Bula do Carvedilol produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
carvedilol
Biosintética Farmacêutica Ltda.
comprimidos
3,125 mg; 6,25 mg; 12,5 mg e 25 mg
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BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Comprimidos 3,125 mg: embalagens com 15 e 30 comprimidos.
Comprimidos 6,25 mg: embalagens com 15 e 30 comprimidos.
Comprimidos 12,5 mg: embalagens com 15 e 30 comprimidos.
Comprimidos 25 mg: embalagens com 15 e 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de carvedilol contém:
carvedilol .........................................................................................................................................3,125 mg
Excipientes: sacarose, lactose monoidratada, celulose microcristalina, povidona, croscarmelose sódica,
dióxido de silício, talco, estearato de magnésio, óxido férrico vermelho.
carvedilol .........................................................................................................................................6,250 mg
dióxido de silício, talco, estearato de magnésio, óxido férrico amarelo.
carvedilol .........................................................................................................................................12,50 mg
dióxido de silício, talco, estearato de magnésio, óxido férrico amarelo, óxido férrico vermelho.
carvedilol .........................................................................................................................................25,00 mg
dióxido de silício, talco, estearato de magnésio.
II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Hipertensão arterial: carvedilol é indicado para tratamento de hipertensão arterial, isoladamente ou em
associação a outros agentes anti-hipertensivos, especialmente diuréticos tiazídicos.
Angina do peito: carvedilol demonstrou eficácia clínica no controle das crises de angina do peito. Dados
preliminares de estudos indicaram eficácia e segurança do uso de carvedilol em pacientes com angina
instável e isquemia silenciosa do miocárdio.
Insuficiência cardíaca congestiva: carvedilol é indicado para tratamento de pacientes com insuficiência
cardíaca congestiva estável e sintomática leve, moderada e grave, de etiologia isquêmica e não isquêmica.
Em adição à terapia padrão (incluindo inibidores da enzima conversora de angiotensina e diuréticos, com
ou sem digitálicos opcional), carvedilol demonstrou reduzir a morbidade (hospitalizações
cardiovasculares e melhora do bem estar do paciente) e a mortalidade, bem como a progressão da doença.
Pode ser usado como adjunto à terapia padrão, em pacientes incapazes de tolerar inibidores da ECA e
também em pacientes que não estejam recebendo tratamento com digitálicos, hidralazina ou nitratos.
De acordo com os resultados de um estudo (Copernicus), carvedilol é eficaz e bem tolerado em pacientes
com insuficiência cardíaca crônica grave.
Eficácia em hipertensão: carvedilol reduz a pressão arterial em pacientes hipertensos pela combinação
do bloqueio beta à vasodilatação mediada por bloqueio alfa. A redução da pressão não se associa a
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aumento da resistência periférica total, como é observado com os agentes betabloqueadores puros.1 A
frequência cardíaca é discretamente reduzida. O fluxo sanguíneo renal e a função renal se mantêm
preservados.
Carvedilol mantém o volume sistólico e reduz a resistência vascular periférica total. O fluxo sanguíneo
para diversos órgãos e para os leitos vasculares é preservado.1,2
Eficácia na angina do peito: em pacientes com doença arterial coronária, carvedilol demonstrou efeitos
anti-isquêmicos (melhora do tempo total de exercício, tempo para depressão de 1 mm do segmento ST e
início de angina).3,4
Carvedilol reduz significativamente a demanda de oxigênio pelo miocárdio e a
hiperatividade simpática. Também reduz a pré-carga (pressão de artéria pulmonar e de capilar pulmonar)
e a pós-carga.3
Eficácia em insuficiência cardíaca: carvedilol reduz significativamente a mortalidade por todas as
causas e a necessidade de hospitalização por motivo cardiovascular. Carvedilol promove aumento da
fração de ejeção e melhora dos sintomas em pacientes com insuficiência cardíaca de etiologia isquêmica e
não isquêmica.5-7
Referências bibliográficas
1. Oestergren J, Storstein L, Karlberg BE, Tiblin G Quality of life in hypertensive patients treated either
with carvedilol or enalapril. Blood Pressure 1996; 5: 41-49 (CDS Vs 1.0).
2. Bertolotti G, Angelino E, Zotti E, DeCesaris R A multicenter, double-blind, randomized parallel study
of quality of life and blood pressure control in hypertensive patients treated with carvedilol or atenolol or
enalapril. High Blood Press Cardiovasc Prev 1995; 4: 216-224 (CDS Vs 1.0).
3. Hauf-Zachariou K, Blackwood RA, Gunawardena A, O'Donnell JG, Garnham S, Pfarr E Carvedilol
versus verapamil in stable angina: a multicentre trial. Eur J Clin Pharmacol 1997; 52: 95-100 (CDS Vs
1.0).
4. Van der Does R, Hauf-Zachariou U, Pfarr E, Holtbrügge W, König S, Griffiths M, Lahiri A
Comparison of safety and efficacy of carvedilol and metoprolol in stable angina pectoris. Am J Cardiol
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5. Das Gupta P, Broadhurst P, Raftery EB, Lahiri A Value of carvedilol in congestive heart failure
secondary to coronary artery disease. Am J Cardiol 1990; 66: 1118-1123 (CDS Vs 1.0).
6. Wendt T, van der Does R, Schräder R, Landgraf H, Kober G Acute hemodynamic of the vasodilating
and betablocking agent, carvedilol, in comparison to propranolol. J Cardiovasc Pharmacol 1987; 10
(Suppl 11): 147-150 (CDS Vs 1.0).
7. Packer M, Bristow MR, Cohn JN, Colucci WS, Fowler MB, Gilbert EM, Shusterman NH The effect of
carvedilol on morbidity and mortality in patients with chronic heart failure. N Engl J Med 1996; 334:
1349-1355 (CDS Vs 1.0).
Carvedilol é um antagonista neuro-hormonal de ação múltipla, com propriedades betabloqueadoras não
seletivas, alfabloqueadora e antioxidante. Carvedilol reduz a resistência vascular periférica por
vasodilatação mediada pelo bloqueio alfa1 e suprime o sistema renina-angiotensina-aldosterona devido ao
bloqueio beta; retenção hídrica é, portanto, uma ocorrência rara. Carvedilol não apresenta atividade
simpatomimética intrínseca e, como o propranolol, apresenta propriedades estabilizadoras de membrana.
Carvedilol é uma mistura racêmica de 2 estereoisômeros. Em animais, ambos os enantiômeros
apresentam propriedades bloqueadoras de receptores alfa-adrenérgicos. As propriedades bloqueadoras do
receptor beta-adrenérgico não são seletivas para os receptores beta1 e beta2 e estão associadas ao
enantiômero levógiro do carvedilol.
Carvedilol é um potente antioxidante e neutralizador de radicais de oxigênio, demonstrado por estudos em
animais, in vitro e in vivo, e em vários tipos de células humanas, in vitro. Carvedilol exibe efeito
antiproliferativo nas células musculares lisas de vasos sanguíneos de humanos e efeitos protetores de
órgãos.
Carvedilol não exerce efeitos adversos no perfil lipídico. A relação HDL/LDL se mantém normal.
Farmacocinética
Absorção
Após administração oral, carvedilol é rapidamente absorvido. A concentração sérica máxima é alcançada
em aproximadamente 1 hora. A biodisponibilidade absoluta de carvedilol no homem é de
aproximadamente 25%. Alimentos não alteram a extensão da biodisponibilidade, embora aumentem o
tempo para atingir a concentração plasmática máxima.
Distribuição
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Carvedilol é altamente lipofílico; aproximadamente 98 – 99% do carvedilol se liga às proteínas
plasmáticas; o volume de distribuição é de aproximadamente 2 L/kg.
Metabolismo
Carvedilol é extensamente metabolizado no fígado, principalmente por reações de glucuronidação, a
diversos metabólitos que são eliminados principalmente pela bile. O efeito de primeira passagem após
administração oral é cerca de 60 – 75%. A desmetilação e hidroxilação do anel fenólico produzem três
metabólitos com atividade betabloqueadora. Comparados ao carvedilol, os três metabólitos exibem
atividade vasodilatadora fraca. Dois metabólitos do carvedilol são antioxidantes extremamente potentes
(30 a 80 vezes mais potentes que o carvedilol).
Eliminação
A meia-vida de eliminação média do carvedilol é de aproximadamente 6 horas. A depuração plasmática é
de 500 – 700 mL/min. A eliminação é primariamente biliar, sendo as fezes a principal via de excreção.
Menor fração é eliminada pelos rins na forma de metabólitos. É improvável que ocorra acúmulo do
carvedilol durante o tratamento prolongado, se usado conforme recomendado.
Teratogenicidade
Estudos em animais mostraram que carvedilol não possui efeitos teratogênicos.
Farmacocinética em populações especiais
Pacientes com insuficiência renal
O fluxo sanguíneo e a filtração glomerular mantêm-se preservados durante a terapia crônica com
carvedilol.
Em pacientes com insuficiência renal e hipertensão, a área sob a curva da concentração plasmática versus
tempo, a meia-vida de eliminação e a concentração plasmática máxima não se alteram significativamente.
A excreção renal do fármaco inalterado diminui em pacientes com insuficiência renal, embora não
ocorram modificações significativas nos parâmetros farmacocinéticos. Carvedilol não é eliminado durante
diálise, pois não atravessa a membrana de diálise, provavelmente devido à sua elevada ligação às
proteínas do plasma. Carvedilol é eficaz em pacientes com hipertensão de origem renal, insuficiência
renal crônica, sob diálise ou após transplante renal.
Pacientes com insuficiência hepática
Em pacientes com cirrose hepática, a biodisponibilidade pode aumentar em até 80% por redução do efeito
de primeira passagem. Portanto, é contraindicado em pacientes com insuficiência hepática clinicamente
manifestada.
Pacientes diabéticos
Em pacientes hipertensos e portadores de diabetes tipo 2, não se observou influência do carvedilol na
glicemia de jejum ou pós-prandial, nos níveis de hemoglobina glicosilada ou necessidade de se alterar a
dose dos agentes antidiabéticos. Nos pacientes com resistência à insulina, o carvedilol melhorou a
sensibilidade à insulina.
Pacientes idosos/pediátricos
A farmacocinética do carvedilol em pacientes hipertensos não é afetada pela idade. Um estudo em
pacientes idosos hipertensos demonstrou que não há diferença no perfil dos efeitos adversos, comparado
com pacientes mais jovens. Outro estudo que incluiu pacientes idosos com doença arterial coronária
demonstrou não haver diferença nos efeitos adversos relatados versus os relatados por pacientes mais
jovens. Os dados farmacocinéticos disponíveis em pacientes com menos de 18 anos de idade são
limitados.
Carvedilol é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida ao carvedilol ou a qualquer
um dos componentes do produto; insuficiência cardíaca descompensada/instável, que exija terapia
inotrópica intravenosa; insuficiência hepática clinicamente manifesta. Como com qualquer outro
betabloqueador, carvedilol não deve ser usado em pacientes com asma brônquica ou doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC) com componente broncoespástico; bloqueio atrioventricular (AV) de segundo
ou terceiro grau (a menos que o paciente tenha um marca-passo permanente); bradicardia grave (< 50
bpm); síndrome do nó sinusal (incluindo bloqueio sinoatrial); choque cardiogênico; hipotensão grave
(pressão arterial sistólica < 85 mmHg).
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Geral
Insuficiência cardíaca congestiva crônica
Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva pode ocorrer piora da insuficiência cardíaca ou
retenção hídrica durante a titulação do carvedilol. Caso isso ocorra, a dose do diurético deve ser
aumentada e a dose de carvedilol deve ser mantida até que a estabilidade clínica seja novamente atingida.
Ocasionalmente, pode ser necessário reduzir a dose do carvedilol ou, em casos raros, descontinuá-lo
temporariamente. Tais episódios não impedem o sucesso de titulação subsequente de carvedilol.
Carvedilol deve ser usado com cautela em combinação com digitálicos, pois ambos os fármacos
lentificam a condução AV (vide item “Interações medicamentosas”).
Diabetes
Deve-se ter cautela ao administrar carvedilol a pacientes com diabetes mellitus, pois pode estar
relacionado com a piora do controle da glicemia ou os sinais e sintomas precoces de hipoglicemia podem
ser mascarados ou atenuados. Portanto, a monitoração regular da glicemia é necessária nos diabéticos
quando carvedilol for iniciado ou titulado e a terapia hipoglicemiante ajustada adequadamente (vide item
“Interações medicamentosas” e “Advertências e precauções – Uso em populações especiais - Pacientes
diabéticos”).
Função renal em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva
Deterioração reversível da função renal foi observada durante tratamento com carvedilol em pacientes
com insuficiência cardíaca congestiva e baixa pressão arterial (PA sistólica < 100 mmHg), cardiopatia
isquêmica, doença vascular difusa e/ou insuficiência renal subjacente. Nesses pacientes, a função renal
deve ser monitorada durante a titulação do carvedilol. Descontinuar a medicação ou reduzir a dose caso
ocorra piora da função renal.
Doença pulmonar obstrutiva crônica
Carvedilol deve ser usado com cautela em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
com componente broncoespástico e que não estejam recebendo medicação oral ou inalatória, se o
benefício potencial superar o risco potencial. Em pacientes com tendência a broncoespasmo, pode ocorrer
insuficiência respiratória por possível aumento da resistência das vias aéreas. Os pacientes devem ser
monitorados cuidadosamente durante o início e titulação de carvedilol e a dose do carvedilol reduzida se
for observado broncoespasmo durante o tratamento.
Lentes de contato
Usuários de lentes de contato devem lembrar-se da possibilidade de redução do lacrimejamento.
Descontinuação do tratamento
O tratamento com carvedilol não deve ser descontinuado abruptamente, principalmente em pacientes com
cardiopatia isquêmica. A retirada do carvedilol, nesses pacientes, deve ser gradual (ao longo de duas
semanas).
Tireotoxicose
Carvedilol, como outros betabloqueadores, pode mascarar os sintomas de tireotoxicose.
Reações de hipersensibilidade
Deve-se ter cuidado ao administrar carvedilol a pacientes com história de reações graves de
hipersensibilidade e naqueles submetidos à terapia de dessensibilização, pois os betabloqueadores podem
aumentar tanto a sensibilidade aos alérgenos quanto a gravidade das reações de hipersensibilidade.
Reações adversas cutâneas graves
Casos muito raros de reações adversas cutâneas graves, tais como necrólise epidérmica tóxica e síndrome
de Stevens-Johnson, foram relatados durante o tratamento com carvedilol (vide item “Reações adversas –
Experiência pós-comercialização”). Carvedilol deve ser permanentemente descontinuado em pacientes
que apresentarem reações adversas cutâneas graves possivelmente relacionadas com o carvedilol.
Psoríase
Pacientes com história de psoríase associada a tratamento com betabloqueadores só deverão tomar
carvedilol após se considerar a relação risco versus benefício.
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Interações com outros medicamentos
Há um número de importantes interações farmacocinéticas e farmacodinâmicas com outras drogas (por
exemplo, digoxina, ciclosporina, rifampicina, drogas anestésicas e antiarrítmicas) (vide item “Interações
medicamentosas” para mais detalhes).
Feocromocitoma
Em pacientes com feocromocitoma, deve-se iniciar um agente alfabloqueador antes do uso de qualquer
betabloqueador. Apesar de carvedilol exercer atividades alfa e betabloqueadora, não existe experiência de
uso nesses casos. Portanto, deve-se ter cautela ao se administrar carvedilol a pacientes com suspeita de
feocromocitoma.
Angina variante de Prinzmetal
Betabloqueadores não seletivos podem provocar dor torácica em pacientes com angina variante de
Prinzmetal. Não há experiência clínica com carvedilol nesses pacientes, apesar de sua atividade
alfabloqueadora poder prevenir esses sintomas. Deve-se ter cautela ao administrar carvedilol a pacientes
com suspeita de angina variante de Prinzmetal.
Doença vascular periférica e fenômeno de Raynaud
Carvedilol deve ser usado com cautela em pacientes com doença vascular periférica (por exemplo,
fenômeno de Raynaud), pois os betabloqueadores podem precipitar ou agravar os sintomas de
insuficiência arterial.
Bradicardia
Carvedilol pode provocar bradicardia. Se a frequência cardíaca reduzir para menos de 55 batimentos por
minuto, a dose do carvedilol deve ser reduzida.
Uso em populações especiais
Pacientes com menos de 18 anos de idade
O uso de carvedilol não é recomendado a pacientes com menos de 18 anos de idade (vide item “Posologia
e modo de usar - Pacientes com menos de 18 anos de idade”).
Pacientes idosos
Um estudo realizado em pacientes idosos hipertensos mostrou que não há diferença no perfil de eventos
adversos, em comparação com pacientes mais jovens. Outro estudo, que Incluiu pacientes idosos com
doença coronariana, não mostrou diferença de eventos adversos relatados, em comparação com os
relatados por pacientes mais jovens. Portanto, nenhum ajuste de dose da dose inicial é exigido para
pacientes idosos.
Pacientes com insuficiência renal
O suprimento de sangue renal autorregulador é preservado e a filtração glomerular mantém-se inalterada
durante o tratamento crônico com carvedilol. Em pacientes com insuficiência renal moderada a grave, não
há necessidade de alterar as recomendações de dosagem de carvedilol (vide item “Posologia e modo de
usar – Pacientes com insuficiência renal”).
Pacientes com insuficiência hepática
Carvedilol é contraindicado para pacientes com insuficiência hepática clinicamente manifesta (vide item
“Contraindicações”). Um estudo de farmacocinética em pacientes cirróticos demonstrou que a exposição
(AUC) a carvedilol aumentou 6,8 vezes em pacientes com insuficiência hepática quando comparados com
indivíduos sadios.
Pacientes diabéticos
Betabloqueadores podem aumentar a resistência à insulina e mascarar os sintomas da hipoglicemia.
Entretanto, vários estudos estabeleceram que os betabloqueadores vasodilatadores, como o carvedilol,
estão relacionados com efeitos mais favoráveis nos perfis de glicose e lipídeos. Tem sido demonstrado
que carvedilol possui propriedades insulino-sensíveis modestas e pode atenuar algumas manifestações da
síndrome metabólica.
Gestação e lactação
Categoria de risco na gravidez: C.
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Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Estudos em animais demonstraram toxicidade reprodutiva (vide item “Segurança pré-clínica”). O risco
potencial para os humanos é desconhecido. Não há experiência clínica adequada com carvedilol em
mulheres grávidas. Betabloqueadores reduzem a perfusão placentária, podendo resultar em morte fetal
intrauterina e parto prematuro. Além disso, efeitos adversos (hipoglicemia e bradicardia) podem ocorrer
no feto e no recém-nascido. Existe risco aumentado de complicações cardíacas e pulmonares no recém-
nascido. Em estudos em animais, não há evidência de que carvedilol tenha qualquer efeito teratogênico.
Carvedilol não deve ser usado durante a gravidez a menos que os benefícios potenciais justifiquem o risco
potencial.
Estudos em animais demonstraram que carvedilol e/ou seus metabólitos são excretados no leite de ratas.
A excreção do carvedilol no leite humano não foi estabelecida. Entretanto, a maioria dos
betabloqueadores, em particular os compostos lipofílicos, passa para o leite materno, embora seja em
quantidades variáveis.
Portanto, a amamentação não é recomendada após a administração de carvedilol.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Não foram realizados estudos dos efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
Devido a reações individuais variáveis (tonturas, cansaço), a capacidade do paciente para dirigir veículos
ou operar máquinas pode estar comprometida, principalmente no início do tratamento e após os aumentos
de doses, nas modificações de terapias ou em combinação com álcool.
Interações Farmacocinéticas
Efeitos do carvedilol na farmacocinética de outras drogas
Carvedilol é um substrato e também um inibidor de P-glicoproteína. Portanto, a biodisponibilidade de
fármacos transportados pela P-glicoproteína pode ser aumentada pela administração concomitante de
carvedilol. Além disso, a biodisponibilidade de carvedilol pode ser modificada por indutores ou inibidores
de P-glicoproteína.
Digoxina: foi demonstrado um aumento da exposição de digoxina de até 20% em alguns estudos em
indivíduos sadios e pacientes com insuficiência cardíaca. Um efeito significantemente maior foi
observado em pacientes do sexo masculino em comparação com pacientes do sexo feminino. Portanto, é
recomendado o monitoramento dos níveis de digoxina quando o tratamento com carvedilol é iniciado,
ajustado ou descontinuado (vide item “Advertências e precauções”). O carvedilol não tem efeito sobre a
digoxina quando administrado por via intravenosa.
Ciclosporina: dois estudos em pacientes submetidos a transplantes renal e cardíaco recebendo
ciclosporina por via oral (VO) demonstraram um aumento na concentração plasmática de ciclosporina
depois da introdução de carvedilol.
O carvedilol parece aumentar a exposição de ciclosporina VO em cerca de 10 a 20%. Na tentativa de
manter níveis terapêuticos de ciclosporina, foi necessária a redução média de 10 – 20% da dose de
ciclosporina. O mecanismo para a interação não é conhecida, mas a inibição da atividade da P-
glicoproteína no intestino pode estar envolvida. Devido à ampla variabilidade interindividual nos níveis
de ciclosporina, recomenda-se que as suas concentrações sejam monitoradas cuidadosamente depois da
introdução da terapia com carvedilol e que a dose de ciclosporina seja ajustada adequadamente. No caso
de administração intravenosa de ciclosporina, nenhuma interação com carvedilol é esperada.
Efeitos de outras drogas na farmacocinética de carvedilol
Inibidores e indutores de CYP2D6 e CYP2C9 podem modificar estéreo-seletivamente o metabolismo
sistêmico e/ou pré-sistêmico do carvedilol, resultando em concentrações plasmáticas aumentadas ou
diminuídas do R e S-carvedilol (vide item “Características farmacológicas – Metabolismo”). Exemplos
observados em pacientes ou em indivíduos saudáveis são apresentados a seguir.
Cimetidina: é necessário cautela em pacientes em uso de inibidores de oxidases de função mista, como a
cimetidina, pois o nível sérico pode ser aumentado. Entretanto, com base no pequeno efeito da cimetidina
sobre os níveis de carvedilol, a probabilidade de interações clinicamente significativas é mínima.
Rifampicina: em um estudo incluindo 12 indivíduos sadios, a exposição ao carvedilol diminui cerca de
60% durante a administração concomitante com a rifampicina e foi observada uma diminuição do efeito
do carvedilol na pressão sanguínea sistólica. O mecanismo de interação não é conhecido, mas a inibição
da atividade da P-glicoproteína no intestino pode estar envolvida. Aconselha-se o monitoramento
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cuidadoso da atividade betabloqueadora em pacientes tratados com carvedilol e rifampicina
concomitantemente.
Amiodarona: um estudo in vitro com microssomos do fígado humano demonstrou que a amiodarona e a
desetilamiodarona inibem a oxidação do R e S-carvedilol. A concentração mínimado R e S-carvedilol foi
significativamente aumentada em 2,2 vezes em pacientes com insuficiência cardíaca recebendo,
concomitantemente, carvedilol e amiodarona quando comparados a pacientes recebendo carvedilol em
monoterapia. O efeito do Scarvedilol foi atribuído à desetilamiodarona, um metabólito da amiodarona,
que é um potente inibidor da CYP2C9.
Aconselha-se o monitoramento da atividade betabloqueadora em pacientes tratados, com carvedilol e
amiodarona, concomitantemente.
Fluoxetina e paroxetina: em um estudo randomizado, cruzado, incluindo 10 pacientes com insuficiência
cardíaca, a co-administração de fluoxetina, um potente inibidor de CYP2D6, resultou em inibição estéreo-
seletiva do metabolismo de carvedilol, com um aumento de 77% em AUC do enantiômero R(+), e um
aumento não-estatístico de 35% em AUC do enantiômero S(-) quando comparado com o grupo placebo.
No entanto, não foi notada nenhuma diferença em eventos adversos, pressão arterial ou frequência
cardíaca entre grupos de tratamento. O efeito de uma dose de paroxetina, um inibidor potente da
CYP2D6, na farmacocinética do carvedilol, foi investigado em 12 indivíduos sadios após a administração
oral. Apesar do aumento significativo na exposição do R e S-carvedilol, nenhum efeito clínico foi
observado nesses indivíduos sadios.
Interações Farmacodinâmicas
Insulina ou hipoglicemiantes orais: agentes com propriedades betabloqueadoras podem aumentar o
efeito redutor da glicemia da insulina e de hipoglicemiantes orais. Os sinais de hipoglicemia podem ser
mascarados ou atenuados (especialmente a taquicardia). Em pacientes recebendo insulina ou
hipoglicemiantes orais, o monitoramento regular de glicemia é, portanto, recomendável (vide item
“Advertências e precauções”).
Agentes depletores de catecolaminas: pacientes em uso concomitante de agentes com propriedades
betabloqueadoras e fármacos que possam depletar catecolaminas (por exemplo, reserpina e inibidores de
monoamina-oxidase) devem ser observados com cuidado em relação a sinais de hipotensão e/ou
bradicardia grave.
Digoxina: o uso combinado de beta-bloqueadores e digoxina pode resultar no prolongamento aditivo de
tempo de condução átrio-ventricular (AV).
Bloqueadores do canal de cálcio não diidropiridínicos, amiodarona ou outros antiarrítmicos: em
combinação com carvedilol, podem aumentar o risco de distúrbios de condução AV. Casos isolados de
distúrbios da condução (raramente com comprometimento hemodinâmico) foram observados quando
carvedilol é coadministrado com diltiazem. Tal como acontece com outros betabloqueadores, se o
carvedilol for administrado por via oral com bloqueadores do canal de cálcio não diidropiridínicos do tipo
verapamil ou diltiazem, amiodarona ou outros antiarrítmicos, recomenda-se o monitoramento do ECG e
da pressão arterial.
Clonidina: a administração de clonidina associada a betabloqueadores pode potencializar os efeitos de
redução de pressão arterial e frequência cardíaca. Quando for necessário interromper o tratamento com
agentes betabloqueadores e clonidina, o betabloqueador deve ser o primeiro a ser retirado. A terapia com
clonidina pode ser descontinuada vários dias depois, reduzindo gradualmente a dose.
Anti-hipertensivos: como outros betabloqueadores, carvedilol pode potencializar o efeito de outros
fármacos administrados concomitantemente que apresentem ação anti-hipertensiva (por exemplo,
antagonistas de receptor alfa-1) ou tenham hipotensão como parte de seu perfil de efeitos adversos.
Agentes anestésicos: recomenda-se monitoramento cuidadoso de sinais vitais durante anestesia devido
aos efeitos inotrópicos negativos e hipotensores sinérgicos de carvedilol e fármacos anestésicos.
AINEs: o uso concomitante de anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) e bloqueadores beta-
adrenérgicos pode resultar em aumento de pressão arterial e menor controle da pressão arterial.
Broncodilatadores beta-agonistas: betabloqueadores não cardiosseletivos fazem oposição aos efeitos
broncodilatadores de fármacos com ação brônquica beta-agonista. Recomenda-se monitoramento
cuidadoso dos pacientes.
Glicosídeos cardíacos: administração concomitante do carvedilol e glicosídeos cardíacos pode prolongar
o tempo de condução AV.
Aspecto físico e características organolépticas:
carvedilol 3,125 mg: comprimido circular rosa, biconvexo e liso de ambos os lados.
carvedilol 6,25 mg: comprimido circular amarelo, biconvexo e liso de ambos os lados.
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carvedilol 12,5 mg: comprimido circular salmão, biconvexo e liso de ambos os lados.
carvedilol 25 mg: comprimido circular branco, biconvexo e liso de ambos os lados.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade. Desde que respeitados
os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da data de
sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O carvedilol deve ser administrado por via oral.
Duração do tratamento: o tratamento com carvedilol é normalmente prolongado e não deverá ser
interrompido abruptamente, mas gradualmente reduzido a intervalos semanais, particularmente em
pacientes com doença arterial coronária concomitante.
Hipertensão essencial
Adultos: A dose inicial recomendada é 12,5 mg, uma vez ao dia, durante os dois primeiros dias. A seguir,
a dose recomendada é 25 mg, uma vez ao dia. Se necessário, a dose poderá ser aumentada a intervalos
mínimos de duas semanas até a dose diária máxima recomendada de 50 mg, em dose única diária ou
dividida em duas doses.
Idosos: A dose inicial recomendada é 12,5 mg, uma vez ao dia. Se necessário, a dose poderá ser
aumentada a intervalos mínimos de duas semanas até a dose diária máxima recomendada de 50 mg, em
dose única diária ou dividida em duas doses.
Angina do peito
A dose inicial recomendada é 12,5 mg, duas vezes ao dia, durante os dois primeiros dias. A seguir, a dose
recomendada é 25 mg, duas vezes ao dia. Se necessário, poderá ser aumentada a intervalos mínimos de
duas semanas até a dose máxima diária recomendada de 100 mg, administrada em doses fracionadas
(duas vezes ao dia).
A dose diária máxima recomendada para idosos é 50 mg, administrada em doses fracionadas (duas vezes
ao dia).
Insuficiência cardíaca congestiva (ICC)
A dose deve ser individualizada e cuidadosamente monitorada pelo médico durante a fase de titulação.
Para pacientes em uso de digitálicos, diuréticos e inibidores da ECA, as doses desses medicamentos
devem ser estabilizadas antes de iniciar o tratamento com carvedilol.
A dose inicial recomendada é 3,125 mg, duas vezes ao dia, por duas semanas. Se esta dose for tolerada,
poderá ser aumentada subsequentemente, a intervalos mínimos de duas semanas, para 6,25 mg, duas
vezes ao dia, 12,5 mg, duas vezes ao dia e 25 mg, duas vezes ao dia. As doses devem ser aumentadas até
o nível máximo tolerado pelo paciente.
A dose máxima recomendada é 25 mg, duas vezes ao dia, para todos os pacientes com ICC leve,
moderada ou grave, com peso inferior a 85 kg. Em pacientes com ICC leve ou moderada, com peso
superior a 85 kg, a dose máxima recomendada é 50 mg, duas vezes ao dia.
Antes de cada aumento de dose, o paciente deve ser avaliado pelo médico quanto a sintomas de
vasodilatação ou piora da insuficiência cardíaca. A piora transitória da insuficiência cardíaca ou a
retenção de líquidos devem ser tratadas com aumento da dose do diurético. Ocasionalmente, pode ser
necessário reduzir a dose ou descontinuar temporariamente o tratamento com carvedilol.
Se o carvedilol for descontinuado por mais de duas semanas, a terapia deverá ser reiniciada com 3,125
mg, duas vezes ao dia, e a titulação realizada conforme as recomendações acima.
Sintomas de vasodilatação podem ser tratados inicialmente pela redução da dose do diurético. Se
persistirem, a dose do inibidor da ECA, se utilizado, deverá ser reduzida, seguida por redução da dose do
carvedilol, se necessário. A dose de carvedilol não deverá ser aumentada até que os sintomas de piora da
insuficiência cardíaca ou de vasodilatação estejam estabilizados.
Carvedilol não necessariamente deve ser ingerido junto a alimentos; entretanto, em pacientes com
insuficiência cardíaca, deverá ser administrado com alimentos para reduzir a velocidade de absorção e
diminuir a incidência de efeitos ortostáticos.
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Pacientes com insuficiência renal
Dados farmacocinéticos disponíveis (vide item “Farmacocinética em populações especiais”) e estudos
clínicos publicados (vide item “Advertências e precauções – Uso em populações especiais – Insuficiência
renal”) em pacientes com diversos graus de comprometimento de função renal (incluindo insuficiência
renal) sugerem que não são necessárias alterações nas doses recomendadas de carvedilol em pacientes
com insuficiência renal moderada a grave.
Pacientes com menos de 18 anos de idade
A segurança e eficácia do carvedilol em crianças e adolescentes (< 18 anos) ainda não foram
estabelecidas (vide item “Farmacocinética em populações especiais” e “Advertências e precauções - Uso
em populações especiais”).
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
As reações adversas ao medicamento estão listadas de acordo com as classes dos sistemas orgânicos
definidos pelo MedDRA e CIOMS (Council for International Organizations of Medical Sciences). As
categorias de frequências são:
Muito comum ≥ 1/10
Comum ≥ 1/100 e <1/10
Incomum ≥ 1/1.000 e <1/100
Rara ≥ 1/10.000 e <1/1.000
Muito rara <1/10.000
A tabela 1 abaixo resume os efeitos indesejáveis que foram reportados com o uso de carvedilol em
estudos clínicos pivotais:
Tabela 1 Reações adversas ao medicamento em estudos clínicos
Classe do sistema orgânico Reação adversa Frequência
Distúrbios do sistema linfático e do
sangue
Anemia Comum
Trombocitopenia Rara
Leucopenia Muito Rara
Distúrbios cardíacos Insuficiência cardíaca Muito comum
Bradicardia Comum
Hipervolemia Comum
Sobrecarga hídrica Comum
Bloqueio atrioventricular Incomum
Angina pectoris Incomum
Distúrbios nos olhos Alterações visuais Comum
Redução do lacrimejamento (secura do olho) Comum
Irritação ocular Comum
Distúrbios gastrintestinais Náusea Comum
Diarreia Comum
Vômito Comum
Dispepsia Comum
Dor abdominal Comum
Constipação Incomum
Secura da boca Rara
Distúrbios gerais e das condições do
local de administração
Astenia (fadiga) Muito comum
Edema Comum
Dor Comum
Distúrbios hepatobiliares Aumento da alanina aminotransferase (ALT),
aspartato aminotransferase (AST) e gama-
glutamiltransferase (GGT)
Muito Rara
Distúrbios do sistema imune Hipersensibilidade (reações alérgicas) Muito Rara
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Infecções e infestações Pneumonia Comum
Bronquite Comum
Infecção do trato respiratório superior Comum
Infecção do trato urinário Comum
Distúrbios do metabolismo e
nutricionais
Aumento do peso Comum
Hipercolesterolemia Comum
Piora do controle da glicemia (hiperglicemia,
hipoglicemia) em pacientes com diabetes
preexistente
Comum
Distúrbios muscoesqueléticos e do
tecido conjuntivo
Dor em extremidades Comum
Distúrbios do sistema nervoso Tontura Muito comum
Cefaleia Muito comum
Síncope, pre-síncope Comum
Parestesia Incomum
Distúrbios psiquiátricos Depressão, humor deprimido Comum
Distúrbios do sono Incomum
Distúrbios renais e urinários Insuficiência renal e anormalidades na função
renal em pacientes com doença vascular
difusa e/ou insuficiência renal subjacente
Distúrbios miccionais Rara
Distúrbios da mama e do sistema
reprodutor
Disfunção erétil Incomum
Distúrbios respiratórios, torácicos e do
mediastino
Dispneia Comum
Edema pulmonar Comum
Asma em pacientes predispostos Comum
Congestão nasal Rara
Distúrbios de pele e tecidos
subcutâneos
Reações na pele (por exemplo, exantema
alérgica, dermatite, urticária, prurido, lesões
psoriásicas e do tipo líquen plano)
Incomum
Distúrbios vasculares Hipotensão Muito comum
Hipotensão ortostástica Comum
Distúrbios da circulação periférica
(extremidades frias, doença vascular
periférica, exacerbação de claudicação
intermitente e fenômeno de Raynaud)
Hipertensão Comum
Descrição das reações adversas selecionadas
A frequência de reações adversas não é dependente da dose, com exceção de tonturas, alterações visuais e
bradicardia.
Tontura, síncope, cefaleia e astenia são, normalmente, leves e ocorrem, geralmente, no início do
tratamento.
Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva pode ocorrer piora da insuficiência cardíaca ou
retenção hídrica durante a titulação do carvedilol (vide item “Advertências e precauções”).
A insuficiência cardíaca foi um evento adverso reportado muito comumente em ambos os grupos de
tratamento com placebo (14,5%) e carvedilol (15,4%), em pacientes com disfunção ventricular esquerda
após infarto agudo do miocárdio.
Deterioração reversível da função renal foi observada durante tratamento com carvedilol em pacientes
com insuficiência cardíaca congestiva e baixa pressão arterial, cardiopatia isquêmica, doença vascular
difusa e/ou insuficiência renal subjacente (vide item “Advertências e precauções”).
Experiência pós-comercialização
Os seguintes eventos adversos foram identificados durante o uso de carvedilol pós-comercialização. Por
esses eventos serem reportados por uma população de tamanho indefinido, não é sempre possível estimar
as suas frequências e/ou estabelecer uma relação causal com a exposição à droga.
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Distúrbios de metabolismo e nutricionais: devido às propriedades betabloqueadoras, é possível que
diabetes mellitus latente se manifeste, que diabetes manifestado se agrave e que a contra-regulação da
glicose seja inibida.
Distúrbios de pele e tecidos subcutâneos: alopecia. Reações adversas cutâneas grave, como necrólise
epidérmica tóxica e síndrome de Stevens-Johnson (vide item “Advertências e precauções”).
Distúrbios renais e urinários: foram reportados casos isolados de incontinência urinária em mulheres,
os quais foram resolvidos com a descontinuação da medicação.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância
Sanitária
Estadual ou Municipal.