Bula do Avaden para o Profissional

Bula do Avaden produzido pelo laboratorio Bayer S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Avaden
Bayer S.a. - Profissional

Download
BULA COMPLETA DO AVADEN PARA O PROFISSIONAL

1

Avaden®

Bayer S.A.

Comprimidos revestidos

1 mg estradiol / 1 mg estradiol + 0,025 mg gestodeno

2

Avaden

estradiol

gestodeno

APRESENTAÇÃO:

Cartucho com 1 envelope contendo blíster de 28 comprimidos revestidos

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO:

Cada comprimido revestido bege de Avaden

contém 1 mg de estradiol.

Excipientes: lactose, amido, povidona, estearato de magnésio, hipromelose, macrogol,

dióxido de titânio, pigmento de óxido de ferro amarelo, pigmento de óxido de ferro

vermelho e talco

Cada comprimido revestido azul de Avaden

contém 1 mg de estradiol e 0,025 mg de

gestodeno.

dióxido de titânio, índigo carmim e talco

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:

1. INDICAÇÕES:

Avaden

é indicado para terapia de reposição hormonal (TRH), para o tratamento de

sinais e sintomas da deficiência estrogênica devido à menopausa e para prevenção da

osteoporose na pós-menopausa.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA:

Durante o uso prolongado de Avaden®

, os parâmetros bioquímicos do “turn-over” ósseo

diminuem significativamente. Estudos clínicos mostraram, por meio de determinação da

densidade mineral óssea, que Avaden

previne efetivamente a perda da massa óssea na pós-

menopausa. O tratamento com TRH por período prolongado apresentou redução do risco de

fraturas periféricas em pacientes na pós-menopausa.

Estudos observacionais e o estudo do “Women’s Health Initiative (WHI)” com estrogênios

equinos conjugados (EEC) associados ao acetato de medroxiprogesterona (AMP) sugerem

uma redução na morbidade do câncer de cólon em mulheres na pós-menopausa que utilizam

TRH. No estudo WHI com monoterapia de EEC não foi observada uma redução no risco.

Não se sabe se estes dados também se estendem a outros medicamentos e esquemas

terapêuticos para TRH.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS:

 Farmacodinâmica

3

Avaden

contém 17-estradiol (estrogênio natural humano), e gestodeno (progestógeno

sintético). O estradiol fornece reposição hormonal durante e após a menopausa com um

tratamento efetivo dos sintomas do climatério (como fogachos, sudorese, alterações no sono

e humor, nervosismo, ressecamento vaginal). O gestodeno aparentemente tem um índice

substancialmente mais elevado de seletividade (relação entre a atividade progestogênica e a

atividade androgênica) do que alguns progestógenos já utilizados na terapia de reposição

hormonal (por exemplo, levonorgestrel, noretisterona). A adição sequencial do gestodeno

previne o desenvolvimento de hiperplasia endometrial e provoca sangramento semelhante ao

menstrual a cada 28 dias em média, com intensidade e duração geralmente menor ou igual à

menstruação normal, o qual dura entre 4 e 6 dias.

Estudos com esta associação mostraram que a administração de Avaden

diminui o

colesterol total e triglicérides, assim como também as lipoproteínas de baixa densidade

(LDL-C).

 Farmacocinética

gestodeno

- Absorção:

Após administração oral, o gestodeno é rápida e completamente absorvido. A

biodisponibilidade do gestodeno é de aproximadamente 100%. O alimento não afeta a

biodisponibilidade do gestodeno após a administração de Avaden

.

Após uma única administração oral, concentrações máximas de gestodeno de

aproximadamente 1,3 ng/ml podem ser esperadas dentro de menos de 1 hora após a

ingestão de Avaden

. Depois disto, os níveis séricos de gestodeno diminuem em pelo

menos 2 fases com uma meia-vida terminal de aproximadamente 23 horas.

- Distribuição:

O gestodeno liga-se em grande proporção à albumina sérica e às globulinas de ligação aos

hormônios sexuais (SHBG). Apenas cerca de 1% da concentração sérica total do

gestodeno está presente como esteroide livre, 75 - 80% ligam-se especificamente à

SHBG. Ocorre alteração na concentração de SHBG durante o tratamento com Avaden

Em paralelo, os níveis séricos de gestodeno também mudam, indicando não-linearidade

devido a alteração tempo-dependente da farmacocinética do gestodeno após

administrações orais repetidas. O volume aparente de distribuição do gestodeno é de

aproximadamente 0,7 l/kg.

- Metabolismo:

O gestodeno é completamente metabolizado em metabólitos geralmente mais polares.

Não foram descritos quaisquer metabólicos ativos.

- Excreção:

A taxa de depuração sérica total é de 0,8 ml/min/kg.

O gestodeno não é excretado na forma inalterada. Seus metabólitos são excretados pelas

vias urinária e biliar na proporção de aproximadamente 6:4. A meia-vida de eliminação

renal dos metabólitos é de aproximadamente 1 dia.

4

- Condições no estado de equilíbrio:

A farmacocinética do gestodeno é influenciada pelos níveis de SHBG, os quais

apresentam um leve aumento ocasionado pelo estradiol. Após a ingestão diária, os níveis

séricos do gestodeno aumentam em aproximadamente 2 vezes. Os níveis médios no

estado de equilíbrio variam entre 0,4 (Cmín) e 1,1 ng/ml (2 h após a ingestão de Avaden

).

Os valores de Cmáx são aproximadamente 1,5 vezes maiores que os valores observados

após 2 horas da ingestão. As concentrações médias de gestodeno, após administração oral

repetida, são estimadas em 0,7 ng/ml para Avaden

e, para a associação de estradiol 2 mg

/ estradiol 2 mg + gestodeno 0,05 mg, a concentração medida foi de 1,4 ng/ml, o que

indica aumento dos níveis séricos proporcional à dose administrada.

estradiol

O estradiol administrado por via oral é rápida e completamente absorvido. É amplamente

metabolizado durante absorção e metabolismo de primeira passagem e, apenas cerca de

5% do estradiol torna-se biodisponível. Alimentos não afetam a biodisponibilidade do

estradiol após administração oral de Avaden

Após administração oral de Avaden

, observa-se, dentro de um intervalo de

administração de 24 horas, apenas uma mudança gradual nos níveis séricos de estradiol.

Esta condição não-usual do nível sérico do estradiol é causado pela conversão posterior

de grandes quantidades de sulfato de estrona em estradiol, na via sérica da estrona, e

também pela recirculação êntero-hepática dos estrogênios conjugados eliminados. Após

administração oral, a meia-vida terminal do estradiol pode apenas ser estimada e varia

entre 10 e 25 horas. Esta é similar a meia-vida terminal de estrona no soro, mas

significativamente maior que a meia-vida calculada para o estradiol após administração

intravenosa.

O estradiol liga-se de forma inespecífica à albumina sérica e de forma específica a SHBG.

Apenas cerca de 1 – 2 % do estradiol circulante está presente na forma de esteroide livre,

40 – 45 % está ligado à SHBG. O estradiol administrado por via oral induz a formação de

SHBG, a qual influencia a distribuição com relação às proteínas séricas, promovendo

aumento da fração ligada a SHBG e diminuição da fração ligada à albumina e da fração

livre, indicando uma não-linearidade da farmacocinética do estradiol após a ingestão de

. O volume aparente de distribuição do estradiol após uma única administração

intravenosa é de aproximadamente 1 l/kg.

O estradiol é quase que completamente metabolizado através da via conhecida do

estrogênio endógeno, formando também os metabólitos farmacologicamente menos ativos

estrona e, em menor quantidade, estriol. Os principais metabólitos do estradiol no soro

são a estrona e o sulfato de estrona, com concentrações de aproximadamente 6 vezes e, no

mínimo, 150 vezes mais elevadas, respectivamente.

5

A depuração sérica total de estradiol após administração intravenosa única apresenta alta

variabilidade na faixa entre 10 – 30 ml/min/kg, indicando rápida eliminação do estradiol.

O estradiol e seus metabólitos são predominantemente excretados pela via urinária com

meia-vida de aproximadamente 1 dia.

Após administrações orais repetidas, o estradiol acumula-se no soro em aproximadamente

2 vezes. Dentro do intervalo de administração de 24 horas, os níveis séricos médios do

estradiol no estado de equilíbrio variam entre 26 pg/ml (Cmín) e 50 pg/ml (Cmáx) após

A concentração média de estradiol, após administração oral repetida é estimada em 27

pg/ml .

 Dados pré-clinicos de segurança

A estimativa do risco em humanos foi baseada em informações toxicológicas disponíveis

para os componentes individuais da preparação, o 17β-estradiol e o gestodeno.

Nenhum efeito que possa indicar um risco inesperado em humanos foi observado durante

estudos de tolerância sistêmica após administração de dose repetida.

Nem estudos de toxicidade por doses repetidas em longo prazo para avaliação de uma

possível atividade tumorigênica do gestodeno, nem as informações clínicas e

experimentais com estradiol indicaram um potencial tumorigênico de relevância clínica

para Avaden®

. Entretanto, deve-se ter em mente que os esteroides sexuais podem

promover o crescimento de certos tecidos e tumores hormônio-dependentes.

Não foram realizadas investigações da toxicologia na reprodução com a combinação do

estradiol com gestodeno. Com base nos dados de toxicidade reprodutiva do gestodeno

em combinação com etinilestradiol, nenhum risco específico na reprodução deve ser

assumido para o Avaden®

durante seu uso na terapia de reposição hormonal.

Estudos in vitro e in vivo realizados com gestodeno não indicaram genotoxicidade,

incluindo potencial mutagênico. Estudos publicados para o estradiol indicaram resultados

conflitantes em relação a um possível potencial de dano cromossomal. Entretanto,

considerando o uso terapêutico do estradiol na terapia de reposição, nenhum risco

mutagênico relevante para humanos deve ser assumido.

4. CONTRAINDICAÇÕES:

A terapia de reposição hormonal (TRH) não deve ser iniciada na presença de

qualquer uma das condições abaixo: Se qualquer uma destas condições ocorrer

durante o uso da TRH, a sua utilização deve ser descontinuada imediatamente.

- gravidez e lactação;

- sangramento vaginal irregular não diagnosticado;

- diagnóstico ou suspeita de câncer de mama;

- diagnóstico ou suspeita de condições pré-malignas ou malignas dependentes de

esteroides sexuais;

6

- presença ou histórico de tumores hepáticos (benignos ou malignos);

- doença hepática grave;

- tromboembolismo arterial agudo (por exemplo, infarto do miocárdio, acidente

vascular cerebral);

- presença de trombose venosa profunda, distúrbios tromboembólicos ou

antecedentes destas condições;

- alto risco de trombose venosa ou arterial;

- hipertrigliceridemia grave;

- hipersensibilidade conhecida a qualquer um dos componentes do medicamento.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES:

Avaden®

não pode ser usado como contraceptivo.

Quando necessária, a contracepção deve ser realizada com métodos não-hormonais,

com exceção dos métodos de ritmo e da temperatura. Se houver suspeita de

ocorrência de gravidez, a terapia deve ser interrompida até que essa possibilidade

seja excluída (vide item “Gravidez e lactação”).

Antes de iniciar o tratamento, todas as condições/fatores de risco mencionados

abaixo devem ser considerados para determinar a relação risco/benefício individual

do tratamento para a paciente.

Durante o tratamento, deve-se descontinuar imediatamente a utilização do

medicamento caso surja uma contraindicação, e também nos seguintes casos:

- ocorrência pela primeira vez de enxaquecas ou cefaleias com intensidade e

frequência fora do habitual ou ocorrência de outros sintomas que sejam possíveis

sinais prodrômicos de oclusão cerebrovascular;

- recorrência de icterícia colestática ou prurido colestático que tenham surgido

inicialmente durante uma gravidez ou durante o uso anterior de esteroides sexuais;

- sintomas ou suspeita de um evento trombótico.

Em caso de ocorrência ou agravamento das seguintes condições ou fatores de risco,

deve-se reavaliar a relação risco/benefício individual, considerando a possível

necessidade de descontinuar a terapia.

O potencial para um risco sinérgico aumentado de trombose deve ser considerado

em mulheres que possuem uma combinação de fatores de risco ou apresentam uma

severidade maior de um fator de risco isolado. Este risco aumentado pode ser ainda

maior que a simples soma do risco de cada fator. A TRH não deve ser prescrita

quando a avaliação risco/benefício for desfavorável.

 Tromboembolismo venoso

Estudos epidemiológicos e estudos controlados randomizados sugerem um aumento

do risco relativo de desenvolvimento de tromboembolismo venoso (TEV), isto é,

trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. Portanto, a relação risco-benefício

7

deve ser cuidadosamente avaliada, em conjunto com a paciente, quando se

prescrever TRH para mulheres que apresentem fator de risco para TEV.

Os fatores de risco geralmente reconhecidos incluem histórico pessoal ou familiar (a

ocorrência de TEV em um familiar em primeiro grau em idade relativamente

precoce pode indicar predisposição genética) e obesidade grave. O risco de TEV

também aumenta com a idade. Não há consenso sobre a possível influência de veias

varicosas no desenvolvimento de TEV.

O risco de TEV pode estar temporariamente aumentado em casos de imobilização

prolongada, cirurgia eletiva de grande porte ou pós-traumática ou traumatismo

extenso. Dependendo da natureza da ocorrência e da duração da imobilização, deve-

se considerar a interrupção temporária da TRH.

 Tromboembolismo arterial

Dois grandes estudos clínicos realizados com estrogênios equinos conjugados (EEC)

combinados com acetato de medroxiprogesterona (AMP), em esquema de

administração contínua, indicaram um possível aumento do risco de cardiopatia

coronariana no primeiro ano de uso e nenhum benefício após este período. Um

estudo clínico abragente, realizado com EEC administrado isoladamente, indicou

um potencial para redução da taxa de cardiopatia coronariana em mulheres com

idade entre 50 e 59 anos e nenhum benefício geral na população total estudada.

Como resultado secundário, verificou-se um aumento de 30 a 40% no risco de

acidente vascular cerebral em dois grandes estudos clínicos realizados com EEC

administrados isoladamente ou em combinação com AMP. Não se sabe se estes

dados também se aplicam a outros medicamentos para TRH ou para vias de

administração não-oral.

 Doença da vesícula biliar

É conhecido o aumento da litogenicidade da bile provocado por estrogênios.

Algumas mulheres são predispostas a desenvolver doenças da vesícula biliar durante

a terapia estrogênica.

 Demência

Existe evidência limitada, observada em estudos clínicos realizados com produtos

contendo EEC, de que a terapia hormonal pode aumentar o risco de demência se

iniciada em mulheres com idade igual ou superior a 65 anos. O risco pode diminuir

se o tratamento for iniciado no princípio da menopausa, como observado em outros

estudos. Não se sabe se estes dados também se estendem a outros medicamentos

para TRH.

 Tumores

- Câncer de mama

8

Estudos clínicos e estudos observacionais relataram aumento do risco de se ter

diagnosticado câncer de mama em mulheres que usam TRH por vários anos. Estes

achados podem ser devido ao diagnóstico precoce, aos efeitos da promoção do

crescimento de tumores preexistentes ou à combinação de ambos. É importante que

o aumento do risco de diagnóstico de câncer de mama seja discutido com a paciente

e avaliado em relação aos benefícios da terapia de reposição hormonal.

A estimativa para o risco relativo global de diagnóstico de câncer de mama

fornecida em mais de 50 estudos epidemiológicos variou entre 1 e 2, na maioria dos

estudos.

O risco relativo aumenta com a duração do tratamento e pode ser mais baixo ou

possivelmente neutro com medicamentos contendo somente estrogênios.

Dois grandes estudos clínicos randomizados, realizados com EEC administrado

isoladamente ou em combinação com AMP em uso contínuo, apresentaram riscos

estimados de 0,77 (lC 95%: 0,59 – 1,01) ou de 1,24 (IC 95%: 1,01 – 1,54) após 6 anos

de TRH. Não se sabe se o risco aumentado também se aplica a outros medicamentos

Aumentos similares em diagnósticos de câncer de mama são observados, por

exemplo, nos casos de atraso da menopausa natural, ingestão de bebida alcoólica ou

adiposidade.

O aumento do risco desaparece dentro de poucos anos após a descontinuação do uso

da TRH.

A maioria dos estudos tem relatado que tumores diagnosticados em usuárias atuais

ou recentes de TRH tendem a ser mais bem diferenciados do que os verificados em

não-usuárias. Dados referentes à localização fora da área da mama não são

conclusivos.

A TRH aumenta a densidade de imagens mamográficas, o que pode afetar

adversamente a detecção radiológica do câncer de mama em alguns casos.

- Câncer endometrial

A exposição prolongada a estrogênios administrados isoladamente aumenta o risco

de desenvolvimento de hiperplasia ou carcinoma endometrial. Estudos sugerem que

a adição apropriada de progestógeno na terapia elimina esse aumento no risco.

- Tumor hepático

Após o uso de hormônios como os contidos em medicamentos destinados à TRH

foram observados, em casos raros, tumores hepáticos benignos e, mais raramente,

tumores malignos que, em casos isoladosocasionaram hemorragias intra-abdominais

com risco para a vida da paciente. Se ocorrer dor intensa no abdome superior,

hepatomegalia ou sinais de hemorragia intra-abdominal, deve-se incluir tumor

hepático nas considerações diagnóstico-diferenciais.

 Outras condições

Não foi estabelecida uma associação geral entre o uso da TRH e o desenvolvimento

de hipertensão clínica. Foram relatados pequenos aumentos na pressão arterial em

9

usuárias de TRH; os aumentos clinicamente relevantes são raros. Entretanto, deve-

se considerar a descontinuação do tratamento em casos individuais de

desenvolvimento e manutenção de hipertensão clinicamente significativa durante a

TRH.

Distúrbios moderados da função hepática, incluindo hiperbilirrubinemias, tais como

as síndromes de Dubin-Johnson ou de Rotor, necessitam de rigorosa supervisão,

sendo que a função hepática deve ser monitorada periodicamente. Em caso de

alteração nos indicadores da função hepática, deve-se descontinuar a TRH.

Mulheres com níveis moderadamente elevados de triglicérides necessitam de

acompanhamento especial. A TRH, nestes casos, pode estar associada a um aumento

adicional no nível de triglicérides, levando ao risco de pancreatite aguda.

Embora a TRH possa ter efeito na resistência insulínica periférica e na tolerância à

glicose, geralmente não há necessidade de alterar o regime terapêutico para

pacientes diabéticas que estiverem usando TRH. Entretanto, estas pacientes devem

ser cuidadosamente monitoradas durante a terapia de reposição hormonal.

Algumas pacientes podem desenvolver manifestações indesejáveis geradas pela

estimulação estrogênica durante a TRH, como sangramento uterino anormal. Se

durante a terapia ocorrer sangramento uterino anormal de forma frequente ou

persistente, recomenda-se avaliação endometrial.

Fibromas uterinos (miomas) podem aumentar de tamanho sob a influência de

estrogênios. Caso seja observado este aumento, o tratamento deve ser

descontinuado.

Se ocorrer reativação de endometriose durante a TRH, recomenda-se a

descontinuação do tratamento.

Se a paciente apresentar diagnóstico de prolactinoma, é necessário um

acompanhamento médico rigoroso, incluindo avaliação periódica dos níveis de

prolactina.

Ocasionalmente pode ocorrer cloasma, especialmente em mulheres com histórico de

cloasma gravídico. Mulheres com tendência a cloasma devem evitar exposição ao sol

ou à radiação ultravioleta enquanto estiverem em tratamento com TRH.

A ocorrência ou agravamento dos quadros abaixo foram relatados com o uso da

TRH. Embora não exista evidência conclusiva da associação com a TRH, as

mulheres que apresentarem alguma das condições abaixo e que estiverem em

terapia de reposição hormonal devem ser cuidadosamente monitoradas.

- epilepsia;

- doença benigna da mama;

10

- asma;

- enxaqueca;

- porfiria;

- otosclerose;

- lúpus eritematoso sistêmico;

- coreia menor.

Em mulheres com angioedema hereditário, o uso de estrógenos exógenos pode

induzir ou exacerbar sintomas de angioedema.

 Gravidez e lactação

A TRH é contraindicada durante a gravidez ou lactação. Se ocorrer gravidez

durante o uso de Avaden®

, o tratamento deve ser descontinuado imediatamente.

Estudos epidemiológicos abrangentes realizados com hormônios esteroides

utilizados em contracepção e TRH não revelaram risco aumentado de malformação

congênita em crianças cujas mães fizeram uso de hormônios sexuais antes da

gravidez, nem efeitos teratogênicos quando tais hormônios sexuais foram tomados

de forma inadvertida durante a fase inicial da gestação.

Pequenas quantidades de hormônios sexuais podem ser excretadas com o leite

materno.

 Consultas / exames médicos

Antes de iniciar ou retomar o uso da TRH, é necessário obter histórico clínico

detalhado e realizar exame clínico completo, considerando os itens descritos em

“Contraindicações” e “Advertências e Precauções”; estes acompanhamentos devem

ser repetidos periodicamente durante o uso da TRH. A frequência e a natureza

destas avaliações devem ser baseadas em condutas médicas estabelecidas e

adaptadas a cada usuária, mas, em geral, devem incluir pressão arterial, mamas,

abdome e órgãos pélvicos, incluindo citologia cervical de rotina.

 Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

A contracepção hormonal deve ser descontinuada quando for iniciado o tratamento

com Avaden

e a paciente deve ser orientada a adotar medidas contraceptivas não-

hormonais, se necessário.

 Interações com outros medicamentos

Tratamentos prolongados com fármacos indutores de enzimas hepáticas (por

exemplo, vários anticonvulsivantes e antimicrobianos) podem aumentar a depuração

de hormônios sexuais e reduzir a eficácia clínica. Tais propriedades de indução de

enzimas hepáticas foram estabelecidas para hidantoínas, barbitúricos, primidona,

11

carbamazepina e rifampicina, assim como há suspeita da existência dessas

propriedades também para oxcarbazepina, topiramato, felbamato e griseofulvina. A

indução enzimática máxima geralmente não ocorre antes da segunda ou terceira

semana, mas pode ser mantida por, no mínimo, 4 semanas após o término da terapia

com algum desses fármacos.

Em casos raros, níveis reduzidos de estradiol foram observados com o uso

concomitante de certos antibióticos (por exemplo, penicilinas e tetraciclina).

Substâncias que apresentam conjugação substancial (por exemplo, paracetamol)

podem aumentar a biodisponibilidade do estradiol pela inibição competitiva do

sistema de conjugação durante a absorção.

Em casos individuais, as necessidades de hipoglicemiantes orais ou insulina podem

ser alteradas como resultado do efeito sobre a tolerância à glicose.

 Interação com bebidas alcoólicas

A ingestão aguda de bebidas alcoólicas durante a TRH pode ocasionar elevação nos

níveis de estradiol circulante.

 Alterações em exames laboratoriais:

O uso de esteroides sexuais pode influenciar os resultados de parâmetros

bioquímicos, tais como das funções hepática, tiroidiana, adrenal e renal; níveis

plasmáticos de proteínas (transportadoras), como a globulina de ligação a

corticosteroides e frações lipídicas/lipoproteicas; parâmetros do metabolismo de

carboidratos e parâmetros da coagulação e fibrinólise.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO:

Avaden®

deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Proteger da

umidade.

O prazo de validade de Avaden®

mg é de 24 meses a partir da data de sua fabricação.

“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”

“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua

embalagem original.”

 Características organolépticas

Apresenta-se na forma de comprimidos revestidos nas cores bege ou azul.

“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”

“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR:

Se a paciente ainda estiver menstruando, o tratamento deve ser iniciado no primeiro dia

da menstruação. Pacientes com amenorreia ou períodos menstruais muito pouco

frequentes ou que se encontram na pós-menopausa podem iniciar o tratamento com

Avaden

em qualquer dia do mês, desde que a existência de gravidez tenha sido excluída

(vide item “Gravidez e lactação” em “Advertências e precauções”).

12

 Dose

Ingerir um comprimido revestido bege diariamente, nos primeiros 16 dias, seguido da

ingestão diária de um comprimido revestido azul durante os 12 dias seguintes.

 Administração

Cada cartela contém tratamento para 28 dias. O tratamento é contínuo, isto é, deve-se ingerir

um comprimido diariamente, seguindo a direção indicada pelas setas, sem intervalo entre o

término de uma cartela e início da outra.

Para prevenção da osteoporose na pós-menopausa, Avaden

1 mg tem-se mostrado efetivo

para a maioria das pacientes. As determinações de densidade mineral óssea podem ser usadas

para monitorar o efeito do tratamento.

Os comprimidos devem ser ingeridos com um pouco de líquido, sem mastigar.

Os comprimidos devem ser tomados preferencialmente no mesmo horário todos os dias.

- Comprimidos esquecidos:

Se ocorrer esquecimento da ingestão de um comprimido, a paciente deve tomá-lo assim

que possível. Se houver transcorrido mais de 24 horas do esquecimento, não se deve

ingerir o comprimido esquecido. Caso haja esquecimento de vários comprimidos, pode

ocorrer sangramento.

Geralmente ocorre sangramento durante os últimos dias de tomada dos comprimidos de

uma cartela e a primeira semana da cartela seguinte.

“Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.”

 Informações adicionais para populações especiais:

- Crianças e adolescentes

Avaden®

não é indicado para o uso em crianças e adolescentes.

- Pacientes idosas

Não existem dados que sugiram a necessidade de ajuste de dose em pacientes idosas. Para

mulheres com 65 anos ou mais vide item “Advertências e Precauções”.

- Pacientes com disfunção hepática

não foi especificamente estudado em pacientes com disfunção hepática.

é contraindicado em mulheres com doença hepática grave (vide item

“Contraindicações”).

- Pacientes com disfunção renal

não foi especificamente estudado em pacientes com disfunção renal. Dados

disponíveis não sugerem a necessidade de ajuste de dose nesta população de pacientes.

13

9. REAÇÕES ADVERSAS:

As reações adversas mais graves associadas à TRH estão listadas na sessão

“Advertências e precauções”.

Seguem abaixo outras reações adversas relatadas em usuárias de TRH (dados de

pós-comercialização), mas para as quais a associação com uso de Avaden®

não foi

confirmada nem excluída.

Classificação por

sistema corpóreo

(MedDRA v.8.0)

Comum

(≥ 1/100 e < 1/10)

Incomum

(≥ 1/1.000 e < 1/100)

Raro

(≥ 1/10.000 e <

1/1.000)

Distúrbios no

sistema

imunológico

Reação de

hipersensibilidade

Distúrbios

metabólicos e

nutricionais

Aumento ou

diminuição de peso

corporal

psiquiátricos

Estados depressivos Ansiedade,

aumento ou

diminuição da

libido

sistema nervoso

Cefaleia Vertigem Enxaqueca

Distúrbios nos

olhos

Distúrbios visuais Intolerância a

lentes de contato

cardíacos

Palpitações

gastrintestinais

Dor abdominal,

náusea

Dispepsia Distensão

abdominal,

vômito

cutâneos e nos

tecidos

subcutâneos

Erupção cutânea,

prurido

Eritema nodoso,

urticária

Hirsutismo, acne

sistema músculo-

esquelético e nos

tecidos conectivos

Cãibras

musculares

reprodutivo e nas

mamas

Sangramento

uterino/vaginal

incluindo

gotejamento

(sangramentos

irregulares

Dor nas mamas,

dolorosa nas mamas

Dismenorreia,

secreção vaginal,

síndrome

semelhante à pré-

menstrual,

hipertrofia

14

normalmente

desaparecem com

a continuação do

tratamento)

mamária

Distúrbios gerais e

condições no local

de administração

Edema Fadiga

Foi utilizado o termo MedDRA (versão 8.0) mais apropriado para descrever uma

determinada reação. Sinônimos ou condições relacionadas não foram listados, mas

também devem ser considerados.

Em mulheres com angioedema hereditário, o uso de estrogênios exógenos pode

induzir ou intensificar sintomas de angioedema (vide item “Advertências e

Precauções”).

“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.”

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.