Bula do Arartan produzido pelo laboratorio Geolab Indústria Farmacêutica S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
V.02_05/2014
ARARTAN
Geolab Indústria Farmacêutica S/A
Comprimido Revestido
50mg
______________________________________________________________________________________
MODELO DE BULA PARA O PROFISSIONAL DA SAÚDE
Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
Arartan
losartana potássica
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido de 50mg: Embalagem contendo 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
losartana potássica.........................................................................................................................................................50mg
Excipientes: celulose microcristalina, lactose monoidratada, crospovidona, dióxido de silício, estearato de magnésio,
hipromelose, macrogol, dióxido de titânio e água purificada.
Hipertensão
Arartan é indicado para o tratamento da hipertensão.
Arartan é indicada para o tratamento da insuficiência cardíaca, quando o tratamento com inibidor da ECA não é mais
considerado adequado. Não é recomendada a troca do tratamento para Arartan em pacientes com insuficiência cardíaca
estabilizados com inibidores da ECA.
Redução do Risco de Morbidade e Mortalidade Cardiovascular em Pacientes Hipertensos com Hipertrofia
Ventricular Esquerda
Arartan é indicado para reduzir o risco de morbidade e mortalidade cardiovascular avaliado pela incidência combinada
de morte cardiovascular, acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio em pacientes hipertensos com hipertrofia
ventricular esquerda (veja RESULTADOS DE EFICÁCIA, Raça).
Proteção Renal em Pacientes com Diabetes Tipo 2 e Proteinúria
Arartan é indicado para retardar a progressão da doença renal avaliada pela redução da incidência combinada de
duplicação da creatinina sérica, insuficiência renal terminal (necessidade de diálise ou transplante renal) ou morte e para
reduzir a proteinúria.
Em estudos clínicos, a administração em dose única diária da losartana potássica a pacientes com hipertensão essencial
leve à moderada causou reduções estatisticamente significativas das pressões arteriais sistólica e diastólica; nos estudos
clínicos, o efeito anti-hipertensivo foi mantido por até um ano. A medida da pressão arterial no vale (24 horas após a
dose) em relação à pressão no pico (5 a 6 horas após a dose) demonstrou redução da pressão arterial relativamente
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uniforme nas 24 horas. O efeito anti-hipertensivo acompanhou os ritmos diurnos naturais. A redução da pressão arterial
no final do intervalo posológico foi de aproximadamente 70% a 80% do efeito observado 5 a 6 horas após a dose. A
descontinuação da losartana em pacientes hipertensos não resultou em rebote abrupto da pressão arterial. Apesar da
diminuição significativa da pressão arterial, a administração da losartana potássica não exerceu efeito clinicamente
significativo na frequência cardíaca.
A administração de 50mg a 100mg da losartana potássica uma vez ao dia produz efeito anti-hipertensivo
significativamente maior do que a administração de 50mg a 100mg de captopril uma vez ao dia. O efeito anti-
hipertensivo da losartana potássica 50mg é semelhante ao da administração única diária de enalapril 20mg. O efeito
anti-hipertensivo da administração única diária de 50mg a 100mg da losartana potássica é comparável ao da
administração única diária de 50mg a 100mg de atenolol e equivalente ao da administração de 5mg a 10mg de
felodipina de liberação prolongada em hipertensos mais velhos (≥ 65 anos) após 12 semanas de terapia.
A losartana potássica é igualmente eficaz em pacientes hipertensos de ambos os sexos e em pacientes hipertensos mais
jovens (< 65 anos) e mais velhos (≥ 65 anos). A exemplo do que ocorre com outros medicamentos que afetam o sistema
renina-angiotensina, a resposta média à monoterapia com losartana é menor em pacientes da raça negra, embora o efeito
anti-hipertensivo da losartana potássica se manifeste em todas as raças.
Os efeitos da losartana potássica administrada concomitantemente com diuréticos tiazídicos na redução da pressão
arterial são aproximadamente aditivos.
Estudo LIFE: Losartan Intervention For Endpoint reduction in hypertension (LIFE) foi um estudo de grande porte,
multicêntrico, multinacional, randômico, triplo-cego, controlado com medicação ativa que envolveu 9.193 pacientes
hipertensos com idades entre 55 e 80 anos (média de 67 anos) e hipertrofia ventricular esquerda documentada por ECG.
No período basal, 1.195 (13%) pacientes apresentavam diabetes; 1.326 (14%), hipertensão sistólica isolada; 1.468
(17%), doença coronariana e 728 (8%), doença vascular cerebral. O objetivo do estudo foi demonstrar os efeitos
protetores cardiovasculares da losartana potássica versus atenolol, além dos benefícios do controle da pressão arterial
(medida no vale). Para atingir esse objetivo, a meta da pressão arterial foi a mesma nos dois grupos de tratamento. Os
pacientes foram distribuídos de modo randômico para receber 50mg da losartana potássica ou 50mg de atenolol uma
vez ao dia. Quando a meta da pressão arterial (< 140/90mmHg) não era atingida, adicionava-se, em primeiro lugar, a
hidroclorotiazida (12,5mg) e, se necessário, aumentava-se a dose da losartana potássica ou de atenolol para 100mg uma
vez ao dia. Se ainda fosse necessário para atingir a meta, eram feitas outras modificações do esquema terapêutico (por
exemplo, aumento da dose de hidroclorotiazida para 25mg ou adição de outro tratamento diurético ou de bloqueadores
dos canais de cálcio, alfabloqueadores ou agentes de ação central). A adição de inibidores da ECA, antagonistas da
angiotensina II ou betabloqueadores não foi permitida.
Nos dois grupos de tratamento, a pressão arterial foi significativamente reduzida para níveis semelhantes e uma
proporção semelhante de pacientes atingiu a meta da pressão arterial. A duração média do período de acompanhamento
foi de 4,8 anos.
O desfecho primário foi o composto de morbidade e mortalidade cardiovasculares, avaliado pela redução da incidência
combinada de morte cardiovascular, acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio. Os resultados mostraram que o
tratamento com a losartana potássica resultou em 13,0% de redução do risco (p= 0,021) em comparação com o atenolol
para os pacientes que atingiram o desfecho primário composto (veja a figura 1).
Figura 1. Estimativas de Kaplan-Meier do desfecho primário composto de morte cardiovascular, acidente vascular
cerebral ou infarto do miocárdio nos grupos que receberam a losartana potássica e atenolol, ajustadas para o escore de
risco de Framingham e o grau de hipertrofia ventricular esquerda ao ECG no período basal.
O tratamento com a losartana potássica reduziu o risco de acidente vascular cerebral em 25% comparativamente ao
atenolol (p= 0,001). As taxas de morte cardiovascular e de infarto do miocárdio não foram significativamente diferentes
entre os grupos de tratamento. O efeito da losartana potássica no desfecho primário composto aparentemente foi
superior e além dos efeitos benéficos do controle da pressão arterial apenas (veja tabela a seguir).
DESFECHOS DO ESTUDO LIFE
Resultado
losartana
potássica
(N= 4.605)
n (%)
Taxa*
atenolol
(N= 4.588)
Redução do
Risco**
Valor de p
Desfecho
Primário
Composto
508 (11%) 23,8 588 (13%) 27,9 13% 0,021
Componentes do Objetivo Composto Primário
Mortalidade
Cardiovascular
204 (4%) 9,2 234 (5%) 10,6 11% 0,206
Acidente Vascular
Cerebral
232 (5%) 10,8 309 (7%) 14,5 25% 0,001
Infarto do
Miocárdio
198 (4%) 9,2 188 (4%) 8,7 -7% 0,491
*Por 1.000 pacientes-anos de acompanhamento.
**Ajustada para o escore de risco de Framingham e o grau de HVE ao ECG no período basal.
Os outros desfechos clínicos do estudo LIFE foram: mortalidade por todas as causas, hospitalização por insuficiência
cardíaca ou angina pectoris, procedimentos de revascularização coronariana ou periférica e parada cardíaca com
ressuscitação. Não ocorreram diferenças significativas entre os grupos de tratamento nas taxas desses desfechos. Os
pacientes que receberam a losartana potássica apresentaram redução significativamente maior dos índices de hipertrofia
ventricular esquerda no ECG em comparação com os pacientes que receberam atenolol.
Os efeitos da losartana potássica versus atenolol na morbimortalidade cardiovascular foram examinados em subgrupos
de pacientes com histórico de diabetes mellitus (n= 1.195) ou hipertensão sistólica isolada (HSI) (n= 1.326) no período
basal. Em relação ao desfecho primário composto, os resultados observados nesses subgrupos foram compatíveis com o
benefício do tratamento com a losartana potássica observado na população global do estudo: observou-se redução de
24% do risco (p= 0,03) nos pacientes com diabetes e de 25% (p= 0,06) nos pacientes com hipertensão sistólica isolada.
Compatível com os resultados observados na população global, a redução do risco de acidente vascular cerebral foi um
importante fator contribuinte para o benefício observado nos pacientes com diabetes ou HSI.
Raça: com base no estudo LIFE, os benefícios da losartana potássica sobre a morbidade e a mortalidade
cardiovasculares em comparação com os do atenolol não se aplicam a pacientes negros com hipertensão e hipertrofia
ventricular esquerda, embora os dois esquemas de tratamento tenham reduzido de forma eficaz a pressão arterial nessa
população de pacientes. No estudo LIFE, a losartana potássica diminuiu o risco de morbidade e mortalidade
cardiovasculares em comparação com o atenolol em pacientes hipertensos não negros com hipertrofia ventricular
esquerda (n= 8.660) conforme medido pelo desfecho primário de incidência combinada de morte cardiovascular,
acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio (p= 0,003). Nesse estudo, entretanto, o risco de apresentar o desfecho
primário composto foi menor em pacientes negros que receberam atenolol em comparação com os que receberam a
losartana potássica (p= 0,03). No subgrupo de pacientes negros (n= 533; 6% dos pacientes do estudo LIFE), ocorreram
29 desfechos primários entre os 263 pacientes do grupo do atenolol (11%, 25,9/1.000 pacientes-anos) e 46 entre os 270
pacientes (17%, 41,8/1.000 pacientes-anos) do grupo da losartana potássica.
Nesse estudo, a losartana potássica em geral foi bem tolerada e seu perfil de tolerabilidade foi superior ao do atenolol,
conforme evidenciado pela incidência significativamente mais baixa de descontinuações por efeitos adversos.
Estudo RENAAL: o estudo Reduction of Endpoints in NIDDM with the Angiotensin II Receptor Antagonist Losartana
(RENAAL) foi um estudo mundial de grande porte, multicêntrico, com distribuição randômica, controlado com placebo
e duplo-cego que envolveu 1.513 pacientes com diabetes tipo 2 e proteinúria (751 receberam a losartana potássica), com
ou sem hipertensão. O objetivo do estudo foi demonstrar os efeitos protetores renais da losartana potássica além dos
benefícios do controle da pressão arterial apenas. Para atingir esse objetivo, a meta da pressão arterial foi a mesma nos
dois grupos de tratamento. Os pacientes com proteinúria e creatinina sérica entre 1,3 e 3,0mg/dL foram distribuídos de
modo randômico para receber 50mg da losartana potássica uma vez ao dia, titulados de acordo com a resposta da
pressão arterial, ou placebo e tratamento anti-hipertensivo convencional, excluindo-se inibidores da ECA e antagonistas
da angiotensina II. Os pesquisadores foram orientados a titular o medicamento de estudo para 100mg uma vez ao dia,
conforme apropriado; 72% dos pacientes tomaram a dose diária de 100mg durante a maior parte do tempo em que
receberam o medicamento de estudo. Em ambos os grupos, quando necessário, puderam ser adicionados outros agentes
anti-hipertensivos (diuréticos, bloqueadores dos canais de cálcio, alfa ou betabloqueadores e agentes de ação central).
Os pacientes foram acompanhados por até 4,6 anos (média de 3,4 anos).
O desfecho primário do estudo foi o desfecho composto de duplicação da creatinina sérica, insuficiência renal terminal
(necessidade de diálise ou transplante) ou morte. Os resultados mostraram que o tratamento com a losartana potássica
(327 eventos) em comparação com o placebo (359 eventos) resultou em redução do risco de 16,1% (p= 0,022) para os
pacientes que atingiram o desfecho primário composto. Os resultados também demonstraram redução significativa do
risco no grupo tratado com a losartana potássica em relação aos seguintes componentes individuais e combinados do
desfecho primário: 25,3% de redução do risco de duplicação da creatinina sérica (p= 0,006), 28,6% de redução do risco
de insuficiência renal terminal (p= 0,002), 19,9% de redução do risco de insuficiência renal terminal ou morte (p=
0,009) e 21% de redução do risco de duplicação da creatinina sérica ou de insuficiência renal terminal (p= 0,010). A
taxa de morte por todas as causas não foi significativamente diferente entre os dois grupos de tratamento.
Os desfechos secundários do estudo foram: alteração da proteinúria, taxa de progressão da nefropatia e o composto de
morbimortalidade de causas cardiovasculares (hospitalização por insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio,
revascularização, acidente vascular cerebral, hospitalização por angina instável ou morte cardiovascular). Os resultados
mostraram redução média de 34,3% do nível de proteinúria no grupo da losartana potássica (p< 0,001). O tratamento
com a losartana potássica reduziu a taxa de declínio da função renal durante a fase crônica do estudo em 13,9%, p=
0,003 (taxa média de declínio de 18,5%, p= 0,01), conforme medido pela recíproca da concentração sérica de creatinina.
Não houve diferença significativa entre o grupo que recebeu a losartana potássica (247 eventos) e o grupo placebo (268
eventos) no desfecho composto de morbimortalidade cardiovascular, embora o estudo não tenha sido desenhado para
detectar esse efeito.
Nesse estudo, a losartana potássica em geral foi bem tolerada, conforme evidenciado pela incidência semelhante de
descontinuações por efeitos adversos em comparação com placebo.
Estudos ELITE I e ELITE II: no estudo ELITE, com 48 semanas de duração, que envolveu 722 pacientes com
insuficiência cardíaca (Classe II-IV da NYHA), não foram observadas diferenças no desfecho primário de disfunção
renal persistente entre os pacientes que receberam a losartana potássica e os que receberam captopril. A observação não
esperada do benefício superior da losartana potássica na redução do risco de morte em relação ao captopril no estudo
ELITE não foi confirmada no estudo de sobrevida definitivo, ELITE II, descrito a seguir.
Em um estudo que envolveu pacientes com insuficiência cardíaca, desenhado para avaliar prospectivamente a
mortalidade (ELITE II), comparou-se um esquema com 50mg da losartana potássica em dose única diária (dose inicial
de 12,5mg titulada para 25mg e 50mg 1x/dia) a um esquema contendo 50mg de captopril, 3x/dia (dose inicial de
12,5mg titulada para 25mg e 50mg 3x/dia). Nesse estudo (n= 3.152), pacientes com insuficiência cardíaca (Classe II-IV
da NYHA) foram acompanhados durante dois anos aproximadamente (mediana de acompanhamento de 1,5 ano) para
avaliar se a losartana potássica era superior ao captopril na redução da mortalidade por todas as causas. O desfecho
primário não mostrou diferença estatisticamente significativa entre a losartana potássica e captopril na redução da
mortalidade por todas as causas (17,7% para a losartana potássica e 15,9% para o captopril, p= 0,16). O desfecho
secundário não mostrou diferença estatisticamente significativa na redução de morte súbita de origem cardíaca e/ou
parada cardíaca com ressuscitação (9,0% para a losartana potássica e 7,3% para captopril, p= 0,08). O desfecho terciário
de mortalidade por todas as causas e/ou hospitalizações por todas as causas não mostrou diferença estatisticamente
significativa entre a losartana potássica e captopril (47,7% para a losartana potássica e 44,9% para captopril, p= 0,18).
Em geral, os outros desfechos de morbidade e de mortalidade, incluindo melhora da classe funcional de acordo com a
classificação da NYHA, não foram diferentes entre os grupos de tratamento.
Nesses dois estudos clínicos controlados em pacientes com insuficiência cardíaca, a losartana potássica em geral foi
bem tolerada e seu perfil de tolerabilidade foi superior ao do captopril, conforme avaliado pela incidência
significativamente mais baixa de descontinuações por efeitos adversos e incidência significativamente mais baixa de
tosse.
Farmacologia Clínica
A losartana potássica, a primeira de uma nova classe de agentes para o tratamento da hipertensão e da insuficiência
cardíaca, é um antagonista do receptor (tipo AT1) da angiotensina II. A losartana potássica também reduz o risco
combinado de morte cardiovascular, acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio em pacientes hipertensos com
hipertrofia ventricular esquerda e oferece proteção renal para pacientes com diabetes tipo 2 e proteinúria.
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Mecanismo de Ação
A angiotensina II, um potente vasoconstritor, é o principal hormônio ativo do sistema renina-angiotensina e o maior
determinante da fisiopatologia da hipertensão. A angiotensina II liga-se ao receptor AT1 encontrado em muitos tecidos
(por exemplo, músculo liso vascular, glândulas adrenais, rins e coração) e desencadeia várias ações biológicas
importantes, incluindo vasoconstrição e liberação de aldosterona. A angiotensina II também estimula a proliferação de
células musculares lisas. Foi identificado um segundo receptor da angiotensina II (subtipo AT2), mas sua função na
homeostase cardiovascular é desconhecida.
A losartana é um composto sintético potente, ativo por via oral. De acordo com bioensaios de ligação e farmacologia, a
losartana liga-se seletivamente ao receptor AT1. In vitro e in vivo, tanto a losartana como seu metabólito ácido
carboxílico farmacologicamente ativo (E-3174) bloqueiam todas as ações fisiologicamente relevantes da angiotensina
II, independentemente da fonte ou da via de síntese. Diferentemente de alguns antagonistas peptídicos da angiotensina
II, a losartana não apresenta efeitos agonistas.
A losartana liga-se seletivamente ao receptor AT1 e não se liga ou bloqueia outros receptores de hormônios ou canais
iônicos importantes na regulação cardiovascular. Além disso, a losartana não inibe a ECA (cininase II), a enzima que
degrada a bradicinina. Consequentemente, os efeitos não relacionados diretamente ao bloqueio do receptor AT1, como a
potencialização dos efeitos mediados pela bradicinina ou o desenvolvimento de edema (losartana: 1,7%; placebo:
1,9%), não estão associados à losartana.
Absorção
Após a administração oral, a losartana é bem absorvida e sofre metabolismo de primeira passagem, formando um
metabólito ácido carboxílico ativo e outros metabólitos inativos. A biodisponibilidade sistêmica dos comprimidos de
losartana é de aproximadamente 33%. As concentrações máximas médias de losartana e de seu metabólito ativo são
atingidas em 1 hora e em 3 a 4 horas, respectivamente. Não houve efeito clinicamente significativo no perfil da
concentração plasmática de losartana quando o fármaco foi administrado com uma refeição-padrão.
Distribuição
Tanto a losartana como seu metabólito ativo apresentam taxa de ligação a proteínas plasmáticas ≥ 99%, principalmente
com a albumina. O volume de distribuição da losartana é de 34 litros. Estudos em ratos indicam que a losartana
praticamente não atravessa a barreira hematoencefálica.
Metabolismo
Aproximadamente 14% da dose de losartana administrada por via intravenosa ou oral é convertida em seu metabólito
ativo. Após a administração intravenosa ou oral de losartana potássica marcada com 14
C, a radioatividade plasmática
circulante principal é atribuída à losartana e ao seu metabólito ativo. Observou-se conversão mínima de losartana ao seu
metabólito ativo em aproximadamente 1% dos indivíduos estudados.
Além do metabólito ativo, são formados metabólitos inativos, incluindo dois principais, formados por hidroxilação da
cadeia lateral butílica, e um secundário, um glucuronídeo N-2 tetrazol.
Eliminação
A depuração plasmática da losartana e de seu metabólito ativo é de aproximadamente 600mL/min e 50mL/min,
respectivamente. A depuração renal da losartana e de seu metabólito ativo é de aproximadamente 74mL/min e
26mL/min, respectivamente. Quando a losartana é administrada por via oral, aproximadamente 4% da dose é excretada
inalterada na urina e 6%, na forma de metabólito ativo. As farmacocinéticas da losartana e de seu metabólito ativo são
lineares com doses de losartana potássica de até 200mg, administradas por via oral.
Após a administração oral, as concentrações plasmáticas da losartana e de seu metabólito ativo diminuem
poliexponencialmente, com meia-vida final de aproximadamente 2 horas e de 6 a 9 horas, respectivamente. Durante a
administração da dose única diária de 100mg, a losartana e seu metabólito ativo não se acumulam significativamente no
plasma.
Tanto a excreção biliar como a urinária contribui para a eliminação de losartana e seus metabólitos. Após dose oral de
losartana potássica marcada com 14
C em humanos, aproximadamente 35% da radioatividade é recuperada na urina e
58%, nas fezes. Após dose intravenosa de losartana potássica marcada com 14
C em humanos, aproximadamente 43% da
radioatividade é recuperada na urina e 50%, nas fezes.
Farmacodinâmica
Losartana
A losartana inibe as respostas pressoras sistólica e diastólica a infusões de angiotensina II. No pico, 100mg de losartana
potássica inibem essas respostas em aproximadamente 85%; 24 horas após a administração de doses únicas e múltiplas,
a inibição é de cerca de 26%-39%.
Durante a administração de losartana, a remoção do feedback negativo da angiotensina II sobre a secreção de renina
aumenta a atividade de renina plasmática, o que resulta em aumento da angiotensina II no plasma. Durante o tratamento
crônico (6 semanas) de pacientes hipertensos com 100mg/dia de losartana, foram observados aumentos nos níveis
plasmáticos de angiotensina II de aproximadamente 2-3 vezes quando ocorreram concentrações plasmáticas máximas
do fármaco. Em alguns pacientes, foram observados aumentos maiores, particularmente durante o tratamento de curto
prazo (2 semanas). No entanto, a atividade anti-hipertensiva e a supressão da concentração plasmática da aldosterona
foram aparentes em 2 e 6 semanas, indicando bloqueio efetivo do receptor de angiotensina II. Após a descontinuação da
losartana, os níveis de atividade de renina plasmática (ARP) e de angiotensina II declinaram aos níveis anteriores ao
tratamento em 3 dias.
Uma vez que a losartana é um antagonista específico do receptor de angiotensina II tipo AT1, esse composto não inibe a
ECA (cininase II), a enzima que degrada a bradicinina. Em um estudo que comparou os efeitos de 20mg e de 100mg de
losartana potássica e de um inibidor da ECA nas respostas à angiotensina I, à angiotensina II e à bradicinina, a losartana
demonstrou bloquear as respostas à angiotensina I e à angiotensina II sem afetar as respostas à bradicinina. Esse achado
é compatível com o mecanismo de ação específico de losartana. Em contrapartida, o inibidor da ECA demonstrou
bloquear as respostas à angiotensina I e aumentar as respostas à bradicinina sem alterar a resposta à angiotensina II,
proporcionando assim uma diferenciação farmacodinâmica entre a losartana e os inibidores da ECA.
As concentrações plasmáticas de losartana e seu metabólito ativo e o efeito anti-hipertensivo da losartana crescem com
o aumento da dose. Como a losartana e seu metabólito ativo são ambos antagonistas do receptor de angiotensina II, eles
contribuem para o efeito anti-hipertensivo.
Em um estudo de dose única, conduzido em indivíduos do sexo masculino sadios, a administração de 100mg de
losartana potássica, sob condições nutricionais com altos e baixos teores de sal, não alterou a taxa de filtração
glomerular, o fluxo plasmático renal efetivo ou a fração de filtração. A losartana apresentou efeito natriurético que foi
mais acentuado com uma dieta pobre em sal e que pareceu não estar relacionado à inibição da reabsorção inicial
proximal de sódio. A losartana também aumentou de modo transitório a excreção urinária de ácido úrico.
Em pacientes hipertensos sem diabetes com proteinúria (≥ 2g/24 horas) tratados durante 8 semanas, a administração de
50mg de losartana potássica titulada para 100mg reduziu significativamente a proteinúria em 42%. A excreção
fracionária de albumina e de IgG também foi significativamente reduzida. Nesses pacientes, a losartana manteve a taxa
de filtração glomerular e reduziu a fração de filtração.
Em hipertensas pós-menopáusicas tratadas durante 4 semanas, a losartana potássica na dose de 50mg não apresentou
efeito sobre os níveis renais ou sistêmicos de prostaglandina.
A losartana não teve efeito sobre os reflexos autonômicos e não teve efeitos sustentados sobre a norepinefrina
plasmática.
A losartana potássica, administrada em doses únicas diárias de até 150mg, não causou alterações clinicamente
importantes nos níveis de triglicérides, colesterol total ou colesterol HDL de pacientes hipertensos em jejum. As
mesmas doses de losartana não apresentaram efeito sobre os níveis de glicemia de jejum.
Em geral, a losartana reduziu os níveis séricos de ácido úrico (geralmente < 0,4mg/dL), efeito que persistiu com a
terapia crônica. Nos estudos clínicos controlados em pacientes hipertensos, nenhum paciente foi descontinuado em
razão de elevações dos níveis séricos de creatinina ou de potássio.
Em um estudo de 12 semanas, de desenho paralelo, conduzido em pacientes com insuficiência ventricular esquerda
(Classe Funcional II-IV da New York Heart Association), cuja maioria estava recebendo diuréticos e/ou digitálicos, a
losartana potássica administrada em doses únicas diárias de 2,5mg, 10mg, 25mg e 50mg foi comparada a placebo. As
doses de 25mg e 50mg produziram efeitos hemodinâmicos e neuro-hormonais positivos, que foram mantidos durante
todo o estudo. As respostas hemodinâmicas foram caracterizadas por aumento do índice cardíaco e reduções de pressão
capilar pulmonar, resistência vascular sistêmica, pressão arterial sistêmica média e frequência cardíaca. A ocorrência de
hipotensão foi relacionada à dose nesses pacientes com insuficiência cardíaca. Os resultados neuro-hormonais foram
caracterizados por redução dos níveis circulantes de aldosterona e norepinefrina.
Arartan é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade a qualquer componente do produto.
Arartan não deve ser administrado com alisquireno em pacientes com diabetes (veja INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS).
Toxicidade Fetal: Uso de drogas que atuam no sistema renina-angiotensina durante o segundo e terceiro trimestre da
gravidez diminui a função renal fetal e aumenta a morbidade e morte fetal e neonatal. O oligoidrâmnio resultante pode
estar associado com hipoplasia pulmonar e deformações ósseas fetais. As potenciais reações adversas neonatais incluem
deformação craniana, anúria, hipotensão, insuficiência renal e morte. Quando a gravidez for detectada, descontinue
Arartan o mais rápido possível (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Uso na Gravidez e na Amamentação).
Hipersensibilidade: angioedema (veja REAÇÕES ADVERSAS).
Hipotensão e Desequilíbrio Hidroeletrolítico: em pacientes que apresentam depleção de volume intravascular (por
exemplo, aqueles tratados com altas doses de diuréticos), pode ocorrer hipotensão sintomática. Essas situações devem
ser corrigidas antes da administração de Arartan ou deve-se utilizar dose inicial mais baixa (veja: POSOLOGIA E
MODO DE USAR).
Desequilíbrios eletrolíticos são comuns em pacientes com comprometimento renal, com ou sem diabetes, e devem ser
corrigidos. Em um estudo clínico que envolveu pacientes com diabetes tipo 2 e proteinúria, a incidência de hipercalemia
foi mais alta no grupo tratado com a losartana potássica quando comparado ao grupo placebo, entretanto poucos
pacientes descontinuaram o tratamento em razão de hipercalemia (veja REAÇÕES ADVERSAS, Achados de Testes
Laboratoriais).
Insuficiência Hepática: com base nos dados de farmacocinética que demonstram aumentos significativos das
concentrações plasmáticas de losartana em pacientes com cirrose, deve-se considerar doses mais baixas para pacientes
com histórico de insuficiência hepática (veja POSOLOGIA E MODO DE USAR).
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Insuficiência Renal: como consequência da inibição do sistema renina-angiotensina, foram relatadas, em indivíduos
suscetíveis, alterações na função renal, inclusive insuficiência renal; essas alterações podem ser reversíveis com a
descontinuação do tratamento.
Outros fármacos que afetam o sistema renina-angiotensina podem aumentar as taxas de ureia sanguínea e de creatinina
sérica em pacientes com estenose da artéria renal bilateral ou estenose da artéria de rim único. Foram relatados efeitos
semelhantes com a losartana potássica; essas alterações da função renal podem ser reversíveis com a descontinuação do
tratamento.
Insuficiência Cardíaca: o uso concomitante da losartana potássica e de inibidores da ECA não foi adequadamente
estudado.
Uso na Gravidez e na Amamentação: categoria de risco na gravidez: D. Os fármacos que atuam diretamente no
sistema renina-angiotensina podem causar danos e morte do feto em desenvolvimento. Quando houver
confirmação de gravidez, descontinue o tratamento com a losartana potássica o mais rapidamente possível.
Embora não haja experiência com a utilização da losartana potássica em mulheres grávidas, estudos realizados com
losartana potássica em animais demonstraram danos e morte do feto e do recém-nascido; acredita-se que isso ocorra por
um mecanismo farmacologicamente mediado pelos efeitos no sistema renina-angiotensina. Em humanos, a perfusão
renal fetal, que depende do desenvolvimento do sistema renina-angiotensina, começa no segundo trimestre; assim, o
risco para o feto aumenta se a losartana potássica for administrada durante o segundo ou o terceiro trimestre da
gravidez.
O uso de drogas que atuam no sistema renina-angiotensina durante o segundo e terceiro trimestre da gravidez diminui a
função renal fetal e aumenta a morbidade e morte fetal e neonatal. O oligoidrâmnio resultante pode estar associado com
hipoplasia pulmonar e deformações ósseas no feto. As reações adversas neonatais potenciais incluem deformação
craniana, anúria, hipotensão, insuficiência renal e morte. Quando a gravidez for detectada, descontinue Arartan o mais
rápido possível.
O aparecimento destas reações é geralmente associado com o uso destes fármacos no segundo e terceiro trimestres da
gravidez. A maioria dos estudos epidemiológicos, que examinaram anormalidades fetais após a exposição a anti-
hipertensivos no primeiro trimestre, não distinguiram as drogas que afetam o sistema renina-angiotensina dos demais
agentes anti-hipertensivos. O controle adequado da hipertensão durante a gravidez é importante para otimizar os
resultados tanto para a mãe quanto para o feto.
Nos raros casos em que não há alternativa apropriada para a terapia com fármacos que agem no sistema renina-
angiotensina para uma determinada paciente, informe a mãe do potencial risco para o feto. Realize ultrassonografias
seriadas para avaliação do meio intra-amniótico. Se for detectado oligoidrâmnio, descontinue Arartan, a menos que
seja considerado vital para a mãe. A realização de teste fetal pode ser recomendada dependendo da semana de gestação.
Pacientes e médicos devem, contudo, estar cientes de que o oligoidrâmnio pode não ser detectado antes do feto ter
sofrido dano irreversível. Os recém-nascidos com histórico de exposição in utero a losartana potássica devem ser
observados cuidadosamente a fim de verificar a ocorrência de hipotensão, oligúria e hipercalemia.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente
seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Não se sabe se losartana é excretada no leite humano.
Devido ao fato de que muitos fármacos são excretados no leite humano e ao potencial de efeitos adversos para o
lactente, deve-se optar por suspender a amamentação ou o tratamento com Arartan, levando-se em consideração a
importância do medicamento para a mãe.
Uso Pediátrico: Recém-nascidos com histórico de exposição in utero a losartana potássica: caso ocorram oligúria ou
hipotensão, dar prioridade para a manutenção da pressão arterial e perfusão renal. Exsanguineotransfusões ou diálise
podem ser necessárias como um meio de reverter a hipotensão e/ou substituir a função renal comprometida.
A segurança e a eficácia em crianças ainda não foram estabelecidas.
Uso em Idosos: nos estudos clínicos, não houve diferença relacionada à idade nos perfis de eficácia e segurança de
losartana.
Nos estudos clínicos de farmacocinética realizados com hidroclorotiazida, digoxina, varfarina, cimetidina, fenobarbital,
cetoconazol e eritromicina, não foram identificadas interações medicamentosas de importância clínica. Houve relatos de
redução dos níveis do metabólito ativo pela rifampicina e pelo fluconazol. Não foram avaliadas as consequências
clínicas dessas interações.
A exemplo do que ocorre com outros fármacos que bloqueiam a angiotensina II ou os seus efeitos, o uso concomitante
de diuréticos poupadores de potássio (como espironolactona, triantereno e amilorida), suplementos de potássio ou
substitutos do sal que contenham potássio pode resultar em aumento do potássio sérico.
A exemplo de outros fármacos que afetam a excreção de sódio, a excreção de lítio pode ser reduzida. Por isso, deve-se
monitorar com cautela os níveis séricos de lítio, caso sais de lítio sejam administrados concomitantemente a
antagonistas de receptores de angiotensina II.
Os fármacos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), incluindo inibidores seletivos da cicloxigenase-2 (inibidores da
COX-2), podem reduzir o efeito de diuréticos e outras drogas anti-hipertensivas. Por isso, o efeito anti-hipertensivo de
antagonistas de receptores de angiotensina II ou inibidores da ECA pode ser atenuado pelos AINEs, incluindo os
inibidores seletivos de COX-2.
Para alguns pacientes com função renal comprometida (por exemplo, pacientes idosos ou hipovolêmicos, incluindo
aqueles em terapia diurética) que estão em tratamento com fármacos anti-inflamatórios não esteroides, incluindo
inibidores seletivos da cicloxigenase-2, a administração concomitante de antagonistas de receptores da angiotensina II
ou inibidores da ECA pode resultar em maior deterioração da função renal, incluindo possível insuficiência renal aguda.
Esses efeitos são usualmente reversíveis, portanto a combinação deve ser administrada com cautela a pacientes com
comprometimento da função renal.
O bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAAS) com bloqueadores dos receptores da
angiotensina, inibidores da ECA ou alisquireno está associado com o aumento do risco de hipotensão, hipercalemia e
alterações na função renal (incluindo insuficiência renal severa) quando comparado a monoterapia. Monitorar
constantemente a pressão sanguínea, função renal e eletrólitos em pacientes em tratamento com Arartan e outros
agentes que afetem o RAAS. Não coadministrar alisquireno com Arartan em pacientes diabéticos. Evitar o uso de
alisquireno com Arartan em pacientes com insuficiência renal (GFR, 60mL/min).
Arartan deve ser mantido em temperatura ambiente (15°C a 30°C), protegido da luz e umidade.
Prazo de validade: 24 meses após a data de fabricação impressa na embalagem
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
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Arartan apresenta-se na forma de comprimido revestido circular, semiabaulado liso e coloração branca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Arartan pode ser administrado com ou sem alimentos.
Arartan pode ser administrado com outros agentes anti-hipertensivos.
Hipertensão
Para a maioria dos pacientes, a dose usual inicial e de manutenção é de 50mg uma vez ao dia. O efeito anti-hipertensivo
máximo é alcançado 3 a 6 semanas após o início do tratamento. Alguns pacientes podem obter benefício adicional se a
dose for aumentada para 100mg uma vez ao dia.
Para pacientes com depleção de volume intravascular (por exemplo, pacientes tratados com altas doses de diuréticos),
deve ser considerada uma dose inicial de 25mg uma vez ao dia (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Não há necessidade de ajuste posológico inicial para pacientes idosos ou para pacientes com insuficiência renal,
inclusive para pacientes em diálise. Deve ser considerada a utilização de uma dose mais baixa para pacientes com
histórico de insuficiência hepática (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Redução do Risco de Morbidade e Mortalidade Cardiovascular em Pacientes Hipertensos com Hipertrofia
Ventricular Esquerda
A dose usual inicial de Arartan é de 50mg uma vez ao dia. Uma dose baixa de hidroclorotiazida deve ser adicionada
e/ou a dose de Arartan deve ser elevada para 100mg uma vez ao dia com base na resposta da pressão arterial.
Insuficiência Cardíaca
A dose inicial de losartana potássica para pacientes com insuficiência cardíaca é de 12,5mg uma vez ao dia. Geralmente,
a dose deve ser titulada a intervalos semanais (isto é, 12,5mg/dia, 25mg/dia, 50mg/dia) até a dose usual de manutenção
de 50mg uma vez ao dia de acordo com a tolerabilidade do paciente.
Proteção Renal em Pacientes com Diabetes Tipo 2 e Proteinúria
A dose usual inicial é de 50mg uma vez ao dia. Essa dose pode ser aumentada para 100mg uma vez ao dia com base na
resposta da pressão arterial. Arartan pode ser administrado com outros agentes anti-hipertensivos (por exemplo,
diuréticos, bloqueadores dos canais de cálcio, alfa ou betabloqueadores e agentes de ação central) e também com
insulina e outros agentes hipoglicemiantes comumente utilizados (como sulfonilureias, glitazonas e inibidores da
glucosidase).
Em estudos clínicos controlados de hipertensão, verificou-se que a losartana potássica é geralmente bem tolerada; os
efeitos adversos foram, em geral, de natureza leve e transitória e não requereram a descontinuação do tratamento. A
incidência geral de efeitos colaterais relatados com a losartana potássica foi comparável à do placebo.
Em estudos clínicos controlados de hipertensão essencial, tontura foi o único efeito adverso relatado como relacionado à
medicação com incidência superior à do placebo, em 1% ou mais dos pacientes tratados com a losartana potássica.
Além disso, efeitos ortostáticos relacionados à dose foram observados em menos de 1% dos pacientes. Raramente foi
relatada erupção cutânea, embora a incidência em estudos clínicos controlados tenha sido menor do que a do placebo.
Nesses estudos clínicos duplo-cegos e controlados sobre hipertensão essencial, as seguintes experiências adversas
relatadas com a losartana potássica ocorreram em ≥ 1% dos pacientes, independentemente da relação com a medicação:
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A losartana potássica foi geralmente bem tolerada em estudos clínicos controlados sobre insuficiência cardíaca. Os
efeitos adversos mais comuns relacionados à medicação foram tontura e hipotensão.
A losartana potássica foi geralmente bem tolerada em um estudo clínico que envolveu pacientes com hipertrofia
ventricular esquerda. As reações adversas mais comuns, relacionadas à medicação, foram tontura, astenia/fadiga e
vertigem.
No estudo LIFE, dentre os pacientes sem diabetes no período basal, a incidência de novos casos de diabetes mellitus
com a losartana potássica foi mais baixa quando comparada com a observada com o atenolol (242 pacientes versus 320
pacientes, respectivamente, p< 0,001). Como não foi incluído no estudo um grupo com placebo, não se sabe se isso
representa efeito benéfico da losartana potássica ou reação adversa ao atenolol.
losartana potássica
(N= 2.085)
Placebo
(N=535)
Organismo em geral
Dor abdominal 1,7 1,7
Astenia/fadiga 3,8 3,9
Dor torácica 1,1 2,6
Edema/inchaço 1,7 1,9
Cardiovascular
Palpitação 1,0 0,4
Taquicardia 1,0 1,7
Digestivo
Diarreia 1,9 1,9
Dispepsia 1,1 1,5
Náuseas 1,8 2,8
Musculoesquelético
Dor Lombar 1,6 1,1
Câimbras musculares 1,0 1,1
Nervoso/psiquiátrico
Tontura 4,1 2,4
Cefaleia 14,1 17,2
Insônia 1,1 0,7
Respiratório
Tosse 3,1 2,6
Congestão Nasal 1,3 1,1
Faringite 1,5 2,6
Distúrbios sinusais 1,0 1,3
Infecção no trato
respiratório superior
6,5 5,6
A losartana potássica foi geralmente bem tolerada em um estudo clínico controlado que envolveu pacientes com
diabetes tipo 2 e proteinúria. As reações adversas mais comuns, relacionadas à medicação, foram astenia/fadiga, tontura,
hipotensão e hipercalemia (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Hipotensão e Desequilíbrio
Hidroeletrolítico).
Após a comercialização do produto, foram relatados os seguintes efeitos adversos:
Hipersensibilidade: reações anafiláticas, angioedema, incluindo edema de laringe e glote, com obstrução das vias
aéreas e/ou edema de face, lábios, faringe e/ou língua, foram relatados raramente (> 1/10.000 e ≤ 1.000) em pacientes
tratados com losartana; alguns desses pacientes apresentaram anteriormente angioedema com outros medicamentos,
entre eles os inibidores da ECA. Vasculite, incluindo púrpura de Henoch-Schoenlein, foi raramente (> 1/10.000 e ≤
1.000) relatada.
Gastrintestinais: anormalidades da função hepática, hepatite [relatada raramente (> 1/10.000 e ≤ 1.000)], vômitos.
Distúrbios gerais e condições do local de administração: mal-estar.
Hematológico: anemia, trombocitopenia (relatada raramente).
Musculoesquelético: mialgia, artralgia.
Sistemas nervoso / psiquiátrico: enxaqueca, disgeusia.
Distúrbios do sistema reprodutivo e mamas: disfunção erétil/impotência.
Respiratório: tosse.
Pele: urticária, prurido, eritroderma, fotossensibilidade.
Achados de Testes Laboratoriais
Em estudos clínicos controlados sobre hipertensão essencial, alterações clinicamente importantes dos parâmetros
laboratoriais-padrão foram raramente associadas com a administração da losartana potássica. Hipercalemia (potássio
sérico > 5,5mEq/L) ocorreu em 1,5% dos pacientes nos estudos clínicos sobre hipertensão. Em um estudo clínico
conduzido em pacientes com diabetes tipo 2 e proteinúria, 9,9% dos pacientes tratados com a losartana potássica e 3,4%
dos pacientes que receberam placebo desenvolveram hipercalemia (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES,
Hipotensão e Desequilíbrio Hidroeletrolítico). Raramente ocorreram aumentos de ALT que, em geral, desapareceram
com a descontinuação do tratamento.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.