Bula do Bipogine produzido pelo laboratorio Ranbaxy Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Modelo de bula - Profissional
Bipogine 25mg, 50mg e 100mg
Bipogine
lamotrigina
Comprimidos
25 mg, 50 mg & 100 mg
LEIA ESTA BULA ATENTAMENTE ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO.
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 25 mg, 50 mg e 100 mg – embalagens com 30 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO (ACIMA DE 12 ANOS)
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de Bipogine 25 mg contém:
lamotrigina ................................................................................... 25 mg
Excipientes .................................................................q.s.p. 1 comprimido
Excipientes: celulose microcristalina, lactose, amidoglicolato de sódio, povidona, óxido férrico (amarelo),
estearato de magnésio, talco, dióxido de silício.
Cada comprimido de Bipogine 50 mg contém:
lamotrigina ...................................................................................50 mg
Cada comprimido de Bipogine 100 mg contém:
lamotrigina ..................................................................................100 mg
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Bipogine é uma droga antiepilética indicada como adjuvante ou em monoterapia para o tratamento de crises
convulsivas parciais e crises generalizadas, incluindo crises tônico-clônicas.
Após o controle epiléptico ter sido alcançado durante terapia combinada, drogas antiepiléticas (DAEs)
concomitantes geralmente podem ser retiradas, substituindo-as pela monoterapia com Bipogine.
Três estudos com nível de evidência A avaliaram a eficácia e tolerabilidade da lamotrigina em pacientes
diagnosticados com epilepsia generalizada e parcial. O primeiro destes estudos avaliou 260 pacientes que foram
randomizados para receber lamotrigina ou carbamazepina. O resultado obtido para epilepsia parcial, considerando
pacientes livres de crises convulsivas no período de 24 semanas após a titulação do tratamento, foi de 48% dos
pacientes tratados com lamotrigina e 51% daqueles tratados com carbamazepina. No grupo com epilepsia
generalizada os resultados foram respectivamente, 78% e 76% [1]. O segundo destes estudos utilizou desenho
semelhante, porém, entre pacientes idosos e, à semelhança do estudo anterior, não reportou diferenças de eficácia
significativas entre lamotrigina e carbamazepina [2]. O terceiro estudo comparativo entre lamotrigina e fenitoína
com desenho semelhante aos anteriores também não demonstrou diferença significativa entre os grupos com
relação ao controle das crises, com 43% dos pacientes no grupo lamotrigina e 36% no grupo fenitoína
permanecendo livres de crises nas 24 semanas de acompanhamento [3].
[1] BRODIE, MJ. et al. Double-blind comparison of lamotrigine and carbamazepine in newly diagnosed epilepsy.
UK Lamotrigine/Carbamazepine Monotherapy Trial Group. Lancet, 345(8948): 476-479, 1995.
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[2] BRODIE, MJ. et al. Multicentre, double-blind, randomised comparison between lamotrigine and
carbamazepine in elderly patients with newly diagnosed epilepsy. The UK Lamotrigine Elderly Study Group,
37(1):81-7, 1999.
[3] STEINER TJ. et al. Lamotrigine monotherapy in newly diagnosed untreated epilepsy: a double-blind
comparison with phenytoin. Epilepsia, 40(5):601-7, 1999.
Propriedades Farmacodinâmicas
Modo de ação: os resultados de estudos farmacológicos sugerem que a lamotrigina age nos canais de sódio
sensíveis à diferença de potencial (ddp), estabilizando as membranas neuronais e inibindo a liberação de
neurotransmissores, principalmente de glutamato, um aminoácido excitatório que desempenha papel-chave no
desencadeamento de crises epiléticas.
Farmacodinâmica: em testes destinados a avaliar os efeitos de drogas sobre o sistema nervoso central, usando-se
doses de 240 mg de lamotrigina administradas a voluntários adultos sadios, os resultados não diferiram daqueles
obtidos com o placebo, ao passo que 1.000 mg de fenitoína e 10 mg de diazepam comprometeram
significativamente a boa coordenação motora visual e os movimentos oculares, aumentaram a instabilidade
corporal e produziram efeitos sedativos subjetivos.
Em outro estudo, doses orais únicas de 600 mg de carbamazepina comprometeram significativamente a boa
coordenação motora visual e os movimentos oculares, ao mesmo tempo em que aumentaram a instabilidade
corporal e a frequência cardíaca, enquanto os resultados com a lamotrigina, em doses de 150 mg e 300 mg, não
diferiram daqueles com o placebo.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção: a lamotrigina é rapidamente e completamente absorvida pelo intestino, sem metabolismo significativo
de primeira passagem. O pico de concentração plasmática ocorre aproximadamente 2,5 horas após a administração
oral da droga. O tempo necessário para que se atinja a concentração máxima é discretamente retardado após
alimentação, porém, a extensão da absorção não é afetada. O perfil farmacocinético é linear até 450 mg, a mais
alta dose única testada. Há variação considerável das concentrações máximas no estado de equilíbrio entre
indivíduos, mas, em um mesmo indivíduo, esta concentração raramente varia.
Distribuição: a lamotrigina apresenta ligação de 55% às proteínas plasmáticas e é muito improvável que seu
deslocamento das proteínas resulte em toxicidade. Seu volume de distribuição é de 0,92 a 1,22 l/kg.
Metabolismo: UDP-glicuronil transferases têm sido identificadas como as enzimas responsáveis pelo
metabolismo da lamotrigina.
A lamotrigina induz discretamente seu próprio metabolismo, dependendo da dose. Entretanto, não existem
evidências de que a lamotrigina afete a farmacocinética de outras drogas antiepiléticas e os dados sugerem que são
pouco prováveis as interações entre a lamotrigina e as drogas metabolizadas pelas enzimas do citocromo P450.
Eliminação: o clearance (depuração) médio em adultos saudáveis, no estado de equilíbrio, é de 39 ±14 mL/min.
O clearance da lamotrigina é primariamente metabólico, com eliminação subsequente na urina do material
conjugado com glicuronídeo. Menos de 10% da lamotrigina são excretados pela urina na forma inalterada. Apenas
2% de substâncias relacionadas à droga são excretados nas fezes. O clearance e a meia-vida são independentes da
dose. A meia-vida de eliminação média em adultos saudáveis é de 24 a 35 horas. Em um estudo com indivíduos
afetados pela Síndrome de Gilbert, o clearance médio aparente foi reduzido em 32% quando comparado com os
controles normais. Porém, os valores estão dentro da faixa da população em geral.
A meia-vida da lamotrigina é significativamente afetada por medicação concomitante. A meia-vida média é
reduzida para aproximadamente 14 horas quando a lamotrigina é administrada com drogas indutoras de
glicuronidação, tais como carbamazepina e fenitoína, e é aumentada para uma média de aproximadamente 70
horas quando coadministrada com valproato (ver as seções Posologia e Modo de Usar e Interações
Medicamentosas).
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Populações de Pacientes Especiais
Crianças: o clearance ajustado ao peso corporal é maior em crianças do que em adultos, com valores mais altos
em crianças abaixo de 5 anos. A meia-vida da lamotrigina é, geralmente, menor em crianças do que em adultos,
com um valor médio de aproximadamente 7 horas, quando administrada juntamente com drogas indutoras
enzimáticas, tais como carbamazepina e fenitoína. A meia-vida da lamotrigina é aumentada para um valor médio
de 45 a 50 horas quando coadministrada com valproato (ver Posologia e Modo de Usar).
Idosos: resultados da análise farmacocinética de uma população, incluindo pacientes jovens e idosos com
epilepsia envolvidos nos mesmos testes, indicaram que o clearance da lamotrigina não se altera de modo
clinicamente relevante. Após a administração de doses únicas isoladas, o clearance aparente decresceu em 12%, de
35 mL/min em pacientes com 20 anos para 31 mL/min em pacientes com 70 anos. O decréscimo após 48 semanas
de tratamento foi de 10%, de 41 para 37 mL/min entre grupos jovens e idosos. Adicionalmente, a farmacocinética
da lamotrigina foi estudada em 12 indivíduos idosos saudáveis, após dose única de 150 mg. O clearance médio
nestes idosos (0,39 mL/min/kg) encontrou-se dentro da faixa dos valores médios de clearance (0,31 a 0,65
mL/min/kg) obtidos em nove estudos com adultos não idosos depois de dose única de 30 a 450 mg.
Pacientes com insuficiência renal: em estudo com 12 voluntários com insuficiência renal crônica e outros seis
indivíduos passando por hemodiálise em que cada um fez uso de dose única de lamotrigina de 100 mg, a média do
CL/F foi de 0,42 mL/min/kg (insuficiência renal crônica), 0,33 mL/min/kg (entre as sessões de hemodiálise), e
1,57 mL/min/kg (durante a hemodiálise) comparada a 0,58 mL/min/kg em voluntários sadios. A média de meia-
vida plasmática foi de 42,9 h (insuficiência renal crônica), 57,4 h (entre as sessões de hemodiálise) e 13 h (durante
a hemodiálise), comparada a 26,2 h em voluntários sadios. Considerando a média, aproximadamente 20% (entre
5,6% e 35,1%) da quantidade de lamotrigina presente no corpo foram eliminados durante quatro horas de
hemodiálise. Para esta população, doses iniciais de lamotrigina devem ser baseadas em pacientes em uso de drogas
antiepiléticas. Doses reduzidas de manutenção podem ser efetivas para pacientes com significativa falha da função
renal.
Pacientes com insuficiência hepática: um estudo farmacocinético com dose única envolveu 24 pacientes com
diferentes graus de insuficiência hepática e 12 indivíduos saudáveis como controle. O clearance mediano aparente
da lamotrigina foi 0,31; 0,24 ou 0,10 mL/min/kg em pacientes com insuficiência hepática de grau A, B ou C
(Classificação Child-Pugh), respectivamente, comparado a 0,34 mL/min/kg nos indivíduos-controle saudáveis. As
doses iniciais, de escalonamento e manutenção geralmente devem ser reduzidas em 50% em pacientes com
insuficiência hepática moderada (Child-Pugh B) e 75% na insuficiência hepática grave (Child-Pugh C). O
escalonamento e a manutenção da dose devem ser ajustados de acordo com a resposta clínica do paciente.
Bipogine é contraindicado em indivíduos com conhecida hipersensibilidade à lamotrigina ou a qualquer outro
componente da formulação.
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.
Exantema
Existem relatos de reações adversas dermatológicas que geralmente têm ocorrido nas primeiras oito semanas após
o início do tratamento com a lamotrigina. A maioria dos exantemas (rash) é leve e autolimitada, entretanto,
exantemas de pele graves, que requerem hospitalização e descontinuação de lamotrigina, foram relatados. Esses
casos são potencialmente ameaçadores à vida e incluem a Síndrome de Stevens-Johnson (SJS) e a necrólise
epidérmica tóxica (NET, Síndrome de Lyell) (ver Reações Adversas).
Nos adultos participantes dos estudos, utilizando as doses recomendadas, a incidência de exantema de pele grave
foi de aproximadamente 1:500 em pacientes epilépticos. Aproximadamente metade desses casos foi relatada como
SJS (1:1000).
O risco de exantema grave em crianças é maior do que nos adultos.
Dados disponíveis sugerem que a incidência de exantemas associados à hospitalização de crianças é de 1:300 a
1:100.
Em crianças, a presença inicial de exantema pode ser confundida com uma infecção. Os médicos devem
considerar a possibilidade de reação medicamentosa em crianças que desenvolvem sintomas de exantema e febre
durante as primeiras oito semanas de tratamento com lamotrigina.
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Além disso, o risco global de aparecimento de exantema pode estar fortemente associado a:
− Altas doses iniciais de lamotrigina;
− Doses que excedam o escalonamento de doses recomendado;
− Uso concomitante de valproato (ver Posologia e Modo de Usar).
Deve-se ter cuidado ao tratar pacientes com história de alergia ou rash cutâneo a outras drogas antiepiléticas, já
que a frequência de rash não grave após tratamento com lamotrigina foi aproximadamente três vezes maior nestes
pacientes do que nos que não apresentavam história de alergia e/ou rash.
Todos os pacientes (adultos e crianças) que desenvolverem exantema devem ser rapidamente avaliados e o uso da
lamotrigina, descontinuado, a menos que o exantema se mostre claramente não relacionado à droga. É
recomendado que Bipogine não seja reiniciado em pacientes que tiveram a terapia suspensa por ter apresentado
exantema no tratamento anterior com Bipogine, a menos que o benefício se sobreponha ao risco.
Exantema também tem sido relatado como parte de uma síndrome de hipersensibilidade associada a um padrão
variável de sintomas sistêmicos – incluindo febre, linfadenopatia, edema facial, anormalidades hematológicas e
hepáticas e meningite asséptica (ver Reações Adversas). A síndrome exibe um largo espectro de gravidade clínica
e pode, raramente, levar à coagulação intravascular disseminada (CID) e à insuficiência de múltiplos órgãos. É
importante notar que manifestações de hipersensibilidade precoce (por exemplo: febre, linfadenopatia) podem
estar presentes mesmo que não ocorra exantema. Se tais sinais e sintomas estiverem presentes, o paciente deve ser
avaliado imediatamente e o uso de Bipogine deve ser descontinuado, a menos que possa ser estabelecida uma
etiologia alternativa.
A meningite asséptica foi reversível com a retirada da droga na maioria dos casos, mas reapareceu em alguns casos
de reexposição à lamotrigina. A reexposição resultou em um retorno rápido dos sintomas, que eram
frequentemente mais graves. A lamotrigina não deve ser reiniciada em pacientes que tenham interrompido devido
à meningite relacionada a tratamento prévio com lamotrigina.
Risco de Suicídio
Sintomas de depressão e/ou transtorno bipolar podem ocorrer em pacientes com epilepsia e existem evidências de
que os pacientes com epilepsia e transtorno bipolar apresentam risco elevado para suicidalidade.
De 25% a 50% dos pacientes com transtorno bipolar tentam suicidar-se pelo menos uma vez e podem apresentar
piora dos sintomas depressivos e/ou aparecimento de ideias e comportamentos suicidas (suicidalidade), estejam
eles tomando ou não medicações para o transtorno bipolar, incluindo Bipogine.
Ideação e comportamento suicidas foram relatados em pacientes tratados com DAEs em diversas indicações,
inclusive epilepsia e transtorno bipolar. Uma metanálise de estudos randomizados com DAEs (inclusive
lamotrigina) controlados com placebo também demonstrou pequeno aumento no risco de ideação e
comportamento suicidas. O mecanismo desse risco não é conhecido, e os dados disponíveis não descartam a
possibilidade de risco aumentado para lamotrigina.
Portanto, os pacientes devem ser monitorados para detecção de sinais de ideação e comportamentos suicidas.
Os pacientes (e os cuidadores deles) devem ser aconselhados a buscar auxílio médico caso apareçam sinais de
ideação ou comportamento suicidas.
Contraceptivos Hormonais
Efeito dos contraceptivos hormonais na eficácia de lamotrigina:
Foi demonstrado que a associação de etinilestradiol/levonorgestrel (30 mcg/150 mcg) aumenta o clearance da
lamotrigina em aproximadamente duas vezes, resultando em redução dos níveis de lamotrigina (ver Interações
Medicamentosas). Após a titulação, doses de manutenção mais elevadas de lamotrigina podem ser necessárias (em
até duas vezes ou mais) para atingir a resposta terapêutica máxima. Em mulheres que não estejam usando
substâncias indutoras de glicuronidação da lamotrigina e em uso de contraceptivos hormonais que incluam uma
semana de medicação inativa (por exemplo, uma semana sem pílula), aumentos graduais transitórios nos níveis de
lamotrigina ocorrerão durante a semana de medicação inativa. Esses aumentos devem ser maiores quando o
aumento da dose de lamotrigina se der nos dias que antecedem ou durante a semana de medicação inativa. Para
instruções de dose, ver Posologia e Modo de Usar.
Os médicos devem fazer acompanhamento clínico apropriado da mulher que comece ou pare de tomar
contraceptivos hormonais durante o tratamento com Bipogine, uma vez que ajustes na dosagem de lamotrigina
serão necessários na maioria dos casos.
Outros contraceptivos orais e tratamentos de Terapia de Reposição Hormonal não foram estudados. Entretanto,
eles podem, de forma similar, afetar os parâmetros farmacocinéticos da lamotrigina.
Efeito da lamotrigina na eficácia de contraceptivos hormonais:
Em um estudo de interação com 16 voluntárias saudáveis demonstrou-se que, quando a lamotrigina e o
contraceptivo hormonal (associação de etinilestradiol/levonorgestrel) são administrados em associação, há um
modesto aumento no clearance do levonorgestrel e alterações nos níveis de FSH e LH séricos (ver Interações
Medicamentosas). O impacto dessas alterações na atividade ovulatória é desconhecido. Entretanto, não pode ser
excluída a possibilidade dessas alterações resultarem numa diminuição da eficácia contraceptiva em algumas
pacientes que estejam tomando medicações hormonais e Bipogine. Assim, as pacientes devem ser instruídas a
relatar imediatamente ao médico qualquer alteração em seu ciclo menstrual, como sangramentos entre os períodos.
Efeito da lamotrigina nos substratos do transportador catiônico orgânico 2 (OCT2).
A lamotrigina é um inibidor da secreção tubular renal via proteínas OCT 2 (ver Interações Medicamentosas).
Isso pode resultar em aumento dos níveis plasmáticos de certas drogas que são substancialmente excretadas por
esta via. A coadministração de Bipogine com os substratos OCT 2s com um índice terapêutico estreito, por
exemplo, a dofetilida não é recomendada.
Diidrofolato redutase
Bipogine é um fraco inibidor da diidrofolato redutase. Portanto, há possibilidade de interferência com o
metabolismo do folato durante tratamentos prolongados. Entretanto, em períodos de até um ano, a lamotrigina não
provocou alterações significativas na concentração da hemoglobina, no volume corpuscular médio e nas
concentrações de folato em nível sérico ou das hemácias. Em períodos de tratamento de até cinco anos não houve
alterações significativas na concentração de folato das hemácias.
Insuficiência Renal
Em estudos com dose única em pacientes com insuficiência renal terminal as concentrações plasmáticas de
lamotrigina não foram significativamente alteradas. No entanto, como é esperado que haja acúmulo do metabólito
glicuronato, deve-se ter cuidado ao tratar pacientes com insuficiência renal.
Pacientes sendo tratados com outras formulações contendo lamotrigina
Bipogine não deve ser administrado a pacientes que estejam sendo tratados com outras formulações contendo
lamotrigina sem recomendação médica.
Epilepsia
Como ocorre com outras drogas antiepiléticas, a suspensão abrupta de Bipogine pode provocar crises de rebote. A
menos que seja necessária a interrupção abrupta (em casos de exantema, por exemplo), a dose de Bipogine deve
sofrer redução gradual ao longo de duas semanas.
Há relatos na literatura de que crises convulsivas graves, incluindo estado de mal epiléptico, podem levar à
rabdomiólise, disfunção de múltiplos órgãos e coagulação intravascular disseminada, algumas vezes levando à
morte. Casos semelhantes ocorreram em associação ao uso de lamotrigina.
Testes de laboratório
A lamotrigina tem demonstrado interferir em testes rápidos de urina usados para detecção de drogas, podendo
resultar em falsos positivos, particularmente para fenciclidina. Um método químico alternativo mais específico
deve ser utilizado para confirmar um resultado positivo.
Gravidez e lactação
A administração de lamotrigina não prejudicou a fertilidade de animais, em estudos de reprodução. Não há
experiência do efeito do Bipogine sobre a fertilidade humana.
Dados pós-comercialização, resultantes de diversos registros prospectivos de gravidezes, documentaram resultados
de cerca de 2.000 mulheres expostas à lamotrigina usada em monoterapia durante o primeiro trimestre de gravidez.
Globalmente, estes dados não são sugestivos de aumento substancial do risco de malformações congênitas
maiores, embora os dados de um número limitado de registros apresentem relatos de aumento do risco de fendas
orais. Um estudo caso-controle não demonstrou maior risco de fendas orais em comparação a outros defeitos após
a exposição à lamotrigina. Os dados relacionados ao uso de lamotrigina em associação a outros fármacos são
insuficientes para avaliar se o risco de malformações associado a outros agentes é afetado pelo uso concomitante
de lamotrigina.
Como a maioria das drogas, Bipogine não deve ser usado na gravidez, a menos que, a critério clínico, o benefício
potencial para a mãe justifique qualquer risco possível ao desenvolvimento fetal.
As alterações fisiológicas relacionadas à gravidez podem afetar os níveis e/ou efeitos terapêuticos da lamotrigina.
Há relatos de diminuição dos níveis de lamotrigina durante a gravidez. Deve-se assegurar o adequado
acompanhamento clínico à mulher grávida que esteja em tratamento com Bipogine.
Houve relatos de que lamotrigina passa para o leite materno em concentrações altamente variáveis, resultando em
níveis totais de lamotrigina em bebês de até cerca de 50% dos níveis observados nas mães. Portanto, em alguns
bebês amamentados, as concentrações séricas de lamotrigina podem atingir níveis nos quais ocorrem efeitos
farmacológicos.
O benefício potencial da amamentação deve ser considerado frente ao risco potencial de efeitos adversos aos
bebês.
Categoria C de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Dois estudos com voluntários demonstraram que o efeito da lamotrigina sobre a coordenação motora visual,
movimentos dos olhos, movimentos corporais e de sedação não diferiram do placebo. Em estudos clínicos com
lamotrigina, eventos adversos de características neurológicas, como vertigem e diplopia, têm sido reportados.
Desta forma, os pacientes devem avaliar como serão afetados pela terapia com Bipogine antes de dirigir e operar
máquinas. Como existe uma variação individual em resposta a todas as terapias com drogas antiepilépticas, o
A UDP-glicuronil transferase foi identificada como sendo a enzima responsável pelo metabolismo da lamotrigina.
Não há evidências de que a lamotrigina cause indução ou inibição clinicamente relevante de enzimas hepáticas de
metabolização oxidativa de drogas e as interações entre a lamotrigina e drogas metabolizadas pelas enzimas do
citocromo P450 são improváveis. A lamotrigina pode induzir seu próprio metabolismo, mas o efeito é modesto e,
provavelmente, não apresenta consequências clínicas significativas.
Tabela 1: Efeito de outras drogas na glicuronidação da lamotrigina (ver Posologia e Modo de Usar):
Drogas que inibem
significativamente a
glicuronidação da
lamotrigina
Drogas que induzem
Drogas que não inibem
nem induzem
valproato
carbamazepina
fenitoína
primidona
fenobarbitona
rifampicina
lopinavir/ritonavir
atazanavir/ritonavir*
associação de etinilestradiol/
levonorgestrel**
lítio
bupropiona
olanzapina
oxcarbazepina
felbamato
gapabentina
levetiracetam
pregabalina
topiramato
zonisamida
aripiprazol
*Para orientações de dosagem, ver Posologia e Modo de Usar – Recomendações gerais para populações de
pacientes especiais.
**Outros contraceptivos orais e terapias de reposição hormonal não foram estudados, embora possam afetar os
parâmetros farmacocinéticos de forma similar: ver Posologia e Modo de Usar - Recomendações gerais para
populações de pacientes especiais - Mulheres tomando contraceptivos hormonais; e Advertências – Contraceptivos
Hormonais.
Interações envolvendo drogas antiepilépticas - DAEs (ver Posologia e Modo de Usar)
O valproato, que inibe a glicuronidação da lamotrigina, reduz o metabolismo e aumenta a meia-vida média da
lamotrigina em cerca de duas vezes.
Alguns agentes antiepiléticos (como fenitoína, carbamazepina, fenobarbital e primidona), que induzem as enzimas
hepáticas de metabolização de drogas, induzem a glicuronidação da lamotrigina, aumentando seu metabolismo.
Há relatos de eventos em nível do sistema nervoso central - incluindo vertigem, ataxia, diplopia, visão turva e
náuseas - em pacientes recebendo carbamazepina após a introdução de lamotrigina. Esses eventos são
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normalmente resolvidos quando a dose de carbamazepina é reduzida. Efeito similar foi observado durante estudo
com oxcarbazepina e lamotrigina em voluntários adultos saudáveis, mas a redução da dose não foi investigada.
Em estudo com voluntários adultos saudáveis, utilizando doses de 200 mg de lamotrigina e 1.200 mg de
oxcarbazepina, observou-se que a oxcarbazepina não altera o metabolismo da lamotrigina e a lamotrigina não
altera o metabolismo da oxcarbazepina.
Em estudo com voluntários sadios, a coadministração de felbamato (1.200 mg, duas vezes ao dia) e lamotrigina
(100 mg, duas vezes ao dia, por 10 dias) não demonstrou ter efeitos clínicos relevantes na farmacocinética da
lamotrigina.
Baseado nas análises retrospectivas dos níveis plasmáticos em pacientes que recebiam lamotrigina isolado ou
juntamente com gabapentina, o clearance da lamotrigina não pareceu ser alterado pela gabapentina.
Interações potenciais entre levetiracetam e lamotrigina foram pesquisadas avaliando-se as concentrações séricas de
ambos agentes durante estudo clínico placebo-controlado. Os dados indicaram que a lamotrigina não influencia a
farmacocinética do levetiracetam e o levetiracetam não afeta a farmacocinética da lamotrigina.
O estado de equilíbrio das concentrações plasmáticas de lamotrigina não foi afetado pela administração
concomitante com pregabalina (200 mg, três vezes ao dia). Não existem interações farmacocinéticas entre
lamotrigina e pregabalina.
O topiramato não alterou as concentrações plasmáticas de lamotrigina, enquanto foi observado aumento de 15%
nas concentrações de topiramato.
Em estudo com pacientes com epilepsia, a coadministração de zonisamida (200 a 400 mg/dia) com lamotrigina
(150 a 500 mg/dia) durante 35 dias não teve efeito significativo na farmacocinética da lamotrigina.
Apesar de terem sido reportadas alterações nas concentrações plasmáticas com outras drogas antiepiléticas,
estudos controlados não demonstraram evidências de que a lamotrigina afete as concentrações plasmáticas de
drogas antiepiléticas quando administradas concomitantemente. Evidências de estudos in vitro indicaram que a
lamotrigina não altera a ligação de outras drogas antiepiléticas às proteínas.
Interações envolvendo outros agentes psicoativos (ver Posologia e Modo de Usar)
A farmacocinética do lítio, após a administração de 2 g de gliconato de lítio anidro, duas vezes ao dia, durante seis
dias, a 20 indivíduos saudáveis, não foi alterada pela administração concomitante de 100 mg/dia de lamotrigina.
Múltiplas doses orais de bupropiona não tiveram efeitos estatisticamente significativos na farmacocinética de dose
única de lamotrigina em 12 indivíduos e houve somente um leve aumento na área sob a curva (AUC) do
metabólito glicuronídeo de lamotrigina.
Em estudo com voluntários adultos saudáveis, 15 mg de olanzapina reduziu a área sob a curva (AUC) e a
concentração máxima (Cmáx) da lamotrigina numa média de 24% e 20%, respectivamente. Em geral, espera-se
que um efeito dessa magnitude não seja clinicamente relevante. A lamotrigina, em doses de 200 mg, não afetou a
farmacocinética da olanzapina.
Doses múltiplas orais de lamotrigina (400 mg/dia) não tiveram efeito clínico significativo na farmacocinética de
uma única dose de 2 mg de risperidona em 14 voluntários adultos saudáveis. Após a coadministração de
risperidona 2 mg com lamotrigina, 12 dos 14 voluntários apresentaram sonolência, comparado a 1(um) de 20,
quando tomaram risperidona isoladamente, e nenhum, quando lamotrigina foi administrado isoladamente.
Em um estudo com 18 pacientes adultos com transtorno bipolar I, que receberam um esquema estabelecido de
lamotrigina (> / = 100 mg / dia), doses de aripiprazol foram aumentadas de 10 mg/dia para uma dose alvo de 30
mg/dia ao longo de um período de 7 dias e continuadas uma vez ao dia por mais 7 dias. Uma redução média de
cerca de 10% na Cmáx e AUC da lamotrigina foi observada. Não se espera que um efeito dessa magnitude tenha
alguma consequência clínica.
Experimentos de inibição in vitro indicaram que a formação do metabólito primário da lamotrigina, o 2-N-
glicuronídeo, foi minimamente afetada pela coincubação com amitriptilina, bupropiona, clonazepam, fluoxetina,
haloperidol ou lorazepam. Dados sobre o metabolismo do bufuralol, obtidos de microssoma hepático humano,
sugeriram que a lamotrigina não reduz o clearance das drogas eliminadas predominantemente pelo CYP2D6.
Resultados de experimentos in vitro também sugerem que é improvável que o clearance da lamotrigina seja
afetado pela clozapina, fenelzina, risperidona, sertralina ou trazodona.
Interações com contraceptivos hormonais
Efeito de contraceptivos hormonais na famacocinética da lamotrigina:
Em um estudo com 16 voluntárias, verificou-se que o uso de contraceptivo contendo 30 mcg de etinilestradiol e
150 mcg de levonorgestrel associados causou aumento no clearance oral da lamotrigina em aproximadamente
duas vezes, resultando numa redução média de 52% e 39% na área sob a curva (AUC) e Cmáx, respectivamente.
As concentrações séricas da lamotrigina aumentaram gradualmente durante o curso de uma semana de medicação
inativa (por exemplo, uma semana sem contraceptivo), com concentrações pré-dose ao final da semana de
medicação inativa sendo, em média, aproximadamente duas vezes mais altas que durante a coterapia (ver
Posologia e Modo de Usar - Recomendações gerais para populações de pacientes especiais - Mulheres tomando
contraceptivos hormonais; e Advertências – Contraceptivos hormonais).
Efeito da lamotrigina na farmacocinética dos contraceptivos hormonais:
Em um estudo com 16 voluntárias, a dose de equilíbrio de 300 mg de lamotrigina não afetou a farmacocinética do
componente etinilestradiol na medicação associada. Um modesto aumento no clearance oral do componente
levonorgestrel foi observado, resultando numa redução média de 19% e 12% na área sob a curva (AUC) e Cmáx
do levonorgestrel, respectivamente. Medidas das concentrações séricas de FSH, LH e estradiol durante o estudo
indicaram certa perda da supressão da atividade hormonal ovariana em algumas mulheres, embora a medida da
progesterona sérica tenha indicado que não houve evidência hormonal de ovulação em nenhuma das 16
voluntárias. O impacto do modesto aumento do clearance do levonorgestrel e das alterações das concentrações
séricas de FSH e LH na atividade ovulatória é desconhecido (ver Advertências e Precauções). O efeito de doses
diferentes de 300 mg/dia de lamotrigina não foi estudado e estudos com outras formulações hormonais femininas
não foram conduzidos.
Interações envolvendo outras medicações:
Em um estudo com 10 voluntários do sexo masculino, verificou-se que a rifampicina aumentou o clearance e
diminuiu a meia-vida da lamotrigina pela indução das enzimas hepáticas responsáveis pela glicuronidação. Em
pacientes recebendo terapia concomitante com rifampicina, deve-se empregar o regime de tratamento
recomendado para a lamotrigina e indutores de glicuronidação competitivos (ver Posologia e Modo de Usar).
Em estudo com voluntários saudáveis, lopinavir/ritonavir reduziu aproximadamente pela metade as concentrações
plasmáticas de lamotrigina, provavelmente pela indução da glicuronidação. Em pacientes recebendo terapia
concomitante com lopinavir/ritonavir, o regime de tratamento recomendado para lamotrigina e indutores da
glicuronidação deve ser considerado. (ver Posologia e Modo de Usar).
Em um estudo com voluntários adultos sadios, atazanavir/ritonavir (300 mg/100 mg) reduziu a área sob a curva
(AUC) e a Cmáx de lamotrigina (dose única de 100 mg) em uma média de 32% e 6%, respectivamente (ver
Posologia e Modo de Usar – Recomendações gerais para populações de pacientes especiais).
Os dados da avaliação in vitro do efeito da lamotrigina no OCT 2 demonstram que lamotrigina, mas não o
metabólito N (2)-glucuronídeo, é um inibidor de OCT 2 em concentrações potencialmente relevantes clinicamente.
Estes dados demonstram que a lamotrigina é um inibidor mais potente de OCT 2 que a cimetidina, com valores
IC50 de 53,8 μM e 186 μM , respectivamente (ver Advertências e Precauções).
Cuidados de conservação
Mantenha o produto em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30°C), protegido da
umidade.
O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem do produto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspectos físicos / características organolépticas
O comprimido de Bipogine é amarelo, em forma de cápsula, com linha de quebra profunda em ambas as faces,
tendo em uma das faces a gravação de um “L” em um lado da linha de quebra e “25”, “50” ou “100” do outro lado
da linha de quebra.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Bipogine deve ser engolido inteiro, com o auxílio de um copo de água.
Os comprimidos não devem ser mastigados nem partidos. Se uma dose calculada de lamotrigina (por exemplo:
para uso em crianças e pacientes com insuficiência hepática) não puder ser dividida em doses menores, a dose a
ser administrada será igual à menor dose equivalente a um comprimido inteiro.
Reintrodução da terapia
Os médicos devem avaliar a necessidade de escalonamento de dose ao reintroduzir a terapia com Bipogine, em
pacientes que descontinuaram seu uso por alguma razão, uma vez que há sérios riscos de exantema associados a
Modelo de bula - Profissional
Bipogine 25mg, 50mg e 100mg
altas doses iniciais e ao exceder a dose recomendada para o escalonamento de Bipogine (ver Advertências e
Precauções). Quanto maior o intervalo entre o uso prévio e a reintrodução, maior o cuidado que se deve tomar no
escalonamento da dose de manutenção. Quando este intervalo exceder cinco meias-vidas (ver Propriedades
Farmacocinéticas, em Características Farmacológicas), Bipogine deve ser escalonado à dose de manutenção de
acordo com um programa apropriado.
Recomenda-se que Bipogine não seja reiniciado em pacientes que tenham descontinuado seu uso por causa de
exantema associado ao tratamento prévio com Bipogine, a menos que o potencial benefício ultrapasse os possíveis
riscos.
Epilepsia
Quando drogas antiepilépticas de uso concomitante são retiradas para monoterapia com Bipogine ou quando outra
droga antiepilética (DAE) é adicionada ao regime de tratamento contendo lamotrigina, deve-se considerar os
efeitos sobre a farmacocinética da lamotrigina (ver Interações Medicamentosas).
Dose em monoterapia
Adultos e crianças acima de 12 anos de idade:
A dose inicial de Bipogine em monoterapia é de 25 mg, uma vez ao dia, por duas semanas, seguida por 50 mg,
uma vez ao dia, por duas semanas. A partir daí, a dose deve ser aumentada em até um máximo de 50-100 mg, a
cada uma a duas semanas, até que uma resposta ótima seja alcançada. A dose usual de manutenção para se
alcançar uma resposta ideal é de 100-200 mg/dia, administrados uma vez ao dia ou em duas doses fracionadas.
Alguns pacientes podem necessitar de até 500 mg/dia de Bipogine para alcançar a resposta desejada.
Por conta do risco de exantema (rash), a dose inicial e o escalonamento de doses subsequentes não devem ser
excedidos (ver Advertências e Precauções).
Dose em terapia combinada
Adultos e crianças acima de 12 anos:
Nos pacientes recebendo valproato, com ou sem outra droga antiepilética (DAE), a dose inicial de Bipogine deve
ser de 25 mg, em dias alternados, por duas semanas, seguida por 25 mg, uma vez ao dia, por duas semanas. Em
seguida, a dose deve ser aumentada até um máximo de 25-50 mg, a cada uma ou duas semanas, até que uma
resposta adequada seja alcançada. A dose usual de manutenção para se obter uma resposta ótima é de 100-200
mg/dia, administrados uma vez ao dia ou fracionados em duas tomadas.
Nos pacientes tomando DAEs concomitantes ou outras medicações (ver Interações Medicamentosas) que induzam
a glicuronidação da lamotrigina, com ou sem outras DAEs (exceto valproato), a dose inicial de Bipogine é de 50
mg, uma vez ao dia, por duas semanas, seguidos por 100 mg/dia, administrados em duas doses fracionadas, por
duas semanas.
A partir daí, a dose deve ser aumentada até um máximo de 100 mg a cada uma ou duas semanas, até que uma
resposta adequada seja alcançada. A dose usual de manutenção para se obter uma resposta ótima é de 200-400
mg/dia, administrados em duas doses fracionadas.
Alguns pacientes podem necessitar de até 700 mg/dia de Bipogine para alcançar a resposta desejada.
Em pacientes usando outras drogas que não induzem ou inibem significativamente a glicuronidação da lamotrigina
(ver Interações Medicamentosas), a dose inicial de Bipogine é 25 mg uma vez ao dia por duas semanas, seguidos
por 50 mg, uma vez ao dia, por duas semanas. A partir daí, a dose deve ser aumentada até um máximo de 50 a 100
mg a cada uma ou duas semanas, até que uma resposta adequada seja alcançada. A dose usual de manutenção para
se obter uma resposta ótima é de 100-200 mg/dia, administrados uma vez ao dia ou em duas doses fracionadas.
Tabela 2 – Regime de tratamento recomendado em epilepsia para adultos e maiores de 12 anos
Regime de tratamento
Semanas
1+2
3+4
Dose de manutenção
Monoterapia
25 mg
(uma vez ao
dia)
50 mg
100-200 mg
(uma vez ao dia ou duas
doses fracionadas).
Para se atingir a dose de
manutenção, as doses
podem ser aumentadas até
50-100 mg a cada 1-2
semanas.
Terapia combinada com valproato
independente do uso de qualquer medicação
concomitante
12,5 mg
(25 mg
administrad
os em dias
alternados)
25-50 mg a cada 1-2
Terapia
combinad
a sem
valproato
Este regime de doses
deve ser usado com
outras drogas que não
induzem ou inibem
significativamente a
glicuronidação da
lamotrigina (ver
Interações
Medicamentosas)
(uma vez
ao dia)
(uma vez ao dia ou duas doses
fracionadas).
Para se atingir a dose de manutenção, as
doses podem ser aumentadas até 50-100
mg a cada 1-2 semanas.
Esse regime de doses
deve ser usado com:
fenitoína
carbamazepina
fenobarbitona
primidona
ou com outros
indutores da
lamotrigina
100 mg
(duas doses
fracionadas)
200-400 mg
(duas doses fracionadas).
Para se atingir a manutenção, as doses
podem ser aumentadas até 100 mg a
cada 1-2 semanas.
Nota: Em pacientes tomando DAEs cuja interação farmacocinética com a lamotrigina seja
desconhecida, deve ser utilizado o regime de tratamento recomendado para o uso da associação
lamotrigina/valproato.
Face ao risco de exantema (rash), a dose inicial e o escalonamento de doses subsequentes não devem ser
Recomendações posológicas gerais para populações de pacientes especiais
Mulheres tomando contraceptivos hormonais
− Iniciando o tratamento com Bipogine em pacientes que já estejam tomando contraceptivos hormonais:
Embora haja evidências de que os contraceptivos hormonais aumentam o clearance da lamotrigina (ver
Advertências e Precauções e Interações Medicamentosas), nenhum ajuste no escalonamento de dose de Bipogine
deve ser necessário com base somente no uso de contraceptivos hormonais. O escalonamento das doses deve
seguir as diretrizes recomendadas, baseando-se no fato de a lamotrigina ser adicionada a valproato (um inibidor da
glicuronidação da lamotrigina) ou a um indutor da glicuronidação da lamotrigina, ou de Bipogine ser adicionado
na ausência de valproato ou de um indutor da glicuronidação da lamotrigina.
− Iniciando o uso de contraceptivos hormonais em pacientes que já estejam tomando doses de manutenção
de Bipogine e não estejam tomando substâncias indutoras da glicuronidação da lamotrigina:
Na maioria dos casos, será necessário aumentar a dose de manutenção de Bipogine para valores duas vezes
maiores (ver Advertências e Precauções e Interações Medicamentosas). É recomendado que, a partir do momento
em que seja iniciado o uso de contraceptivos hormonais, a dose de lamotrigina seja aumentada para até 50 a 100
mg/dia a cada semana, de acordo com a resposta clínica individual. Os aumentos de dose não devem exceder esse
valor, a menos que a resposta clínica indique a necessidade de acréscimos maiores.
− Interrompendo o uso de contraceptivos hormonais em pacientes que já estejam tomando doses de
manutenção de Bipogine e não estejam tomando substâncias indutoras da glicuronidação da lamotrigina:
Na maioria dos casos, será necessário reduzir a dose de manutenção de Bipogine para valores até 50% menores
(ver o item Advertências e Precauções e Interações Medicamentosas). É recomendado que seja feita a redução
gradual da dose diária de lamotrigina de até 50 a 100 mg a cada semana (não excedendo 25% da dose diária total
semanal) pelo período de três semanas, a menos que a resposta clínica indique o contrário.
Administração com atazanavir/ritonavir
Apesar de atazanavir/ritonavir ter mostrado reduzir a concentração plasmática de lamotrigina (ver Interações
Medicamentosas), nenhum ajuste no escalonamento de dose de Bipogine deve ser necessário com base somente no
uso de atazanavir/ritonavir. O escalonamento das doses deve seguir as diretrizes recomendadas, baseando-se no
fato de a lamotrigina ser adicionada ao valproato (um inibidor da glicuronidação da lamotrigina) ou a um indutor
da glicuronidação da lamotrigina, ou de Bipogine ser adicionado na ausência de valproato ou de um indutor da
glicuronidação da lamotrigina.
Em pacientes que já tomam doses de manutenção de Bipogine e que não utilizam indutores de glicuronidação,
pode ser necessário aumentar a dose de Bipogine se atazanavir/ritonavir forem utilizados ou diminuir a dose se
atazanavir/ritonavir forem descontinuados.
Idosos (acima de 65 anos de idade)
Nenhum ajuste de dose é necessário. A farmacocinética da lamotrigina nesta faixa etária não difere
significativamente da população de adultos não idosos.
Insuficiência hepática
As doses iniciais de escalonamento e manutenção devem ser geralmente reduzidas em aproximadamente 50% em
pacientes com insuficiência hepática moderada (Child-Pugh grau B) e em 75% na insuficiência hepática grave
(Child-Pugh grau C). As doses de escalonamento e manutenção devem ser ajustadas de acordo com a resposta
clínica.
Insuficiência renal
Deve-se ter cautela ao administrar lamotrigina a pacientes com insuficiência renal. Em pacientes em estágio
terminal de insuficiência renal, as doses iniciais de lamotrigina devem ser baseadas no regime de DAEs dos
pacientes. Doses de manutenção reduzidas podem ser eficazes para pacientes com insuficiência renal significativa
(ver Advertências e Precauções). Para informações farmacocinéticas mais detalhadas, ver Propriedades
Farmacocinéticas, em Características Farmacológicas.
VP/VPS
Comprimidos de 25 mg, 50
mg e 100 mg – embalagens
com 30 comprimidos
05/06/2013 0443983/13-0
10450 - SIMILAR -
Notificação de
Alteração de Texto de
Bula - RDC 60/12
Sinais e sintomas
Foi descrita a ingestão aguda de doses de até 10 a 20 vezes a dose terapêutica máxima, incluindo casos fatais. A
superdose resultou em sintomas que incluem nistagmo, ataxia, alteração no nível de consciência, epilepsia do tipo
Modelo de bula - Profissional
Bipogine 25mg, 50mg e 100mg
grande mal e coma. Alargamento do QRS (atraso da condução intraventricular) também tem sido observado em
pacientes em overdose.
Tratamento
No caso de superdose, o paciente deve ser hospitalizado para receber tratamento sintomático e de suporte
apropriados, conforme clinicamente indicado ou conforme recomendado pelo Centro de Controle de Intoxicação,
onde estiver disponível.
Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
III) DIZERES LEGAIS
Reg. MS.: 1.2352.0220
Farm. Resp.: Adriana M. C. Cardoso
CRF - RJ N° 6750
Fabricado por: Ranbaxy Laboratories Limited
Industrial Area – 3, Dewas – 455001,
Madhya Pradesh, Índia
Importado e Registrado por: Ranbaxy Farmacêutica Ltda.
Av. Eugênio Borges, 1.060
Arsenal - Rio de Janeiro
CNPJ: 73.663.650/0001-90
Comercializado por: DAIICHI SANKYO BRASIL FARMACÊUTICA LTDA.
Alameda Xingu, 766 Alphaville – Barueri – SP
CNPJ nº 60.874.187/0001-84
Indústria Brasileira
Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC): 0800 704 7222
Número de lote, data de fabricação e prazo de validade: vide cartucho.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DE RECEITA
Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 10/09/2014.
BIP_VPROF_05
10/2014
Modelo de bula – Paciente/Profissional
Bipogine 25mg, 50mg e 100 mg
Anexo B – Histórico de Alteração da Bula
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera a bula Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
Nº Expediente Assunto
Nº do
Assunto
Data de
aprovação
Itens de bula
Versões
(VP/VPS)
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05/11/2014 N/A
10450 - SIMILAR -
Notificação de
Alteração de Texto de
Bula - RDC 60/12
N/A N/A N/A N/A
VPS