normalizada internacional (RNI). É

recomendado o monitoramento de perto da RNI.

Outras interações

Resistência cruzada entre antraciclinas e etoposídeo foram reportadas em experimentos pré-clínicos.

Há um risco aumentado de doenças fatais sistêmicas de vacinas com o uso concomitante de vacinas vivas.

Vacinas vivas não são recomendadas para pacientes imunossuprimidos.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

Conservar o produto em temperatura entre 15ºC e 30ºC e proteger da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas:

VEPESID apresenta-se como cápsulas de gelatina mole, oblongas, rosadas e opacas.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe

alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Dizeres Legais

Melhorias no Texto

VP Cápsulas 50 mg Cápsulas 50 mg

13/11/2014

10451 – MEDICAMENTO

NOVO - Notificação de

Alteração de Texto de Bula –

RDC 60/12

NA NA NA NA

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE

MEDICAMENTO?

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE

ME CAUSAR?

Dados das alterações de

bulas

Histórico de alteração para a bula

VEPESID

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Se você se esqueceu de tomar VEPESID no horário pré-estabelecido, por favor, procure seu médico.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?

Nos parágrafos abaixo, as ocorrências de reações adversas apresentadas em média percentual, são derivadas

de estudos que utilizaram VEPESID como medicamento único.

Toxicidade hematológica (no sangue)

Mielodepressão fatal foi relatada após ingestão de etoposídeo (veja 4. O QUE DEVO SABER ANTES DE

USAR ESTE MEDICAMENTO?).

Mielodepressão é a reação dose-limitante mais frequente, com a diminuição (medida mais baixa das células

do sangue após e em decorrência da quimioterapia) de granulócitos ocorrendo entre 7 a 14 dias e a

diminuição de plaquetas ocorrendo entre 9 a 16 dias, após a administração do medicamento. A recuperação

da medula óssea completa-se normalmente por volta do 20º dia e não há informes de toxicidade cumulativa.

Leucopenia e leucopenia grave (menos de 1.000 leucócitos/mm

3

) foram observadas em 60% - 91% e em 7%

- 17%, respectivamente, dos pacientes tratados com VEPESID como agente único. Trombocitopenia

(redução no número de plaquetas no sangue) e trombocitopenia grave (menos de 50.000 plaquetas/mm

)

foram observadas em 28% - 41% e em 4% - 20%, respectivamente, neste mesmo grupo de pacientes. A

ocorrência de leucemia aguda com ou sem fase pré-leucêmica foi relatada em pacientes tratados com

VEPESID em combinação com outros medicamentos contra o câncer (vide 4. O QUE DEVO SABER

ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?).

Toxicidade gastrintestinal

Náuseas (enjôos) e vômitos são as toxicidades gastrintestinais mais importantes. Foram observadas em 31% -

43% dos pacientes tratados com VEPESID intravenoso. Náuseas e vômitos podem ser normalmente

controlados com tratamento antiemético (que combate os vômitos). Anorexia (perda do apetite) foi

observada em 10% - 13% dos pacientes e estomatites (inflamação/infecção dentro da boca) em 1% - 6% dos

pacientes que receberam VEPESID por via intravenosa. Mucosite/esofagite (inflamação da mucosa da boca e

do esôfago), de leve a grave, podem ocorrer. Diarreia foi observada em 1% - 13% destes pacientes.

Alopécia

Alopécia (queda de cabelo) reversível, às vezes progredindo até a calvície total, foi observada em até 66%

dos pacientes.

Reações alérgicas

A ocorrência de reações de tipo anafiláticas (alergia grave) em pacientes tratados com cápsulas por via oral

tem sido muito rara.

Neuropatia

Foi relatada neuropatia periférica (inflamação nos nervos) em 0,7% dos pacientes.

Outras toxicidades

Os seguintes eventos adversos têm sido raramente registrados: pneumonite intersticial/fibrose pulmonar

(inflamação nos pulmões que pode levar ao aparecimento de cicatrizes nos pulmões dificultando a

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respiração), convulsões (ocasionalmente relacionada a reações alérgicas), toxicidade do sistema nervoso

central (sonolência e fadiga), hepatotoxicidade (toxicidade no fígado), persistência de sabor, febre, síndrome

de Stevens-Johnson (reação alérgica gravíssima com aparecimento de bolhas pelo corpo), necrólise

epidérmica tóxica (um caso fatal foi relatado), erupções (feridas), pigmentação (alteração da cor da pele),

prurido (coceira), urticária (coceira com aparecimento de placas avermelhadas pelo corpo), dermatite

semelhante à causada por radiações, dor abdominal, constipação (prisão de ventre), disfagia (dificuldade para

engolir os alimentos), astenia, indisposição, cegueira cortical temporária e neurite óptica (inflamação no

nervo óptico).

Complicações metabólicas

Síndrome da lise tumoral (algumas vezes fatais) foi reportada após o uso de VEPESID em associação com

outros medicamentos quimioterápicos.

A tabela a seguir mostra os eventos adversos associados ao uso de VEPESID, agrupados de acordo com a

frequência, seguindo as seguintes categorias:

- Muito comum: ocorre em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento

- Comum (frequente): ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento

- Incomum (infrequente): ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este

medicamento

- Rara: ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento

- Muito rara: ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento

- Não conhecida: Não pode ser estimada pelos dados disponíveis

Frequência reportada das reações adversas

Classe de sistemas orgânico Frequência Eventos adversos

Neoplasias benignas e malignas

(incluindo cistos e pólipos)

Não conhecida Leucemia aguda

Desordens do sangue e sistema

linfático*

Muito comum Leucopenia, trombocitopenia

Desordens do sistema imune Rara Reações do tipo anafiláticas

Desordens metabólicas e nutricionais Não conhecida Sídrome da lise tumoral

Desordens do sistema nervoso Incomum Neuropatia periférica

Rara Convulsões**, neurite óptica, cegueira cortical

temporária, neurotoxicidades (por exemplo

sonolência, fadiga)

Desordens respiratórias, toráxicas e

mediastinais

Rara Fibrose pulmonar, pneumonite intersticial

Desordens gastrointestinais Muito comum Náusea, vômito, anorexia

Comum Mucosite (incluindo estomatite e esofagite),

diarreia

Rara Dor abdominal, constipação, disfagia,

disgeusia

Desordens hepato-biliares Rara Hepatotoxicidade

Desordens da pele e tecidos

subcutâneos

Muito comum Alopécia

Rara Síndrome de Stevens-Johnson, necrólise

epidérmica tóxica, dermatite semelhante à

causada por radiações, urticária, erupção

BULA PARA O PACIENTE – VEPESID – Rev1014 8

cutânea, pigmentação, prurido

Desordens gerais Rara Astenia, indisposição extravasamento reação

no local da injeção

* Mielosupressão fatal foi relatada

**Convulsão é normalmente associada a reações alérgicas

Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do

medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

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Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.