Bula do Azitrogran para o Profissional

Bula do Azitrogran produzido pelo laboratorio Legrand Pharma Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Azitrogran
Legrand Pharma Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO AZITROGRAN PARA O PROFISSIONAL

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AZITROGRAN®

azitromicina diidratada

LEGRAND PHARMA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA.

Comprimido revestido 500 mg

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I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

azitromicina di-hidratada

APRESENTAÇÕES

Azitrogran®

comprimidos revestidos de 500 mg em embalagem contendo 3 comprimidos.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 45 KG

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém:

azitromicina di-hidratada*............................................................................................................ 524,05 mg

Excipiente qsp .......................................................................................................... 1 comprimido revestido

* equivalente a 500 mg de azitromicina base.

Excipientes: celulose microcristalina, fosfato de cálcio dibásido di-hidratado, amido, croscarmelose sódica,

óleo vegetal hidrogenado, estearato de magnésio, cloreto de metileno, dióxido de titânio, etilcelulose,

hipromelose, macrogol, álcool etílico e água purificada.

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Azitrogran®

(azitromicina di-hidratada) pó para suspensão oral é indicado em infecções causadas por

organismos suscetíveis, em infecções do trato respiratório inferior incluindo bronquite e pneumonia, em

infecções da pele e tecidos moles, em otite média aguda e infecções do trato respiratório superior incluindo

sinusite e faringite/tonsilite. (Penicilina é o fármaco de escolha usual no tratamento de faringite devido a

Streptococcus pyogenes, incluindo a profilaxia da febre reumática. A azitromicina geralmente é efetiva na

erradicação do estreptococo da orofaringe; porém dados que estabelecem a eficácia da azitromicina e a

subsequente prevenção da febre reumática não estão disponíveis no momento).

Nas doenças sexualmente transmissíveis no homem e na mulher, Azitrogran®

(azitromicina diidratada) é

indicado no tratamento de infecções genitais não complicadas devido a Chlamydia trachomatis. É também

indicado no tratamento de cancro devido a Haemophilus ducreyi, e em infecções genitais não complicadas

devido a Neisseria gonorrhoeae sem resistência múltipla. Infecções concomitantes com Treponema pallidum

devem ser excluídas.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Uso Pediátrico

Segurança e eficácia utilizando azitromicina 30 mg/kg administrada por 5 dias

Em um estudo controlado, duplo-cego, de otite média aguda realizado nos Estados Unidos, a azitromicina

(10 mg/kg no Dia 1, seguido por 5 mg/kg nos Dias 2-5) foi comparada a amoxicilina/clavulanato de potássio

(4:1). Entre os 553 pacientes que foram avaliados quanto à eficácia clínica, a taxa de sucesso clínico no Dia

11 foi de 88% para azitromicina e de 88% para o agente controle. Entre os 521 pacientes avaliados na visita

do Dia 30, a taxa de sucesso foi de 73% para azitromicina e de 71% para o agente controle.

Na análise de segurança do estudo, a incidência de eventos adversos relacionados ao tratamento,

primariamente gastrointetinais, em todos os pacientes tratados foi de 9% com azitromicina e 31% com o

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agente controle. Os efeitos colaterais mais frequentes foram diarreia (4% azitromicina versus 20% controle),

vômito (2% azitromicina versus 7% controle) e dor abdominal (2% azitromicina versus 5% controle).]

Segurança e eficácia utilizando azitromicina 30 mg/kg administrada por 3 dias

Em um estudo duplo-cego, controlado e randomizado de otite média aguda em crianças de 6 meses a 12

anos, azitromicina (10 mg/kg por dia, durante 3 dias) foi comparada a amoxicilina/clavulanato de potássio

(7:1) a cada 12 horas, por 10 dias. Cada criança recebeu medicação e placebo para a comparação.

Entre os 366 pacientes avaliados, a taxa de eficácia clínica, após 12 dias do tratamento, foi de 83% para

azitromicina e 88% para o agente controle. Entre os 362 pacientes avaliados após 24-28 dias de tratamento, a

taxa de sucesso clínico foi de 74% e 69%, respectivamente.

Segurança e eficácia utilizando azitromicina 30 mg/kg administrada em dose única

Crianças de 6 meses a 12 anos foram randomizadas em um estudo duplo-cego e controlado em nove centros

clínicos. Os pacientes receberam azitromicina (30 mg/kg, dose única) ou amoxicilina/clavulanato de potássio

(7:1; a cada 12 horas, por 10 dias). Cada criança recebeu medicação e placebo para a comparação.

A resposta clínica e a segurança foram avaliadas ao final da terapia e, entre os 321 indivíduos avaliados ao

fim do tratamento, a taxa de sucesso clínico foi de 87% para azitromicina e 88% para o controle.

Faringite/Tonsilite

Em três estudos controlados, duplo-cegos, conduzidos nos Estados Unidos, a azitromicina (12 mg/kg, 1 vez

ao dia, por 5 dias) foi comparada à penicilina V (250 mg, 3 vezes ao dia, por 10 dias) no tratamento de

faringite associada ao Grupo A streptococci beta-hemolítico (GABHS – estreptococos beta-hemolíticos do

grupo A – ou S. pyogenes). A azitromicina foi estatisticamente superior à penicilina nos parâmetros clínico e

microbiológico no Dia 14 e Dia 30, com o seguinte sucesso clínico e taxas de eficácia bacteriológica:

Resultados de Eficácia

Erradicação Bacteriológica Dia 14 Dia 30

azitromicina 323/340 (95%) 255/330 (77%)

penicilina V 242/332 (73%) 206/325 (63%)

Sucesso Clínico Dia 14 Dia 30

azitromicina 336/343 (98%) 310/330 (94%)

penicilina V 284/338 (84%) 241/325 (74%)

Aproximadamente 1% de S. pyogenes azitromicina-susceptíveis isolados foram resistentes à azitromicina no

tratamento seguinte.

A incidência de eventos adversos relacionados ao tratamento, principalmente gastrintestinais, em todos os

pacientes tratados foi de 18% com azitromicina e 13% com penicilina. Os efeitos colaterais mais comuns

foram diarreia e fezes amolecidas (6% azitromicina versus 2% penicilina), vômito (6% azitromicina versus

4% penicilina) e dor abdominal (3% azitromicina versus 1% penicilina).

Uso Adulto

Exacerbação bacteriana aguda de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

Em um estudo controlado, randomizado, duplo-cego de exacerbação bacteriana aguda de bronquite crônica,

azitromicina (500 mg, 1 vez ao dia, por 3 dias) foi comparada à claritromicina (500 mg, 2 vezes ao dia, por

10 dias). O principal endpoint deste estudo foi a taxa de cura clínica do Dia 21-24. Entre os 304 pacientes

analisados na Intenção de Tratar Modificada (Modified Intent To Treat Analysis) nas visitas do Dia 21-24, a

taxa de cura clínica para 3 dias de azitromicina foi 85% (125/147) comparado a 82% (129/157) para 10 dias

e claritromicina.

Os seguintes dados foram as taxas de cura clínica nas visitas dos Dias 21-24 dos pacientes avaliados

bacteriologicamente por patógeno:

Patógeno azitromicina

(3 dias)

claritromicina

(10 dias)

S. pneumoniae 29/32 (91%) 21/27 (78%)

H. influenzae 12/14 (86%) 14/16 (88%)

M. catarrhalis 11/12 (92%) 12/15 (80%)

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3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

A azitromicina é o primeiro antibiótico da subclasse dos macrolídeos, conhecida como azalídeos, e é

quimicamente diferente da eritromicina. É obtida através da inserção de um átomo de nitrogênio no anel

lactônico da eritromicina A.

A azitromicina liga-se ao 23S rRNA da subunidade ribossômica 50S. Desta forma, bloqueia a síntese

proteica pela inibição do passo de transpeptidação/translocação da síntese proteica e pela inibição da

montagem da subunidade ribossômica 50S.

Mecanismo de resistência:

Os dois mecanismos de resistência aos macrolídeos encontrados mais frequentemente, incluindo a

azitromicina, são modificação de alvo (na maioria das vezes por metilação do 23S rRNA) e de efluxo ativo.

A ocorrência destes mecanismos de resistência varia de espécie para espécie e, dentro de uma espécie, a

frequência de resistência varia conforme a localização geográfica.

A modificação ribossômica mais importante que determina a ligação reduzida dos macrolídeos é pós-

transcricional (N6)-dimetilação de adenina no nucleotídeo A2058 (sistema de numeração E. coli) do 23S

rRNA pelas metilases codificadas pelos genes erm (eritromicina ribossomo metilase). Frequentemente, as

modificações ribossômicas determinam a resistência cruzada (fenótipo MLSB) para outras classes de

antibióticos, cujos locais de ligação ribossômica se sobrepõem à dos macrolídeos: as lincosamidas (incluindo

a clindamicina), e as estreptograminas B (que incluem, por exemplo, o componente quinupristina de

quinupristina/ dalfopristina). Diversos genes erm estão presentes em diferentes espécies bacterianas, em

particular, nos estreptococos e estafilococos. A susceptibilidade aos macrolídeos também pode ser afetada

por alterações mutacionais encontradas menos frequentemente nos nucleotídeos A2058 e A2059, e em

algumas outras posições de 23S rRNA, ou nas grandes subunidades ribossômicas das proteínas L4 e L22.

As bombas de efluxo ocorrem em diversas espécies, incluindo as bactérias Gram-negativas, tais como

Haemophilus influenzae (onde podem determinar MICs intrinsecamente mais elevadas) e os estafilococos.

Nos estreptococos e enterococos, uma bomba de efluxo que reconhece membros 14 - e 15- macrolídeos

(que incluem, respectivamente, a eritromicina e azitromicina) é codificada por genes mef(A).

Metodologia para a determinação da susceptibilidade in vitro de bactérias à azitromicina

Os testes de susceptibilidade devem ser realizados utilizando métodos laboratoriais padronizados, tais como

aqueles descritos pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Estes incluem os métodos de

diluição (determinação MIC) e métodos de susceptibilidade de disco. Ambos, o CLSI e o Comitê Europeu

para Testes de Susceptibilidade Antimicrobiana (EUCAST) fornecem critérios interpretativos para estes

métodos.

Com base numa série de estudos, recomenda-se que a atividade in vitro da azitromicina seja testada no ar

ambiente, para garantir um pH fisiológico do meio de crescimento. As tensões elevadas de CO2, muitas

vezes usadas para estreptococos e anaeróbios, e, ocasionalmente, para outras espécies, resultam em uma

redução do pH do meio.

Isto tem um efeito adverso maior sobre a potência aparente da azitromicina do que sobre a de outros

macrolídeos.

Os valores limite de suscetibilidade CLSI, com base na microdiluição em caldo ou testes de diluição em

Agar, com incubação no ar ambiente, se encontram na tabela abaixo.

Critérios interpretativos CLSI de suscetibilidade de diluição

Microdiluição em caldo MIC (mg/L)

Organismo Suscetível Intermediário Resistente

Espécies Haemophilus ≤ 4 - - b

Moraxella catarrhalis ≤ 0,25 - -

Neisseria meningitidis ≤ 2 - - b

Staphylococcus aureus ≤ 2 4 ≥ 8

Estreptococos a

≤ 0,5 1 ≥ 2

a

Inclui Streptococcus pneumoniae, estreptococos β-hemolíticos e estreptococos viridans.

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b

A ausência atual de dados sobre cepas resistentes impede a definição de qualquer categoria diferente dos

suscetíveis. Se as cepas alcançam resultados MIC diferentes de susceptível, devem ser enviadas a um

laboratório de referência para testes adicionais.

Incubação no ar ambiente.

CLSI = Clinical and Laboratory Standards Institute; MIC = Concentração inibitória mínima.

Fonte: CLSI, 2012; CLSI, 2010

A susceptibilidade também pode ser determinada pelo método de difusão em disco, medindo os diâmetros da

zona de inibição após incubação no ar ambiente. Os discos de suscetibilidade contém 15 µg de azitromicina.

Os critérios de interpretação para as zonas de inibição, estabelecidos pelo CLSI com base em sua correlação

com as categorias de susceptibilidade MIC, estão listados na tabela abaixo.

Critérios interpretativos CLSI da zona do disco

Diâmetro da zona de inibição do disco (mm)

Espécies Haemophilus ≥ 12 - -

Moraxella catarrhalis ≥ 26 - -

Neisseria meningitidis ≥ 20 - -

Staphylococcus aureus ≥ 18 14 – 17 ≤ 13

≥ 18 14 – 17 ≤ 13

Inclui Streptococcus pneumoniae, estreptococos β-hemolítico e estreptococos viridans.

CLSI = Clinical and Laboratory Standards Institute; MIC = concentração inibitória mínima;

mm = milímetros.

Fonte: CLSI, 2012, CLSI, 2010

A validade de ambos os métodos de teste de diluição e difusão de disco deve ser verificada usando cepas de

controle de qualidade (CQ), como indicado pelo CLSI. Os limites aceitáveis para o teste de azitromicina

contra esses organismos estão listados na tabela abaixo.

Faixas de controle de qualidade para os testes de susceptibilidade da azitromicina (CLSI)

Microdiluição em caldo MIC

Organismo Faixa de controle de qualidade (azitromicina mg/L)

Haemophilus influenzae ATCC 49247 1 – 4

Staphylococcus aureus ATCC 29213 0,5 – 2

Streptococcus pneumoniae ATCC 49619 0,06 – 0,25

Diâmetro da zona de inibição do disco (disco de 15 µg)

Haemophilus influenzae ATCC 49247 13 – 21

Staphylococcus aureus ATCC 25923 21 – 26

Streptococcus pneumoniae ATCC 49619 19 - 25

CLSI = Clinical and Laboratory Standards Institute; MIC = Concentração inibitória mínima;

Fonte: CLSI, 2012

O Comitê Europeu em Testes de Susceptibilidade Antimicrobiana (EUCAST) também tem valores limite de

suscetibilidade estabelecidos para azitromicina, com base na determinação do MIC. Os critérios de

susceptibilidade EUCAST estão listados na tabela abaixo.

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Valores limite de susceptibilidade EUCAST para a azitromicina

MIC (mg / L)

Organismo Suscetível Resistente

Espécies de Staphylococcus ≤ 1 > 2

Streptococcus pneumoniae ≤ 0,25 > 0,5

Estreptococos β-hemolítico a

≤ 0,25 > 0,5

Haemophilus influenzae ≤ 0,12 > 4

Moraxella catarrhalis ≤ 0,25 > 0,5

Neisseria gonorrhoeae ≤ 0,25 > 0,5

Inclui os Grupos A, B, C, G.

EUCAST = Comitê Europeu para Testes de Susceptibilidade Antimicrobiana; MIC = Concentração inibitória

mínima.

Fonte: site EUCAST.

Espectro antibacteriano:

A prevalência da resistência adquirida pode variar geograficamente e com tempo para espécies selecionadas

e informações locais sobre a resistência são desejáveis, particularmente no tratamento de infecções graves.

Se necessário o especialista deve ser avisado quando a prevalência local de resistência é tão grande que a

utilidade do agente em pelo menos alguns tipos de infecções é questionável.

A azitromicina demonstra resistência cruzada com isolados Gram-positivos resistentes à eritromicina. Como

anteriormente discutido, algumas modificações ribossômicas determinam a resistência cruzada com outras

classes de antibióticos cujos locais de ligação ribossômica se sobrepõem à dos macrolídeos: as lincosamidas

(Incluindo a clindamicina), e estreptograminas B (que incluem, por exemplo, o componente quinupristina de

quinupristina / dalfopristina). Foi observada a diminuição da susceptibilidade do macrolídeo ao longo do

tempo, em particular para Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus, e também foi observado em

estreptococos viridans e em Streptococcus agalactiae.

Os organismos que comumente são sensíveis à azitromicina incluem:

Bactérias aeróbicas e facultativas Gram-positivas (isolados sensíveis à eritromicina): S. aureus,

Streptococcus agalactiae*, S. pneumoniae* e Streptococcus pyogenes*, outros estreptococos β-hemolíticos

(Grupos C, F, G), e estreptococos do grupo viridans. Isolados resistentes aos macrolídeos são encontrados

com relativa frequência entre as bactérias aeróbicas e facultativas Gram-positivas, em particular entre S.

aureus resistente à meticilina (MRSA) e S. pneumoniae resistente à penicilina (PRSP).

Bactérias aeróbicas e facultativas Gram-negativas: Bordetella pertussis, Campylobacter jejuni, Haemophilus

ducreyi*, Haemophilus influenzae*, Haemophilus parainfluenzae* Legionella pneumophila, Moraxella

catarrhalis*, e Neisseria gonorrhoeae*. As Pseudomonas spp. e a maioria das Enterobacteriaceae são

inerentemente resistentes à azitromicina, embora a azitromicina tenha sido utilizada para tratar infecções por

Salmonella enterica.

Anaeróbios: Clostridium perfringens, Peptostreptococcus spp. e Prevotella bivia.

Outras espécies bacterianas: Borrelia burgdorferi, Chlamydia trachomatis, Chlamydophila pneumoniae*,

Mycoplasma pneumoniae*, Treponema pallidum e Ureaplasma urealyticum.

Patógenos oportunistas associados com infecção pelo HIV: MAC*, e os microorganismos eucarióticos

Pneumocystis jirovecii e Toxoplasma gondii.

* A eficácia da azitromicina contra as espécies indicadas tem sido demonstrada em estudos clínicos.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção

Após a administração oral em humanos, a azitromicina é amplamente distribuída pelo corpo; a

biodisponibilidade é de aproximadamente 37%. A azitromicina administrada sob a forma de cápsulas após

uma refeição substanciosa tem a biodisponibilidade reduzida no mínimo em 50%. O tempo necessário para

alcançar os picos de concentração plasmática é de 2 a 3 horas.

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Distribuição

Em estudos animais foram observadas altas concentrações de azitromicina nos fagócitos. Em modelos

experimentais, maiores concentrações de azitromicina são liberadas durante a fagocitose ativa do que pelos

fagócitos não estimulados. Em modelos animais, isto resulta em altas concentrações de azitromicina sendo

liberadas para os locais de infecção.

Os estudos de farmacocinética em humanos demonstraram níveis acentuadamente maiores de azitromicina

nos tecidos do que no plasma (até 50 vezes a concentração máxima observada no plasma), indicando que o

fármaco se liga fortemente aos tecidos. A concentração nos tecidos-alvo, assim como pulmões, amígdalas e

próstata excede a CIM90 para a maioria dos patógenos após dose única de 500 mg.

Após administração oral de doses diárias de 600 mg de azitromicina a concentração plasmática média (Cmáx)

foi de 0,33 µg/mL e 0,55 µg/mL nos dias 1 e 22, respectivamente. O pico médio de concentração observado

em leucócitos, no maior local de disseminação da Mycobacterium avium-intracellulare, foi de 252 µg/mL (±

49%) e acima de 146 µg/mL (± 33%) em 24 horas no estado de equilíbrio.

Eliminação

A meia-vida plasmática de eliminação terminal reflete bem a meia-vida de depleção tecidual de 2 a 4 dias.

Aproximadamente 12% da dose administrada intravenosamente é excretada na urina em até 3 dias como

fármaco inalterado, sendo a maior parte nas primeiras 24 horas. A excreção biliar constitui a principal via de

eliminação da azitromicina como fármaco inalterado após a administração oral. Concentrações muito altas de

azitromicina inalterada foram encontradas na bile de seres humanos, juntamente com 10 metabólitos

formados por N- e O- desmetilação, por hidroxilação dos anéis de desosamina e aglicona e pela clivagem do

conjugado de cladinose. A comparação das análises cromatográficas (HPLC) e microbiológicas nos tecidos

sugere que os metabólitos não participam da atividade microbiológica da azitromicina.

Farmacocinética em Pacientes do Grupo de Risco

Idosos

Em voluntários idosos (> 65 anos) foi observado um leve aumento nos valores da área sob a curva (AUC)

após um regime de 5 dias quando comparado ao de voluntários jovens (< 40 anos), mas este aumento não foi

considerado clinicamente significativo, sendo que neste caso o ajuste de dose não é recomendado.

Insuficiência Renal

A farmacocinética da azitromicina em indivíduos com insuficiência renal leve a moderada (taxa de filtração

glomerular10 – 80 mL/min) não foi afetada quando administrada em dose única de 1 g de azitromicina de

liberação imediata. Diferenças estatisticamente significativas na AUC0-120 (8,8 µg.h/mL vs 11,7 µg.h/mL),

Cmáx (1,0 µg/mL vs 1,6 µg/mL) e clearance renal (2,3 mL/min/kg vs 0,2 mL/min/kg) foram observadas entre o

grupo com insuficiência renal grave (taxa de filtração glomerular < 10 mL/min) e o grupo com função renal

normal.

Insuficiência Hepática

Em pacientes com insuficiência hepática de grau leve (classe A) a moderado (classe B), não há evidência de

uma alteração acentuada na farmacocinética sérica da azitromicina quando comparada a pacientes com a

função hepática normal. Nestes pacientes o clearance de azitromicina na urina parece estar aumentado,

possivelmente para compensar o clearance hepático reduzido.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

Foi observada fosfolipidose (acúmulo intracelular de fosfolípides) em vários tecidos (por ex. olhos, gânglios

da raiz dorsal, fígado, bexiga, rins, baço e/ou pâncreas) de ratos, camundongos e cachorros após doses

múltiplas de azitromicina. A fosfolipidose foi observada em um grau similar nos tecidos de ratos e cachorros

neonatos. Foi demonstrado que o efeito é reversível após descontinuação do tratamento com azitromicina. A

significância da descoberta para animais e para humanos não é conhecida.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Azitrogran®

(azitromicina diidratada) é contraindicado a indivíduos com hipersensibilidade à azitromicina,

eritromicina, a qualquer antibiótico macrolídeo, cetolídeo ou a qualquer componente da fórmula.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Geral

Hipersensibilidade

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Assim como ocorre com a eritromicina e outros macrolídeos, foram relatadas reações alérgicas graves

incluindo angioedema e anafilaxia (raramente fatal), e reações dermatológicas incluindo a Síndrome de

Stevens Johnson e necrólise epidérmica tóxica (raramente fatal). Algumas destas reações observadas com o

uso da azitromicina resultaram em sintomas recorrentes e necessitaram de um período maior de observação e

tratamento. Se ocorrer alguma reação alérgica, o uso do medicamento deve ser descontinuado e deve ser

administrado tratamento adequado. Os médicos devem estar cientes que os sintomas alérgicos podem

reaparecer quando o tratamento sintomático é descontinuado.

Hepatoxicidade

Uma vez que a principal via de eliminação da azitromicina é o fígado, Azitrogran®

deve ser utilizado com

cautela em pacientes com disfunção hepática significativa. Foram relatadas alteração da função hepática,

hepatite, icterícia colestática, necrose hepática e insuficiência hepática, algumas das quais resultaram em

morte. A azitromicina deve ser descontinuada imediatamente se ocorrerem sinais e sintomas de hepatite.

Derivados de ergotamina

Em pacientes recebendo derivados do ergô, o ergotismo tem sido acelerado pela coadministração de alguns

antibióticos macrolídeos. Não há dados a respeito da possibilidade de interação entre ergô e azitromicina.

Entretanto, devido a possibilidade teórica de ergotismo, Azitrogran®

e derivados do ergô não devem ser

coadministrados.

Superinfecção

Assim como com qualquer preparação de antibiótico, é recomendável a constante observação dos sinais de

crescimento de organismos não suscetíveis, incluindo fungos.

Diarreia associada a Clostridium difficile

Foi relatada diarreia associada à Clostridium difficile com a maioria dos agentes antibacterianos, incluindo

azitromicina, que pode variar de diarreia leve a colite fatal. O tratamento com agentes antibacterianos altera a

flora normal do cólon permitindo o crescimento de C difficile.

A C. difficile produz toxinas A e B que contribuem para o desenvolvimento de diarreia associada.

Hipertoxinas produzidas por cepas de C. difficile causaram aumento da morbidade e mortalidade, uma vez

que estas infecções podem ser refratárias a tratamento antimicrobiano e podem necessitar de colectomia. A

diarreia associada a C. difficile deve ser considerada em todos os pacientes que apresentam diarreia seguida

do uso de antibióticos. Houve relatos de diarreia associada a C. difficile até 2 meses após a administração de

agentes antibacterianos. Nestes casos é necessário cuidado médico.

Insuficiência renal

Em pacientes com insuficiência renal grave (taxa de filtração glomerular < 10 mL/min) foi observado um

aumento de 33% na exposição sistêmica à azitromicina (vide item 3. Características Farmacológicas).

Devido à presença de sacarose Azitrogran®

pó para suspensão não é indicado a pacientes com intolerância a

frutose (intolerância a frutose hereditária), má absorção de glicose-galactose ou deficiência de

sacaraseisomaltase.

Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de

Diabetes.

Prolongamento do Intervalo QT

Repolarização cardíaca e intervalo QT prolongados, risco de desenvolvimento de arritmia cardíaca e

Torsades de Pointes foram observados nos tratamentos com macrolídeos incluindo azitromicina, (vide item

9. Reações Adversas). O médico deverá considerar o risco de prolongamento do intervalo QT, que pode ser

fatal, ao pesar os riscos e benefícios de azitromicina para grupos de risco, incluindo:

• Pacientes com prolongamento do intervalo QT documentado ou congênito;

• Pacientes atualmente recebendo tratamento com outros medicamentos que prolongam o intervalo

QT, tais como antiarrítmicos das classes IA e III, agentes antipsicóticos, antidepressivos e

fluoroquinolonas;

• Pacientes com distúrbios eletrolíticos, principalmente em casos de hipocalemia e hipomagnesemia;

• Pacientes com bradicardia, arritmia cardíaca ou insuficiência cardíaca clinicamente relevante;

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• Pacientes idosos: pacientes idosos podem ser mais suscetíveis aos efeitos droga-associados no

intervalo QT.

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas

Não há evidências de que Azitrogran®

possa afetar a habilidade do paciente de dirigir ou operar máquinas.

Uso Durante a Gravidez e Lactação

Gravidez

Estudos reprodutivos em animais foram realizados com doses até a concentração moderadamente tóxica para

a mãe. Nestes estudos não foram encontradas evidências de danos ao feto devido à azitromicina. No entanto,

não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Como os estudos de reprodução

em animais não podem sempre prever a resposta humana, Azitrogran®

só deve ser usado durante a gravidez

se houver clara necessidade.

Lactação

Foi relatado que a azitromicina pode ser secretada no leite materno, mas não existem estudos clínicos

adequados e bem controlados em mulheres que estão amamentando que caracterizam a farmacocinética da

excreção da azitromicina no leite materno.

Fertilidade

Em estudos de fertilidade realizados em ratos, foram observados redução das taxas de gravidez após a

administração de azitromicina. A relevância desta descoberta para os seres humanos é desconhecida.

Azitrogran®

é um medicamento classificado na categoria B de risco na gravidez. Portanto, este

medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

antiácidos: um estudo de farmacocinética avaliou os efeitos da administração simultânea de antiácidos e

azitromicina, não sendo observado qualquer efeito na biodisponibilidade total; embora o pico de

concentração plasmática fosse reduzido em aproximadamente 24%. Em pacientes que estejam recebendo

azitromicina e antiácidos, os mesmos não devem ser administrados simultaneamente.

cetirizina: em voluntários sadios, a coadministração de azitromicina em um regime de 5 dias com 20 mg de

cetirizina no estado de equilíbrio não resultou em interação farmacocinética nem em alterações significativas

no intervalo QT.

didanosina (dideoxinosina): a coadministração de 1200 mg/dia de azitromicina com 400 mg/dia de

didanosina em 6 indivíduos HIV-positivos parece não ter afetado a farmacocinética do estado de equilíbrio

da didanosina, quando esta foi comparada ao placebo.

digoxina: Tem sido relatado que a administração concomitante de antibióticos macrolídeos incluindo

azitromicina com substratos de P-glicoproteína, tais como digoxina, resultam em um aumento dos níveis

séricos do substrato P-glicoproteina. Portanto, se a azitromicina e substratos P-gp, como digoxina, são

administrados concomitantemente, deve ser considerada a possibilidade de elevadas concentrações de

digoxina no soro. São necessárias a monitoração clínica dos níveis de digoxina no soro durante o tratamento

com azitromicina e após a sua descontinuação.

zidovudina: doses únicas de 1000 mg e doses múltiplas de 1200 mg ou 600 mg de azitromicina tiveram um

pequeno efeito na farmacocinética plasmática ou na excreção urinária da zidovudina ou de seu metabólito

glicuronídeo. Entretanto, a administração de azitromicina aumentou as concentrações do metabólito

clinicamente ativo, a zidovudina fosforilada, nas células mononucleares do sangue periférico. O significado

clínico deste resultado ainda não foi elucidado, porém pode beneficiar os pacientes.

A azitromicina não interage significativamente com o sistema do citocromo P450 hepático. Acredita-se que

não há participação da azitromicina nas interações farmacocinéticas medicamentosas como observado com a

eritromicina e outros macrolídeos. A indução ou inativação do citocromo P450 hepático via complexo

citocromo-metabólito não ocorre com a azitromicina.

ergô: devido à possibilidade teórica de ergotismo, o uso concomitante de azitromicina com derivados do

ergô não é recomendado (vide item 5. Advertências e Precauções).

Foram conduzidos estudos farmacocinéticos entre a azitromicina e os seguintes fármacos conhecidos por

participarem significativamente no metabolismo mediado pelo citocromo P450:

atorvastatina: a coadministração de atorvastatina (10 mg diários) e azitromicina (500 mg diários) não

alterou as concentrações plasmáticas da atorvastatina (baseado em testes de inibição de HMG-CoA redutase).

24

No entanto, em experiência pós-comercialização tem sido relatados casos de rabdomiólise em pacientes

recebendo azitromicina com estatinas.

carbamazepina: em um estudo de interação farmacocinética em voluntários sadios, não foram observados

efeitos significativos nos níveis plasmáticos da carbamazepina ou de seus metabólitos ativos em pacientes

que receberam azitromicina concomitantemente.

cimetidina: foi realizado um estudo de farmacocinética para avaliar os efeitos de dose única de cimetidina

administrada duas horas antes da azitromicina. Neste estudo não foram observadas quaisquer alterações na

farmacocinética da azitromicina.

anticoagulantes orais do tipo cumarínicos: em um estudo de interação farmacocinética, a azitromicina não

alterou o efeito anticoagulante de uma dose única de 15 mg de varfarina, quando administrada a voluntários

sadios. No período pós-comercialização foram recebidos relatos de potencialização da anticoagulação,

subsequente à coadministração de azitromicina e anticoagulantes orais do tipo cumarínicos. Embora uma

relação causal não tenha sido estabelecida, deve-se levar em consideração a frequência com que é realizada a

monitoração do tempo de protrombina quando a azitromicina é utilizada em pacientes recebendo

anticoagulantes orais do tipo cumarínicos.

ciclosporina: em um estudo de farmacocinética com voluntários sadios que receberam doses orais de 500

mg/dia de azitromicina, por 3 dias e, então dose única oral de de 10 mg/kg de ciclosporina, a Cmáx resultante

de ciclosporina e a AUC0-5 foram considerados significativamente elevados. Consequentemente, deve-se ter

cuidado antes de considerar o uso concomitante destes fármacos. Se for necessária a coadministração, os

níveis de ciclosporina devem ser monitorados e a dose deve ser ajustada adequadamente.

efavirenz: a coadministração de uma dose única de 600 mg de azitromicina e 400 mg diários de efavirenz

durante 7 dias não resultou em interações farmacocinéticas clinicamente significativas. Nenhum ajuste de

dose é necessário quando a azitromicina for coadministrada com efavirenz.

fluconazol: a coadministração de uma dose única de 1200 mg de azitromicina não alterou a farmacocinética

de uma dose única de 800 mg de fluconazol. A exposição total e a meia-vida da azitromicina não foram

alteradas pela coadministração de fluconazol, porém foi observada uma diminuição clinicamente

insignificante na Cmáx (18%) da azitromicina. Nenhum ajuste de dose é necessário quando estes fármacos

forem coadministrados.

indinavir: a coadministração de uma dose única de 1200 mg de azitromicina não produziu efeito

clinicamente significativo na farmacocinética do indinavir quando administrado em doses de 800 mg, 3

vezes ao dia, durante 5 dias. Nenhum ajuste de dose é necessário quando a azitromicina for coadministrada

com indinavir.

metilprednisolona: em um estudo de interação farmacocinética em voluntários sadios, a azitromicina não

produziu efeito significativo na farmacocinética da metilprednisolona.

midazolam: em voluntários sadios, a coadministração de azitromicina 500 mg/dia por 3 dias não causou

alterações clinicamente significativas na farmacocinética e na farmacodinâmica de uma dose única de 15 mg

de midazolam.

nelfinavir: a coadministração de azitromicina (1200 mg) e nelfinavir no estado de equilíbrio (750 mg, a cada

8 horas) resultou num aumento da concentração de azitromicina. Nenhum evento adverso clinicamente

significativo foi observado e nenhum ajuste de dose é necessário.

rifabutina: a coadministração da azitromicina com a rifabutina não afetou as concentrações séricas dos

fármacos.

Foi observada neutropenia em indivíduos tratados com azitromicina e rifabutina concomitantemente. Embora

a neutropenia tenha sido relacionada ao uso da rifabutina, uma relação causal não foi estabelecida para o uso

da combinação da rifabutina com a azitromicina (vide item 9. Reações Adversas).

sildenafila: em voluntários masculinos normais e sadios não houve evidência de efeito da azitromicina (500

mg diários por 3 dias) na AUC e na Cmáx da sildenafila ou do seu principal metabólito circulante.

terfenadina: estudos farmacocinéticos não demonstraram evidência de interação entre a azitromicina e a

terfenadina. Foram relatados raros casos em que a possibilidade dessa interação não poderia ser totalmente

excluída; contudo, não existem evidências consistentes de que tal interação tenha ocorrido.

teofilina: não há evidência de interação farmacocinética clinicamente significativa quando a azitromicina e a

teofilina são coadministradas em voluntários sadios.

triazolam: em 14 voluntários sadios, a coadministração de azitromicina 500 mg no dia 1 e 250 mg no dia 2

com 0,125 mg de triazolam no dia 2, não produziu efeito significativo em qualquer variável farmacocinética

do triazolam comparada ao triazolam e placebo.

trimetoprima/sulfametoxazol: a coadministração de trimetoprima e sulfametoxazol (160 mg/800 mg)

durante 7 dias com 1200 mg de azitromicina não produziu efeito significante nos picos de concentrações, na

25

exposição total ou excreção urinária tanto de trimetoprima quanto de sulfametoxazol no 7° dia de tratamento.

As concentrações séricas de azitromicina foram similares àquelas observadas em outros estudos. Nenhum

ajuste de dose é necessário.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cuidados de conservação do medicamento

Azitrogran®

(azitromicina di-hidratada) deve ser mantido a temperatura ambiente (15ºC e 30ºC). Proteger da

luz e manter em lugar seco. Pode ser utilizado por 24 meses a partir da data de fabricação.

Características do medicamento antes da reconstituição: Pó uniforme, na cor branca, com odor e sabor de

cereja.

Cuidados de conservação do medicamento após reconstituição:

Após a reconstituição do pó com o diluente que acompanha o produto, a suspensão obtida deve ser mantida

em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC) por um período máximo de 5 dias.

A suspensão não utilizada durante este período deverá ser descar tada. Agite a suspensão antes de cada

administração.

Características do medicamento após reconstituição: Suspensão branca, com odor de cereja e sabor amargo.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o e sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Azitrogran®

(azitromicina di-hidratada) pode ser administrado com ou sem alimentos (vide item “3.

Características Farmacológicas”).

Como preparar a suspensão oral

(azitromicina di-hidratada) suspensão oral é apresentado na forma de pó para reconstituição.

1. Agitar vigorosamente o frasco fechado para soltar o pó do fundo.

2. Para abrir o frasco, pressione fortemente a tampa de segurança para baixo, girando no sentido

indicado pelas setas na tampa.

3. Adicione todo o conteúdo do frasco com diluente no frasco contendo o pó.

4. Tampe o frasco e agite vigorosamente até que ocorra a mistura total do medicamento, obtendo uma

suspensão homogênea.

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Como administrar a suspensão oral

Uso infantil até 45 kg (frasco de 600 mg e 900 mg)

5. Coloque a tampa com orifício (batoque) no frasco.

6. A suspensão deve ser medida cuidadosamente com a seringa de dosagem fornecida na embalagem.

Ajuste a seringa no orifício da tampa interna (batoque) do frasco, vire o frasco de cabeça para baixo

e puxe o êmbolo da seringa, até que a suspensão alcance o volume prescrito pelo médico.

7. A suspensão pode ser administrada diretamente da seringa à boca, empurrando o êmbolo até o final.

Se desejado, pode ser transferida para uma colher antes da administração. Após a administração,

lavar a seringa com água filtrada para que possa ser utilizada novamente. Agitar a suspensão antes

de cada administração.

Uso adulto e crianças acima de 45 kg (frasco de 1500 mg)

8. Retire do frasco a dose recomendada, utilizando a colher dosadora.

9. Administre por via oral. Após a administração, lavar a colher dosadora com água filtrada para que

possa ser utilizada novamente. Agitar a suspensão antes de cada administração.

Para as apresentações com 600 mg e 900 mg:

Caso a dose a ser administrada ultrapasse 5 mL, divida a dose administrando primeiramente 5 mL (1 seringa

dosadora cheia), depois encha novamente a seringa até completar a quantidade restante da dose.

Exemplo: para uma dose de 7,5 mL, administre uma seringa cheia com 5 mL e depois encha novamente a

seringa com mais 2,5 mL.

Para a apresentação com 1500 mg:

Caso a dose a ser administrada ultrapasse 10 mL, divida a dose administrando primeiramente 10 mL (1

colher dosadora cheia), depois encha novamente a colher até completar a quantidade restante da dose.

Exemplo: para uma dose de 12,5mL, administre uma colher cheia com 10 mL e depois encha novamente a

colher com mais 2,5 mL.

Cuidados de administração da suspensão oral

Vide item “5. Onde, como e por quanto tempo posso guardar este medicamento?”

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Cada 5 mL da suspensão reconstituída de Azitrogran®

(azitromicina di-hidratada) corresponde a 200 mg de

azitromicina.

Volume total utilizável da suspensão reconstituída

Frasco de 600 mg - 15 mL

Frasco de 900 mg - 22,5 mL

Frasco de 1500 mg – 37,5 mL

Regime de 1, 3 e 5 dias: meça a suspensão cuidadosamente com a seringa de dosagem fornecida na

embalagem.

Dependendo da dose a ser administrada, pode ser necessário que a seringa seja utilizada mais de uma vez até

atingir a dose prescrita.

(azitromicina di-hidratada) deve ser administrado em dose única e diária. A dose de acordo com

a infecção está descrita abaixo.

Uso em adultos: para o tratamento de doenças sexualmente transmissíveis causadas por Chlamydia

trachomatis, Haemophilus ducreyi ou Neisseria gonorrhoeae (tipos de bactérias) sensíveis, a dose é de 1000

mg, em dose oral única.

Para todas as outras indicações nas quais é utilizada a formulação oral, uma dose total de 1500 mg deve ser

administrada em doses diárias de 500 mg, durante 3 dias. Como alternativa, a mesma dose total pode ser

administrada durante 5 dias, em dose única de 500 mg no 1º dia e 250 mg, 1 vez ao dia, do 2º ao 5º dia.

Uso em Crianças: a dose máxima total recomendada para qualquer tratamento em crianças é de 1500 mg.

Em geral, a dose total em crianças é de 30 mg/kg. No tratamento da faringite estreptocócica (infecção da

faringe causada por Streptococcus) pediátrica deve ser administrada sob diferentes esquemas posológicos. A

dose total de 30 mg/kg deve ser administrada em dose única diária de 10 mg/kg, durante 3 dias, ou a mesma

dose total pode ser administrada durante 5 dias, em dose única de 10 mg/kg no 1º dia e 5 mg/kg, 1 vez ao dia,

do 2º ao 5º dia.

Uma alternativa para o tratamento de crianças com otite média aguda é dose única de 30 mg/kg.

Para o tratamento da faringite estreptocócica em crianças, foi demonstrada a eficácia da azitromicina

administrada em dose única diária de 10 mg/kg ou 20 mg/kg, por 3 dias. Não se deve exceder a dose diária

de 500 mg. Em estudos clínicos comparativos, utilizando esses dois regimes de doses, foi observada uma

eficácia clínica similar. Porém, a erradicação bacteriológica foi maior e mais evidente com a dose de

20mg/kg/dia. Entretanto, a penicilina é geralmente o fármaco escolhido para o tratamento da faringite

causada pelo Streptococcus pyogenes, incluindo a profilaxia da febre reumática.

Faringite estreptocócica – Regimes de 3 e 5 dias

Doses calculadas considerando o regime de dose de 10mg/kg/dia

Peso Regime de 3 dias Regime de 5 dias Frasco

< 15 kg: 10 mg/kg em dose única

diária, durante 3 dias.

10 mg/kg no 1º dia, seguido por

5 mg/kg durante 4 dias,

administrados em dose única

diária.

600 mg

15-25 kg: 200 mg (5 mL) em dose

única diária, durante 3 dias.

200 mg (5 mL) no 1º dia,

seguidos por 100 mg (2,5 mL)

durante 4 dias, administrados

em dose única diária.

26-35 kg: 300 mg (7,5 mL) em dose

300 mg (7,5 mL) no 1º dia,

seguidos por 150 mg (3,75 mL)

900 mg

36-45 kg: 400 mg (10 mL) em dose

400 mg (10 mL) no 1º dia,

seguidos por 200 mg (5 mL)

1200 mg

(2 frascos de 600 mg. Ou

1 frasco de 1500 mg, no

qual sobrariam 300mg)

Acima de

45 kg:

Dose igual à de adultos Dose igual à de adultos 1500 mg

(1 frasco de 1500 mg)

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Otite Média – Regime de 1 Dia

Doses calculadas considerando a administração de uma dose única de 30 mg/kg

Peso Total de mg por tratamento Total de mL por tratamento (200 mg/5 mL)

5 Kg 150 mg 3,75 mL

10 Kg 300 mg 7,50 mL

20 Kg 600 mg 15,0 mL

30 Kg 900 mg 22,5 mL

40 Kg 1200 mg 30,0 mL

> 50 Kg 1500 mg 37,5 mL

Uso em Pacientes Idosos: a mesma dose utilizada em pacientes adultos pode ser utilizada em pacientes

idosos. Pacientes idosos podem ser mais susceptíveis ao desenvolvimento de arritmias Torsades des Pointes

do que pacientes mais jovens.

Uso em Pacientes com Insuficiência Renal: não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência

renal leve a moderada. No caso de insuficiência renal grave (taxa de filtração glomerular < 10mL/min),

(azitromicina di-hidratada) deve ser administrado com cautela.

Uso em Pacientes com Insuficiência Hepática: as mesmas doses administradas a pacientes com a função

hepática normal podem ser utilizadas em pacientes com insuficiência hepática leve a moderada. Entretanto,

pacientes com insuficiência hepática grave devem utilizar Azitrogran®

(azitromicina di-hidratada) com

cautela.

Posologia para pacientes que iniciaram tratamento com azitromicina injetável - Substituição do

tratamento intravenoso pelo tratamento oral: a dose recomendada de azitromicina injetável, pó para

solução para infusão, para o tratamento de pacientes adultos com pneumonia adquirida na comunidade

causada por organismos sensíveis é de 500 mg, em dose única diária, por via intravenosa, durante no

mínimo, 2 dias. O tratamento intravenoso pode ser seguido por azitromicina via oral, em dose única diária de

500 mg até completar um ciclo terapêutico de 7 a 10 dias.

A dose recomendada de azitromicina endovenosa, pó para solução para infusão, para o tratamento de

pacientes adultos com doença inflamatória pélvica causada por organismos sensíveis é de 500 mg, em dose

única diária, por via intravenosa, durante 1 ou 2 dias. O tratamento intravenoso pode ser seguido por

azitromicina via oral, em dose única diária de 250 mg até completar um ciclo terapêutico de 7 dias.

A substituição do tratamento intravenoso pelo tratamento oral deve ser estabelecida a critério médico, de

acordo com a resposta clínica.

Dose Omitida

Caso o paciente esqueça de administrar Azitrogran®

(azitromicina di-hidratada) no horário estabelecido, deve

fazê-lo assim que lembrar.

Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida

e utilizar a próxima. Neste caso, o paciente não deve utilizar a dose duplicada para compensar doses

esquecidas. O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Azitrogran®

(azitromicina di-hidratada) é bem tolerado, apresentando baixa incidência de efeitos colaterais.

Em estudos clínicos foram relatados os seguintes efeitos indesejáveis:

Sanguíneo e Linfático: episódios transitórios de uma leve redução na contagem de neutrófilos foram

ocasionalmente observados nos estudos clínicos.

Ouvido e Labirinto: disfunções auditivas, incluindo perda de audição, surdez e/ou tinido, foram relatados

por pacientes recebendo azitromicina. Muitos desses eventos foram associados ao uso prolongado de altas

doses em estudos clínicos. Nos casos em que informações de acompanhamento estavam disponíveis, foi

observado que a maioria desses eventos foi reversível.

Gastrintestinal: náusea, vômito, diarreia, fezes amolecidas, desconforto abdominal (dor/cólica) e

flatulência.

Hepatobiliar: disfunção hepática.

Pele e Tecido Subcutâneo: reações alérgicas incluindo rash e angioedema.

Em experiência pós-comercialização, foram relatados os seguintes efeitos indesejáveis:

Infecções e Infestações: monilíase e vaginite.

Sanguíneo e Linfático: trombocitopenia.

Sistema Imunológico: anafilaxia (raramente fatal) (vide item “5. Advertências e Precauções”).

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Metabolismo e Nutrição: anorexia.

Psiquiátrico: reação agressiva, nervosismo, agitação e ansiedade.

Sistema Nervoso: tontura, convulsões, cefaleia, hiperatividade, hipoestesia, parestesia, sonolência e

desmaio. Casos raros de distúrbio de paladar/ olfato e/ou perda foram relatados.

Ouvido e Labirinto: surdez, zumbido, alterações na audição, vertigem.

Cardíaco: palpitações e arritmias incluindo taquicardia ventricular foram relatados. Há relatos raros de

prolongamento QT e Torsades dePointes. (vide item “5. Advertências e Precauções”).

Vascular: hipotensão.

Gastrintestinal: vômito/diarreia (raramente resultando em desidratação), dispepsia, constipação, colite

pseudomembranosa, pancreatite e raros relatos de descoloração da língua.

Hepatobiliar: hepatite e icterícia colestática foram relatadas, assim como casos raros de necrose hepática e

insuficiência hepática, a qual resultou em morte (vide item “5. Advertências e Precauções”).

Pele e Tecido Subcutâneo: reações alérgicas incluindo prurido, rash, fotossensibilidade, edema, urticária e

angioedema. Foram relatados raros casos de reações dermatológicas graves, incluindo eritema multiforme,

síndrome de Stevens Johnson e necrólise epidérmica tóxica.

Músculo-Esquelético e Tecido Conjuntivo: artralgia.

Renal e Urinário: nefrite intersticial e insuficiência renal aguda.

Geral: foi relatado astenia, cansaço, mal-estar.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.