Bula do Brometo de Ipratropio produzido pelo laboratorio Pharlab Indústria Farmacêutica S.a.
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brometo de ipratrópio
Pharlab Indústria Farmacêutica S.A.
Solução para inalação
0,25 mg/mL
BROMETO DE IPRATRÓPIO
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Solução para inalação (gotas) de 0,25 mg/mL - embalagem contendo 1 e 50 frasco(s) de 20 mL.
USO INALATÓRIO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada 1 mL (20 gotas) da solução para inalação contém 0,25 mg de brometo de ipratrópio, correspondente
a 0,20 mg de ipratrópio. Cada gota contém 0,0125 mg de brometo de ipratrópio.
Excipientes: cloreto de benzalcônio, edetato dissódico, cloreto de sódio, ácido clorídrico e água
purificada.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Brometo de ipratrópio é indicado como broncodilatador para o tratamento de manutenção do
broncoespasmo associado à doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que inclui bronquite crônica e
enfisema.
Brometo de ipratrópio solução para inalação também é indicado em combinação com medicação beta-2-
agonista no tratamento do broncoespasmo agudo associado à asma e doença pulmonar obstrutiva crônica
(DPOC), incluindo bronquite crônica.
Em estudos controlados de 85-90 dias em pacientes com broncoespasmo associado à doença pulmonar
obstrutiva crônica (bronquite crônica e enfisema), observou-se uma significante melhora na função
pulmonar dentro de 15 minutos, alcançando o pico em 1 a 2 horas e persistindo, por 4-6 horas.
O efeito broncodilatador de brometo de ipratrópio, o tratamento do broncoespasmo agudo associado à
asma, foi demonstrado em estudos realizados em adultos e crianças acima de 6 anos de idade. Na maioria
destes estudos brometo de ipratrópio foi administrado em combinação com um beta-agonista inalatório.
1. Summers Q. Tarala RA. Nebulized ipratropium in the treatment of acute asthma. Chest
1990;97(2):425-429.
2. Roeseler J, Reynaert MS. A comparison of fenoterol and fenoterol - ipratropium nebulisation
treatment in acute asthma. A short report. Acta Ther 1987;13:571-578.
3. Watson WTA, Becker AB, Simons FER. Comparison of ipratropium solution, fenoterol solution,
and their combination administered by nebulizer and face mask to children with acute asthma. J
Allergy Clin Immunol 1988;82(6):1012-1018.
Farmacodinâmica
Brometo de ipratrópio tem como princípio ativo o brometo de ipratrópio, que é um composto de amônio
quaternário com propriedades anticolinérgicas (parassimpaticolíticas). Em estudos pré-clínicos, parece
inibir os reflexos mediados pelo vago por antagonismo do receptor da acetilcolina, o neurotransmissor
liberado pelo nervo vago. Agentes anticolinérgicos previnem o aumento da concentração intracelular de
cálcio provocado pela interação da acetilcolina com o receptor muscarínico no músculo liso dos
brônquios.
A liberação de cálcio é mediada pelo sistema de segundo mensageiro que consiste em IP
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(inositol
trifosfato) e DAG (diacilglicerol).
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A broncodilatação observada após a inalação de brometo de ipratrópio é devido primariamente a sua ação
local e específica para o pulmão, não apresentando natureza sistêmica.
Evidências pré-clínicas e clínicas não sugerem qualquer efeito prejudicial de brometo de ipratrópio sobre
a ação secretora da mucosa brônquica, na depuração mucociliar ou troca gasosa.
Farmacocinética
O efeito terapêutico de brometo de ipratrópio é produzido por ação local nas vias aéreas. A
broncodilatação e a farmacocinética sistêmica não correm em paralelo. O efeito inicia-se dentro de
poucos minutos após a inalação. Em pacientes asmáticos, cerca de 50% do efeito broncodilatador do
brometo de ipratrópio surge em torno de 3 minutos e 80% de seu efeito em até 30minutos após sua
inalação.
Após inalação, 10 a 30% da dose deposita-se nos pulmões, dependendo da formulação e da técnica de
inalação. A maior parte da dose é deglutida e passa para o trato gastrintestinal.
A porção da dose depositada nos pulmões atinge rapidamente a circulação (dentro de minutos).
A excreção renal cumulativa (0-24 horas), do composto inalterado é de aproximadamente 46% de uma
dose administrada por via endovenosa, abaixo de 1 % de uma dose oral e cerca de 3-13% de uma dose
inalada. Baseado nestes dados, a biodisponibilidade sistêmica da dose oral e inalada de brometo de
ipratrópio é estimada em 2% e 7-28%, respectivamente.
Levando isso em consideração, a ingestão de parte da dose de brometo de ipratrópio não contribui de
forma relevante para exposição sistémica.
Os parâmetros farmacocinéticos que descrevem a distribuição de ipratrópio foram calculados a partir das
concentrações plasmáticas após administração IV. É observado um rápido declínio bifásico das
concentrações plasmáticas. O volume de distribuição no estado estacionário (Vdss) é de
aproximadamente 176 L (≈ 2,4 L/kg). Menos de 20% da droga liga-se às proteínas plasmáticas. O
ipratrópio por ser uma amina quaternária não atravessa a barreira hematoencefálica.
A meia-vida da fase terminal de eliminação é de aproximadamente 1,6 horas.
A depuração total do ipratrópio é de 2,3 L/min e a depuração renal de 0,9 L/min. Após administração
endovenosa, cerca de 60% da dose é metabolizada, provavelmente em sua maioria, por oxidação hepática.
Em um estudo sobre balanço da excreção, a excreção renal cumulativa (6 dias) do fármaco radioativo
(incluindo sua forma inalterada e seus metabolitos) representou 72,1% após a administração endovenosa,
9,3% após a administração oral e 3,2% após a inalação. A radioatividade total excretada pelas fezes foi de
6,3% após administração endovenosa, 88,5% após uso oral e 69,4% após a inalação. Em relação a
excreção do composto radioativo após a administração endovenosa, ela ocorre principalmente através dos
rins. A meia-vida de eliminação do fármaco-radioativo (a substância ativa e metabolitos) é de 3,6 horas.
Os principais metabólitos urinários se ligam fracamente ao receptor muscarínico e devem ser
considerados inefetivos.
Brometo de ipratrópio é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida à atropina ou
aos seus derivados e/ou a qualquer dos componentes da fórmula.
Podem ocorrer reações de hipersensibilidade imediata após administração de brometo de ipratrópio, como
demonstrado por casos raros de urticária, edema angioneurótico, erupção da pele, broncoespasmo, edema
orofaríngeo e anafilaxia.
Brometo de ipratrópio deve ser usado com prudência em pacientes com predisposição a glaucoma de
ângulo fechado ou com patologia obstrutiva do trato urinário inferior pré-existente (como obstrução do
colo da bexiga ou hiperplasia da próstata).
Pacientes com fibrose cística podem estar mais sujeitos a distúrbios na motilidade gastrintestinal.
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Embora raros, já foram relatados complicações oculares (como midríase, aumento da pressão intraocular,
glaucoma de ângulo fechado e dor ocular) quando o conteúdo de aerossóis contendo brometo de
ipratrópio, combinado ou não com beta-2-agonistas, atingiu inadvertidamente os olhos.
Desconforto ou dor ocular, visão turva, visão de imagens coloridas ou halos em associação com olhos
avermelhados decorrentes de congestão conjuntiva e edema de córnea podem ser sinais de glaucoma de
ângulo fechado. Desenvolvendo-se qualquer desses sintomas, deve-se administrar soluções mióticas e
procurar um especialista imediatamente.
Os pacientes devem ser orientados quanto à correta administração de brometo de ipratrópio solução para
inalação.
Deve-se tomar cuidado para não expor os olhos à solução para inalação. Recomenda-se que a solução
nebulizada seja administrada através de um bocal. Se este não estiver disponível e for utilizada uma
máscara para nebulização, esta deve ajustar-se perfeitamente. Pacientes com predisposição a glaucoma
devem ser alertados especificamente a proteger os olhos.
Brometo de ipratrópio solução para inalação contém cloreto de benzalcônio como conservante, e edetato
dissódico di-hidratado como estabilizante. Quando inalados estes componentes podem causar
broncoespasmo em pacientes sensíveis com hiperreatividade das vias aéreas.
Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas. No
entanto, os pacientes devem ser advertidos de que durante o tratamento com brometo de ipratrópio podem
ocorrer efeitos indesejáveis tais como tonturas, distúrbio acomodação visual, midríase e visão turva.
Portanto, deve-se recomendar cautela ao dirigir automóveis ou operar máquinas. Se os pacientes
apresentarem os eventos adversos mencionados acima devem evitar tarefas potencialmente perigosas
como dirigir ou operar máquinas.
Gravidez, Lactação e Fertilização
A segurança do uso de brometo de ipratrópio durante a gravidez não está estabelecida. Os benefícios com
o uso de brometo de ipratrópio durante a gravidez ou quando há suspeita de gravidez devem ser
considerados contra o possível perigo ao feto. Estudos pré-clínicos não mostraram efeitos embriotóxicos
nem teratogênicos após inalação ou aplicação intranasal de doses consideravelmente mais altas que as
recomendadas para o ser humano.
Brometo de ipratrópio solução para inalação está classificado na categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Não se sabe se brometo de ipratrópio é excretado no leite materno. Embora cátions quaternários
insolúveis em lipídios passem para o leite materno, não é de se esperar que o brometo de ipratrópio
alcance o lactente de maneira importante, quando administrado por via inalatória à lactante. Entretanto,
como muitas drogas são excretadas no leite materno, brometo de ipratrópio deve ser administrado com
cuidado a lactantes.
Estudos pré-clínicos realizados com brometo de ipratrópio não mostraram nenhum evento adverso na
Agentes beta-adrenérgicos (como fenoterol, salbutamol, isoxsuprina, piperidolato e terbutalina) e
derivados de xantina (como aminofilina e bamifilina) podem intensificar o efeito broncodilatador.
O risco de glaucoma agudo em pacientes com histórico de glaucoma de ângulo fechado pode aumentar
com a administração simultânea de brometo de ipratrópio nebulizado e betamiméticos (como fenoterol,
salbutamol, salmeterol).
Manter em temperatura ambiente (15 ºC e 30 ºC). Proteger da luz. Manter em local seguro e fora do
alcance de crianças.
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Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Brometo de ipratrópio solução para inalação é um líquido claro, incolor e sem cheiro.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A posologia deve ser adaptada conforme as necessidades do paciente, que deve ser mantido sob
supervisão médica durante o tratamento.
Aconselha-se a não exceder a dose diária recomendada durante o tratamento de manutenção ou da crise
aguda.
Se o tratamento não produzir melhora significativa, ou se houver piora do paciente, deverá ser
determinado um novo esquema terapêutico. Os pacientes devem ser instruídos a procurar imediatamente
o médico em caso de dispneia aguda ou piora rápida da mesma.
A menos que seja prescrito de modo diferente, recomenda-se a seguinte dosagem:
Cada 1 mL (20 gotas) de brometo de ipratrópio solução para inalação contém 0,25 mg de brometo de
ipratrópio, que correspondem a 0,202 mg de ipratrópio. Cada gota contém 0,0125 mg de brometo de
ipratrópio.
Tratamento de manutenção
• Adultos (incluindo idosos e adolescentes acima de 12 anos): 2 mL (40 gotas = 0,5 mg), 3 a 4
vezes ao dia.
• Crianças entre 6-12 anos: 1,0 mL (20 gotas = 0,25 mg), 3 a 4 vezes ao dia.
• Crianças com menos de 6 anos: 0,4-1,0 mL (8-20 gotas = 0,1 a 0,25 mg), 3 a 4 vezes ao dia.
Devido à informação limitada nesta faixa etária, brometo de ipratrópio só deve ser administrado a
crianças até 12 anos sob supervisão médica.
Tratamento da crise aguda
• Adultos (incluindo idosos e adolescentes acima de 12 anos): 2 mL (40 gotas = 0,5 mg).
• Crianças entre 6-12 anos: 1,0 mL (20 gotas = 0,25 mg).
• Crianças com menos de 6 anos: 0,4-1,0 mL (8-20 gotas = 0,1-0,25 mg).
As doses acima podem ser repetidas até que o paciente se estabilize. O intervalo entre as doses deve ser
determinado pelo médico. brometo de ipratrópio pode ser administrado em associação com um beta-
agonista inalatório.
Doses diárias acima de 2 mg para adultos e crianças acima de 12 anos, e 1 mg para crianças menores de
12 anos de idade, devem ser administradas sob supervisão médica.
crianças até 12 anos sob supervisão de um adulto.
Modo de usar
As instruções de uso devem ser cuidadosamente lidas para garantir o uso correto do medicamento.
O frasco de brometo de ipratrópio vem com um moderno gotejador fácil de usar: rompa o lacre da tampa
e vire o frasco na posição vertical. Para começar o gotejamento bata levemente com o dedo no fundo do
frasco e deixe gotejar a quantidade desejada.
A dose recomendada deve ser diluída em solução fisiológica até um volume final de 3-4 mL. A solução
diluída deve ser nebulizada e inalada até ser totalmente consumida. A solução sempre deve ser diluída
antes de cada utilização. Qualquer quantidade residual da solução deve ser eliminada. A dose pode
depender do modo de inalação e da qualidade da nebulização.
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A duração da inalação pode ser controlada pelo volume de diluição. Brometo de ipratrópio pode ser
utilizando com qualquer aparelho de nebulização comercialmente disponível. Onde houver oxigênio
disponível, a solução é melhor administrada com fluxo de 6 a 8 litros/minuto.
Brometo de ipratrópio solução para inalação pode ser combinado com mucolíticos como o ambroxol e a
bromexina e com beta-2-agonistas como o fenoterol em solução para inalação.
Brometo de ipratrópio não deve ser misturado com cromoglicato dissódico no mesmo nebulizador, pois
pode ocorrer precipitação do produto.
Muitos dos eventos adversos listados podem ser atribuídos às propriedades anticolinérgicas de brometo de
ipratrópio. Assim como acontece com todo inalatório, no tratamento com brometo de ipratrópio pode
ocorrer sintomas de irritação local. Os eventos adversos foram identificados a partir de dados obtidos em
estudos clínicos e pela farmacovigilância durante o uso após a aprovação do medicamento.
– Reações comuns (> 1/100 e <1/10): cefaleia; tontura; irritação na garganta; tosse; boca seca; náusea;
distúrbios da motilidade gastrintestinal.
– Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): hipersensibilidade; reação anafilática; visão turva; midríase;
aumento da pressão intra-ocular; glaucoma; dor ocular; visão de halos; hiperemia conjuntival; edema
de córnea; palpitações; taquicardia supraventricular; broncoespasmo; broncoespasmo paradoxal;
espasmo da laringe; edema oro-faríngeo; garganta seca; diarreia; constipação; vômito; estomatite;
erupção cutânea; prurido, edema angioeneurótico, retenção urinária.
– Reação rara (>1/10.000 e < 1/1.000): distúrbios na acomodação visual; fibrilação atrial; aumento da
frequência cardíaca (taquicardia); urticária.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária-
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/ hotsite/notivisa/ index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
Até o momento não foram observados sintomas específicos de superdose. Em vista da ampla faixa
terapêutica e da administração local de brometo de ipratrópio, não é de se esperar que ocorram sintomas
anticolinérgicos de maior gravidade. Podem ocorrer manifestações sistêmicas menores da ação
anticolinérgica como boca seca, distúrbios de acomodação visual e taquicardia.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.