Bula do Brondyneo produzido pelo laboratorio Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
BRONDYNEO
(acebrofilina)
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.
Xarope
10mg/mL e 5mg/mL
Brondyneo – xarope - Bula para o profissional da saúde 1
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
acebrofilina
APRESENTAÇÕES
Xarope Adulto: Embalagem contendo 1 frasco de 120mL + copo medida de 10mL
Xarope Infantil: Embalagem contendo 1 frasco de 120mL + copo medida de 10mL
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL
10 mg/ml xarope adulto
USO ADULTO
5mg/mL xarope infantil
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada 5mL do xarope adulto contém:
acebrofilina ............................................................................................................................................10mg
veículo q.s.p. ............................................................................................................................................1mL
(sorbitol, metilparabeno, propilparabeno, ciclamato de sódio, sacarina sódica, glicerol, essência de
framboesa, corante vermelho, corante azul FD&C Nº1 e água).
Cada 5mL do xarope infantil contém:
acebrofilina ..............................................................................................................................................5mg
framboesa, corante vermelho e água).
Brondyneo – xarope - Bula para o profissional da saúde 2
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
Brondyneo é indicado como broncodilatador, mucolítico e expectorante.
Tratamento sintomático e preventivo das patologias agudas e crônicas do aparelho respiratório
caracterizadas por fenômenos de hipersecreção e broncoespasmo, tais como: bronquite obstrutiva ou
asmatiforme, asma brônquica, traqueobronquite, broncopneumonias, bronquiectasias, pneumoconioses,
rinofaringites, laringotraqueítes, enfisema pulmonar.
A acebrofilina foi clinicamente testada como uma droga broncodilatadora e mucorreguladora em mais de
5000 pacientes em muitos países europeus e latino-americanos.
Sua eficácia foi demonstrada no tratamento de bronquite obstrutiva crônica e em asma brônquica e
bronquite asmatiforme. A tolerabilidade da acebrofilina foi boa em todas as experimentações clinicas em
fase III.
Recentemente, um estudo brasileiro com cerca de 4500 crianças tratadas em condições mórbidas agudas
do sistema respiratório, teve como objetivo melhor definir o perfil da tolerabilidade, padrão de efeitos
colaterais e a relação risco benefício da acebrofilina. Um total de 4500 indivíduos com bronquite aguda
(tipo catarral, espasmódica ou asmatiforme), foram selecionados entre pacientes pediátricos com 1 a 12
anos de idade, que necessitavam de um tratamento apropriado broncodilatador e mucorregulador.
O tratamento com acebrofilina foi eficaz na melhora dos sintomas relacionados ao broncoespasmo, com
melhora tanto na sibilância como na dispnéia em 91.1% dos pacientes. A sibilancia e a dispnéia
desapareceram em 67% e 75% dos casos, respectivamente. Os valores correspondentes para tosse e
expectoração foram 11% e 53% respectivamente. No início, a condição clínica geral foi estimada como
boa em 43% dos pacientes. No fim do tratamento 88% dos pacientes restantes melhoraram clinicamente.
No organismo, a acebrofilina se dissocia em teofilina e ambroxol. O ambroxol tem sido proposto como
uma ferramenta terapêutica no tratamento de doenças pulmonares. Estudos avaliaram a eficácia do
tratamento com ambroxol na secreção de IL-12 e IL-10 de macrófagos alveolares obtidos por lavagem
alveolar. A IL tem um papel fundamental na resistência do hospedeiro à infecções e no desenvolvimento
de células do tipo TH-1. Segundo este estudo, o tratamento com ambroxol é capaz de elevar a secreção de
IL-12 induzida por lipopolisacarídeos, sugerindo que este tratamento atue promovendo e elevando a
resposta inflamatória e imunológica mediada por células do tipo TH-1.
O tratamento com ambroxol também foi verificado em pacientes com bronquite crônica.
Pacientes tratados durante três semanas com ambroxol apresentaram melhora nos sintomas da bronquite
com diminuição da inflamação, diminuição da hiperplasia das células da camada basal e revitalização do
epitélio. Dessa forma, é preconizado que o tratamento com ambroxol é um efetivo agente que pode ser
utilizado como monoterapia no controle dos sintomas da bronquite.
A eficácia e torelabilidade do teofilinato de ambroxol por via oral na dose de 200mg/dia foi avaliado num
estudo realizado em 48 pacientes que apresentavam hipersecreção brônquica.
Como resultado foi observado a fluidificação do muco, induzido pela medicação, com uma melhora
marcada da sintomatologia clínica e dos efeitos benéficos sobre a função respiratória destes pacientes.
A eficácia e tolerabilidade da acebrofilina na dose de 200 mg/dia, na terapia da bronquite crônica
asmatiforme, foi avaliada em estudo multicêntrico, aberto, onde participaram 92 doentes. A
sintomatologia sugestiva (tosse, dispnéia e dificuldade em expectorar), e objetiva que levou em conta o
quadro de ausculta e a quantidade e aspecto da expectoração, apresentaram melhora estatisticamente
significante a partir do primeiro mês de terapia, e isso foi confirmado no término do estudo. Também o
parâmetro de função pulmonar foram favoravelmente influenciados durante o tratamento com um
incremento médio de 20% dos valores medidos. Sendo que nesse estudo também se observou uma grande
tolerabilidade da acebrofilina.
Aiharaa M., Dobashia K., Akiyamaa M., Narusea I., Nakazawab T., Mori M. Effects of NAcetylcysteine
and Ambroxol on the Production of IL-12 and IL-10 in Human Alveolar Macrophages. Respiration
2000;67:662–671.
Cogo R., Raschi S., Quattrone P. Zini P. Clinical and histologic rating of the treatment with acefyllinate
of ambroxol in patients with chronic bronchitis. Advances in therapy, vol-12; n° 1. 1995.
Goldgrub N., Soares V.R.X., Hamaoui A., Zavattini G., Poli A. Atividade terapêutica e perfil da
tolerabilidade da acebrofilina. Advances in therapy 9(2): 107-115. 1992.
Barthekenym F. Le theophyllinate Dámbroxol dans L´hypersecretion bronchique. Acta Therapeutica
11:453-57, 1985.
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Cerveri, I. et al VAlutazione delléfficacia e della tollerabilità di acebrofilina in paziento affetti da
bronchite cronica asmatiforme. Giornale Italiano Malattie Del torace. Suppl 1: 107-10,1992.
A acebrofilina, uma entidade molecular resultante da fusão das moléculas do ambroxol (mucorregulador,
mucocinético e indutor do surfactante) com o ácido 7-teofilinacético, por uma reação de salificação,
resultando em teofilinato de ambroxol (acebrofilina).
A ação broncodilatadora parece advir do acúmulo de nucleotídeos cíclicos, particularmente do AMP
cíclico na musculatura traqueobrônquica devido à inibição da fosfodiesterase, determinando a elevação do
AMPc e produzindo relaxamento da musculatura lisa por meio da fosforilação dos precursores
responsáveis pelo relaxamento muscular. Outros mecanismos responsáveis poderiam ser o antagonismo
competitivo da droga pelos receptores de adenosina além de importante ação sobre fluxo do cálcio
intracelular. Ao favorecer a broncodilatação, a acebrofilina reduz o consumo de energia por parte da
musculatura diafragmática e auxilia a atividade ciliar traqueobrônquica. A ação mucorreguladora parece
decorrer do estímulo à produção de surfactante que reduz a mucoviscosidade da secreção brônquica,
impede a aglutinação das partículas de muco e reduz a adesividade do muco patológico.
A administração de uma dose oral de acebrofilina possibilita concentrações séricas do composto ativo
durante várias horas, com meia-vida plasmática entre 3 - 5 horas.
Estudos de toxicidade aguda com dose única ou doses repetidas, bem como os estudos de toxicidade fetal
em animais mostraram que a acebrofilina não provoca alterações mesmo em doses muito acima das doses
terapêuticas. Não foi demonstrada ação mutagênica.
Brondyneo é contraindicado nos casos de hipersensibilidade comprovada ao componente ativo da fórmula
ou a outras xantinas, como aminofilina e teofilina, assim como ao ambroxol.
Brondyneo não deve ser utilizado em pacientes portadores de doenças hepáticas, renais ou
cardiovasculares graves, úlcera péptica ativa e história pregressa de convulsões.
Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos de idade.
É aconselhável evitar o seu uso durante o primeiro trimestre de gravidez. Deve-se ter cautela ao empregar
acebrofilina em pacientes hipertensos, cardiopatas, com hipoxemia severa.
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Interação medicamento-medicamento
O uso concomitante de acebrofilina com carbamazepina, fenobarbital, fenitoína e os sais de lítio pode
levar a uma redução da efetividade da teofilina por aumentarem a sua metabolização hepática (feita pelo
fígado).
O uso concomitante de acebrofilina com antibióticos macrolídeos (eritromicina), algumas quinolonas
como norfloxacino e ciprofloxacino, antihistamínicos H2 (cimetidina, ranitidina, famotidina), alopurinol,
diltiazem e ipriflavona. Pode retardar a eliminação da teofilina, aumentando o risco de intoxicação pela
mesma.
A intoxicação pode se desenvolver naqueles pacientes cujos níveis séricos já são altos, a menos que a
dosagem seja reduzida.
Pode ocorrer hipocalemia com o uso concomitante de acebrofilina e salbutamol ou terbutalina. A
frequência cardíaca também pode aumentar, principalmente com altas doses de teofilina.
Pode ocorrer hipocalemia com o uso concomitante e acebrofilina e salbutamol ou terbutalina. A
Alguns pacientes podem demonstrar uma diminuição significativa nos níveis no sangue de teofilina
quanto a acebrofilina é administrado concomitantemente a salbutamol ou isoprenalina (isoproterenol).
Os níveis séricos da teofilina podem apresentar algum aumento, embora nenhuma toxicidade tenha sido
relatada quando a acebrofilina é administrado concomitantemente a contraceptivos orais.
A administração conjunta de acebrofilina e medicamentos alfa-adrenérgicos, como a efedrina, pode levar
a um aumento das reações adversas, principalmente relacionadas com o sistema nervoso central e
gastrointestinais.
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A administração conjunta de Brondyneo e medicamentos alfa-adrenérgicos, como a efedrina, pode levar a
um aumento das reações adversas, principalmente relacionadas com o sistema nervoso central e
O uso de Brondyneo e produtos a base de Hypericum perforatum pode ocasionar uma redução na eficácia
da teofilina.
O uso com betabloqueadores seletivos não é totalmente contraindicado, porém recomenda-se cautela
quando desta associação.
Interações medicamento – alimento
A alimentação pode interferir na quantidade de Brondyneo no organismo.
Dietas ricas em proteínas diminuem a duração do efeito do Brondyneo.
Dietas ricas em carboidratos aumentam a duração do efeito do Brondyneo.
Produtos a base de Hypericum perforatum podem levar a uma redução da eficácia da teofilina.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz.
O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote, data de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Brondyneo adulto apresenta-se como uma solução límpida, de cor lilás e sabor framboesa.
Brondyneo infantil apresenta-se como uma solução límpida, de cor vermelha clara e sabor framboesa.
Antes de usar, observar o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Adultos:
IDADE POSOLOGIA HORÁRIO
ADULTOS 1 copo-medida (10 ml)
Xarope Adulto
A cada 12 horas
Crianças:
CRIANÇAS DE 6 A 12 ANOS 1 copo-medida (10 ml).
Xarope Pediátrico
CRIANÇAS DE 3 A 6 ANOS ½ copo-medida (5 ml).
CRIANÇAS DE 2 A 3 ANOS 2 mg/kg de peso ao dia.
Dividido em duas
administrações a
cada 12 horas
Não há uma posologia especial, nem um tempo determinado de tratamento para uma patologia específica.
A duração do tratamento deve ser estabelecida a critério médico, de acordo com a gravidade da doença.
A literatura cita as seguintes reações adversas, sem frequência conhecidas:
Reações dermatológicas: Alergia (prurido eritematoso e erupções vesiculares) após tratamento oral na
região do nariz, lábios superiores e bochechas e dor e espasmos na região da faringe. Casos de dermatite
de contato, assaduras, urticária, exantemas, erupções cutâneas e coceira também tem sido descritos.
Prurido pode ocorrer em até 4% dos pacientes que fazem uso de acebrofilina, 75mg por dia.
Reações gastrointestinais: Em estudos clínicos foi observado que o tratamento com acebrofilina pode
promover em alguns casos constipação, diarreia, salivação excessiva, boca seca, náusea, e vômito.
Reações neurológicas: Fadiga é a principal reação adversa relacionada ao uso da acebrofilina.
Reações Renais: Estudos revelam que pacientes que fazem uso de acebrofilina podem experienciar
sintomas de disúria.
Reações Respiratórias: Rinorreia pode ser uma reação adversa associada ao uso de acebrofilina.
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Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): os vômitos
ocorreram em 2,1% dos casos, náuseas e boca seca em 1,4%.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): taquicardia em
0,9% tremores em 0,9%, agitação em 0,5% e sonolência em 0,3% dos casos, diarreia em 0,5% e dor
abdominal e epigástrica em 0,4%, (dor na boca do estômago) e falta de apetite em 0,11%.
Reação rara (ocorre em 0,01% a 0,1% dos pacientes que utilizaram este medicamento): desidratação em
0,02%, insônia em 0,05%, vertigem em 0,07%.
Podem ocorrer casos raros de queixas digestivas que desaparecem com a suspensão da medicação ou
redução da dose do medicamento.
Em casos de eventos adversos, notifique ao sistema de Notificação em Vigilância Sanitária
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.