Bula do Aromasin produzido pelo laboratorio Laboratorios Pfizer Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Aromasin®
Laboratórios Pfizer Ltda.
Drágeas
25 mg
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07/mai/2014
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AROMASIN®
exemestano
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome comercial: Aromasin®
Nome genérico: exemestano
APRESENTAÇÕES
drágeas de 25 mg em embalagens contendo 30 drágeas.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada drágea de Aromasin®
contém o equivalente a 25 mg de exemestano.
Excipientes: sílica coloidal hidratada, crospovidona, hipromelose, carbonato de magnésio, estearato de
magnésio, manitol, celulose microcristalina, metilparabeno, macrogol 6000, polissorbato 80, álcool polivinílico,
emulsão de simeticona, amidoglicolato de sódio, sacarose, dióxido de titânio, cera cetoestearílica, talco, cera de
carnaúba, shellac, óxido férrico e óxido de titânio.
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II – INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Aromasin®
(exemestano) drágea é indicado para o tratamento adjuvante em mulheres pós-menopausadas com
câncer de mama inicial com receptor de estrogênio positivo ou desconhecido tendo como objetivo a redução do
risco de recorrência (distante e loco-regional) e a redução do risco de desenvolvimento de câncer na mama
contralateral, após o tratamento com tamoxifeno durante 2 ou 3 anos. O tempo total do tratamento deve ser de 5
anos (sendo 2-3 anos com tamoxifeno e 3-2 anos de Aromasin®
, de modo sequencial).
é indicado para o tratamento de primeira linha do câncer de mama avançado com receptor hormonal
positivo em mulheres com pós-menopausa natural ou induzida.
é indicado para o tratamento de segunda linha do câncer de mama avançado com receptor hormonal
positivo em mulheres com pós-menopausa natural ou induzida em pacientes cuja doença progrediu após terapia
antiestrogênica.
também é indicado para o tratamento de terceira linha do câncer de mama avançado em mulheres
com pós-menopausa natural ou induzida, cuja doença progrediu após tratamento com antiestrógenos e/ou
inibidores não esteroides da aromatase ou progestágenos.
Tratamento Adjuvante de Câncer de Mama Inicial
Em um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego (Estudo de Intergrupo do Exemestano [IES]), conduzido
em 4724 pacientes na pós-menopausa com câncer de mama positivo para receptor de estrogênio ou com câncer
de mama primário com status hormonal desconhecido, as pacientes que haviam permanecido livres da doença
após receberem terapia adjuvante com tamoxifeno por 2 a 3 anos foram randomizadas para receber 3 a 2 anos de
exemestano (25 mg/dia) ou tamoxifeno (20 ou 30 mg/dia) para completar um total de 5 anos de terapia
hormonal. 1
Acompanhamento mediano de 35 meses
Após uma duração mediana de terapia de 27 meses e um período de acompanhamento mediano de 35 meses, os
resultados demonstraram que o tratamento sequencial com exemestano após 2 a 3 anos de terapia adjuvante com
tamoxifeno foi associado a uma melhora estatisticamente significativa da sobrevida livre de doença (SLD) em
comparação com a continuidade da terapia com o tamoxifeno. A análise demonstrou que durante o período de
estudo observado, o exemestano reduziu o risco de recorrência de câncer de mama em 31% em comparação ao
tamoxifeno (razão de risco de 0,69; p = 0,00003). O efeito benéfico do exemestano sobre o tamoxifeno em
relação à sobrevida livre de doença foi evidente independentemente do status nodal ou da utilização de
quimioterapia anterior.1
O exemestano também reduziu significativamente o risco de câncer de mama contralateral (razão de risco de
0,32, p = 0,0034) e prolongou significativamente a sobrevida livre de câncer de mama (razão de risco de 0,65, p
< 0,00001) e a sobrevida livre de recorrência à distância (razão de risco de 0,70, p = 0,00083). No momento da
análise, a sobrevida global não foi significativamente diferente nos dois grupos, com 116 óbitos ocorrendo no
grupo exemestano e 137 no grupo tamoxifeno (razão de risco de 0,86, p = 0,23).1
Observou-se uma menor incidência de outros tipos de câncer (não de mama) primários diferentes em pacientes
tratadas com o exemestano versus pacientes tratadas com o tamoxifeno (2,2% vs. 3,5%).1
Acompanhamento mediano de 52 meses
Após duração mediana de terapia de cerca de 30 meses e um período de acompanhamento mediano de 52 meses,
os resultados demonstraram que o tratamento adjuvante sequencial com exemestano após 2 a 3 anos de
tamoxifeno foi associado a uma melhora significativa do ponto de vista estatístico e clínico da sobrevida livre de
doença (SLD) em comparação com a continuidade da terapia com o tamoxifeno. A análise demonstrou que
durante o período de estudo observado, o exemestano reduziu o risco de recorrência de câncer de mama em 24%
em comparação ao tamoxifeno (razão de risco de 0,76; p = 0,00015). O efeito benéfico do exemestano sobre o
tamoxifeno em relação à sobrevida livre de doença foi evidente independentemente do status nodal ou de
quimioterapia prévia.
0,57, p = 0,04158) e prolongou significativamente a sobrevida livre de câncer de mama (razão de risco de 0,76, p
= 0,00041) e a sobrevida livre de recorrência à distância (razão de risco de 0,83, p = 0,02621).
Na população total do estudo, uma tendência para o aumento da sobrevida global foi observada no grupo tratado
com exemestano (222 mortes) comparado com tamoxifeno (262 mortes) com razão de risco de 0,85 (teste log-
rank: p = 0,07362), representando uma redução de 15% no risco de morte em favor do exemestano. Entretanto,
no subgrupo de pacientes com receptor de estrógeno positivo ou desconhecido, a razão de risco para a sobrevida
global foi de 0,83 (teste log-rank: p = 0,04250), representando uma redução clínica e estatisticamente
significativa de 17% no risco de morte.
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Na população total estudada, uma redução estatisticamente significativa de 23% no risco de morte (razão de
risco de sobrevida geral de 0,77; teste qui-quadrado de Wald: p = 0,0069) foi observada no grupo tratado com o
exemestano comparado ao tamoxifeno quando ajustado para os fatores prognósticos pré-especificados (por
exemplo, status do receptor de estrógeno, status nodal, quimioterapia prévia, uso de terapia de reposição
hormonal e uso de bifosfonatos).
Uma incidência menor de outros tipos de tumores primários (não de mama) foi observada em pacientes tratados
com exemestano comparado aos pacientes tratados apenas com tamoxifeno (3,6% vs. 5,3%).2
Os resultados de um subestudo endometrial indicaram que, após 2 anos de tratamento, houve uma redução
mediana na espessura endometrial de 33% nas pacientes tratadas com exemestano enquanto que nas pacientes
tratadas com tamoxifeno não houve variação notável. A espessura endometrial, relatada no início do tratamento
em estudo, foi revertida ao normal em 54% das pacientes tratadas com exemestano.3
Acompanhamento mediano de 87 meses
Após duração mediana de terapia de cerca de 30 meses e um período de acompanhamento mediano de cerca de
87 meses, os resultados demonstraram que o tratamento sequencial com exemestano após 2 a 3 anos de terapia
adjuvante com tamoxifeno foi associado a uma melhora significativa do ponto de vista estatístico e clínico da
sobrevida livre de doença (SLD) em comparação com a continuidade da terapia com o tamoxifeno. A análise
demonstrou que durante o período de estudo observado, o exemestano reduziu o risco de recorrência de câncer
de mama em 16% em comparação ao tamoxifeno (razão de risco de 0,84, p = 0,002). O efeito benéfico do
exemestano sobre o tamoxifeno em relação à sobrevida livre de doença foi evidente independentemente do status
nodal ou de quimioterapia prévia.4
O exemestano também prolongou significativamente a sobrevida livre de câncer de mama (razão de risco de
0,82, p = 0,00263) e a sobrevida livre de recorrência à distância (razão de risco de 0,85, p = 0,02425). O
exemestano também reduziu o risco de câncer de mama contralateral, porém, o efeito não foi estatisticamente
significativo (razão de risco de 0,74, p = 0,12983).
Na população total do estudo, uma tendência para a melhora da sobrevida global foi observada no grupo tratado
com exemestano (373 mortes) comparado com tamoxifeno (420 mortes), com razão de risco de 0,89 (teste log
rank: p = 0,08972), representando uma redução de 11% no risco de morte em favor do exemestano. Entretanto,
no subgrupo de pacientes com receptor de estrógeno positivo ou desconhecido, a razão de risco de sobrevida
global não ajustado foi de 0,86 (teste log-rank: p = 0,04262), representando uma redução clínica e
estatisticamente significativa de 14% no risco de morte.4
Na população total estudada, uma redução estatisticamente significativa de 18% no risco de morte (razão de
risco de sobrevida geral de 0,82; teste qui-quadrado de Wald: p = 0,0082) foi observada no grupo tratado com o
hormonal e uso de bifosfonatos).4
com exemestano comparado aos pacientes tratados apenas com tamoxifeno (5,6% vs 7,6%).4
Resultados de um sub-estudo de osso indicam que o tratamento com exemestano por 2 a 3 anos, após 3 a 2 anos
de tratamento com tamoxifeno aumentou a perda óssea durante o tratamento (% média de alteração da linha de
base para densidade mineral óssea (DMO) em 36 meses: -3,37 [coluna], - 2,96 [total do quadril] para
exemestano e -1,29 [coluna], -2,02 [total do quadril], para o tamoxifeno). Entretanto, até o final do período de
acompanhamento houve diferenças mínimas entre os braços de tratamento na alteração da DMO da linha de
base, com o braço do tamoxifeno apresentando uma redução final levemente maior na DMO em todos os locais
(% média na alteração da linha de base para DMO em 24 meses pós-tratamento-2,17 [coluna], -3,06 [total do
quadril] para exemestano e -3,44 [coluna], -4,15 [total do quadril] para o tamoxifeno).5
Tratamento de Câncer de Mama Avançado
Em um estudo de fase III conduzido pelo EORTC (European Organization for Research on Treatment of
Cancer), o exemestano foi comparado ao tamoxifeno no tratamento de primeira linha no câncer de mama
avançado. Os resultados indicam que as pacientes do grupo tratado com exemestano apresentaram uma maior
sobrevida livre de progressão (SLP) comparado ao tamoxifeno (9,9 meses vs. 5,8 meses) com uma razão de risco
de 0,84 em favor do exemestano (p = 0,028 pelo teste de Wilcoxon; p = 0,121 pelo teste de log-rank). Pacientes
tratados com exemestano também tiveram uma maior taxa de resposta objetiva tumoral comparada ao
tamoxifeno (44% vs. 31%).6
Em um estudo clínico controlado, randomizado, revisado por pares de segunda linha de tratamento, o
exemestano na dose diária de 25 mg demonstrou um prolongamento estatisticamente significativo da sobrevida,
do tempo para progressão do tumor (TPT), do tempo para falha do tratamento (TFT) em comparação com um
tratamento hormonal padrão com acetato de megestrol em pacientes na pós-menopausa com câncer de mama
avançado que apresentaram progressão após, ou durante, o tratamento com tamoxifeno tanto como terapia
adjuvante como no tratamento de primeira linha para doença avançada.
4
Referências Bibliográficas:
1. Colajori E. et al. Final Study Report 96-OEXE-031 Randomized Double-blind Trial in Postmenopausal
Women with Primary Breast Cancer who have Received Adjuvant Tamoxifen for 2-3 years, Comparing
Subsequent Adjuvant Exemestane Treatment with Further Tamoxifen, dated 18 October 2004.
2. Carpentieri M, Polli A. Interim Clinical Study Report A5991012-96-OEXE-031 (52-Month Median
Follow-up) Randomized double-blind trial in postmenopausal women with primary breast cancer who
have received adjuvant tamoxifen for 2-3 years, comparing subsequent adjuvant exemestane treatment
with further tamoxifen, dated 16 October 2006.
3. Carpentieri M, Polli A. Final Full Clinical Study Report A5991012-96-OEXE-31 Endometrial (1-year
post treatment) Randomized Double-blind Trial in Postmenopausal Women with Primary Breast Cancer
who have Received Adjuvant Tamoxifen for 2-3 years, Comparing Subsequent Adjuvant Exemestane
Treatment with Further Tamoxifen, dated 7 February 2006.
4. IES 96-OEXE-031. Randomized Double-Blind Trial in Postmenopausal Women with Primary Breast
Cancer Who Have Received Adjuvant Tamoxifen for 2-3 Years, Comparing Subsequent Adjuvant
Exemestane Treatment with Further Tamoxifen. 87-Month Follow-up. 16 Jul 2010.
5. Coleman RE, Banks LM, Girgis SI, et al. Skeletal effects of exemestane on bone-mineral density, bone
biomarkers, and fracture incidence in postmenopausal women with early breast cancer participating in
the Intergroup Exemestane Study (IES): a randomised controlled study. Lancet Oncol 2007; 8 :119–27.
6. Subar M. et al. Study Report 971-ONC-0028-084 Randomized Phase II-III Study in First Line
Hormonal Treatment for Metastatic Breast Cancer with Exemestane or Tamoxifen in Postmenopausal
Patients, dated 30 November 2004.
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: inibidores esteroidais da aromatase; agente antineoplásico.
O exemestano é um inibidor irreversível da aromatase esteroidal, relacionado estruturalmente com o substrato
natural androstenediona. Em mulheres pós-menopausadas, o estrógeno é produzido principalmente a partir da
conversão de andrógeno em estrógeno por ação da enzima aromatase nos tecidos periféricos. A privação
estrogênica por inibição da aromatase é um tratamento eficaz e específico do câncer de mama hormônio-
-dependente em mulheres pós-menopausadas. Em mulheres pós-menopausadas, o exemestano reduziu
significativamente as concentrações séricas de estrógenos, a partir de uma dose de 5 mg atingindo a supressão
máxima (> 90%) com uma dose de 10 mg a 25 mg. Em pacientes pós-menopausadas com câncer de mama
tratadas com doses diárias de 25 mg, a aromatização em todo o corpo foi reduzida em 98%.
O exemestano não possui atividade progestagênica ou estrogênica. Foi observada uma discreta atividade
androgênica, provavelmente em virtude do derivado 17-hidro, principalmente em doses elevadas. Nos estudos de
doses múltiplas diárias, o exemestano não produziu efeitos detectáveis na biossíntese de cortisol ou de
aldosterona pela supra-renal, medida antes ou após a provocação por ACTH, demonstrando assim sua
seletividade em relação a outras enzimas envolvidas na via esteroidogênica. Estes achados indicam que a
reposição de glicocorticoides ou de mineralocorticoides não é garantida.
Um discreto aumento não dependente da dose dos níveis séricos de LH e de FSH foi observado mesmo em
baixas doses. Esse efeito, entretanto, é esperado para a classe farmacológica e provavelmente resulta do feedback
na hipófise em virtude da redução dos níveis de estrógenos que estimulam a secreção hipofisária de
gonadotrofinas também em mulheres pós-menopausadas.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Após a administração oral das drágeas de exemestano, o fármaco é rapidamente absorvido. A fração da dose
absorvida pelo trato gastrintestinal é alta. A biodisponibilidade absoluta em humanos é desconhecida, embora
esteja previsto que seja limitada por um amplo efeito de primeira passagem. Um efeito similar resultou em uma
biodisponibilidade absoluta em ratos e cães de 5%. Após a administração de uma dose única de 25 mg, são
obtidos picos plasmáticos máximos de 17 ng/mL dentro de 2 horas. A farmacocinética do exemestano é linear,
independente do tempo e não demonstra um acúmulo inesperado com a administração repetida. A meia-vida de
eliminação terminal do exemestano é de aproximadamente 24 horas. A administração concomitante com
alimentos aumenta a biodisponibilidade do exemestano em aproximadamente 40%.
Distribuição
O volume de distribuição do exemestano, não corrigido para a biodisponibilidade oral (V/F), é de cerca de 20000
L. A ligação às proteínas plasmáticas é de 90% e não depende da concentração. O exemestano e seus metabólitos
não se ligam às hemácias.
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Metabolismo e Excreção
O exemestano é metabolizado por oxidação da porção metileno na posição 6 pela CYP3A4 e/ou redução do
grupo 17-ceto pela aldocetoredutase seguida por conjugação. O clearance do exemestano não corrigido para a
biodisponibilidade oral (CL/F) é de cerca de 500 L/h. Os metabólitos do exemestano são inativos ou demonstram
uma inibição acentuadamente menor da aromatase do que o composto mãe. Após a administração de uma dose
de exemestano radiomarcado com 14
C, quantidades aproximadamente iguais (cerca de 40%) de radioatividade
derivada do fármaco foram eliminadas na urina e fezes em 1 semana. Entre 0,1% a 1% da dose radioativa foi
excretada na urina como exemestano radiomarcado com 14
C inalterado.
Populações especiais
Idade
Não se observou correlação significativa entre a exposição sistêmica ao exemestano e a idade dos indivíduos.
Insuficiência renal
Em pacientes com insuficiência renal grave (Clcr < 30 mL/min) a exposição sistêmica ao exemestano foi 2 vezes
maior em comparação com voluntários sadios. Devido ao perfil de segurança do exemestano, nenhum ajuste de
dose é necessário.
Insuficiência hepática
Em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave, a exposição ao exemestano é 2-3 vezes maior em
comparação a voluntários sadios. Devido ao perfil de segurança do exemestano, nenhum ajuste de dose é
necessário.
Dados de segurança pré-clínicos
Toxicidade aguda
A toxicidade aguda do exemestano oral é baixa com DL50 em roedores >2000 mg/kg e o composto foi bem
tolerado em cães na dose de até 1000 mg/kg.
Toxicidade crônica
Nos estudos de toxicidade de doses repetidas, os níveis sem efeitos tóxicos após um ano de tratamento foram 50
mg/kg/dia em ratos e 30 mg/kg/dia em cães, o que proporcionou uma exposição sistêmica aproximadamente 3 a
6 vezes maior em comparação a exposição em humanos a 25 mg/dia. Em todas as espécies testadas e em ambos
os sexos, ocorreram efeitos nos órgãos reprodutores e acessórios, que foram relacionados à atividade
farmacológica do exemestano. Foram observados outros efeitos toxicológicos (no fígado, rins ou sistema
nervoso central) apenas em exposições consideradas suficientemente acima da exposição máxima em humanos
indicando pouca relevância para o uso clínico.
Mutagenicidade
O exemestano não foi genotóxico em bactérias (teste de Ames), em células de hamster chinês V79, em
hepatócitos de ratos ou no ensaio de micronúcleo de camundongos. Embora o exemestano seja clastogênico em
linfócitos in vitro, ele não foi clastogênico em 2 estudos in vivo.
Carcinogenicidade
Em um estudo de carcinogenicidade de 2 anos conduzido com ratas, não foi observado tumor relacionado ao
tratamento. Em ratos machos, o estudo foi encerrado na Semana 92, devido à morte precoce por nefropatia
crônica. Em um estudo de carcinogenicidade em camundongos, foi observado um aumento da incidência de
neoplasias hepáticas em ambos os sexos nas doses intermediárias e altas (150 e 450 mg/kg/dia). Este achado foi
considerado relacionado à indução de enzimas microssomais hepáticas, um efeito observado em camundongos,
porém não observado nos estudos clínicos. Um aumento na incidência de adenomas tubulares renais também foi
observado em camundongos machos com dose alta (450 mg/kg/dia). Esta alteração é considerada espécie e sexo
específica e ocorreu em uma dose que representa uma exposição 63 vezes maior do que a que ocorre com a dose
terapêutica humana. Não foram observados efeitos clinicamente relevantes no tratamento de pacientes com
exemestano.
Aromasin®
é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao fármaco ou a qualquer um de seus
excipientes, a mulheres pré-menopausadas, as gestantes ou lactantes.
Este medicamento é contra-indicado para uso por mulheres pré-menopausadas, em mulheres grávidas ou
que estejam amamentando.
Aromasin®
não deve ser administrado a mulheres pré-menopausadas. Por essa razão, sempre que for
clinicamente apropriado, o estado pós-menopáusico deve ser confirmado pela avaliação dos níveis de LH, FSH e
estradiol.
não deve ser administrado concomitantemente com medicamentos que contêm estrógenos, pois esses
antagonizam sua ação farmacológica.
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Como Aromasin® é um potente redutor da produção de estrógeno, podem ocorrer reduções na densidade
mineral óssea. Durante o tratamento adjuvante com Aromasin®, mulheres com osteoporose ou com risco de
osteoporose devem realizar avaliações da densidade mineral óssea por densitometria óssea no início do
tratamento. Pacientes tratadas com Aromasin® devem ser monitoradas cuidadosamente e tratamento para
osteoporose deve ser iniciado quando apropriado.
Deve ser considerada avaliação de rotina a dosagem dos níveis de 25 Hidroxi-Vitamina D previamente ao uso de
inibidores da aromatase, devido à alta prevalência de deficiência severa em mulheres com câncer de mama em
estágio precoce. Mulheres com deficiência de vitamina D devem receber suplementação de vitamina D.
Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em diabéticos.
Este medicamento pode causar doping.
Gravidez e lactação
é contraindicado a gestantes ou lactantes. Mulheres não devem usar Aromasin®
durante a gravidez
pois podem ocorrer danos ao feto. O exemestano demonstrou alguns efeitos tóxicos em estudos de reprodução
animal. Aromasin®
não deve ser utilizado em mulheres que estejam amamentando.
é um medicamento classificado na categoria X de risco de gravidez. Portanto, este
medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o
tratamento.
Efeitos na capacidade de dirigir automóveis e usar máquinas
O efeito de Aromasin®
na habilidade de dirigir e operar máquinas ainda não foi sistematicamente avaliado.
pode comprometer a capacidade das pacientes em dirigir automóveis ou operar máquinas. Foram
relatados casos de sonolência, astenia e tontura com o uso do fármaco. As pacientes devem ser advertidas de que,
se ocorrerem esses sintomas, sua capacidade física e/ou mental necessária para operar máquinas ou dirigir
Evidências in vitro demonstraram que o fármaco é metabolizado através do citocromo P450 (CYP) 3A4 e
aldocetoredutases, não inibindo qualquer das principais isoenzimas do CYP. Em um estudo farmacocinético
clínico, a inibição específica do CYP3A4 pelo cetoconazol não demonstrou qualquer efeito significativo na
farmacocinética de exemestano.
Não se pode excluir uma possível redução nos níveis plasmáticos de exemestano por indutores conhecidos do
CYP3A4, no entanto, embora efeitos farmacocinéticos tenham sido observados em um estudo de interação
farmacocinética com a rifampicina, um indutor potente do CYP3A4, a atividade farmacológica (isto é, supressão
estrogênica) não foi afetada, e ajuste da dose não é necessário.
Aromasin®
drágeas deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da luz e umidade
e pode ser utilizado por 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características físicas e organolépticas: drágeas redondas, biconvexas, de cor esbranquiçada a levemente
acinzentada.
Pacientes adultas e idosas: a dose recomendada de Aromasin®
é uma drágea de 25 mg, uma vez ao dia,
administrada preferencialmente após uma refeição.
Pacientes com câncer de mama inicial: o tratamento com Aromasin®
deve continuar até completar-se cinco anos
de terapia endócrina adjuvante (considerando o tempo de utilização de tamoxifeno e de Aromasin®
), ou até
recorrência local ou distante ou novo câncer de mama contralateral.
Pacientes com câncer de mama avançado: o tratamento com Aromasin®
deve ser mantido, até que a progressão
do tumor seja evidente. Neste caso, deve-se suspender o uso do exemestano, com base nos dados clínicos.
Pacientes com insuficiência renal ou hepática: não são necessários ajustes posológicos em pacientes com
insuficiência hepática ou renal (vide item 3. Características Farmacológicas).
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Dose Omitida: Caso o paciente esqueça de tomar Aromasin®
no horário estabelecido, deve tomá-lo assim que
lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida
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e tomar a próxima. Neste caso, o paciente não deve tomar a dose duplicada para compensar doses esquecidas. O
esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Estudos Clínicos:
Aromasin®
foi geralmente bem tolerado durante todos os estudos e nos estudos clínicos conduzidos com o
produto na dose de 25 mg/dia, os eventos adversos foram geralmente leves a moderados.
A taxa de descontinuação do tratamento devido a eventos adversos nos estudos foi de 7,4 % em pacientes com
câncer de mama inicial recebendo tratamento adjuvante com Aromasin®
após terapia inicial com tamoxifeno. As
reações adversas mais frequentemente relatadas incluíram rubor (22%), artralgia (18%) e fadiga (16%).
A taxa de descontinuação devido a eventos adversos na população total de pacientes com câncer de mama
avançado foi de 2,8%. As reações adversas mais frequentemente relatadas foram rubor (14%) e náusea (12%).
A maioria das reações adversas pode ser atribuída às consequências farmacológicas normais da privação de
estrógeno (por ex., rubor).
As reações adversas relatadas estão listadas a seguir por frequências de acordo com MedDRA SOC. As
frequências estão definidas como: Muito comum 1/10 ( 10%), Comum 1/100 a < 1/10 (≥ 1% e < 10%),
Incomum ≥ 1/1000 a < 1/100 (≥ 0,1% e < 1%), Rara 1/10.000 a < 1/1.000 (≥ 0,01% e < 0,1%).
Distúrbios Metabólico e Nutricional:
Comum: anorexia.
Distúrbios Psiquiátricos:
Muito comum: depressão, insônia.
Distúrbios no Sistema Nervoso:
Muito comum: cefaleia, tontura.
Comum: síndrome do túnel do carpo.
Distúrbio Vascular:
Muito comum: rubor.
Distúrbios Gastrintestinais:
Muito comum: dor abdominal, náusea.
Comum: vômito, diarreia, constipação, dispepsia.
Distúrbios Hepatobiliares:
Muito comum: aumento de enzimas hepáticas, aumento dos níveis séricos de bilirrubina, aumento dos níveis
séricos de fosfatase alcalina.
Distúrbios na Pele e Tecido Subcutâneo:
Muito comum: aumento da sudorese.
Comum: alopecia, rash.
Distúrbios Músculo-esqueléticos e Ósseo:
Muito comum: dores articulares e músculo-esqueléticas (inclui: artralgia e, menos frequentemente, dor em
membros, osteoartrite, lombalgia, artrite, mialgia e rigidez articular).
Comum: fratura, osteoporose.
Distúrbios Gerais:
Muito comum: dor, fadiga.
Comum: edema periférico.
Em pacientes com câncer de mama avançado: foi observada uma redução ocasional nos linfócitos em
aproximadamente 20% das pacientes tratadas com Aromasin®
, particularmente em pacientes com linfopenia pré-
existente. Entretanto, os valores médios dos linfócitos nessas pacientes não se modificaram significativamente no
decorrer do tempo e não foi observado aumento correspondente nas infecções virais.
Foram ocasionalmente reportadas trombocitopenia e leucopenia.
Nos estudos em câncer de mama precoce, a frequência de eventos cardíacos isquêmicos nos braços de tratamento
com Aromasin®
e tamoxifeno foi 4,5% vs 4,2%, respectivamente. Nenhuma diferença significativa foi observada
para qualquer evento cardiovascular individual incluindo hipertensão (9,9% vs 8,4%), infarto do miocárdio
(0,6% vs 0,2%) e insuficiência cardíaca (1,1% vs 0,7%).
Nos estudos em câncer de mama precoce, foi observada uma frequência levemente maior de úlcera gástrica no
braço tratado com Aromasin®
comparado com tamoxifeno (0,7% vs < 0,1%). A maioria das pacientes tratadas
com úlcera gástrica recebeu tratamento concomitante com agentes anti-inflamatórios não
esteroidais e/ou tinha um histórico prévio de doença péptica.
Experiência pós-comercialização:
Distúrbios no sistema imunológico:
Incomum: hipersensibilidade.
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Distúrbios no sistema nervoso:
Comum: parestesia.
Distúrbios hepatobiliares:
Raro: hepatite, hepatite colestática.
Comum: urticária, prurido.
Raro: pustulose exantemática aguda generalizada.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.