Bula do Carbonato de Lítio produzido pelo laboratorio Hipolabor Farmaceutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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Carbonato de Lítio
Hipolabor Farmacêutica Ltda.
Comprimido Simples
300mg
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carbonato de lítio
Medicamento genérico Lei 9.787, de 1999
NOME GENÉRICO:
Carbonato de lítio
FORMA FARMACÊUTICA:
Comprimido simples
APRESENTAÇÃO:
300mg – Caixa contendo 500 comprimidos simples
USO ADULTO • USO ORAL
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido contém:
carbonato de lítio........................................................................................................................................................................................................................300mg
Excipiente q.s,p .............................................................................................................................................................................................................1 comprimido
(celulose microcristalina 102, dióxido de silício, laurilsulfato de sódio, estearato de magnésio)
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
AÇÃO ESPERADA DO MEDICAMENTO
O carbonato de lítio é indicado no tratamento de episódios maníacos nos transtornos bipolares; no tratamento de manutenção de indivíduos com transtorno
bipolar, diminuindo a frequência dos episódios maníacos e a intensidade destes quadros; na profilaxia da mania recorrente; prevenção da fase depressiva e
tratamento de hiperatividade psicomotora.
Na ação clínica do lítio, salientam-se as seguintes características:
a) Controle relativamente rápido da crise maníaca (5 a 10 dias);
b) Ausência de qualquer efeito narcótico ou hipnótico;
c) Controle ambulatorial do paciente após a estabilidade inicial;
d) Possibilidade de completo retorno à vida anterior, ativa e útil;
A medicação com o lítio apresenta ainda os seguintes fatores de segurança:
a) Ausência de efeitos tóxicos , sob condições de controle;
b) Ausência de toxicomania ou de reação de abstinência.
O carbonato de lítio é indicado como adjuvante aos antidepressivos na depressão recorrente grave, como um suplemento para o tratamento antidepressivo na
depressão maior aguda. A duração do tratamento varia muito, pois cada pessoa responde de forma diferente ao tratamento. Seu médico avaliará o tempo
necessário para utilização do carbonato de lítio.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO
O carbonato de lítio deve ser conservado em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger da luz e umidade.
Aspectos físicos: blíster de alumínio plástico âmbar.
Características organolépticas: comprimido branco, circular, liso e uniforme.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o
farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
Informar ao médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe ao seu médico se está amamentando.
CUIDADOS DE ADMINISTRAÇÃO
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o
conhecimento do seu médico.
INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO
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Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico, somente o médico poderá avaliar a eficácia de terapia. A interrupção do tratamento pode
ocasionar a não obtenção dos resultados esperados.
Se houver esquecimento, recomenda-se o seguinte esquema: até 3 horas ou menos, tomar a dose normal. Acima de 3 horas, reiniciar o tratamento no próximo
horário programado. Seu nível sanguíneo adequado será alcançado novamente em pouco tempo. Nunca dobre uma dose do produto para alcançar a que havia
sido esquecida. Isto pode levar a elevação grave de lítio nos níveis sanguíneos.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
REAÇÕES ADVERSAS
Informe ao seu médico o aparecimento de qualquer reação desagradável ou efeitos colaterais, tais como: aumento exagerado do volume urinário, ganho
anormal de peso, insônia, cansaço, diminuição da velocidade de pensamento, sensação de frio, alterações menstruais, dor de cabeça e dores musculares.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à
empresa através do seu serviço de atendimento.
INGESTÃO CONCOMITANTE COM OUTRAS SUBSTÂNCIAS
Durante o tratamento com o produto o paciente deverá evitar quantidade exagerada de café, chá ou outras bebidas com cafeína, pois a cafeína provoca perda de
água e pode agravar as reações secundárias provocadas pela litioterapia.
CONTRAINDICAÇÕES E PRECAUÇÕES
O uso deste medicamento é contraindicado em caso de hipersensibilidade ao
carbonato de lítio e/ ou demais componentes da formulação. Não deve ser usado durante a gravidez e período de aleitamento. O carbonato de lítio não deve ser
administrado em pacientes portadores de doenças renais e cardiovasculares, em indivíduos debilitados ou desidratados, em quadros de depleção de sódio, em
indivíduos com uso de diuréticos, pois o risco de intoxicação se eleva nestes pacientes. Porém se, a critério médico o risco for menor do que os benefícios do
seu uso, o carbonato de lítio deve ser administrado com muita precaução, incluindo dosagens séricas frequentes e ajuste de doses abaixo das habituais. Em
alguns casos indica-se a hospitalização do paciente.
Para manter o nível de água no organismo durante o tratamento com o produto, recomenda-se beber pelo menos 1 a 1 e 1/2 litro de líquido por dia e dieta
normal de sal.
O carbonato de lítio pode prejudicar a realização de atividades que requerem alerta. Operadores de máquinas devem ser orientados quanto aos efeito do lítio e
alteração de consciência. Evite dirigir automóveis ou operar máquinas complexas até a comprovação de que o carbonato de lítio não compromete o
desempenho funcional.
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
CARACTERÍSTICAS
O carbonato de lítio é um pó cristalino branco, inodoro, de sabor levemente alcalino. Cada grama representa 27mEq de lítio.
Estudos pré-clínicos mostraram que o lítio altera o transporte do sódio nas células nervosas e musculares provocando uma alteração no metabolismo
intraneural das catecolaminas, porém o mecanismo específico de ação do lítio no tratamento da mania é desconhecido.
Apesar do lítio restabelecer o humor nos transtornos bipolares, o paciente tem reações emocionais normais e pode sentir ou não pequenas interferências com a
capacidade física e mental.
Os íons lítio são rápida e quase completamente absorvidas no trato gastrintestinal. A absorção completa ocorre em cerca de 8 horas, com pico de
concentração ocorrendo duas a quatro horas após a dose oral.
INDICAÇÕES
Quando dado a um paciente em episódio maníaco, o carbonato de lítio pode normalizar os sintomas num período que varia de 1 a 3 semanas.
O carbonato de lítio é indicado como adjunto aos antidepressivos na depressão recorrente grave, como um suplemento para o tratamento antidepressivo na
depressão maior aguda.
No tratamento da depressão, o lítio tem sua indicação nos casos em que os pacientes não obtiveram resposta total após uso de ISRS ou tricíclicos por 4 a 6
semanas com doses efetivas. Nesses casos a associação com lítio potencializará a terapia em curso.
CONTRAINDICAÇÕES
O uso deste medicamento é contraindicado em caso de hipersensibilidade ao carbonato de lítio e/ ou demais componentes da formulação. Não deve ser usado
durante a gravidez e período de aleitamento. O carbonato de lítio não deve ser administrado em pacientes portadores de doenças renais e cardiovasculares, em
indivíduos debilitados ou desidratados, em quadros de depleção de sódio, em indivíduos com uso de diuréticos, pois o risco de intoxicação se eleva nestes
pacientes. Porém se, a critério médico o risco for menor do que os benefícios do seu uso, o carbonato de lítio deve ser administrado com muita precaução,
incluindo dosagens séricas frequentes e ajuste de doses abaixo das habituais. Em alguns casos indica-se a hospitalização do paciente.
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PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS
O lítio pode causar má formação fetal quando administrado à mulheres grávidas. Há relatos do lítio ter causado efeitos adversos na fase de nidação
embrionária em ratos, viabilidade embrionária em camundongos e no metabolismo in vitro dos testículos de ratos e espermatozoides humanos. Estudos em
ratos, coelhos e macacos comprovam o efeito teratogênico do lítio. Dados sugerem um aumento no número de anomalias cardíacas, entre outras, ao
nascimento, causadas pelo lítio, especialmente a anomalia de ebstein. Se a mulher engravidar durante o tratamento com o lítio, ela deve estar ciente dos
potenciais riscos para o feto. A litioterapia deve ser retirada durante o primeiro trimestre de gravidez, se possível, a menos que isso determine um sério dano
para a mulher. Uma vez que o lítio é excretado no leite, também não é aconselhável a amamentação natural.
A terapia crônica com o lítio pode determinar a diminuíção da capacidade de concentração renal, presente na diabetes insipidus levando a poliúria e polidipsia.
Estes pacientes devem ser monitorados com cuidado para evitar a desidratação e os riscos da intoxicação pelo lítio. Esta condição geralmente
É revertida com a retirada do líto.
Alterações na morfologia dos glomérulos, fibrose intersticial e atrofia dos nefrons são observadas durante a terapia crônica com o lítio. Estas alterações
também são observadas em indivíduos bipolares que nunca foram expostos ao tratamento com o lítio. A relação entre função renal, alterações morfológicas e a
associação destas com a litioterapia não está bem estabelecida. O que se sabe é que o carbonato de lítio, quando em doses terapêuticas não está associado à
doenças renais terminais.
Para avaliar a função renal, análises urinárias de rotina devem ser realizadas antes do início do tratamento e na fase de manutenção. Pode se monitorar a função
tubular através de testes da concentração urinária e a função glomerular através da dosagem de creatinina. Alterações súbitas ou progressivas da função renal,
durante o uso do lítio, devem levar a reavaliação do tratamento.
A toxicidade do lítio está relacionada com os seus níveis séricos e ocorre próximo às doses terapêuticas (vide item posologia).
O carbonato de lítio é excretado quase que exclusivamente através da urina com insignificante eliminação pelas fezes. A excreção renal do lítio é proporcional
à sua concentração plasmática. A meia vida de eliminação do lítio é de aproximadamente 24 horas. O carbonato de lítio diminui a reabsorção de sódio nos
túbulos renais podendo levar à depleção do sódio. Portanto, é essencial que o paciente mantenha uma dieta normal, incluindo a ingestão de sal e adequada
ingestão líquida (2 – 3L/dia) pelo menos durante o período de estabilização do tratamento. A depleção do cloreto de sódio em uma dieta baixa em sal aumenta
a toxicidade do lítio.
Diminuição da tolerância ao lítio pode ser ocasionada por quadros infecciosos com temperatura elevada, sudorese prolongada ou diarreia e, caso ocorram,
deve-se aumentar a ingestão de líquidos e sal. Uma interrupção temporária da litioterapia pode ser necessária. Doenças na tireoide prévias não necessariamente
constituem uma contraindicação ao uso do lítio; em casos de hipotireoidismo, monitoração cuidadosa da função tireoideana durante as fases de estabilização e
de manutenção da litioterapia, permitem a correção das alterações tireoideanas, quando ocorrerem.
Se o hipotireoidismo ocorrer durante a fase de estabilização ou de manutenção, hormônios tireoideanos suplementares podem ser utilizados.
O lítio não provoca ou leva à dependência.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
À semelhança de outros fármacos utilizados para esta especialidade, o carbonato de lítio pode sofrer interação adversa com outros medicamentos em alguns
pacientes.
Haloperidol: síndrome cerebral caracterizada por fraqueza, letargia, febre, tremores, confusão mental, sintomas extrapiramidais, leucocitose, elevação de
enzimas séricas seguida de danos cerebrais irreversíveis podem ocorrer em alguns pacientes que utilizam o haloperidol em associação com o carbonato de lítio.
Porém, a relação causal entre esta associação e estes eventos não está bem estabelecida. Estes pacientes devem ser monitorados e evidências de toxicidade
neurológica devem levar a interrupção do tratamento assim que esses sinais forem identificados.
A possibilidade de interações adversas semelhantes com outros antipsicóticos existe.
O carbonato de lítio pode prolongar os efeitos de agentes bloqueadores neuromusculares e, portanto estes agentes devem ser administrados cuidadosamente a
pacientes em litioterapia.
Indometacina e piroxicam: podem levar a um aumento significativo dos níveis plasmáticos do lítio. Em alguns casos a toxicidade do lítio pode estar
relacionada a este tipo de interação.
Agentes inflamatórios não hormonais devem ser administrados com o controle rigoroso da litemia.
Cuidados devem ser tomados quando da associação do carbonato de lítio com fenilbutazona, diuréticos como hidroclorotiazida e clortiazida, ou inibidores da
conversão da angiotensina, pois a perda de sódio pode diminuir o clearence renal do lítio aumentando a sua concentração plasmática a níveis tóxicos. Quando
houver estas associações, as doses do carbonato de lítio devem ser diminuídas e seus níveis séricos determinados com maior frequência.
A toxicidade do lítio está diretamente relacionado às suas concentrações plasmáticas. Níveis séricos acima de 1,5meq/L representam maiores riscos de
toxicidade, embora pacientes sensíveis possam apresentar estes quadros com litemia inferior a 1,5meq/L.
Diarreia, vômitos, sonolência, fraqueza muscular e alterações da coordenação podem ser os sinais precoces de uma intoxicação por carbonato de lítio e podem
ocorrer com litemia inferior a 2,0meq/L. Em níveis plasmáticos superiores, tontura, ataxia, visão borrada, zumbidos e diminuição da capacidade de
concentração urinária podem ser observados. Litemias acima de 3,0meq/L podem produzir quadros clínicos complexos envolvendo múltiplos órgãos e
sistemas.
Tremores finos das mãos, poliúria e sede moderada podem ocorrer durante o início da terapia na mania aguda e podem persistir durante todo o tratamento.
Náuseas transitórias e moderadas, além de mal estar geral, podem aparecer durante os primeiros dias da lítioterapia. Estes efeitos são mais uma inconveniência
do que uma condição mórbida e devem ser orientados como tal. Porém se persistirem, a diminuição da dose ou até a interrupção do tratamento podem estar
indicados.
As seguintes reações adversas do lítio aparentemente não estão diretamente relacionadas com os níveis séricos:
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Neuromuscular: tremores, hiperexcitabilidade muscular (fasciculações, movimentos clônicos nos membros), ataxia, movimentos coreicos, hiperreflexia em
tendões profundos.
Sistema nervoso central: perda súbita de consciência pode ocorrer, convulsões epileptiformes, fala pastosa, tontura, vertigem, incontinência urinária ou fecal,
sonolência, retardo psicomotor, fadiga, confusão, estupor, coma, distonia aguda, nistagmo.
Cardiovascular: arritmia cardíaca, hipotensão, alteração da circulação periférica, bradicardia sinusal seguida de síncope.
Neurológica: aumento da pressão intracraniana foram relatados na vigência do uso de lítio. Se não detectada, esta condição pode levar ao estreitamento do
campo visual e eventual amaurose decorrente da atrofia do nervo óptico.
O tratamento com o lítio deve ser interrompido se isto ocorrer.
Gastrointestinal: anorexia, náuseas, vômitos e diarreia.
Genitourinário: albuminúria, oligúria, poliúria, glicosúria.
Dermatológica: ressecamento e queda de cabelo, cinestesias, foliculite, ressecamento da pele e exacerbação da psoríase.
Sistema nervoso autônomo: visão borrada e boca seca.
Anormalidades na tireoide: bócio eutireoideano e/ou hipotireoidismo (inclusive mixedema) acompanhados da diminuição de T3 e T4. Paradoxalmente casos
raros de hipertireoidismo foram relatados.
Alterações eletroencefalográficas: lentificação difusa, alargamento do espectro de frequência, potenciação e desorganização do ritmo prévio.
Alterações eletrocardiográficas: achatamento reversível, isoeletricidade ou inversão da onda T.
Outras alterações: fadiga, letargia, escotomas transitórios, desidratação, perda de peso, sonolência.
Reações adversas não relacionadas às doses do lítio: alterações eletroencefalográfica e eletrocardiográficas transitórias, leucocitose, cefaleia, bócio difuso
não-tóxico com ou sem hipotireoidismo, hiperglicemia transitória, prurido generalizado com ou sem rash cutâneo, úlceras cutâneas, albuminúria, agravamento
de síndromes cerebrais orgânicas, ganho de peso excessivo, edema em punhos e tornozelos, poliúria, diabetes insipidus e gosto metálico.
Um caso de Síndrome de Raynaud (resfriamento dos dedos das mãos e dos pés acompanhado de dor) foi relatado um dia após o início do tratamento com o
lítio. Após a interrupção do tratamento houve rescidiva do quadro.
Em casos de reações adversas, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para
a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
POSOLOGIA
Mania Aguda: Doses a partir de 600mg ao dia. As doses devem ser ajustadas individualmente de acordo com os níveis séricos e resposta clínica. No
tratamento agudo da mania recomenda-se litemias entre 0,8 e 1,4mEq/L, o que equivale a 900 a 2400mg/dia em dose fracionada 2 vezes ao dia. A dose única
não é recomendada no início do tratamento ou quando são necessárias doses superiores a 1800mg. Litemias devem ser determinadas 2 vezes por semana na
fase aguda do tratamento e até que o quadro clínico do paciente esteja estabilizado.
Fase de Manutenção: Para a fase de profilaxia os níveis séricos do lítio podem ser reduzidos para uma faixa de 0,6 a 1,0mEq/L (600 a 1200mg/dia). Litemias
devem ser colhidas em intervalos de pelo menos 2 meses.
Pacientes sensíveis ao lítio podem exibir sinais de toxicidade em concentrações entre 1,0 e 1,5mEq/L. Pacientes idosos geralmente respondem bem a doses
mais baixas e podem apresentar toxicidade em doses geralmente bem toleradas por outros pacientes.
As amostras de sangue devem ser colhidas de 8 a 12 horas após a última tomada e antes da seguinte.
O produto exige um controle da litemia (nível plasmático de lítio), pois é através dele que chegamos ao nível terapêutico, porém, as litemias são apenas
referências. As doses devem ser ajustadas individualmente seguindo critérios de eficácia e tolerância.
Potencializador de Antidepressivos em Episódio Depressivo Unipolar: As doses devem ser ajustadas individualmente de acordo com os níveis séricos e
resposta clínica. Recomenda-se litemias entre 0,5 a 1,0mEq/L com acompanhamento bem próximo do paciente utilizando o lítio, pois sua resposta clínica
ditará o tempo de duração de sua utilização (estudos clínicos mostram variações de duração que vão desde 12 semanas até 20 anos de tratamento).
Descontinuidade do carbonato de lítio
Deve-se retirar a medicação lentamente para evitar recaídas (síndrome da retirada). O período de retirada deve ser ao redor de 3 meses e nunca inferior a 1
mês. Diminuir em média 25% da dose por semana.
SUPERDOSAGEM
Níveis tóxicos do lítio estão próximos a níveis terapêuticos. Os pacientes e seus familiares devem estar atentos a sintomas precoces de intoxicação,
interrompendo o uso da droga e informando o seu médico imediatamente.
(VIDE ITEM REAÇÕES ADVERSAS).
Não há antídoto específico para o lítio. Sintomas precoces de intoxicação podem ser tratados com a interrupção do tratamento e sua reintrodução 24 a 48 horas
depois com diminuição da dose.
Nos casos mais graves, o tratamento tem como objetivo depurar o organismo do íon, como lavagem gástrica, correção do balanço hidroeletrolítico e regulação
da função renal. Ureia, manitol e aminofilina aumentam a excreção do lítio. A diálise é provavelmente o meio mais eficaz de remover-se o íon do organismo e
deverá ser levado em conta no caso de superdosagem. A hemodiálise pode ser realizada em pacientes graves. Profilaxia de quadros infecciosos, RX’s e
preservação de uma boa oxigenação são essenciais.
Condutas gerais e específicas
Testes laboratoriais são necessários antes de iniciar-se a litioterapia, para certificar-se de um uso seguro e para determinar os sistemas funcionais basais do
organismo. Os tipos e quantidade de testes dependem da condição clínica do paciente. A avaliação da função renal é essencial porque o lítio é eliminado do
organismo na urina e, também porque o lítio pode, com o tempo, provocar alterações na função renal. A avaliação da função da tireoide também é importante,
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uma vez que, uma glândula hiper ou hipoativa pode causar sintomas que se assemelham à mania ou à depressão e também porque o lítio causa anormalidades
de funcionamento dessa glândula.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.