Bula do Atensina para o Profissional

Bula do Atensina produzido pelo laboratorio Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Atensina
Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda. - Profissional

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BULA COMPLETA DO ATENSINA PARA O PROFISSIONAL

abcd

ATENSINA®

cloridrato de clonidina

Comprimidos – 0,100 mg

Comprimidos – 0,150 mg

Comprimidos – 0,200 mg

ATENSINA PROFISSIONAL abcd

Atensina_Bula Profissional CCDS 0067-03/C13-00 1

Atensina®

APRESENTAÇÕES

Comprimidos de 0,100 mg, 0,150 mg e 0,200 mg: embalagem com 30 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

ATENSINA 0,100 mg: contém 0,100 mg de cloridrato de clonidina, correspondentes à 0,086 mg de

clonidina.

ATENSINA 0,150 mg: contém 0,150 mg de cloridrato de clonidina, correspondentes à 0,129 mg de

ATENSINA 0,200 mg: contém 0,200 mg de cloridrato de clonidina, correspondentes à 0,173 mg de

Excipientes: lactose mono-hidratada, fosfato de cálcio dibásico, amido, dióxido de silício, povidona,

ácido esteárico.

1. INDICAÇÕES

ATENSINA é indicada para o tratamento da hipertensão arterial sistêmica, podendo ser usada

isoladamente ou associada a outros anti-hipertensivos.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A clonidina é um agente hipotensor potente que age predominantemente através da estimulação de

receptores adrenérgicos alfa. Em pacientes hipertensos, uma dose única de clonidina produziu queda

máxima de 56 mm Hg na pressão arterial sistólica e 29 mm Hg na diastólica, além de redução da

frequência cardíaca.

Devido ao efeito anti-hipertensivo importante da clonidina, doses pequenas podem ser usadas.O estudo

Clobass, multicêntrico, randomizado, duplo-cego, controlado com placebo, avaliou 559 pacientes

hipertensos com pressão arterial diastólica entre 95 e 110 mm Hg e demonstrou que clonidina em doses

baixas é um tratamento eficaz para hipertensão essencial leve a moderada. Além disso, o efeito anti-

hipertensivo não foi atenuado durante a administração prolongada. Pelo contrário, a redução da pressão

arterial induzida pela clonidina aumentou do primeiro ao quarto mês de tratamento. Nos pacientes não

respondedores à clonidina como monoterapia, a combinação com diurético tiazídico em doses baixas

produziu significativa redução adicional da pressão arterial. A clonidina, como monoterapia ou em

associação a diuréticos tiazídicos, controlou cerca de 80% dos indivíduos com elevação leve a moderada

da pressão arterial.

A administração oral de clonidina demonstrou ser eficaz e segura no tratamento da hipertensão leve a

grave. Seu início de ação é rápido, em 30 a 60 minutos após dose oral. A maioria dos pacientes responde

a doses de 0,3 mg ao longo de 2 horas.

A administração intravenosa de clonidina em pacientes hipertensos resultou em resposta rápida seguida

de redução prolongada das pressões sistólicas e diastólicas. Em pacientes com hipertensão essencial, a

redução da pressão arterial após administração oral de clonidina foi associada com redução do débito

cardíaco na posição supina. Em contraste, na posição em pé, houve redução tanto do débito cardíaco

quanto da resistência vascular periférica. Não houve alterações no fluxo arterial renal e na taxa de

filtração glomerular, tanto aguda quanto cronicamente.

Em 174 pacientes hospitalizados, a administração oral prolongada resultou em melhora significativa da

pressão arterial em 61% dos casos. Em 115 pacientes ambulatoriais, melhora significativa ocorreu em

64%. A clonidina foi adicionada ao regime terapêutico de 20 pacientes ambulatoriais, tratados com

diuréticos isoladamente, que permaneciam hipertensos e 80% destes demonstraram resposta anti-

hipertensiva significativa, tanto na posição supina quanto em pé. O efeito adverso mais comum foi tontura

e secura na boca.

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A administração oral ou intramuscular de clonidina demonstrou ser muito eficaz em emergências

hipertensivas, com redução rápida da pressão arterial. Em estudo com 64 pacientes assintomáticos com

hipertensão arterial grave, a clonidina reduziu adequadamente a pressão arterial e o controle da pressão

foi mantido mesmo após o tratamento emergencial.

1. Wing LMH, Reid JL, Davies DS, Neill EAM, Tippett P, Dollery CT. Pharmacokinetic and

concentration-effect relationships of clonidine in essential hypertension. Eur J Clin Pharmacol

1977;12:463-469.

2. Mancia G, Zanchetti A. Low-dose clonidine administration in the treatment of mild or moderate

essential hypertension: results from a double-blind placebo-controlled study (Clobass). J

Hypertens 1990;8(6):539-546.

3. Onesti G, Bock KD, Heimsoth V, Kim KE, Merguet P. Clonidine: a new antihypertensive agent.

Am J Cardiol 1971;28:74-83.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

O cloridrato de clonidina atua essencialmente sobre o sistema nervoso central, reduzindo o fluxo

adrenérgico simpático e diminuindo a resistência vascular periférica, resistência vascular renal, frequência

cardíaca e pressão arterial. O fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular se mantêm

praticamente inalterados. Como os reflexos naturais posturais permanecem intactos, sintomas ortostáticos

são leves e infrequentes.

Com o tratamento prolongado, o débito cardíaco tende a voltar para os valores normais, enquanto a

resistência vascular periférica permanece diminuída. Na maioria dos pacientes tratados com clonidina,

observa-se diminuição da frequência cardíaca, contudo, o medicamento não altera a resposta

hemodinâmica normal ao exercício.

Farmacocinética

Absorção e distribuição

A farmacocinética da clonidina é dose-dependente, entre 75-300 mcg. A clonidina é bem absorvida e

sofre baixo efeito de primeira passagem hepática. A concentração plasmática máxima é atingida dentro de

1-3 h após administração oral. A fixação às proteínas plasmáticas é de 30-40%.

A clonidina é rápida e amplamente distribuída nos tecidos e atravessa as barreiras hematoencefálica e

placentária.

Metabolismo e eliminação

A meia-vida de eliminação final varia de 5 a 25,5 horas e pode ser prolongada até 41 horas em pacientes

com disfunção renal grave.

Cerca de 70% da dose administrada é excretada pela urina, principalmente na forma inalterada (40-60%

da dose). O seu metabólito principal, p-hidroxiclonidina, é farmacologicamente inativo.

Aproximadamente 20% do total é excretado pelas fezes.

A farmacocinética da clonidina não é influenciada por alimentos, nem pela etnia do paciente.

O efeito anti-hipertensivo é alcançado com concentrações plasmáticas entre 0,2 e 2,0 ng/ml em pacientes

com função renal normal. O efeito hipotensivo é atenuado ou reduzido com concentrações plasmáticas

acima de 2,0 ng/mL.

4. CONTRAINDICAÇÕES

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ATENSINA não deve ser usada em pacientes com hipersensibilidade conhecida à clonidina ou aos outros

componentes da fórmula; também não deve ser usada em pacientes com bradiarritmia grave secundária à

disfunção do nódulo sinusal ou bloqueio AV de 2º ou 3º grau.

O uso do produto está contraindicado em condições hereditárias raras de intolerância à galactose.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

ATENSINA deve ser usada com precaução em pacientes com bradiarritmia leve a moderada, tal como

ritmo sinusal lento, com transtornos de perfusão cerebral ou periférica, depressão, polineuropatia e

constipação.

Na hipertensão secundária ao feocromocitoma não se espera efeito terapêutico com o uso de ATENSINA.

A clonidina, princípio ativo de ATENSINA, e os seus metabólitos são eliminados principalmente pela

urina. Na insuficiência renal, é necessário ajuste particularmente cuidadoso da dose. Como ocorre com

outros anti-hipertensivos, o tratamento com ATENSINA deve ser monitorado com cuidado especial em

pacientes com insuficiência cardíaca ou coronariopatia grave.

Os pacientes devem ser orientados a não interromper o tratamento sem antes consultar o seu médico. Em

casos de interrupção brusca do uso de clonidina após um tratamento prolongado com doses elevadas,

foram relatados casos de inquietação, palpitações, elevação súbita da pressão arterial, nervosismo,

tremores, cefaleia ou náusea. Ao interromper um tratamento com ATENSINA, o médico deve reduzir

gradualmente a dose, em 2 a 4 dias. O aumento excessivo da pressão arterial posterior à descontinuação

do tratamento com ATENSINA pode ser revertido com a administração de fentolamina ou tolazolina

intravenosa.

Quando um tratamento prolongado concomitante com betabloqueador precisar ser interrompido, o

betabloqueador deverá ser interrompido primeiro, de forma gradual, e depois a clonidina.

Os pacientes que usam lentes de contato devem ser advertidos de que o tratamento com ATENSINA pode

causar diminuição do fluxo lacrimal.

O uso e a segurança da clonidina em crianças e adolescentes têm poucas evidências demonstradas em

estudos controlados randomizados e, portanto, seu uso nessa população não deve ser recomendado.

Em particular, quando a clonidina é administrada para uso não indicado em bula juntamente com

metilfenidato em crianças com diagnóstico de TDAH, reações adversas graves, incluindo morte, foram

observadas. Desta forma, essa combinação com a clonidina não é recomendada.

Os comprimidos de ATENSINA de 0,100 mg e 0,200 mg contêm 324,9 mg de lactose por dose diária

máxima recomendada, e os comprimidos de ATENSINA de 0,150 mg contém 216,3 mg. Pacientes com

condições hereditárias raras de intolerância à galactose (galactosemia) não devem usar este medicamento.

Fertilidade, Gravidez e Lactação

Os dados sobre uso de clonidina em mulheres grávidas são limitados. ATENSINA somente deverá ser

administrada durante a gravidez em caso de necessidade evidente. Recomenda-se monitoração minuciosa

da mãe e da criança. A clonidina atravessa a barreira placentária e pode reduzir a frequência cardíaca do

feto. Pode ocorrer elevação transitória da pressão arterial no recém-nascido após o parto. Não há

experiência suficiente com relação aos efeitos em longo prazo da exposição pré-natal. Os estudos não-

clínicos não indicaram efeitos nocivos diretos ou indiretos com relação à toxicidade reprodutiva. A

clonidina é excretada em leite materno. Entretanto, não há informação suficiente sobre seu efeito em

recém-nascidos. Portanto o uso de ATENSINA não é recomendado durante a amamentação.

Não foram conduzidos estudos sobre os efeitos da clonidina na fertilidade humana. Estudos não clínicos

com clonidina indicam que não há efeitos nocivos diretos ou indiretos relacionados ao índice de

fertilidade.

ATENSINA está classificada na categoria C de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

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Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas

Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de dirigir e usar máquinas.

Entretanto, o paciente deve ser advertido da possibilidade que poderá sentir efeitos indesejáveis, como

tontura, sedação e distúrbios da acomodação visual durante o tratamento com ATENSINA. Portanto

deve-se recomendar cuidado ao realizar tais tarefas. Os pacientes que sentirem os efeitos colaterais

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A redução da pressão arterial induzida por clonidina pode ser potencializada pela administração

concomitante de outros anti-hipertensivos. Isto pode ser útil no tratamento com outros agentes anti-

hipertensivos, tais como diuréticos, vasodilatadores, betabloqueadores (como propranolol), antagonistas

do cálcio e inibidores da ECA (Enzima Conversora da Angiotensina), mas não com bloqueadores alfa-

1(p. ex. atenolol).

Substâncias que elevam a pressão arterial ou induzem uma retenção de sódio e água, tais como anti-

inflamatórios não-esteroidais (como ácido acetilsalicílico e diclofenaco potássico), podem reduzir o efeito

terapêutico da clonidina.

Substâncias com propriedades bloqueadoras alfa-2, tais como fentolamina ou tolazolina, podem abolir de

forma dose-dependente os efeitos desenvolvidos pela clonidina através dos receptores alfa-2.

A administração concomitante de substâncias com efeito inotrópico ou cronotrópico negativo, tais como

betabloqueadores ou glicosídeos digitálicos (digoxina), podem provocar ou potencializar distúrbios

bradicárdicos.

Não pode ser excluída a possibilidade de que a administração simultânea de um betabloqueador provoque

ou potencialize doenças vasculares periféricas.

A administração concomitante de antidepressivos tricíclicos (como amitriptilina) ou de neurolépticos

(como clorpromazina) com propriedades alfa-bloqueadoras pode reduzir ou abolir o efeito anti-

hipertensivo e provocar ou agravar transtornos da regulação ortostática.

A clonidina pode potencializar os efeitos de substâncias depressoras centrais e do álcool.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Manter em temperatura ambiente (15 ºC a 30 ºC), protegido da luz e umidade.

O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Os comprimidos são brancos, redondos e achatados. Em uma das faces há uma gravação 01 C (0,100

mg), 15 C (0,150 mg) ou 02 C (0,200 mg) em cada lado do sulco de partição; na outra face há o símbolo

da companhia.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

A doença hipertensiva desenvolve-se muito lentamente e, assim sendo, para preservar o bem-estar do

paciente, não é recomendável uma redução rápida dos valores pressóricos, exceto nos casos de crise

hipertensiva. O tratamento da hipertensão requer supervisão médica regular.

A dose de ATENSINA deve ser ajustada de acordo com a resposta individual de cada paciente.

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Na hipertensão leve a moderada a dose diária de ATENSINA de 0,075 mg a 0,200 mg é suficiente na

maioria dos casos. Deste modo, recomenda-se iniciar o tratamento com uma dose única diária, à noite, de

0,075 mg, 0,100 mg, 0,150 mg ou 0,200 mg, de acordo com o grau de severidade do quadro clínico. Na

eventualidade de não ser obtido o controle desejado dos valores tensionais, após 2 a 4 semanas, se

necessário, a dose poderá ser aumentada até que a pressão arterial se situe em níveis adequados,

administrando-se pela manhã dose idêntica à da noite.

Usualmente doses acima de 0,600 mg por dia não proporcionam uma redução adicional importante da

pressão arterial.

Na hipertensão grave pode ser necessário aumentar a dose diária para 0,300 mg, que poderá ser repetida

até três vezes ao dia (0,900 mg).

Insuficiência renal:

A dose deve ser ajustada de acordo com a resposta anti-hipertensiva individual de cada paciente e de

acordo com o grau de insuficiência renal, podendo apresentar variações importantes nos pacientes com

insuficiência renal, sendo necessária uma monitoração minuciosa. Como durante a hemodiálise de rotina

é eliminada somente uma quantidade mínima de clonidina, não é necessário administrar uma dose

suplementar do produto após a diálise.

9. REAÇÕES ADVERSAS

A maioria das reações adversas é leve e tende a diminuir com a continuação do tratamento.

– Reações muito comuns (>1/10): tontura, sedação, hipotensão ortostática, boca seca

– Reações comuns (>1/100 e <1/10): depressão, distúrbio do sono, cefaleia, constipação, náusea, dor nas

glândulas salivares, vômito, disfunção erétil, fadiga.

– Reações incomuns (>1/1.000 e <1/100): percepção ilusória, alucinação, pesadelos, parestesia,

bradicardia sinusal, fenômeno de Raynaud, prurido, rash, urticária, mal-estar.

– Reações raras (>1/10.000 e <1.000): ginecomastia, diminuição da lacrimação, bloqueio atrioventricular,

secura nasal, pseudo-obstrução do cólon, alopecia, aumento da glicemia.

– Reações com frequência desconhecida: estado confusional, diminuição da libido, distúrbios da

acomodação visual, bradiarritmia.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária-

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.