Bula do Aradois h produzido pelo laboratorio Biolab Sanus Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Aradois H
losartana potássica + hidroclorotiazida
50/12,5 mg
100/25 mg
Comprimidos revestidos
Biolab Sanus Farmacêutica Ltda
Biolab Sanus
MODELO DE BULA
DO PROFISSIONAL DA SAÚDE
ARADOIS H
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES:
Comprimido revestido 50 mg + 12,5 mg. Caixa com 30, 60 e 90 comprimidos.
Comprimido revestido 100 mg + 25 mg. Caixa com 30, 60 e 90 comprimidos.
USO ADULTO
USO ORAL
Composição:
Comprimido revestido
Cada comprimido 50 mg + 12,5 mg contém:
losartana potássica ............................................. 50 mg
hidroclorotiazida ................................................ 12,5 mg
Excipientes: dióxido de silício coloidal, lactose, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio,
estearato de magnésio, dióxido de titânio, laurilsulfato de sódio, hipromelose, macrogol, etilcelulose e
óxido de ferro amarelo.
Cada comprimido 100 mg + 25 mg contém:
losartana potássica .............................................. 100 mg
hidroclorotiazida .................................................. 25 mg
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Hipertensão
ARADOIS H é indicado para o tratamento da hipertensão quando a terapia combinada for apropriada.
Redução do Risco de Morbidade e Mortalidade Cardiovasculares em Pacientes Hipertensos com
Hipertrofia Ventricular Esquerda
ARADOIS H é uma combinação de losartana e hidroclorotiazida. Em pacientes hipertensos e com
hipertrofia ventricular esquerda, a losartana, frequentemente em combinação com a hidroclorotiazida,
reduz o risco de morbidade e mortalidade cardiovasculares conforme avaliado pela incidência combinada
de morte cardiovascular, acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio em pacientes hipertensos com
hipertrofia ventricular esquerda (veja RESULTADOS DE EFICÁCIA, Raça).
Estudos Clínicos
Losartana-Hidroclorotiazida
Quando utilizadas em combinação, a losartana e a hidroclorotiazida apresentam efeito aditivo quanto a
sua eficácia anti-hipertensiva. O efeito anti-hipertensivo de losartana potássica + hidroclorotiazida é
Biolab Sanus
mantido por um período de 24 horas. Nos estudos clínicos com pelo menos um ano de duração, o efeito
anti-hipertensivo foi mantido com o tratamento continuado. Apesar da redução significativa da pressão
arterial, a administração de losartana potássica + hidroclorotiazida não exerceu efeito clinicamente
significativo na frequência cardíaca. Nos estudos clínicos, após 12 semanas de terapia com losartana 50
mg/hidroclorotiazida 12,5 mg, a pressão diastólica em posição sentada, no vale, foi reduzida em até 13,2
mmHg, em média.
Em um estudo comparativo entre as combinações de losartana 50 mg/hidroclorotiazida 12,5 mg e
captopril 50 mg/hidroclorotiazida 25 mg em pacientes hipertensos jovens (< 65 anos de idade) e idosos (≥
65 anos de idade), as respostas anti-hipertensivas foram semelhantes entre os dois tratamentos e por faixa
etária. Em geral, do ponto de vista estatístico, ocorreram significativamente menos efeitos adversos
clínicos relacionados ao medicamento e descontinuações por efeitos adversos clínicos com losartana 50
mg/hidroclorotiazida 12,5 mg do que com captopril 50 mg/hidroclorotiazida 25 mg.
Um estudo conduzido com 131 pacientes com hipertensão grave demonstrou a utilidade de losartana
potássica + hidroclorotiazida administrado como tratamento inicial e em um esquema com outros agentes
anti-hipertensivos após 12 semanas de terapia. losartana potássica + hidroclorotiazida é eficaz na redução
da pressão arterial em pacientes do sexo masculino e feminino, de qualquer etnia, em pacientes jovens (<
65 anos de idade) e idosos (≥ 65 anos de idade) e em todos os graus de hipertensão.
Hipertensão Grave [Pressão Arterial Diastólica (PAD) na Posição Sentada ≥110 mmHg]
A segurança e a eficácia de losartana potássica + hidroclorotiazida como tratamento inicial para
hipertensão grave (PAD média na posição sentada no período basal ≥110 mmHg confirmada em 2
ocasiões distintas) foram demonstradas em um estudo multicêntrico, duplo-cego, randômico, com 6
semanas de duração, que envolveu 585 pacientes com hipertensão grave. O desfecho primário foi a
comparação em 4 semanas de pacientes que atingiram a meta de pressão arterial diastólica (PAD, na
posição sentada, no vale < 90 mmHg) com losartana/hidroclorotiazida 50/12,5 mg versus pacientes
tratados com losartana 50 mg titulados para 100 mg conforme necessário para atingir a meta de pressão
arterial diastólica. O desfecho secundário foi uma comparação em 6 semanas de pacientes que atingiram a
meta de pressão arterial diastólica com losartana/hidroclorotiazida 50/12,5 mg titulado conforme
necessário para losartana/hidroclorotiazida 100/25 mg versus pacientes que receberam losartana 50 mg
titulados para 100 mg e depois para 150 mg. Em uma análise post-hoc, os pacientes que atingiram a meta
de pressão arterial sistólica (na posição sentada, no vale, < 140 mmHg) foram comparados entre os 2
grupos de tratamento na 4ª e na 6ª semanas.
Após 4 semanas de tratamento, mais pacientes que receberam o regime de combinação de
losartana/hidroclorotiazida 50/12,5 mg atingiram a meta de pressão arterial diastólica do que os que
receberam a monoterapia com losartana 50 ou 100 mg (17,6% versus 9,4%, respectivamente; p= 0,007).
Da mesma forma, após 6 semanas de terapia, mais pacientes que receberam o regime de combinação
atingiram a meta de pressão arterial diastólica do que os que receberam a monoterapia (29,8% versus
12,5%, respectivamente; p< 0,001). Além disso, mais pacientes atingiram a meta de pressão arterial
sistólica com o esquema de combinação versus a monoterapia em cada ponto de tempo (4ª semana: 24,5%
versus 11,9%, respectivamente; p< 0,001; 6ª semana: 36,9% versus 14,1%, respectivamente; p< 0,001). A
segurança e a tolerabilidade de losartana/hidroclorotiazida para pacientes com hipertensão grave foram
comparáveis às da monoterapia com losartana por ocasião da primeira dose, na 4ª e na 6ª semanas de
tratamento.
Losartana
A eficácia anti-hipertensiva da losartana foi demonstrada em 11 estudos controlados que envolveram
1.679 pacientes que receberam losartana, 471 pacientes que receberam placebo e 488 pacientes que
receberam uma variedade de agentes comparativos. A administração única diária de losartana a pacientes
com hipertensão essencial leve a moderada produziu reduções estatisticamente significativas nas pressões
arteriais sistólica e diastólica; nos estudos clínicos de até um ano de duração, o efeito anti-hipertensivo foi
mantido. A medição da pressão arterial no vale (24 horas pós-dose) em relação ao pico (5-6 horas pós-
dose) demonstrou redução da pressão arterial relativamente suave durante as 24 horas. O efeito anti-
hipertensivo acompanhou os ritmos diurnos naturais. A redução da pressão arterial ao final do intervalo
posológico foi de aproximadamente 70%-80% do efeito observado 5-6 horas pós-dose. O efeito anti-
hipertensivo máximo foi atingido 3-6 semanas após o início do tratamento. Apesar da redução
significativa da pressão arterial, a administração de losartana não exerceu efeito clinicamente significativo
na frequência cardíaca. A descontinuação da losartana em pacientes hipertensos não resultou em rebote
abrupto da pressão arterial.
A administração única diária de 50-100 mg de losartana produziu efeito anti-hipertensivo
significativamente maior do que 50-100 mg de captopril administrado uma vez ao dia. O efeito anti-
hipertensivo da administração única diária de 50 mg de losartana foi semelhante ao obtido com a
administração única diária de 20 mg de enalapril. O efeito anti-hipertensivo da administração única diária
de 50-100 mg de losartana foi comparável ao obtido com a administração única diária de 50-100 mg de
atenolol. O efeito da administração única diária de 50-100 mg de losartana também foi equivalente ao
efeito de 5-10 mg de felodipina de liberação prolongada em hipertensos idosos (≥ 65 anos de idade) após
12 semanas de tratamento.
A losartana é igualmente eficaz em hipertensos do sexo masculino e feminino e jovens (< 65 anos de
idade) e idosos (≥ 65 anos de idade). Embora a losartana tenha apresentado efeito anti-hipertensivo em
todas as etnias estudadas, a exemplo de outros medicamentos que afetam o sistema renina-angiotensina, a
resposta média à monoterapia com losartana foi menor em pacientes hipertensos negros.
Quando administrada com diuréticos tiazídicos, os efeitos redutores da pressão arterial da losartana são
aproximadamente aditivos.
Uma vez que a losartana bloqueia seletivamente o local do receptor AII, espera-se que pacientes que
recebem a losartana não desenvolvam tosse. Em um estudo controlado com 8 semanas de duração, a
incidência de tosse em pacientes hipertensos com histórico de tosse durante o tratamento com inibidor da
ECA, a incidência de tosse relatada por pacientes recebendo losartana ou um agente não associado à tosse
induzida por um inibidor da ECA (hidroclorotiazida) foi semelhante e significativamente mais baixa do
que em pacientes expostos novamente a um inibidor da ECA. Além disso, em uma análise global de 16
estudos clínicos duplo-cegos que envolveram 4.131 pacientes, a incidência de tosse relatada
espontaneamente em pacientes que receberam losartana foi semelhante (3,1%) à de pacientes que
receberam placebo (2,6%) ou hidroclorotiazida (4,1%), enquanto a incidência com os inibidores da ECA
foi de 8,8%.
Estudo LIFE: o estudo LIFE (Losartan Intervention For Endpoint reduction in hypertension) foi um
estudo randômico, triplo-cego, controlado com medicação ativa, que envolveu 9.193 pacientes
hipertensos com idade entre 55 e 80 anos (média de 67 anos de idade) e hipertrofia ventricular esquerda
documentada por ECG. Dos pacientes admitidos no período basal, 1.195 (13%) apresentavam diabetes;
1.326 (14%), hipertensão sistólica isolada; 1.468 (17%), doença coronariana e 728 (8%), doença vascular
cerebral. O objetivo do estudo foi demonstrar os efeitos cardiovasculares protetores da losartana versus o
atenolol, acima e além dos benefícios do controle da pressão arterial (a pressão arterial foi medida no
vale). Visando atingir esse objetivo, o estudo foi desenhado para se obter a mesma pressão arterial em
ambos os grupos de tratamento. Os pacientes foram distribuídos de modo randômico para receber 50 mg
de losartana ou 50 mg de atenolol em doses únicas diárias. Se a meta de pressão arterial (< 140/90
mmHg) não fosse atingida, primeiramente eram adicionados 12,5 mg de hidroclorotiazida e, se
necessário, a dose de losartana ou de atenolol era então aumentada para 100 mg uma vez ao dia. Se
necessários, outros tratamentos anti-hipertensivos (por exemplo, aumento da dose de hidroclorotiazida
para 25 mg ou adição de outra terapia diurética, bloqueadores de canais de cálcio, alfabloqueadores ou
agentes de ação central, mas não inibidores da ECA, antagonistas da angiotensina II ou betabloqueadores)
eram adicionados ao esquema terapêutico para se atingir a meta de pressão arterial. No esforço para
controlar a pressão arterial, os pacientes nos dois braços do estudo LIFE receberam concomitantemente
hidroclorotiazida na maior parte do tempo em que receberam o medicamento de estudo (73,9% e 72,4%
dos dias nos braços de losartana e atenolol, respectivamente).
Em ambos os grupos de tratamento, a pressão arterial foi significativamente reduzida a níveis semelhantes
e uma proporção semelhante de pacientes atingiu a meta da pressão arterial. A duração média do
seguimento foi de 4,8 anos.
O desfecho primário foi o composto de morbidade e mortalidade cardiovasculares conforme avaliado por
redução da incidência de morte cardiovascular, acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio
combinados. Os resultados demonstraram que o tratamento com losartana resultou em 13% de redução do
risco (p= 0,021) em comparação com atenolol para pacientes que atingiram o desfecho primário
composto.
O tratamento com losartana reduziu o risco de acidente vascular cerebral em 25% em relação a atenolol
(p= 0,001). As taxas de morte cardiovascular e de infarto do miocárdio não foram significativamente
diferentes entre os grupos de tratamento. O efeito da losartana sobre o desfecho primário composto
pareceu estar acima e além dos seus efeitos benéficos sobre o controle da pressão arterial apenas.
Para o desfecho primário composto, nos subgrupos de pacientes com histórico de diabetes mellitus (n=
1.195) ou hipertensão sistólica isolada (HSI) (n= 1.326) no período basal, os resultados do tratamento
com losartana foram compatíveis com o benefício da terapia com losartana observado na população
global do estudo: em pacientes com diabetes, foi observado 24% de redução do risco (p= 0,03) e em
pacientes com HSI, 25% de redução do risco (p= 0,06). Consistente com os resultados observados na
população global, a redução do risco de acidente vascular cerebral foi um importante fator de
contribuição para o benefício observado em pacientes com diabetes ou HSI.
Para pacientes hipertensos com hipertrofia ventricular esquerda, losartana potássica + hidroclorotiazida é
uma formulação alternativa adequada para pacientes que receberiam a administração concomitante de
losartana e hidroclorotiazida uma vez ao dia para redução da morbidade e mortalidade cardiovasculares.
Raça: no estudo LIFE, o risco de apresentar o desfecho primário composto entre os pacientes negros que
receberam atenolol (n= 263) era mais baixo em comparação com o risco entre os pacientes negros que
receberam losartana (n= 270). Com base no estudo LIFE, os benefícios da losartana na morbidade e
mortalidade cardiovasculares em comparação com o atenolol não se aplicam a pacientes negros
hipertensos com hipertrofia ventricular esquerda.
Nesse estudo, a losartana foi em geral bem tolerada. O perfil de tolerabilidade de losartana foi superior ao
do atenolol conforme evidenciado pela incidência significativamente mais baixa de descontinuações por
efeitos adversos.
Mecanismo de Ação
Losartana-Hidroclorotiazida
Os componentes de ARADOIS H apresentam efeito aditivo sobre a redução da pressão arterial,
diminuindo a pressão arterial a um grau maior do que qualquer um dos componentes isoladamente.
Acredita-se que esse efeito seja resultado de ações complementares de ambos os componentes. Além
disso, como resultado de seu efeito diurético, a hidroclorotiazida aumenta a atividade plasmática de
renina, a secreção de aldosterona e os níveis de angiotensina II e diminui o potássio sérico. A
administração de losartana bloqueia todas as ações fisiologicamente relevantes da angiotensina II e, por
meio da inibição da aldosterona, poderia tender a atenuar a perda de potássio associada ao diurético.
A losartana apresenta efeito uricosúrico leve e transitório. A hidroclorotiazida causa aumentos modestos
do ácido úrico; a combinação de losartana e hidroclorotiazida tende a atenuar a hiperuricemia induzida
pelo diurético.
Losartana
A angiotensina II, um vasoconstritor potente, é o principal hormônio ativo do sistema renina-angiotensina
e um importante determinante da fisiopatologia da hipertensão. A angiotensina II liga-se ao receptor AT1
encontrado em muitos tecidos (por exemplo, músculo liso vascular, glândula adrenal, rins e coração) e
desencadeia várias ações biológicas importantes, incluindo vasoconstrição e liberação de aldosterona. A
angiotensina II também estimula a proliferação de células musculares lisas. Um segundo receptor de
angiotensina II foi identificado como receptor de subtipo AT2, porém não tem função conhecida na
homeostase cardiovascular.
A losartana é um composto potente, sintético, ativo por via oral. Com base nos bioensaios de ligação e
farmacológicos, a angiotensina II liga-se seletivamente ao receptor AT1. In vitro e in vivo, tanto a
Biolab Sanus
losartana como seu metabólito de ácido carboxílico farmacologicamente ativo (E-3174) bloqueiam todas
as ações fisiologicamente relevantes da angiotensina II, independentemente da sua origem ou via de
síntese. Ao contrário de alguns antagonistas peptídicos da angiotensina II, a losartana não apresenta
efeitos agonistas.
A losartana liga-se seletivamente ao receptor AT1 e não se liga ou bloqueia outros receptores hormonais
ou canais iônicos importantes na regulação cardiovascular. Além disso, a losartana não inibe a ECA
(cininase II), a enzima que degrada a bradicinina. Consequentemente, os efeitos não relacionados
diretamente ao bloqueio do receptor AT1, tais como a potencialização dos efeitos mediados pela
bradicinina ou a geração de edema (losartana, 1,7%; placebo, 1,9%), não estão associados à losartana.
Hidroclorotiazida
O mecanismo do efeito anti-hipertensivo das tiazidas é desconhecido. As tiazidas não afetam usualmente
a pressão arterial normal.
A hidroclorotiazida é um diurético e anti-hipertensivo. A hidroclorotiazida afeta o mecanismo tubular
renal distal de reabsorção de eletrólitos. A hidroclorotiazida aumenta a excreção de sódio e cloreto em
quantidades aproximadamente equivalentes. A natriurese pode ser acompanhada de alguma perda de
potássio e bicarbonato.
O efeito diurético inicia-se 2 horas após a administração oral, atinge o nível máximo em cerca de 4 horas
e dura aproximadamente 6 a 12 horas.
Farmacocinética
Absorção
Após a administração oral, a losartana é bem absorvida e sofre metabolismo de primeira passagem,
formando um metabólito ativo do ácido carboxílico e outros metabólitos inativos. A biodisponibilidade
sistêmica dos comprimidos de losartana é de aproximadamente 33%. As médias das concentrações
máximas de losartana e de seu metabólito ativo são atingidas em 1 hora e em 3-4 horas, respectivamente.
Não houve efeito clinicamente significativo sobre o perfil de concentração plasmática da losartana
quando o fármaco foi administrado com uma refeição padrão.
Distribuição
Tanto a losartana como seu metabólito ativo apresentam taxas de ligação a proteínas plasmáticas
≥ 99%, principalmente à albumina. O volume de distribuição da losartana é de 34 litros. Estudos em ratos
indicam que a losartana atravessa fracamente, quando atravessa, a barreira hematoencefálica.
A hidroclorotiazida atravessa a barreira placentária, porém não a barreira hematoencefálica, e é excretada
no leite humano.
Metabolismo
Cerca de 14% de uma dose de losartana administrada por via intravenosa ou oral é convertida ao seu
metabólito ativo. Após administração oral e intravenosa de losartana potássica marcada com 14
C, a
radioatividade plasmática circulante é atribuída principalmente à losartana e ao seu metabólito ativo.
Observou-se conversão mínima da losartana a seu metabólito ativo em cerca de 1% dos indivíduos
estudados.
Além do metabólito ativo, são formados metabólitos inativos, incluindo dois importantes metabólitos
formados por hidroxilação da cadeia lateral butílica e um metabólito menos importante, um glicuronídeo
tetrazol N-2.
Eliminação
Os clearances plasmáticos de losartana e seu metabólito ativo são de cerca de 600 mL/min e 50 mL/min,
respectivamente. Os clearances renais de losartana e seu metabólito ativo são de cerca de 74 mL/min e 26
mL/min, respectivamente. Quando a losartana é administrada por via oral, aproximadamente 4% da dose
é excretada de forma inalterada na urina e cerca de 6% da dose é excretada na urina como metabólito
ativo. A farmacocinética de losartana e seu metabólito ativo é linear, com doses orais de losartana
potássica de até 200 mg.
Após a administração oral, as concentrações plasmáticas de losartana e seu metabólito ativo declinam
poliexponencialmente, com meia-vida terminal de cerca de 2 horas e de 6-9 horas, respectivamente.
Durante a administração única diária de 100 mg, a losartana e seu metabólito ativo não se acumulam de
forma significativa no plasma.
Tanto a excreção biliar como a urinária contribuem para a eliminação de losartana e seus metabólitos.
Após a administração de uma dose oral de losartana marcada com 14
C a humanos, cerca de 35% da
radioatividade é recuperada na urina e 58%, nas fezes. Após uma dose intravenosa de losartana marcada
com 14
C a humanos, cerca de 43% da radioatividade é recuperada na urina e 50%, nas fezes.
A hidroclorotiazida não é metabolizada, porém é eliminada rapidamente pelos rins. Quando os níveis
plasmáticos foram acompanhados durante pelo menos 24 horas, observou-se que a meia-vida plasmática
variou de 5,6 e 14,8 horas. Pelo menos 61% da dose oral é eliminada de forma inalterada em 24 horas.
Farmacodinâmica
A losartana inibe as respostas pressoras sistólica e diastólica a infusões de angiotensina II. No pico, 100
mg de losartana potássica inibem essas respostas em aproximadamente 85%; 24 horas após a
administração de doses únicas e múltiplas, a inibição é de cerca de 26%-39%.
Durante a administração de losartana, a remoção do feedback negativo da angiotensina II sobre a secreção
de renina aumenta a atividade de renina plasmática, o que resulta em aumento da angiotensina II no
plasma. Durante o tratamento crônico (6 semanas) de pacientes hipertensos com 100 mg/dia de losartana,
foram observados aumentos nos níveis plasmáticos de angiotensina II de aproximadamente 2-3 vezes
quando ocorreram concentrações plasmáticas máximas do fármaco. Em alguns pacientes, foram
observados aumentos maiores, particularmente durante o tratamento de curto prazo (2 semanas). No
entanto, a atividade anti-hipertensiva e a supressão da concentração plasmática da aldosterona foram
aparentes em 2 e 6 semanas, indicando bloqueio efetivo do receptor de angiotensina II. Após a
descontinuação da losartana, os níveis de atividade de renina plasmática (ARP) e de angiotensina II
declinaram aos níveis anteriores ao tratamento em 3 dias. Os efeitos de ARADOIS H sobre os níveis de
ARP e de angiotensina II foram semelhantes aos observados com 50 mg de losartana.
Uma vez que a losartana é um antagonista específico do receptor de angiotensina II tipo AT1, esse
composto não inibe a ECA (cininase II), a enzima que degrada a bradicinina. Em um estudo que
comparou os efeitos de 20 mg e de 100 mg de losartana potássica e de um inibidor da
ECA nas respostas à angiotensina I, à angiotensina II e à bradicinina, a losartana demonstrou bloquear as
respostas à angiotensina I e à angiotensina II sem afetar as respostas à bradicinina. Esse achado é
compatível com o mecanismo de ação específico de losartana. Em contrapartida, o inibidor da ECA
demonstrou bloquear as respostas à angiotensina I e aumentar as respostas à bradicinina sem alterar a
resposta à angiotensina II, proporcionando assim uma diferenciação farmacodinâmica entre a losartana e
os inibidores da ECA.
As concentrações plasmáticas de losartana e seu metabólito ativo e o efeito anti-hipertensivo da losartana
crescem com o aumento da dose. Como a losartana e seu metabólito ativo são ambos antagonistas do
receptor de angiotensina II, eles contribuem para o efeito anti-hipertensivo.
Em um estudo de dose única, conduzido em indivíduos do sexo masculino sadios, a administração de 100
mg de losartana potássica, sob condições nutricionais com altos e baixos teores de sal, não alterou a taxa
de filtração glomerular, o fluxo plasmático renal efetivo ou a fração de filtração. A losartana apresentou
efeito natriurético que foi mais acentuado com uma dieta pobre em sal e que pareceu não estar
relacionado à inibição da reabsorção inicial proximal de sódio. A losartana também aumentou de modo
transitório a excreção urinária de ácido úrico.
Em pacientes hipertensos sem diabetes com proteinúria (≥ 2 g/24 horas) tratados durante 8 semanas, a
administração de 50 mg de losartana potássica titulada para 100 mg reduziu significativamente a
proteinúria em 42%. A excreção fracionária de albumina e de IgG também foi significativamente
reduzida. Nesses pacientes, a losartana manteve a taxa de filtração glomerular e reduziu a fração de
filtração.
Em hipertensas pós-menopáusicas tratadas durante 4 semanas, a losartana potássica na dose de 50 mg não
apresentou efeito sobre os níveis renais ou sistêmicos de prostaglandina.
A losartana não teve efeito sobre os reflexos autonômicos e não teve efeitos sustentados sobre a
norepinefrina plasmática.
A losartana potássica, administrada em doses únicas diárias de até 150 mg, não causou alterações
clinicamente importantes nos níveis de triglicérides, colesterol total ou colesterol HDL de pacientes
hipertensos em jejum. As mesmas doses de losartana não apresentaram efeito sobre os níveis de glicemia
de jejum.
Em geral, a losartana reduziu os níveis séricos de ácido úrico (geralmente < 0,4 mg/dL), efeito que
persistiu com a terapia crônica. Nos estudos clínicos controlados em pacientes hipertensos, nenhum
paciente foi descontinuado em razão de elevações dos níveis séricos de creatinina ou de potássio.
Em um estudo de 12 semanas, de desenho paralelo, conduzido em pacientes com insuficiência ventricular
esquerda (Classe Funcional II-IV da New York Heart Association), cuja maioria estava recebendo
diuréticos e/ou digitálicos, a losartana potássica administrada em doses únicas diárias de 2,5 mg, 10 mg,
25 mg e 50 mg foi comparada a placebo. As doses de 25 mg e 50 mg produziram efeitos hemodinâmicos
e neuro-hormonais positivos, que foram mantidos durante todo o estudo. As respostas hemodinâmicas
foram caracterizadas por aumento do índice cardíaco e reduções de pressão capilar pulmonar, resistência
vascular sistêmica, pressão arterial sistêmica média e frequência cardíaca. A ocorrência de hipotensão foi
relacionada à dose nesses pacientes com insuficiência cardíaca. Os resultados neuro-hormonais foram
caracterizados por redução dos níveis circulantes de aldosterona e norepinefrina.
ARADOIS H é contraindicado para:
• pacientes hipersensíveis a quaisquer componentes desse produto;
• pacientes com anúria;
• pacientes hipersensíveis a outras medicações derivadas das sulfonamidas.
ARADOIS H não deve ser administrado com alisquireno em pacientes com diabetes (veja
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Losartana-Hidroclorotiazida
Toxicidade Fetal: uso de drogas que atuam no sistema renina-angiotensina durante o segundo e terceiro
trimestre da gravidez diminui a função renal fetal e aumenta a morbidade e morte fetal e neonatal. O
oligoidrâmnio resultante pode estar associado com hipoplasia pulmonar e deformações ósseas fetais. As
potenciais reações adversas neonatais incluem deformação craniana, anúria, hipotensão, insuficiência
renal e morte. Quando a gravidez for detectada, descontinue ARADOIS H o mais rápido possível (veja
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Uso na Gravidez e na Amamentação).
Hipersensibilidade: angioedema (veja REAÇÕES ADVERSAS).
Insuficiência renal e hepática: ARADOIS H não é recomendado para pacientes com insuficiência
hepática ou com insuficiência renal grave (depuração de creatinina < 30 mL/min) (veja POSOLOGIA E
MODO DE USAR).
Losartana
Insuficiência Renal
Biolab Sanus
Como consequência da inibição do sistema renina-angiotensina, têm sido relatadas alterações na função
renal, incluindo insuficiência renal em indivíduos susceptíveis; essas alterações da função renal podem
ser reversíveis com a descontinuação do tratamento.
Outros medicamentos que afetam o sistema renina-angiotensina podem aumentar os níveis séricos de
ureia e creatinina em pacientes com estenose da artéria renal bilateral ou estenose da artéria de rim único.
Efeitos semelhantes têm sido relatados com a losartana, os quais podem ser reversíveis com a
descontinuação do tratamento.
Hidroclorotiazida
Desequilíbrio Hidroeletrolítico e Hipotensão
A exemplo de todas as terapias anti-hipertensivas, pode ocorrer hipotensão sintomática em alguns
pacientes. Os pacientes devem ser observados quanto aos sinais clínicos de desequilíbrio hídrico ou
eletrolítico (por exemplo, depleção de volume, hiponatremia, alcalose hipoclorêmica, hipomagnesemia ou
hipocalemia) que pode ocorrer durante vômitos ou diarreias intercorrentes. Nesses pacientes, deve ser
feita determinação periódica dos eletrólitos séricos, em intervalos apropriados.
Efeitos Endócrinos e Metabólicos
O tratamento com tiazídicos pode diminuir a tolerância à glicose. Pode ser necessário ajuste posológico
de agentes antidiabéticos, incluindo insulina (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
As tiazidas podem reduzir a excreção urinária de cálcio e provocar elevação discreta e intermitente
do cálcio sérico. Hipercalcemia acentuada pode ser evidência de hiperparatireoidismo oculto. O
tratamento com tiazidas deve ser descontinuado antes de serem realizados testes para avaliação da função
das paratireoides.
Elevações nos níveis de colesterol e de triglicérides podem estar associadas com o tratamento
diurético com tiazídicos. O tratamento com tiazídicos pode precipitar hiperuricemia e/ou gota em certos
pacientes. Uma vez que a losartana reduz o ácido úrico, a losartana em combinação com a
hidroclorotiazida atenua a hiperuricemia induzida por diuréticos.
Outros
Em pacientes recebendo tiazidas, podem ocorrer reações de hipersensibilidade com ou sem histórico de
alergia ou asma brônquica. Foi relatada exacerbação ou ativação do lúpus eritematoso sistêmico com o
uso de tiazidas.
Gravidez e Lactação: categorias C (primeiro trimestre) e D (segundo e terceiro trimestres).
Os fármacos que atuam diretamente no sistema renina-angiotensina podem causar danos e morte
do feto em desenvolvimento. Quando houver confirmação de gravidez, descontinue o tratamento
com ARADOIS H o mais rapidamente possível.
Embora não haja experiência com o uso de ARADOIS H em mulheres grávidas, estudos com losartana
potássica em animais demonstraram danos fetal e neofetal e morte, cujo mecanismo acredita-se que seja
farmacologicamente mediado pelos efeitos no sistema renina-angiotensina. Em seres humanos, a perfusão
renal fetal, que depende do desenvolvimento do sistema renina-angiotensina, começa no segundo
trimestre; assim, o risco para o feto aumenta se ARADOIS H for administrado durante o segundo ou
terceiro trimestres da gravidez.
Uso de drogas que atuam no sistema renina-angiotensina durante o segundo e terceiro trimestre da
gravidez diminui a função renal fetal e aumenta a morbidade e morte fetal e neonatal. O oligoidrâmnio
resultante pode estar associado com hipoplasia pulmonar e deformações ósseas fetais. As potenciais
reações adversas neonatais incluem deformação craniana, anúria, hipotensão, insuficiência renal e morte.
Quando a gravidez for detectada, descontinue ARADOIS H o mais rápido possível.
O aparecimento destas reações é geralmente associado com o uso destes fármacos no segundo e terceiro
trimestres da gravidez. A maioria dos estudos epidemiológicos, que examinaram anormalidades fetais
após a exposição a anti-hipertensivos no primeiro trimestre, não distinguiram as drogas que afetam o
sistema renina-angiotensina dos demais agentes anti-hipertensivos. O controle adequado da hipertensão
durante a gravidez é importante para otimizar os resultados tanto para a mãe quanto para o feto.
Nos raros casos em que não há alternativa apropriada para a terapia com fármacos que agem no sistema
renina-angiotensina para uma determinada paciente, informe a mãe do potencial risco para o feto. Realize
ultrassonografias seriadas para avaliação do meio intra-amniótico. Se for detectado oligoidrâmnio,
descontinue ARADOIS H, a menos que seja considerado vital para a mãe. A realização de teste fetal pode
ser recomendada dependendo da semana de gestação. Pacientes e médicos devem, contudo, estar cientes
de que o oligoidrâmnio pode não ser detectado antes do feto ter sofrido dano irreversível. Os recém-
nascidos com histórico de exposição in utero a ARADOIS H devem ser observados cuidadosamente
a fim de verificar a ocorrência de hipotensão, oligúria e hipercalemia.
As tiazidas cruzam a barreira placentária e aparecem no sangue do cordão umbilical. A utilização
rotineira de diuréticos em mulheres grávidas sadias não é recomendada e expõe a mãe e o feto a riscos
desnecessários, incluindo icterícia fetal ou neonatal, trombocitopenia e possivelmente outras reações
adversas que ocorreram em adultos. Os diuréticos não evitam o desenvolvimento de toxemia da gravidez
e não há evidência satisfatória de que sejam úteis para o tratamento da toxemia.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas durante o segundo e terceiro
trimestres da gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Não se sabe se a losartana é excretada no leite materno. As tiazidas aparecem no leite materno. Em razão
do potencial de efeitos adversos para o lactente, deve-se decidir pela interrupção do medicamento ou da
amamentação, levando-se em consideração a importância do medicamento para a mãe.
Uso Pediátrico: ainda não foram estabelecidas a eficácia e a segurança em crianças.
Recém-nascidos com histórico de exposição in utero a ARADOIS H: caso ocorram oligúria ou
hipotensão, dar prioridade para a manutenção da pressão arterial e perfusão renal.
Exsanguineotransfusões ou diálise podem ser necessárias como um meio de reverter a hipotensão e/ou
substituir a função renal comprometida.
Uso em Idosos: em estudos clínicos, não houve diferenças clinicamente significativas nos perfis de
eficácia e de segurança de ARADOIS H em pacientes idosos (> 65 anos de idade) e em pacientes mais
jovens (< 65 anos de idade).
Raça: com base no estudo LIFE (Losartan Intervention For Endpoint reduction in hypertension), os
benefícios da losartana na morbidade e mortalidade, quando comparado ao atenolol, não se aplicam aos
pacientes negros com hipertensão e hipertrofia ventricular esquerda, embora ambos os esquemas de
tratamento efetivamente abaixem a pressão sanguínea em pacientes negros. Na população geral do estudo
LIFE (n= 9.193), o tratamento com losartana resultou em redução de 13% do risco (p= 0,021), quando
comparado ao tratamento com atenolol, para os pacientes que atingiram o desfecho primário composto de
incidência de morte cardiovascular, acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio combinados. Nesse
estudo, a losartana reduziu o risco de morbidade e mortalidade cardiovasculares, quando comparada ao
atenolol, em pacientes hipertensivos não negros com hipertrofia ventricular esquerda (n= 8.660),
conforme avaliado pelo desfecho primário composto da incidência de morte cardiovascular, acidente
vascular cerebral e infarto do miocárdio combinados (p= 0,003). Nesse estudo, entretanto, o risco do
desfecho primário composto foi mais baixo em pacientes negros que receberam atenolol quando
comparado com o risco entre os pacientes negros que receberam losartana (p= 0,03). No subgrupo de
pacientes negros (n= 533; 6% dos pacientes do estudo LIFE), houve 29 desfechos primários entre 263
pacientes com atenolol (11%, 25,9 por 1.000 pacientes-ano) e 46 desfechos primários entre 270 pacientes
(17%, 41,8 por 1.000 pacientes-ano) com losartana.
Dirigir e Operar Máquinas: não existem dados que sugerem que ARADOIS H afeta a habilidade de
dirigir ou operar máquinas.
Biolab Sanus
Losartana
Não foram identificadas interações medicamentosas de significado clínico com os seguintes compostos
avaliados nos estudos de farmacocinética clínica: hidroclorotiazida, digoxina, varfarina, cimetidina,
fenobarbital (veja Hidroclorotiazida, Álcool, Barbituratos ou Narcóticos, a seguir), cetoconazol e
eritromicina. Houve relatos de que a rifampina e o fluconazol reduzem os níveis do metabólito ativo. As
consequências clínicas dessas interações não foram avaliadas.
A exemplo de outros compostos que bloqueiam a angiotensina II ou seus efeitos, o uso concomitante de
diuréticos poupadores de potássio (por exemplo, espironolactona, triantereno, amilorida), suplementos de
potássio ou substitutos de sais contendo potássio podem aumentar o potássio sérico.
A exemplo de outros fármacos que afetam a excreção de sódio, a excreção de lítio pode ser reduzida,
portanto os níveis séricos de lítio devem ser monitorados cuidadosamente quando sais de lítio forem
administrados concomitantemente com antagonistas dos receptores de angiotensina II.
Os anti-inflamatórios não esteroides (AINES) incluindo os inibidores seletivos da cicloxigenase-2
(inibidores de COX-2) podem reduzir o efeito dos diuréticos e de outros medicamentos anti-
hipertensivos, portanto o efeito anti-hipertensivo dos antagonistas dos receptores de angiotensina II ou
inibidores da ECA podem ser atenuados pelos AINES, incluindo os inibidores seletivos de COX-2.
Em alguns pacientes com função renal comprometida (por exemplo, pacientes idosos ou hipovolêmicos,
incluindo aqueles em terapia diurética) que estão sendo tratados com medicamentos anti-inflamatórios
não esteroides, incluindo os inibidores seletivos da cicloxigenase-2, a coadministração dos antagonistas
dos receptores de angiotensina II ou inibidores da ECA pode resultar em aumento da deterioração da
função renal, incluindo possível insuficiência renal aguda. Esses efeitos são usualmente reversíveis,
portanto a combinação deve ser administrada com cautela a pacientes com comprometimento da função
renal.
O bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) com bloqueadores do receptor de
angiotensina, inibidores de ECA ou alisquireno está associado com o aumento dos riscos de hipotensão,
hipercalemia e alterações na função renal (incluindo falência renal aguda) quando comparado à
monoterapia. Acompanhar de perto a pressão sanguínea, função renal e eletrólitos dos pacientes que
utilizam ARADOIS H e outros agentes que afetam o SRAA. Não coadministrar alisquireno com
ARADOIS H em pacientes com diabetes. Evitar o uso de alisquireno com ARADOIS H em pacientes
com insuficiência renal (TFG < 60mL/min).
Hidroclorotiazida
Quando administrados concomitantemente, os seguintes medicamentos podem interagir com os diuréticos
tiazídicos:
Álcool, Barbituratos ou Narcóticos: pode ocorrer potencialização da hipotensão ortostática.
Medicamentos Antidiabéticos (Orais ou Insulina): pode ser necessário ajuste posológico do
antidiabético.
Outras Medicações Anti-hipertensivas: efeito aditivo.
Colestiramina e Resinas de Colestipol: a absorção da hidroclorotiazida é prejudicada na presença de
resinas de troca aniônica. Doses únicas de colestiramina ou de resinas de colestipol ligam-se à
hidroclorotiazida e reduzem sua absorção no trato gastrintestinal em até 85 e 43%, respectivamente.
Corticosteroides, ACTH ou glicirrizina (encontrada no alcaçuz): intensificam a depleção eletrolítica,
particularmente hipocalemia.
Aminas Pressoras (Exemplo: adrenalina): possível redução das respostas às aminas pressoras, mas não
o suficiente para impedir seu uso.
Relaxantes Não Despolarizantes do Sistema Musculoesquelético (Exemplo: tubocurarina): possível
aumento da resposta ao relaxante muscular.
Lítio: agentes diuréticos reduzem a depuração renal do lítio e aumentam o risco de toxicidade por lítio; o
uso concomitante não é recomendado. Consulte as bulas das preparações de lítio antes de utilizá-las.
Medicações Anti-inflamatórias Não Esteroides, Incluindo Inibidores da Cicloxigenase-2: a
administração de agentes anti-inflamatórios não esteroides, incluindo um inibidor seletivo da
cicloxigenase-2, pode reduzir os efeitos diuréticos, natriuréticos e anti-hipertensivos dos diuréticos.
Em alguns pacientes com comprometimento da função renal (por exemplo, pacientes idosos ou
hipovolêmicos, incluindo aqueles em terapia diurética) que estão sendo tratados com medicamentos anti-
inflamatórios não esteroides, incluindo os inibidores seletivos da cicloxigenase-2, a coadministração dos
antagonistas dos receptores de angiotensina II ou inibidores da ECA pode resultar em aumento da
deterioração da função renal, incluindo possível insuficiência renal aguda. Esses efeitos são usualmente
reversíveis, portanto a combinação deve ser administrada com cautela a pacientes com comprometimento
da função renal.
Interações com Exames Laboratoriais: em razão do seu efeito no metabolismo do cálcio, as tiazidas
podem interferir nos testes de função da paratireoide (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Conservar em temperatura ambiente (15 a 30ºC), protegido da luz e da umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aparência:
ARADOIS H 50/12,5 mg: comprimido revestido amarelo escuro, circular, biconvexo, com vinco e núcleo
branco.
ARADOIS H 100/25 mg: comprimido revestido amarelo claro, circular, biconvexo, com vinco e núcleo
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças
ARADOIS H pode ser administrado com outros agentes anti-hipertensivos.
ARADOIS H pode ser administrado com ou sem alimentos.
Hipertensão
A dose usual inicial e a dose de manutenção de ARADOIS H é de um comprimido de ARADOIS H
50/12,5 mg (losartana 50 mg/hidroclorotiazida 12,5 mg) uma vez ao dia. Para os pacientes que não
respondem adequadamente ao tratamento com ARADOIS H 50/12,5 mg, a dose pode ser aumentada para
1 comprimido de ARADOIS H 100/25 mg (losartana 100 mg/hidroclorotiazida 25 mg) uma vez ao dia ou
2 comprimidos de ARADOIS H 50/12,5 mg uma vez ao dia. A dose máxima é de 1 comprimido de
ARADOIS H 100/25 mg uma vez ao dia ou 2 comprimidos de ARADOIS H 50/12,5 mg uma vez ao dia.
Em geral, atinge-se o efeito anti-hipertensivo em três semanas após o início do tratamento.
O tratamento com ARADOIS H não deve ser iniciado em pacientes que apresentam depleção de volume
intravascular (por exemplo, pacientes que estejam utilizando altas doses de diuréticos).
ARADOIS H não é recomendado para pacientes com insuficiência renal severa (depuração de creatinina
≤ 30mL/min) ou para pacientes com insuficiência hepática.
Não é necessário ajuste posológico inicial de ARADOIS H 50/12,5 em pacientes idosos. ARADOIS H
100/25 não deve ser usado como tratamento inicial em pacientes idosos.
Redução do Risco de Morbidade e de Mortalidade Cardiovasculares em Pacientes Hipertensos com
Hipertrofia Ventricular Esquerda
A dose inicial usual é de 50 mg de losartana uma vez ao dia. Se a meta da pressão arterial não for atingida
com 50 mg de losartana, a terapia deve ser titulada utilizando-se uma combinação de losartana e uma
dose baixa de hidroclorotiazida (12,5 mg). Se necessário, a dose deve ser aumentada para 100 mg de
losartana e 25 mg de hidroclorotiazida uma vez ao dia. ARADOIS H 50/12,5 e ARADOIS H 100/25 são
formulações alternativas adequadas para pacientes que poderiam receber losartana e hidroclorotiazida
concomitantemente.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.