Bula do Acebrofilina Xarope produzido pelo laboratorio Geolab Indústria Farmacêutica S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
V.01_02/2015
ACEBROFILINA
Geolab Indústria Farmacêutica S/A
Xarope infantil – 5mg/mL
Xarope adulto – 10mg/mL
MODELO DE BULA PARA O PROFISSIONAL DA SAÚDE
Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
acebrofilina
Medicamento genérico, Lei n° 9.787 de 1999
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Xarope infantil de 5mg/mL: Embalagem contendo 1 frasco com 120mL + copo dosador.
USO ORAL
USO PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS
Xarope adulto de 10mg/mL: Embalagem contendo 1 frasco com 120mL + copo dosador.
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada mL do xarope contém:
acebrofilina......................................................................................................................................................5mg ou 10mg
Excipientes: glicerol, ciclamato de sódio, álcool etílico, metilparabeno, propilparabeno, sorbitol, essência de framboesa,
corante vermelho ponceaux FD&C n°4 e água purificada.
A acebrofilina é indicada como broncodilatador, mucolítico e expectorante.
Tratamento sintomático e preventivo das patologias agudas e crônicas do aparelho respiratório caracterizadas por
fenômenos de hipersecreção e broncoespasmo, tais como: bronquite obstrutiva ou asmatiforme, asma brônquica,
traqueobronquite, broncopneumonias, bronquiectasias, pneumoconioses, rinofaringites, laringotraqueítes, enfisema
pulmonar.
A acebrofilina foi clinicamente testada como uma droga broncodilatadora e mucorreguladora em mais de 5000
pacientes em muitos países europeus e latino-americanos. Sua eficácia foi demonstrada no tratamento de bronquite
obstrutiva crônica e em asma brônquica e bronquite asmatiforme. A tolerabilidade da acebrofilina foi boa em todas as
experimentações clinicas em fase III.
Recentemente, um estudo brasileiro com cerca de 4500 crianças tratadas em condições mórbidas agudas do sistema
respiratório, teve como objetivo melhor definir o perfil da tolerabilidade, padrão de efeitos colaterais e a relação risco
benefício da acebrofilina. Um total de 4500 indivíduos com bronquite aguda (tipo catarral, espasmódica ou
asmatiforme), foram selecionados entre pacientes pediátricos com 1 a 12 anos de idade, que necessitavam de um
tratamento apropriado broncodilatador e mucorregulador.
O tratamento com acebrofilina foi eficaz na melhora dos sintomas relacionados ao broncoespasmo, com melhora tanto
na sibilância como na dispneia em 91.1% dos pacientes. A sibilância e a dispneia desapareceram em 67% e 75% dos
casos, respectivamente. Os valores correspondentes para tosse e expectoração foram 11% e 53% respectivamente. No
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início, a condição clínica geral foi estimada como boa em 43% dos pacientes. No fim do tratamento 88% dos pacientes
restantes melhoraram clinicamente.
No organismo, a acebrofilina se dissocia em teofilina e ambroxol. O ambroxol tem sido proposto como uma ferramenta
terapêutica no tratamento de doenças pulmonares. Estudos avaliaram a eficácia do tratamento com ambroxol na
secreção de IL-12 e IL-10 de macrófagos alveolares obtidos por lavagem alveolar. A IL tem um papel fundamental na
resistência do hospedeiro à infecções e no desenvolvimento de células do tipo TH-1. Segundo este estudo, o tratamento
com ambroxol é capaz de elevar a secreção de IL-12 induzida por lipopolisacarídeos, sugerindo que este tratamento
atue promovendo e elevando a resposta inflamatória e imunológica mediada por células do tipo TH-1.
O tratamento com ambroxol também foi verificado em pacientes com bronquite crônica. Pacientes tratados durante três
semanas com ambroxol apresentaram melhora nos sintomas da bronquite com diminuição da inflamação, diminuição da
hiperplasia das células da camada basal e revitalização do epitélio. Dessa forma, é preconizado que o tratamento com
ambroxol é um efetivo agente que pode ser utilizado como monoterapia no controle dos sintomas da bronquite.
A eficácia e torelabilidade do teofilinato de ambroxol por via oral na dose de 200mg/dia foi avaliado num estudo
realizado em 48 pacientes que apresentavam hipersecreção brônquica. Como resultado foi observado a fluidificação do
muco, induzido pela medicação, com uma melhora marcada da sintomatologia clínica e dos efeitos benéficos sobre a
função respiratória destes pacientes.
A eficácia e tolerabilidade da acebrofilina na dose de 200mg/dia, na terapia da bronquite crônica asmatiforme, foi
avaliada em estudo multicêntrico, aberto, onde participaram 92 doentes. A sintomatologia sugestiva (tosse, dispneia e
dificuldade em expectorar), e objetiva que levou em conta o quadro de ausculta e a quantidade e aspecto da
expectoração, apresentaram melhora estatisticamente significante a partir do primeiro mês de terapia, e isso foi
confirmado no término do estudo. Também o parâmetro de função pulmonar foram favoravelmente influenciados
durante o tratamento com um incremento médio de 20% dos valores medidos. Sendo que nesse estudo também se
observou uma grande tolerabilidade da acebrofilina.
Aiharaa M., Dobashia K., Akiyamaa M., Narusea I., Nakazawab T., Mori M. Effects of N-Acetylcysteine and Ambroxol
on the Production of IL-12 and IL-10 in Human Alveolar Macrophages. Respiration 2000;67:662–671.
Cogo R., Raschi S., Quattrone P. Zini P. Clinical and histologic rating of the treatment with acefyllinate of ambroxol in
patients with chronic bronchitis. Advances in therapy, vol-12; n° 1. 1995.
Goldgrub N., Soares V.R.X., Hamaoui A., Zavattini G., Poli A. Atividade terapêutica e perfil da tolerabilidade da
acebrofilina. Advances in therapy 9(2): 107-115. 1992.
Barthekenym F. Le theophyllinate Dámbroxol dans L´hypersecretion bronchique. Acta Therapeutica 11:453-57, 1985.
Cerveri, I. et al VAlutazione delléfficacia e della tollerabilità di acebrofilina in paziento affetti da bronchite cronica
asmatiforme. Giornale Italiano Malattie Del torace. Suppl 1: 107-10,1992.
Este medicamento tem como princípio ativo a acebrofilina, uma entidade molecular resultante da fusão das moléculas
do ambroxol (mucorregulador, mucocinético e indutor do surfactante) com o ácido 7-teofilinacético, por uma reação de
salificação, resultando em teofilinato de ambroxol (acebrofilina).
A ação broncodilatadora parece advir do acúmulo de nucleotídeos cíclicos, particularmente do AMP cíclico na
musculatura traqueobrônquica devido à inibição da fosfodiesterase, determinando a elevação do AMPc e produzindo
relaxamento da musculatura lisa por meio da fosforilação dos precursores responsáveis pelo relaxamento muscular.
Outros mecanismos responsáveis poderiam ser o antagonismo competitivo da droga pelos receptores de adenosina além
de importante ação sobre fluxo do cálcio intracelular. Ao favorecer a broncodilatação, a acebrofilina reduz o consumo
de energia por parte da musculatura diafragmática e auxilia a atividade ciliar traqueobrônquica. A ação
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mucorreguladora parece decorrer do estímulo à produção de surfactante que reduz a mucoviscosidade da secreção
brônquica, impede a aglutinação das partículas de muco e reduz a adesividade do muco patológico.
A administração de uma dose oral de acebrofilina possibilita concentrações séricas do composto ativo durante várias
horas, com meia-vida plasmática entre 3 - 5 horas.
Estudos de toxicidade aguda com dose única ou doses repetidas, bem como os estudos de toxicidade fetal em animais
mostraram que a acebrofilina não provoca alterações mesmo em doses muito acima das doses terapêuticas. Não foi
demonstrada ação mutagênica.
A acebrofilina é contraindicada nos casos de hipersensibilidade comprovada ao componente ativo da fórmula ou a
outras xantinas, como aminofilina e teofilina, assim como ao ambroxol.
A acebrofilina não deve ser utilizada em pacientes portadores de doenças hepáticas, renais ou cardiovasculares graves,
úlcera péptica ativa e história pregressa de convulsões.
Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos de idade.
É aconselhável evitar o seu uso durante o primeiro trimestre de gravidez. Deve-se ter cautela ao empregar acebrofilina
em pacientes hipertensos, cardiopatas, com hipoxemia severa.
Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Interação medicamento-medicamento
O uso concomitante da acebrofilina com carbamazepina, fenobarbital, fenitoína e os sais de lítio pode levar a uma
redução da efetividade da teofilina por aumentarem a sua metabolização hepática (feita pelo fígado).
O uso concomitante da acebrofilina com antibióticos macrolídeos (eritromicina), algumas quinolonas como
norfloxacino e ciprofloxacino, anti-histamínicos H2 (cimetidina, ranitidina, famotidina), alopurinol, diltiazem e
ipriflavona pode retardar a eliminação da teofilina, aumentando o risco de intoxicação pela mesma.
A intoxicação pode se desenvolver naqueles pacientes cujos níveis séricos já são altos, a menos que a dosagem seja
reduzida.
Pode ocorrer hipocalemia com o uso concomitante da acebrofilina e salbutamol ou terbutalina. A frequência cardíaca
também pode aumentar, principalmente com altas doses de teofilina.
Alguns pacientes podem demonstrar uma diminuição significativa nos níveis no sangue de teofilina quando a
acebrofilina é administrada concomitantemente a salbutamol ou isoprenalina (isoproterenol).
Os níveis séricos da teofilina podem apresentar algum aumento, embora nenhuma toxicidade tenha sido relatada quando
A acebrofilina é administrada concomitantemente a contraceptivos orais.
A administração conjunta da acebrofilina e medicamentos alfa-adrenérgicos, como a efedrina, pode levar a um
aumento das reações adversas, principalmente relacionadas com o sistema nervoso central e gastrointestinais.
O uso da acebrofilina e produtos a base de Hypericum perforatum pode ocasionar uma redução na eficácia da teofilina.
O uso com betabloqueadores seletivos não é totalmente contraindicado, porém recomenda-se cautela quando desta
associação.
Interações medicamento – alimento
A alimentação pode interferir na quantidade da acebrofilina no organismo.
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Dietas ricas em proteínas diminuem a duração do efeito da acebrofilina.
Dietas ricas em carboidratos aumentam a duração do efeito da acebrofilina.
A acebrofilina deve ser mantida em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC), protegida da luz e umidade.
Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da
data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas:
A acebrofilina apresenta-se como um líquido límpido, de coloração rosa, com odor de framboesa e isento de partículas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Adultos:
Idade Posologia Horário
Adultos
1 copo dosador (10ml)
Xarope Adulto
A cada 12 horas
Crianças:
Crianças de 6 a 12 anos
1 copo dosador (10ml).
Xarope Pediátrico
Crianças de 3 a 6 anos
½ copo dosador (5ml).
Crianças de 2 a 3 anos
2mg/kg de peso ao dia.
Dividido em duas administrações a
cada 12 horas
Não há uma posologia especial, nem um tempo determinado de tratamento para uma patologia específica. A duração do
tratamento deve ser estabelecida a critério médico, de acordo com a gravidade da doença.
A literatura cita as seguintes reações adversas, sem frequência conhecidas:
Reações dermatológicas: Alergia (prurido eritematoso e erupções vesiculares) após tratamento oral na região do nariz,
lábios superiores e bochechas e dor e espasmos na região da faringe. Casos de dermatite de contato, assaduras, urticária,
exantemas, erupções cutâneas e coceira também tem sido descritos.
Prurido pode ocorrer em até 4% dos pacientes que fazem uso de acebrofilina, 75mg por dia.
Reações gastrointestinais: Em estudos clínicos foi observado que o tratamento com acebrofilina pode promover em
alguns casos constipação, diarreia, salivação excessiva, boca seca, náusea, e vômito.
Reações neurológicas: Fadiga é a principal reação adversa relacionada ao uso da acebrofilina.
Reações Renais: Estudos revelam que pacientes que fazem uso de acebrofilina podem experienciar sintomas de disúria.
Reações Respiratórias: Rinorreia pode ser uma reação adversa associada ao uso de acebrofilina.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): os vômitos ocorreram em 2,1%
dos casos, náuseas e boca seca em 1,4%.
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Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): taquicardia em 0,9% tremores
em 0,9%, agitação em 0,5% e sonolência em 0,3% dos casos, diarreia em 0,5%, e dor abdominal e epigástrica em 0,4%,
(dor na boca do estômago) e falta de apetite em 0,11%.
Reação rara (ocorre em 0,01% a 0,1% dos pacientes que utilizaram este medicamento): desidratação em 0,02%, insônia
em 0,05%, vertigem em 0,07%.
Podem ocorrer casos raros de queixas digestivas que desaparecem com a suspensão da medicação ou redução da dose
do medicamento.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.