Bula do Anador produzido pelo laboratorio Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
abcd
ANADOR®
(dipirona monoidratada)
Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda.
Anador®
Solução Oral (gotas) 500 mg/mL
ANADOR SOL ORAL PROFISSIONAL ABCD
Anador_Bula Profissional 20130327/S14-01 1
dipirona monoidratada
Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
ATENÇÃO: ANADOR Gotas possui um novo gotejador, por isso a posologia e o modo de usar no
item 8 desta bula devem ser verificados antes de administrar o medicamento.
APRESENTAÇÕES
Solução oral (Gotas) 500 mg/mL: frascos conta-gotas com 10 ou 20 mL.
USO ORAL. USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 3 MESES.
COMPOSIÇÃO
Cada mL (20 gotas) contém 500 mg de dipirona sódica monoidratada, correspondentes a 443,03 mg de
dipirona. Cada gota contém 25 mg de dipirona sódica monoidratada.
Excipientes: álcool etílico, sacarina sódica di-hidratada, metabissulfito de sódio, sorbitol, glicerol, edetato
dissódico di-hidratado, essência de tangerina e água purificada. Teor alcoólico: 0,0002%.
Este medicamento é indicado como analgésico e antipirético.
A ação antipirética e analgésica da dipirona oral foi avaliada em estudos clínicos duplo- cego.
Em um estudo duplo-cego com pacientes com febre tifoide, 25 pacientes receberam 500 mg de dipirona
VO e 28 receberam 500 mg de paracetamol VO. A temperatura retal e os registros de pulso foram
monitorados a cada 30 minutos. Efeitos antipiréticos foram observados no grupo dipirona e paracetamol
aos 30 e 60 minutos respectivamente. Foram calculadas a área sob a curva tempo-temperatura tanto para a
dipirona (148ºC•h) quanto para o paracetamol (128ºC•h), a diferença entre as áreas foi significativamente
maior para os pacientes que receberam dipirona. O total de antipirese nos dois grupos foi calculado pelos
escores das somas de redução de temperatura até 6 horas após administração da medicação, que foi maior
que 300 para os pacientes recebendo dipirona e menor que 300 para os pacientes que receberam
paracetamol (p<0,05) (Ajgaonkar VS, 1988).
A ação analgésica de dipirona oral versus placebo foi avaliada em estudo clínico multicêntrico,
randomizado, duplo-cego, cruzado, controlado por placebo, envolvendo 73 pacientes com crise de
enxaqueca com ou sem aura, selecionados para receber 1 g de dipirona via oral ou placebo. A intensidade
da dor foi medida através da escala verbal de dor antes e 1, 2, 4 e 24 h após o tratamento. Melhora
significativa da dor foi observada com dipirona, comparativamente ao placebo em todos os pontos
medidos. As percentagens de "alívio da dor" obtidas 1, 2 e 4 horas após a ingestão oral de 1 g de dipirona
variaram de 42% a 57,1% vs 19,6% a 28,6% para o placebo (p<0,001). (Tulunay et al, 2004)
Doses orais únicas de dipirona 500mg e 1g versus ácido acetilsalicílico (AAS) 1g foram comparadas em
estudo clínico multicêntrico, randomizado, duplo-cego, de grupos paralelos, controlado com placebo e
comparador ativo, envolvendo 417 pacientes com cefaleia tensional episódica. O intervalo de tempo
resultante da soma da média ponderada da diferença de intensidade da dor sobre ambos os episódios
chegou a 12,20, 12,64, 10,56 e 8,10 para 500mg e 1g de dipirona, 1g de AAS e placebo, respectivamente.
(p <0,0001 para ambos os grupos dipirona e p <0,0150 para AAS versus placebo). Observou-se uma
tendência para início mais precoce de alívio da dor mais profunda com dipirona 500mg e 1 g sobre 1 g de
AAS. Todos os medicamentos foram seguros e bem tolerados. (Martínez- Martín et al, 2001)
Propriedades farmacodinâmicas
A dipirona é um derivado pirazolônico não narcótico com efeitos analgésico, antipirético e espasmolítico.
A dipirona é uma pró-droga cuja metabolização gera a formação de vários metabólitos entre os quais há 2
com propriedades analgésicas: 4-metil-aminoantipirina (4-MAA) e o 4-amino- antipirina (4-AA).
Como a inibição da ciclooxigenase (COX-1, COX-2 ou ambas) não é suficiente para explicar este efeito
antinociceptivo, outros mecanismos alternativos foram propostos, tais como: inibição de síntese de
prostaglandinas preferencialmente no sistema nervoso central, dessensibilizacão dos nociceptores
periféricos envolvendo atividade via óxido nítrico-GMPc no nociceptor, uma possível variante de COX-1
do sistema nervoso central seria o alvo específico e, mais recentemente, a proposta de que a dipirona
inibiria uma outra isoforma da ciclooxigenase, a COX-3.
ANADOR COM PROFISSIONAL ABCD
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Os efeitos analgésico e antipirético podem ser esperados em 30 a 60 minutos após a administração e
geralmente duram cerca de 4 horas.
Propriedades farmacocinéticas
A farmacocinética da dipirona e de seus metabólitos não está completamente elucidada, mas as seguintes
informações podem ser fornecidas:
Após administração oral, a dipirona é completamente hidrolisada em sua porção ativa, 4-N-
metilaminoantipirina (MAA). A biodisponibilidade absoluta da MAA é de aproximadamente 90%, sendo
um pouco maior após administração oral quando comparada à administração intravenosa. A
farmacocinética da MAA não se altera em qualquer extensão quando a dipirona é administrada
concomitantemente a alimentos.
Principalmente a MAA, mas também a 4-aminoantipirina (AA), contribuem para o efeito clínico. Os
valores de AUC para AA constituem aproximadamente 25% do valor de AUC para MAA. Os metabólitos
4-N-acetilaminoantipirina (AAA) e 4-N-formilaminoantipirina (FAA) parecem não apresentar efeito
clínico. São observadas farmacocinéticas não-lineares para todos os metabólitos. São necessários estudos
adicionais antes que se chegue a uma conclusão sobre o significado clínico destes resultados. O acúmulo
de metabólitos apresenta pequena relevância clínica em tratamentos de curto prazo.
O grau de ligação às proteínas plasmáticas é de 58% para MAA, 48% para AA, 18% para FAA e 14%
para AAA.
Após administração intravenosa, a meia-vida plasmática é de aproximadamente 14 minutos para a
dipirona. Aproximadamente 96% e 6% da dose radiomarcada administrada por via intravenosa foram
excretadas na urina e fezes, respectivamente. Foram identificados 85% dos metabólitos que são
excretados na urina, quando da administração oral de dose única, obtendo-se 3% ± 1% para MAA, 6% ±
3% para AA, 26% ± 8% para AAA e 23% ± 4% para FAA. Após administração oral de dose única de 1 g
de dipirona, o clearance renal foi de 5 mL ± 2 mL/min para MAA, 38 mL ± 13 mL/min para AA, 61 mL
± 8 mL/min para AAA, e 49 mL ± 5 mL/min para FAA. As meias-vidas plasmáticas correspondentes
foram de 2,7 ± 0,5 horas para MAA, 3,7 ± 1,3 horas para AA, 9,5 ± 1,5 horas para AAA, e 11,2 ± 1,5
horas para FAA.
Em pacientes idosos, a exposição (AUC) aumenta 2 a 3 vezes. Em pacientes com cirrose hepática, após
administração oral de dose única, a meia-vida de MAA e FAA aumentou 3 vezes (10 horas), enquanto
para AA e AAA este aumento não foi tão marcante.
Os pacientes com insuficiência renal não foram extensivamente estudados até o momento.
Os dados disponíveis indicam que a eliminação de alguns metabólitos (AAA e FAA) é reduzida.
Dados de segurança pré-clínicos
Toxicidade aguda:
As doses mínimas letais de dipirona em camundongos e ratos são: aproximadamente 4000 mg/kg de peso
corporal por via oral, aproximadamente 2300 mg de dipirona por kg de peso corporal ou 400 mg de MAA
por kg de peso corporal por via intravenosa.
Os sinais de intoxicação foram sedação, taquipneia e convulsões pré-morte.
Toxicidade crônica:
As injeções intravenosas de dipirona em ratos (peso corporal 150 mg/kg por dia) e cães (50 mg/kg de
peso corporal por dia) durante um período de 4 semanas foram toleradas.
Foram realizados estudos de toxicidade oral crônica ao longo de um período de 6 meses em ratos e cães:
doses diárias de até 300 mg de peso corporal/kg em ratos e até 100 mg/kg de peso corporal de peso em
cães não causaram sinais de intoxicação. Doses mais elevadas em ambas espécies causaram alterações
químicas do soro e hemossiderose no fígado e baço, também foram detectados sinais de anemia e
toxicidade da medula óssea.
Mutagenicidade:
Estão descritos na literatura tanto resultados positivos bem como negativos. No entanto, estudos in vitro e
in vivo com material específico grau Hoechst não deu indicação de um potencial mutagênico.
Carcinogenicidade:
Em estudos em ratos e camundongos NMRI em tempo de vida, a dipirona não mostrou efeitos
cancerígenos.
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Toxicidade reprodutiva:
Estudos em ratos e coelhos não indicam potencial teratogênico.
VP/VPS
- Comprimido
simples 500 mg
x 24
x 120
x 240
x 512
16/09/2014 0767283/14-7
10450 – SIMILAR –
Notificação de Alteração
de Texto de Bula – RDC
60/12
16/09/2014
Notificação de Alteração de texto de bula harmonizada à Bula
Padrão em cumprimento ao Guia de submissão eletrônica de bula e
RDC 47/09, juntamente com alterações nos seguintes itens:
4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE
MEDICAMENTO?
8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME
Mantenha em temperatura ambiente (15°C a 30°C), protegido da luz e umidade.
O prazo de validade de ANADOR é de 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
O comprimido de ANADOR é amarelo-esverdeado claro a amarelo claro, sem odor, redondo, liso,
brilhante, apresentando o logotipo da Boehringer Ingelheim e a palavra ANADOR na face superior e
ranhura central na face inferior.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Tomar os comprimidos com líquido (aproximadamente ½ a 1 copo), por via oral.
A princípio, a dose e a via de administração escolhidas dependem do efeito analgésico desejado e das
condições do paciente. Em muitos casos, a administração oral ou retal é suficiente para obter analgesia
satisfatória.
Quando for necessário um efeito analgésico de início rápido ou quando a administração por via oral ou
retal for contraindicada, recomenda-se a administração por via intravenosa ou intramuscular.
O tratamento pode ser interrompido a qualquer instante sem provocar danos ao paciente, inerentes à
retirada da medicação.
Adultos e adolescentes acima de 15 anos: 1 a 2 comprimidos, até 4 vezes ao dia.
Se o efeito de uma única dose for insuficiente ou após o efeito analgésico ter diminuído, a dose pode ser
repetida respeitando-se a posologia e a dose máxima diária, conforme descrito acima.
Não há estudos dos efeitos de ANADOR comprimidos administrado por vias não recomendadas.
Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente
por via oral.
Populações especiais
ANADOR COM PROFISSIONAL ABCD
Anador_Bula Profissional 20130327/C14-00 6
Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, recomenda-se que o uso de altas doses de dipirona
seja evitado, uma vez que a taxa de eliminação é reduzida nestes pacientes. Entretanto, para tratamento
em curto prazo não é necessária redução da dose.
Não existe experiência com o uso de dipirona em longo prazo em pacientes com insuficiência renal ou
hepática.
Em pacientes idosos e pacientes debilitados deve-se considerar a possibilidade das funções hepática e
renal estarem prejudicadas.
Este medicamento não deve ser mastigado.
VP/VPS
- Comprimido
simples 500 mg
x 24
x 120
x 240
Sintomas
Após superdose aguda foram registradas reações como: náuseas, vômito, dor abdominal, deficiência da
função renal/insuficiência renal aguda (ex. devido à nefrite intersticial) e, mais raramente, sintomas do
sistema nervoso central (vertigem, sonolência, coma, convulsões) e queda da pressão sanguínea (algumas
vezes progredindo para choque) bem como arritmias cardíacas (taquicardia). Após a administração de
doses muito elevadas, a excreção de um metabólito inofensivo (ácido rubazônico) pode provocar
coloração avermelhada na urina.
Tratamento
Não existe antídoto específico conhecido para dipirona. Em caso de administração recente, deve-se
limitar a absorção sistêmica adicional do princípio ativo por meio de procedimentos primários de
desintoxicação, como lavagem gástrica ou aqueles que reduzem a absorção (ex. carvão vegetal ativado).
O principal metabólito da dipirona (4-N-metilaminoantipirina) pode ser eliminado por hemodiálise,
hemofiltração, hemoperfusão ou filtração plasmática.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
MS 1.0367.0076
Farm. Resp.: Dímitra Apostolopoulou - CRF-SP 08828
Boehringer Ingelheim do Brasil Quím. e Farm. Ltda.
Rod. Régis Bittencourt, km 286 - Itapecerica da Serra - SP
CNPJ 60.831.658/0021-10
Indústria Brasileira
SAC 0800-7016633
www.anador.com.br
Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas, procure orientação médica.
Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 18/06/2014.
20130327
C14-00
Histórico de Alteração da Bula
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
Nº do
Assunto
Data de
aprovação
Itens de bula
Versões
(VP/VPS)
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Inclusão Inicial de Texto
de Bula – RDC 60/12
09/08/2013
Envio inicial do texto de bula harmonizada à Bula Padrão em
cumprimento ao Guia de submissão eletrônica de bula e RDC 47/09,
juntamente com alterações nos seguintes itens:
4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE
MEDICAMENTO?
4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE
MEDICAMENTO?
8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME
CAUSAR?