Bula do Anidulafungina produzido pelo laboratorio Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
anidulafungina
Laboratórios Pfizer Ltda.
Pó liofilizado
100 mg
LLD_AFWPOI_04 CONFIDENCIAL
27-mai-2013 LLD_AFWPOI_03 + LLD_ECAPOI_02
1
Medicamento genérico – Lei nº 9.787, de 1999
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome genérico: anidulafungina
APRESENTAÇÕES
Anidulafungina pó liofilizado de 100 mg em embalagem contendo 1 frasco-ampola.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: SOMENTE PARA INFUSÃO INTRAVENOSA
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de anidulafungina contém o equivalente a 100 mg de anidulafungina.
Excipientes: frutose, manitol, polissorbato 80, ácido tartárico, hidróxido de sódioa
, ácido clorídricoa
.
a = para ajuste de pH.
2
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
A anidulafungina é indicada para o tratamento da candidíase invasiva em pacientes adultos, incluindo
candidemia. A anidulafungina não foi estudada em um número suficiente de paciente neutropênicos para
determinar a eficácia neste grupo.
CANDIDEMIA E OUTRAS FORMAS DE CANDIDÍASE INVASIVA
A segurança e a eficácia da anidulafungina foram avaliadas em um estudo pivotal Fase 3, randomizado,
duplo-cego, multicêntrico e multinacional de pacientes com candidemia e/ou outras formas de candidíase
invasiva, associados com sinais clínicos de infecção. Os pacientes foram randomizados para receber
anidulafungina uma vez ao dia por via intravenosa (dose de ataque de 200 mg seguida de 100 mg de dose de
manutenção) ou fluconazol por via intravenosa (dose de ataque de 800 mg seguido de 400 mg de dose de
manutenção). Os pacientes foram estratificados pelo escore APACHE II (≤ 20 e > 20) e pela presença ou
ausência de neutropenia. Os pacientes com endocardite, osteomielite ou meningite por Candida, ou aqueles
com infecções decorrentes da C. krusei, foram excluídos do estudo. O tratamento foi administrado por no
mínimo 14 e no máximo 42 dias. Foi permitida a troca para fluconazol oral após um mínimo de 10 dias de
terapia intravenosa aos pacientes de ambos os braços do estudo, desde que eles fossem capazes de tolerar a
medicação oral, estivessem sem febre por no mínimo 24 horas e o resultado da cultura de sangue mais recente
fosse negativo para as espécies de Candida. Os pacientes que receberam pelo menos uma dose da medicação
do estudo e que apresentaram cultura positiva para espécies de Candida em um material normalmente estéril
antes da inclusão no estudo (população com intenção de tratamento modificada [MITT]) foram incluídos na
análise primária da resposta global ao final da terapia intravenosa. Uma resposta global bem sucedida exigia
melhora clínica e erradicação microbiológica. Os pacientes foram acompanhados por seis semanas após o
final de todo tratamento. Duzentos e cinquenta e seis pacientes (com idade entre 16 e 91 anos) foram
randomizados para tratamento e receberam no mínimo uma dose da medicação do estudo. Duzentos e
quarenta e cinco pacientes (127 recebendo anidulafungina e 118 recebendo fluconazol) atenderam aos
critérios de inclusão na população MITT. Destes, 219 pacientes (116 recebendo anidulafungina [91,3%] e 103
recebendo fluconazol [87,3%]) apresentaram apenas candidemia; 5,5% dos pacientes no braço recebendo
anidulafungina e 9,3% dos pacientes no braço recebendo fluconazol apresentaram infecções em outros locais
normalmente estéreis; finalmente, 3,1% dos pacientes no braço da anidulafungina e 3,4% dos pacientes no
braço do fluconazol apresentaram ambas as condições (candidemia e infecções em outros locais normalmente
estéreis). As espécies mais frequentemente isoladas em materiais coletados imediatamente antes do início do
tratamento foram C. albicans (63,8% no grupo recebendo anidulafungina e 59,3% no grupo recebendo
fluconazol), seguido pela C. glabrata (15,7%, 25,4%), C. parapsilosis (10,2%, 13,6%) e C. tropicalis (11,8%,
9,3%). A maioria dos pacientes (97%) era não neutropênica (ANC > 500) e 81% apresentaram escores de
APACHE II menores ou iguais a 20. Ao final da terapia intravenosa, a anidulafungina foi superior ao
fluconazol no tratamento de pacientes com candidemia e/ou outras formas de candidíase invasiva. No braço
de tratamento da anidulafungina, 96 pacientes (75,6%) apresentaram sucesso global versus 71 pacientes
(60,2%) no braço de tratamento com fluconazol. A diferença na taxa de sucesso global entre os grupos de
tratamento (taxa de sucesso global da anidulafungina menos a taxa de sucesso global do fluconazol) foi de
15,4% (IC 95%: 3,9; 27,0). A anidulafungina não foi estudada em pacientes portadores de endocardite,
osteomielite e meningite causadas por Candida, e não foi estudada em número suficiente de pacientes
n e u t r o p ê n i c o s a f i m d e d e t e r m i n a r s u a e f i c á c i a n e s t e g r u p o .
PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS – 1) Mecanismo de ação: a anidulafungina é uma equinocandina
semissintética, um lipopeptídeo sintetizado a partir de um produto da fermentação do Aspergillus nidulans. A
anidulafungina inibe seletivamente a 1,3-β-D glucana sintase, uma enzima presente nas células fúngicas, mas
não nas mamíferas. Isso resulta na inibição da formação da 1,3-β-D-glucana, um componente essencial da
parede celular do fungo. A anidulafungina demonstrou atividade fungicida contra espécies de Candida e
atividade contra regiões do crescimento celular ativo da hifa do Aspergillus fumigatus. 2) Atividade in vitro: a
anidulafungina é ativa in vitro contra Candida spp., incluindo C. albicans, C. glabrata, C. krusei, C.
parapsilosis, C. tropicalis, C. dubliniensis, C. lusitaniae e C. guilliermondii e espécies de Aspergillus
incluindo A. fumigatus, A. flavus, A. niger e A. terreus. Sua atividade não é afetada pela resistência a outras
classes de agentes antifúngicos (fluconazol em particular). As MICs (Concentração inibitória mínima) foram
LLD_AFWPOI_04 CONFIDENCIAL
27-mai-2013 LLD_AFWPOI_03 + LLD_ECAPOI_02
3
determinadas de acordo com os métodos padrões de referência M27 e M38. A relação entre a resposta clínica
e a atividade in vitro permanece para ser elucidada. Há relatos isolados de Candida com sensibilidade
reduzida às equinocandinas incluindo anidulafungina, mas a significância clínica desta observação é
desconhecida. 3) Atividade in vivo: a anidulafungina administrada por via parenteral foi eficaz contra Candida
spp. em modelos de ratos e coelhos imunocompetentes e imunocomprometidos. O tratamento com a
anidulafungina prolongou a sobrevida e também reduziu a carga da Candida spp. no órgão. As infecções
experimentais incluíram infecções disseminadas por C. albicans em coelhos neutropênicos, infecção
esofágica/orofaríngea por C. albicans resistente ao fluconazol em coelhos neutropênicos e infecção
disseminada por C. glabrata resistente ao fluconazol em camundongos neutropênicos. A anidulafungina
também demonstrou atividade contra o Aspergillus fumigatus em modelos de infecção em ratos e coelhos. 4)
Em combinação com outros agentes antifúngicos: os estudos in vitro da anidulafungina em combinação com o
fluconazol, itraconazol e anfotericina B não sugeriram antagonismo da atividade antifúngica contra espécies
de Candida. A significância clínica destes resultados é desconhecida. Os estudos in vitro avaliaram a
atividade da anidulafungina em combinação com itraconazol, voriconazol e com a anfotericina B contra
Aspegillus spp. A combinação da anidulafungina com a anfotericina B demonstrou indiferença em 16 das 26
cepas, enquanto que a combinação de anidulafungina com itraconazol ou voriconazol demonstrou-se sinérgica
em 18 das 26 cepas. A significância clínica destes resultados é desconhecida.
PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS – 1) Características Gerais de Farmacocinética: a farmacocinética
da anidulafungina foi caracterizada em indivíduos saudáveis, na população especial e em pacientes. Foi
observada uma baixa variabilidade interindivíduo na exposição sistêmica (coeficiente de variação de
aproximadamente 25%). O estado de equilíbrio foi atingido no primeiro dia após a dose de ataque (duas vezes
a dose diária de manutenção). 2) Distribuição: a farmacocinética da anidulafungina é caracterizada pela rápida
meia-vida de distribuição (0,5 – 1 hora) e um volume de distribuição de 30-50 L que é similar ao volume de
fluido corporal total. A anidulafungina é extensivamente ligada (> 99%) às proteínas plasmáticas humanas. 3)
Biotransformação: não foi observado metabolismo hepático da anidulafungina. A anidulafungina não é um
substrato, indutor ou inibidor clinicamente relevante das isoenzimas do citocromo P450. É improvável que a
anidulafungina tenha efeitos clinicamente relevantes no metabolismo de fármacos metabolizados pelas
isoenzimas do citocromo P450. A anidulafungina passa por uma lenta degradação química em temperatura e
pH fisiológicos formando um peptídeo de anel aberto sem atividade antifúngica. In vitro, a meia-vida de
degradação da anidulafungina sob condições fisiológicas é de aproximadamente 24 horas. In vivo, o produto
de anel aberto é subsequentemente convertido a peptídeos degradados e eliminados principalmente através da
excreção biliar. 4) Eliminação: o clearance da anidulafungina é de aproximadamente 1 L/h. A anidulafungina
apresenta uma meia-vida de eliminação de aproximadamente 24 horas que caracteriza o perfil tempo-
concentração plasmático em sua maioria e uma meia-vida terminal de 40-50 horas que caracteriza a fase de
eliminação terminal do perfil. Em um estudo clínico de dose única, a anidulafungina radiomarcada (14
C)
(aproximadamente 88 mg) foi administrada em indivíduos saudáveis. Aproximadamente 30% da dose
radioativa administrada foi eliminada nas fezes por mais de 9 dias, sendo que menos de 10% na forma do
fármaco inalterado. Quantidades inferiores a 1% da dose radioativa administrada foi excretada na urina. As
concentrações de anidulafungina caíram abaixo do limite inferior de quantificação 6 dias após a dose.
Quantidades insignificantes de radioatividade derivada do fármaco foram recuperadas no sangue, na urina e
nas fezes 8 semanas após a dose. 5) Linearidade: a anidulafungina demonstra farmacocinética linear dentre
uma ampla variação de doses únicas diárias (15 - 130 mg). 6) Populações Especiais: Pacientes com Infecções
Fúngicas: a farmacocinética da anidulafungina em pacientes com infecções fúngicas é similar àquela
observada em indivíduos saudáveis, segundo as análises farmacocinéticas dessas populações. Com o regime
de dose de 200/100 mg diários a uma taxa de infusão de 1 mg/min, a Cmax no estado de equilíbrio e a Cmin no
vale poderiam atingir aproximadamente 7 e 3 mg/L, respectivamente, com uma AUC média no estado de
equilíbrio de aproximadamente 110 mg.h/L. Peso: embora o peso tenha sido identificado como uma fonte de
variabilidade no clearance na análise farmacocinética da população, o peso apresenta pouca relevância clínica
na farmacocinética da anidulafungina. Sexo: concentrações plasmáticas da anidulafungina em homens e
mulheres saudáveis foram similares. Em estudos de dose múltipla o clearance do fármaco foi levemente mais
rápido em homens (aproximadamente 22%). Idosos: a análise farmacocinética da população demonstrou que o
clearance médio diferiu levemente entre o grupo de pacientes idosos (pacientes ≥ 65 anos de idade, CL médio
= 1,07 L/h) e o grupo de pacientes não idosos (pacientes < 65 anos de idade, CL médio = 1,22 L/h),
entretanto, a variação do clearance foi similar. Raça: a farmacocinética da anidulafungina foi similar entre
caucasianos, negros, asiáticos e hispânicos. HIV positivo: não é necessário ajuste de dose com base no
diagnóstico HIV positivo, independente de tratamento antirretroviral concomitante. Insuficiência Hepática: a
anidulafungina não é metabolizada hepaticamente. A farmacocinética da anidulafungina foi avaliada em
4
indivíduos com insuficiência hepática Child-Pugh classes A, B ou C. As concentrações de anidulafungina não
se elevaram em indivíduos com qualquer grau de insuficiência hepática. Embora uma leve redução na AUC
tenha sido observada em pacientes com insuficiência hepática Child-Pugh C, a redução estava dentro da
estimativa de variação na população conhecida para indivíduos saudáveis. Insuficiência Renal: a
anidulafungina apresenta clearance renal insignificante (< 1%). Em um estudo clínico em indivíduos com
insuficiência renal leve, moderada, grave ou em estágio final (dependente de diálise), a farmacocinética da
anidulafungina foi similar àquela observada em indivíduos com a função renal normal. A anidulafungina não
é dialisável e pode ser administrada sem preocupação com o horário da hemodiálise. Pacientes Pediátricos: a
farmacocinética da anidulafungina após doses diárias foi investigada em 24 pacientes pediátricos (de 2 a 11
anos de idade) e adolescentes (de 12 a 17 anos de idade) imunocomprometidos com neutropenia. O estado de
equilíbrio foi atingido no primeiro dia após a dose de ataque (duas vezes a dose de manutenção) e a Cmax e a
AUCSS no estado de equilíbrio aumentou de maneira dose-proporcional. A exposição sistêmica após as doses
de manutenção diárias, 0,75 e 1,5 mg/kg/dia em pacientes com idade entre 2 e 17 anos foi comparável àquela
observada em adultos após doses de 50 e 100 mg/dia, respectivamente.
DADOS DE SEGURANÇA PRÉ-CLÍNICA – Os dados não clínicos não revelaram riscos especiais para
humanos com base em estudos convencionais de segurança farmacológica, toxicidade aguda, toxicidade de
dose repetida e toxicidade para reprodução. Em estudos com 3 meses de observação, foi observada evidência
de toxicidade hepática, incluindo elevações de enzimas e alterações morfológicas, em ratos e macacos com
doses de 4 a 6 vezes maiores que a exposição clínica terapêutica antecipada. Estudos de genotoxicidade in
vitro e in vivo com a anidulafungina não apresentaram evidência de potencial genotóxico. Não foram
conduzidos estudos a longo prazo em animais para avaliar o potencial carcinogênico da anidulafungina. A
administração da anidulafungina em ratos não indicou qualquer efeito na reprodução, incluindo a fertilidade
em machos e fêmeas. A anidulafungina atravessou a barreira placentária em ratos e foi detectada no plasma do
feto. O risco potencial ao feto humano é desconhecido. A anidulafungina foi encontrada no leite de ratas
lactantes. Não se sabe se a anidulafungina é excretada no leite humano. A anidulafungina não produziu
qualquer toxicidade relacionada ao fármaco em ratos na maior dose de 20 mg/kg/dia, uma dose equivalente a
duas vezes a dose de manutenção proposta de 100 mg com base na área de superfície corporal relativa. Os
efeitos de desenvolvimento observados em coelhos (leve redução no peso do feto) ocorreram no grupo que
recebeu a dose maior, dose esta que também produziu toxicidade materna.
A anidulafungina é contraindicada a pacientes com hipersensibilidade a anidulafungina, a outros
medicamentos da classe da equinocandina (por exemplo, a caspofungina) ou a qualquer outro componente da
fórmula.
REAÇÕES ANAFILÁTICAS: reações anafiláticas, incluindo choque, foram reportadas devido ao uso de
anidulafungina. Se estas reações ocorrerem, a anidulafungina deve ser descontinuada e um tratamento
apropriado deve ser administrado.
REAÇÕES RELACIONADAS À INFUSÃO: Eventos adversos relacionados com infusão da anidulafungina
foram reportados, incluindo rash, urticária, rubor, prurido, dispnéia, broncoespasmo e hipotensão. Os eventos
adversos relacionados à infusão são infrequentes quando a taxa de infusão da anidulafungina não excede 1,1
mg/minuto.
EFEITOS HEPÁTICOS: anormalidades laboratoriais nos testes de função hepática foram observadas em
indivíduos saudáveis e em pacientes tratados com a anidulafungina. Em alguns pacientes que apresentavam
patologias de base graves, que recebiam múltiplas medicações concomitantes a anidulafungina, ocorreram
anormalidades hepáticas clinicamente significativas. Casos isolados de disfunção hepática, hepatite ou
insuficiência hepática foram relatados, mas a relação causal com a anidulafungina não foi estabelecida.
Pacientes que desenvolverem anormalidades nos testes de função hepática durante o tratamento com a
anidulafungina devem ter esses testes monitorados, e em casos de piora da função hepática devem ser
ponderados os riscos e os benefícios de manter o tratamento com anidulafungina.
Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em diabéticos.
USO DURANTE A GRAVIDEZ – Os estudos em animais não demonstraram toxicidade reprodutiva seletiva
(vide item 3. Características Farmacológicas). Não existem dados adequados ou bem controlados com relação
à utilização da anidulafungina em mulheres grávidas. Portanto, a anidulafungina só deve ser utilizada durante
a gravidez se o benefício potencial à mãe superar o risco potencial ao feto.
LLD_AFWPOI_04 CONFIDENCIAL
27-mai-2013 LLD_AFWPOI_03 + LLD_ECAPOI_02
5
A anidulafungina é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez. Portanto, este
medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
USO DURANTE A LACTAÇÃO: os estudos em animais demonstraram a excreção da anidulafungina no leite
materno. Não se sabe se anidulafungina é excretada no leite materno humano. A decisão em
continuar/descontinuar a amamentação ou de continuar/descontinuar o tratamento com anidulafungina deve
ser realizada considerando o benefício da amamentação à criança e o benefício da anidulafungina à mãe.
EFEITOS NA HABILIDADE DE DIRIGIR E OPERAR MÁQUINAS: não foram realizados estudos sobre a
Os estudos pré-clínicos in vitro e in vivo e os estudos clínicos demonstraram que a anidulafungina não é um
substrato, indutor ou inibidor clinicamente relevante das isoenzimas do citocromo P450. Os estudos de
interação só foram realizados em adultos. A anidulafungina apresenta clearance renal insignificante (< 1%).
São esperadas interações mínimas com medicações concomitantes (vide item 3. Características
Farmacológicas).
Os estudos in vitro demonstraram que a anidulafungina não é metabolizada pelo citocromo P450 humano ou
por hepatócitos humanos isolados e a anidulafungina não inibe significativamente as atividades das isoformas
do CYP (1A2, 2B6, 2C8, 2C9, 2C19, 2D6, 3A) humano em concentrações clinicamente relevantes.
Nenhuma interação fármaco-fármaco clinicamente relevante foi observada com os seguintes fármacos ao
serem administrados concomitantemente com a anidulafungina:
- ciclosporina (substrato do CYP3A4): em um estudo com 12 indivíduos adultos saudáveis que receberam 100
mg/dia de anidulafungina após uma dose de ataque isolada de 200 mg e em combinação com 1,25 mg/kg de
ciclosporina oral duas vezes ao dia, o pico de concentração plasmática (Cmax) no estado de equilíbrio (steady
state) da anidulafungina não foi significativamente alterado pela ciclosporina, mas a área sob a curva tempo-
-concentração (AUC) no estado de equilíbrio foi aumentada em 22%. Um estudo in vitro demonstrou que a
anidulafungina não apresenta efeito no metabolismo da ciclosporina. Os eventos adversos observados neste
estudo foram consistentes com aqueles observados em outros estudos nos quais a anidulafungina foi
administrada isoladamente. Não é necessário ajuste de dose de ambos os fármacos quando eles são
coadministrados.
- voriconazol (inibidor e substrato do CYP2C19, CYP2C9 e CYP3A4): em um estudo com 17 indivíduos
saudáveis que receberam 100 mg/dia de anidulafungina isolada seguido da dose de ataque de 200 mg; uma
dose isolada de 200 mg de voriconazol oral, duas vezes ao dia, seguido, no primeiro dia de 400 mg duas vezes
como dose de ataque e; ambas em combinação. A Cmax e a AUC no estado de equilíbrio da anidulafungina e
do voriconazol não foram significativamente alteradas pela coadministração. Não é necessário ajuste de dose
de nenhuma das medicações quando coadministradas.
- tacrolimo (substrato do CYP3A4): em um estudo com 35 indivíduos saudáveis que receberam dose única
oral de 5 mg de tacrolimo isoladamente, 100 mg/dia de anidulafungina isoladamente após dose de ataque de
200 mg e ambos em combinação, a Cmax e a AUC no estado de equilíbrio da anidulafungina e do tacrolimo
não foram significativamente alteradas pela coadministração. Não é necessário ajuste de dose de nenhuma das
medicações quando coadministradas.
- anfotericina B lipossomal: a farmacocinética da anidulafungina foi avaliada em 27 pacientes (100 mg/dia de
anidulafungina) que receberam concomitantemente a anfotericina B lipossomal (doses de até 5 mg/kg/dia). A
análise farmacocinética da população demonstrou que a farmacocinética da anidulafungina não foi
significativamente alterada pela coadministração com a anfotericina B quando comparado com os dados de
pacientes que não receberam tratamento com a anfotericina B. Não é necessário ajuste de dose da
anidulafungina.
- rifampicina (potente indutor do CYP450): a farmacocinética da anidulafungina (50 ou 75 mg/dia de
anidulafungina) foi avaliada em 27 pacientes que receberam concomitantemente rifampicina (doses de até 600
mg/dia). A análise farmacocinética da população demonstrou que quando comparado com os dados de
pacientes que não receberam a rifampicina, a farmacocinética da anidulafungina não foi significativamente
alterada pela coadministração com a rifampicina. Não é necessário ajuste de dose da anidulafungina.
A anidulafungina deve ser conservada sob refrigeração (entre 2 e 8°C). Não congelar. A anidulafungina pode
ser utilizada por 36 meses a partir da data de fabricação.
LLD_AFWPOI_04 CONFIDENCIAL
27-mai-2013 LLD_AFWPOI_03 + LLD_ECAPOI_02
6
Solução Reconstituída: se não utilizada imediatamente, a solução reconstituída deve ser armazenada sob
refrigeração (entre 2 e 8°C) por até uma hora. Não congelar. A estabilidade química e física “em uso” da
solução reconstituída da anidulafungina foi demonstrada por 1 hora a 5°C.
Solução para Infusão: a solução para infusão deve ser armazenada entre 2 e 8°C e deve ser administrada
dentro de 24 horas. Não congelar. A estabilidade química e física “em uso” da solução para infusão da
anidulafungina foi demonstrada por 24 horas a 5°C.
Do ponto de vista microbiológico, a anidulafungina deve ser utilizada imediatamente.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características físicas e organolépticas do produto: sólido liofilizado branco a quase branco. Após
Reconstituição: solução límpida incolor, essencialmente livre de material estranho.
A anidulafungina deve ser utilizada somente por infusão intravenosa.
Apenas para dose única.
MODO DE USAR
A anidulafungina deve ser reconstituída em água para injeção, e ser subseqüentemente diluída com APENAS
cloreto de sódio para infusão 9 mg/mL (0,9%) ou glicose para infusão 50 mg/mL (5%). A compatibilidade da
anidulafungina reconstituída com substâncias intravenosas, aditivos ou medicamentos, diferentes de cloreto de
sódio para infusão 9 mg/mL (0,9%) ou de glicose para infusão 50 mg/mL (5%), não foi estabelecida.
Instruções para Reconstituição: reconstitua assepticamente cada frasco-ampola com 30 mL de água para
injeção para fornecer uma concentração de 3,33 mg/mL. A solução reconstituída deve ser límpida e livre de
partículas visíveis. A solução reconstituída deve ser diluída dentro de 1 hora.
Instruções para Diluição e Infusão: transfira assepticamente o conteúdo do frasco-ampola reconstituído em
uma bolsa IV (ou frasco) contendo cloreto de sódio para infusão 9 mg/mL (0,9%) ou glicose para infusão 50
mg/mL (5%), o que levará a uma solução com concentração de 0,77 mg/mL de anidulafungina. A tabela a
seguir apresenta os volumes requeridos para cada dose.
Diluição Requerida para Administração de anidulafungina
Dose Número de
embalagens
requeridas
Volume
reconstituído
total requerido
de
infusãoA
Volume de
infusão
totalB
Concentração
da solução de
Taxa de
Duração
mínima da
100
mg
1 30 mL 100 mL 130 mL 0,77 mg/mL 1,4
mL/min
90 min
200
2 60 mL 200 mL 260 mL 0,77 mg/mL 1,4
180 min
A
cloreto de sódio para infusão 9 mg/mL (0,9%) ou glicose para infusão 50 mg/mL (5%).
B
concentração da infusão de 0,77 mg/mL
Os medicamentos parenterais devem ser inspecionados visualmente quanto à presença de partículas e
descoloração antes da administração, sempre que a solução e a embalagem permitirem. Caso material
particulado ou descoloração sejam identificados, descarte a solução.
A taxa de infusão não deve exceder 1,1 mg/minuto (equivalente a 1,4 mL/minuto).
Se a solução para infusão não for utilizada imediatamente, deve ser armazenada sob refrigeração (entre 2 e
8°C). Não congelar. A solução para infusão deve ser administrada dentro de 24 horas.
Este medicamento é para uso único. Os resíduos devem ser descartados conforme regulamentação local.
INCOMPATIBILIDADES
A anidulafungina não deve ser misturada ou coadministrada com outros medicamentos ou eletrólitos, com
exceção dos mencionados anteriormente (vide item 8. Posologia e Modo de Usar - seção Modo de Usar).
POSOLOGIA
Cada frasco-ampola contém 100 mg de anidulafungina.
Materiais para cultura de fungos e outros testes laboratoriais relevantes (incluindo histopatologia) devem ser
realizados antes do início da terapia, com o objetivo de isolar e identificar o(s) organismo(s) causador(es). A
terapia pode ser instituída antes que os resultados da cultura e de outros testes laboratoriais sejam conhecidos.
Entretanto, uma vez que estes resultados estejam disponíveis, a terapia antifúngica deve ser ajustada de
acordo.
LLD_AFWPOI_04 CONFIDENCIAL
27-mai-2013 LLD_AFWPOI_03 + LLD_ECAPOI_02
7
CANDIDÍASE INVASIVA EM PACIENTES ADULTOS, INCLUINDO CANDIDEMIA: uma dose única de
ataque de 200 mg deve ser administrada no dia 1, seguida de 100 mg diariamente a partir de então. A duração
do tratamento deve ser baseada na resposta clínica do paciente. Em geral, a terapia antifúngica deve continuar
por no mínimo 14 dias após a última cultura positiva.
A anidulafungina deve ser reconstituída com água para injeção para uma concentração de 3,33 mg/mL e
subseqüentemente diluída para uma concentração de 0,77 mg/mL, seguindo as instruções descritas no item 8.
Posologia e Modo de Usar - seção Modo de Usar. É recomendado que a anidulafungina seja administrada a
uma taxa máxima de infusão que não exceda 1,1 mg/min (vide item 8. Posologia e Modo de Usar - seção
Modo de Usar).
USO NA INSUFICIÊNCIA RENAL E HEPÁTICA: não é necessário ajuste de dose para pacientes com
insuficiência hepática leve, moderada ou grave. Não é necessário ajuste de dose para pacientes com qualquer
grau de insuficiência renal, incluindo aqueles submetidos à diálise. A anidulafungina pode ser administrada
sem considerar o horário da hemodiálise (vide item 3. Características Farmacológicas).
OUTRAS POPULAÇÕES ESPECIAIS: não é necessário ajuste de dose para pacientes adultos com base no
sexo, peso, raça, idade ou relacionado ao fato do paciente ser portador do vírus HIV.
USO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: a experiência em crianças é limitada (vide item 3.
Características Farmacológicas). Até que dados adicionais estejam disponíveis, a utilização em pacientes com
idade inferior a 18 anos não é recomendada, a menos que o potencial benefício justifique o risco.
DOSE OMITIDA
O plano de tratamento é definido pelo médico que acompanha o caso. Se o paciente não receber uma dose
deste medicamento, o médico deve redefinir a programação do tratamento. O esquecimento da dose pode
comprometer a eficácia do tratamento.
Novecentos e vinte e nove (929) pacientes receberam anidulafungina intravenosa em estudos clínicos (672 em
estudos de Fase 2/3 e 257 em estudos de Fase 1). Dos 669 pacientes dos estudos de fase 2/3 dos quais os
dados de segurança estão disponíveis, quinhentos e cinco (505) receberam anidulafungina por ≥ 14 dias. Três
estudos (um comparativo vs fluconazol e 2 não comparativos) avaliaram a eficácia da anidulafungina (100
mg) em pacientes com candidemia e outras infecções por Candida em tecidos profundos. Nestes três estudos
[base de dados candidíase invasiva/candidemia (ICC)], um total de 204 pacientes recebeu anidulafungina, 119
por ≥ 14 dias. Os eventos adversos foram tipicamente leves a moderados e raramente levaram a
descontinuação. A tabela a seguir inclui os eventos adversos relacionados ao fármaco (termos MedDRA) a
partir do banco de dados ICC (N = 204), com frequências correspondentes a Comum (≥ 1/100, ≤ 1/10) ou
Incomum (≥ 1/1000, < 1/100) e, a partir de relatos pós-comercialização com frequencias desconhecidas (não
podem ser estimadas a partir dos dados disponíveis). Dentro de cada grupo de frequência, os eventos adversos
são apresentados em ordem decrescente de gravidade. Os eventos adversos relacionados à infusão foram
relatados com a anidulafungina, incluindo rash, urticária, rubor, prurido, dispneia, broncoespasmo e
hipotensão.
Infecções e Infestações - Incomum: fungemia, candidíase, Clostridium colitis, candidíase oral.
Sistema Hematológico e Linfático - Comum: trombocitopenia, coagulopatia. Incomum: trombocitemia.
Sistema Imune – Frequencia desconhecida: choque anafilático e reação anafilática.
Metabolismo e Nutrição - Comum: hipercalemia, hipocalemia, hipomagnesemia. Incomum: hiperglicemia,
hipercalcemia, hipernatremia.
Sistema Nervoso - Comum: convulsão, cefaleia.
Visuais - Incomum: dor nos olhos, perturbação visual, visão borrada.
Cardíacos - Incomum: fibrilação atrial, arritmia sinusal, extra-sístole ventricular, bloqueio do ramo direito.
Vasculares - Comum: rubor. Incomum: trombose, hipertensão, fogacho.
Gastrintestinais - Comum: diarreia. Incomum: dor abdominal superior, vômito, incontinência fecal, náusea,
constipação.
Hepatobiliares - Comum: elevação da gama-glutamiltransferase, elevação da fosfatase alcalina plasmática,
elevação do aspartato aminotransferase (AST), elevação da alanina aminotransferase (ALT). Incomum:
anormalidade nos testes de função hepática, colestase, elevação das enzimas hepáticas, elevação das
transaminases.
Pele e Tecidos Subcutâneos - Comum: rash, prurido. Incomum: urticária, prurido generalizado.
Músculo-esqueléticos e nos Tecidos Conectivos - Incomum: dor nas costas.
Gerais e Condições no Local da Aplicação - Incomum: dor no local da infusão.
LLD_AFWPOI_04 CONFIDENCIAL
27-mai-2013 LLD_AFWPOI_03 + LLD_ECAPOI_02
8
Alterações Laboratoriais - Comum: elevação da bilirrubina plasmática, redução na contagem de plaquetas,
elevação na creatinina plasmática, prolongamento do intervalo QT no eletrocardiograma. Incomum: elevação
da amilase plasmática, redução do magnésio plasmático, redução do potássio plasmático, eletrocardiograma
anormal, elevação da lipase, elevação da contagem de plaquetas, elevação da ureia plasmática.
Respiratório, torácico e mediastinal – Frequencia desconhecida: broncoespasmo.
Na avaliação de segurança da população completa de pacientes de estudos Fase 2/3 (N = 669), os seguintes
eventos adversos adicionais, todos incomuns (≥ 1/1000, < 1/100), foram observados: neutropenia, leucopenia,
anemia, hiperuricemia, hipocalcemia, hiponatremia, hipoalbuminemia, hipofosfatemia, ansiedade, delírio,
estado de confusão, alucinação auditiva, tontura, parestesia, mielinólise pontina central, disgeusia, síndrome
de Guillain-Barré, tremor, alteração na percepção visual de profundidade, surdez unilateral, flebite,
tromboflebite superficial, hipotensão, linfangite, dispepsia, boca seca, úlcera esofágica, necrose hepática,
edema angioneurótico, hiperidrose, mialgia, monoartrite, insuficiência renal, hematúria, pirexia, calafrio,
edema periférico, reação no local da injeção, elevação da creatina fosfoquinase plasmática, elevação da lactato
desidrogenase plasmático, redução na contagem de linfócitos.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e
segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos
imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações
em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.