Bula do Bisoltussin para o Profissional

Bula do Bisoltussin produzido pelo laboratorio Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Bisoltussin
Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda. - Profissional

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BULA COMPLETA DO BISOLTUSSIN PARA O PROFISSIONAL

abcd

Bisoltussin®

(bromidrato de dextrometorfano)

Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda.

Bisoltussin® Xarope 2mg/mL

BISOLTUSSIN PROFISSIONAL abcd

Bisoltussin_Bula Profissional X15-00 / 20141103 1

bromidrato de dextrometorfano

APRESENTAÇÕES

Xarope de 2mg/ml: embalagens com 120 ml, acompanhado de copo-medida.

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS

USO ORAL

COMPOSIÇÃO

Cada ml contém 2 mg de bromidrato de dextrometorfano monoidratado, correspondentes a 1,47 mg de

dextrometorfano.

Excipientes: maltitol líquido, sacarina sódica di-hidratada, propilenoglicol, aroma de baunilha, aroma de

damasco, metilparabeno e água purificada.

1. INDICAÇÕES

BISOLTUSSIN é indicado para tratamento sintomático da tosse seca irritativa (não produtiva) de

diferentes origens, inclusive infecciosas (como gripes e resfriados).

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Em um estudo duplo-cego, randomizado e em grupos paralelos, foi estudada a eficácia de uma única dose

de 30 mg de dextrometorfano (n=21) versus placebo n=22) no tratamento de tosse associada à infecção

aguda das vias aéreas superiores. Houve uma diferença estatisticamente significante favorável ao

dextrometorfano em relação às alterações médias na CSPL (Cough Sound Pressure Level) desde o basal

até os 90 min [placebo 1,86 (3,3); dextrometorfano 5,24 (5,24)1

.

Em uma metanálise de seis estudos randomizados, duplo-cegos, em grupos paralelos, com dose única e

controlados com placebo com um total de 710 pacientes, foram avaliados os efeitos antitussígenos de uma

única dose de dextrometorfano (30 mg) vs placebo em um período de tratamento de 3 horas em pacientes

com tosse por infecção das vias aéreas superiores. Demonstrou-se que houve reduções gerais

significantemente maiores nos acessos de tosse, componentes da tosse, esforço de tosse e um aumento da

latência para tosse nos pacientes tratados com dextrometorfano em comparação aos tratados com

placebo.2

A ação antitussígena do dextrometorfano (15 e 30 mg quatro vezes ao dia), cloridrato de I-

propoxifeneoxido (25, 50 e 100 mg q.i.d.) e sulfonato de I-propoxifeno 2-naftaleno (25, 50 e 100 mg

q.i.d.) foram comparados com o placebo em 88 crianças com tosse associada com doença aguda do trato

respiratório superior. Foi demonstrado que após 3-5 dias de tratamento o dextrometorfano e as demais

substâncias diminuíram a tosse de forma dose -dependente3

1. Lee PCL, Jawad MS, Eccles R. Antitussive efficacy of dextromethorphan in cough associated

with acute upper respiratory tract infection. J Pharm Pharmacol. 2000 Sep;52(9):1137-42.

2. Pavesi L, Subburaj S, Porter-Shaw K. Application and validation of a computerized cough

acquisition system for objective monitoring of acute cough: a meta-analysis. Chest. 2001

Oct;120(4):1121-8.

3. Gruber CM, Carter CH. A measure of the effectiveness of propoxyphene antitussives in children.

Am J Med Sci 1961;242:443-7.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

O bromidrato de dextrometorfano é um derivado 3-metoxi do levorfanol. Tem um efeito antitussígeno,

mas em doses terapêuticas não tem propriedades analgésicas, supressoras respiratórias ou psicomiméticas,

e considera-se que tenha um mínimo potencial de causar dependência. O dextrometorfano possui

propriedades serotoninérgicas fracas.

O início do efeito ocorre em 15-30 minutos após a ingestão oral, e a duração do efeito é de cerca de 3-6

horas.

Farmacocinética

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Absorção: O dextrometorfano é rapidamente absorvido após administração oral, e os picos de níveis

plasmáticos são atingidos dentro de 2 horas, com variação de 5,2-5,8 ng/ml após administração de

uma dose de 60 mg de dextrometorfano.

Distribuição: O volume de distribuição no estado de equilíbrio, após a administração de doses de 50

mg de dextrometorfano foi calculada como sendo de 7,3 L ± 4,8 L (média ± DP).

Biotransformação: O dextrometorfano é submetido a um efeito de primeira passagem no fígado. Os

principais estágios do metabolismo são O- e N-desmetilação oxidativa mediadas pelas CYP3A e

CYP2D6 com conjugação subsequente.

O metabólito ativo primário é o dextrorfano; são também formados (+)-3-metoximorfinano e (+)-3-

hidroximorfinano. Como a CYP2D6 é uma enzima polimórfica, o metabolismo do dextrometorfano

depende do genótipo do indivíduo. A frequência do fenótipo de maus metabolizadores (com

comprometimento da atividade da CYP2D6) na população caucasiana é entre 5% e 10% (vide

“Populações especiais”).

Eliminação: A proporção excretada por via renal (até 48 horas após a administração oral) pode variar

de 20% a 86% da dose administrada. Os metabólitos livres ou conjugados são recuperados na urina e

apenas uma pequena proporção do ingrediente ativo é eliminada na forma inalterada. Menos de 0,1%

é encontrado nas fezes. Após a administração única ou de doses múltiplas, a meia-vida média de

eliminação varia de 3,2 - 4 horas.

Populações especiais: Metabolizadores fracos da CYP2D6 (PM) vs metabolizadores extensivos

(EM).

Os valores da Cmáx, AUC e t1/2 para dextrometorfano são maiores entre PMs do que aqueles entre EMs,

ou seja, 16 vezes maiores para Cmáx, 150 vezes para AUC e 8 vezes para t1/2 (19,1 vs 2,4 horas).

Os valores de t1/2 podem ser estendidos como por 45 horas, em alguns casos de PMs.

4. CONTRAINDICAÇÕES

BISOLTUSSIN é contraindicado nos seguintes casos:

 pacientes hipersensíveis ao dextrometorfano ou a outros componentes da fórmula;

 tratamento concomitante ou tratamento nas 2 semanas anteriores com inibidores da MAO;

 asma brônquica;

 doença pulmonar obstrutiva crônica;

 pneumonia;

 insuficiência respiratória;

 depressão respiratória;

BISOLTUSSIN é contraindicado para pacientes com intolerância à frutose (contém maltitol).

Este medicamento é contraindicado para uso na amamentação.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

O dextrometorfano tem baixo potencial de causar dependência. Após o seu uso prolongado (isto é, que

ultrapassa o período de tratamento recomendado), os pacientes podem desenvolver tolerância, assim

como dependência mental e física. Os pacientes com tendência ao uso abusivo ou dependência só devem

receber BISOLTUSSIN por curtos períodos, e sob estrita supervisão médica.

Casos de abuso de dextrometorfano foram relatados, predominantemente em adolescentes.

BISOLTUSSIN deve ser usado com precaução em pacientes recebendo medicamentos serotoninérgicos

(exceto inibidores da MAO), tais como inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) (por

exemplo, fluoxetina, paroxetina) ou antidepressivos tricíclicos (vide “Interações medicamentosas”).

Dados sobre a utilização de dextrometorfano em pacientes com comprometimento da função hepática ou

renal são limitados. Portanto, BISOLTUSSIN deve ser usado com precaução nestes pacientes,

particularmente naqueles com insuficiências graves.

Devido ao potencial de liberação de histamina, BISOLTUSSIN deve ser evitado no caso de mastocitose.

Tosse crônica pode ser um sinal inicial de asma e, portanto, BISOLTUSSIN não é indicado para

supressão da tosse crônica, particularmente em crianças.

BISOLTUSSIN não deve ser utilizado em crianças menores de 12 anos de idade

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Em casos de tosse produtiva com produção considerável de muco (por exemplo, pacientes com patologias

tais como bronquiectasia e fibrose cística) ou em pacientes com doença neurológica associada com uma

acentuada diminuição do reflexo de tosse (tais como acidente vascular cerebral, doença de Parkinson e

demência), o tratamento antitussígeno com BISOLTUSSIN deve ser administrado com particular cautela

e somente após uma cuidadosa avaliação de risco e benefício (vide “Interações medicamentosas”).

BISOLTUSSIN contém 28,6 g de maltitol por dose diária máxima recomendada para

adultos e adolescentes acima de 12 anos. Pacientes com condição hereditária rara de

intolerância a frutose não devem tomar este medicamento. Pode ocorrer um leve efeito

laxativo.

Este medicamento contém metilparabeno, que pode causar reações alérgicas (possivelmente

retardadas).

Não administrar o medicamento por mais de a 3-5 dias.

Mesmo sob supervisão médica, o tratamento não deve ser continuado por mais de 2 a 3 semanas.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas

Mesmo quando usado conforme recomendado, este medicamento pode provocar leve sonolência e alterar

os tempos de reação suficientemente para comprometer a capacidade de dirigir ou de operar máquinas.

Este risco aumenta quando é tomado em combinação com álcool ou com outras medicações que podem

por si mesmas comprometer os tempos de reação.

Fertilidade, gravidez e lactação

Gravidez: Os resultados de estudos epidemiológicos de populações limitadas não indicaram um

aumento na frequência de malformações em crianças expostas ao dextrometorfano durante o período

pré-natal. Porém, esses estudos não documentam adequadamente o tempo e duração do tratamento

com dextrometorfano.

Estudos não-clínicos da toxicidade reprodutiva não indicam que o dextrometorfano represente um

risco potencial para seres humanos.

Doses elevadas de dextrometorfano podem provocar depressão respiratória em recém-nascidos,

mesmo que só administradas por um curto período.

Portanto, o dextrometorfano só deve ser utilizado durante a gravidez após uma cuidadosa avaliação

dos riscos e benefícios, e apenas em casos excepcionais.

Lactação: Não foram realizados estudos a respeito da passagem do dextrometorfano para o leite materno.

O dextrometorfano é contraindicado durante a lactação, uma vez que não se pode afastar a possibilidade

de um efeito depressivo respiratório nos bebês.

Fertilidade: Com base na experiência não- clínica disponível, não existem efeitos relatados do uso de

dextrometorfano na fertilidade.

BISOLTUSSIN está classificado na categoria C de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

O dextrometorfano possui propriedades serotoninérgicas fracas. Deste modo, o dextrometorfano pode

aumentar o risco de toxicidade à serotonina (síndrome serotonínica) particularmente se utilizado com

outros agentes serotoninérgicos, tais como os inibidores da MAO ou ISRSs. Especialmente no tratamento

prévio ou concomitante com medicamentos que prejudicam o metabolismo da serotonina, tais como

antidepressivos do tipo dos inibidores da MAO (como tranilcipromina, moclobemida) podem resultar no

desenvolvimento de uma síndrome serotonínica com sintomas característicos como hiperatividade

neuromuscular (por exemplo, tremor, clônus, mioclônus, hiper-reflexia, e rigidez piramidal),

hiperatividade autonômica (por exemplo, diaforese, febre, taquicardia, taquipneia, midríase) e alteração

da condição mental (por exemplo, agitação, excitação, confusão) (vide “Contraindicações” e

“Advertências e precauções”).

A administração concomitante de outras substâncias, incluindo o álcool, com efeitos supressores no SNC,

como os antidepressivos (por exemplo, fluoxetina) e hipnóticos (por exemplo, clonazepam) pode levar à

potencialização mútua.

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A administração concomitante de medicações que inibem o sistema enzimático do citocromo P450 2D6

no fígado e, portanto, o metabolismo do dextrometorfano – tais como amiodarona, quinidina, fluoxetina,

haloperidol, paroxetina, propafenona, tioridazina, cimetidina, ritonavir, berberina, bupropiona,

cinacalcete, flecainida e terbinafina – pode aumentar a concentração do dextrometorfano. Estes efeitos

podem ocorrer se qualquer um dos medicamentos relacionados foram recentemente administrados,

mesmo que não estejam mais sendo usados.

Se o dextrometorfano for utilizado em combinação com secretolíticos (como carbocisteína, ambroxol) em

pacientes com doença pré-existente que acomete os pulmões, como a fibrose cística e bronquiectasia que

são afetadas pela hipersecreção de muco, uma diminuição do reflexo de tosse pode levar a um (grave)

acúmulo de muco.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Mantenha em temperatura ambiente (15 ºC a 30 ºC), protegido da umidade.

O prazo de validade é de 24 meses após a data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

BISOLTUSSIN é um líquido viscoso, límpido, incolor ou ligeiramente amarelado, com odor de damasco

e baunilha.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Adultos e pacientes acima de 12 anos:

A dose diária máxima é de 60 ml de xarope (120 mg de bromidrato de dextrometorfano) a ser tomada

como:

 5-10 ml do xarope (10-20 mg de bromidrato de dextrometorfano) a cada 4 horas, ou

 15 ml do xarope (30 mg de bromidrato de dextrometorfano) a cada 6-8 horas.

9. REAÇÕES ADVERSAS

- Reações comuns (≥ 1/100 e < 1/10): tontura, náusea, vômitos e distúrbios gastrintestinais, fadiga.

- Reações muito raras (< 1/10.000): sonolência, alucinações, dependência à droga tem sido descrita em

indivíduos que abusam de dextrometorfano,.

- Reações com frequência desconhecida: reações de hipersensibilidade incluindo reação anafilática,

angioedema, urticária, prurido, erupção cutânea e eritema, erupção fixa por droga (FDE).

Atenção: este produto é um medicamento que possui nova concentração no país e, embora as

pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado

corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso,

notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.