Bula do Ceftriaxona Dissódica produzido pelo laboratorio Halex Istar Indústria Farmacêutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
BULA PACIENTE
CEFTRIAXONA
DISSÓDICA
HEMIEPTAIDRATADA
HALEX ISTAR
PÓ PARA SOLUÇÃO INJETAVEL
1 G
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome genérico: ceftriaxona dissódica hemieptaidratada
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES
1g de pó liofilizado injetável. Cartucho com 50 frascos-ampola transparente
VIA INTRAVENOSA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola contém:
Ceftriaxona dissódica hemieptaidratada (D.C.B 01911) ............................... 1g sal de ceftriaxona
dissódica
Ceftriaxona dissódica contém aproximadamente 83 mg (3,6 mEq) de sódio por grama de ceftriaxona.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Ceftriaxona dissódica é usada para tratar infecções causadas por microorganismos sensíveis à ceftriaxona.
Ceftriaxona dissódica pertence a um grupo de medicamentos denominado antibióticos. Sua substância
ativa - ceftriaxona - é um antibiótico capaz de eliminar uma grande variedade de
microorganismos/bactérias responsáveis por diversos tipos de infecções.
Hipersensibilidade: ceftriaxona dissódica é contraindicada a pacientes com alergia à ceftriaxona, a
qualquer um dos excipientes da formulação ou a qualquer outro cefalosporínico (como cefalexina,
cefazolina e outros). Pacientes com histórico de reações de hipersensibilidade à penicilina (incluindo
ceftriaxona dissódica
hemieptaidratada
Medicamento genérico - Lei nº 9.787 de 1.999
ampicilina e amoxicilina) e outros agentes betalactâmicos podem apresentar maior risco de
hipersensibilidade a ceftriaxona dissódica (vide item “O que devo saber antes de usar este
medicamento?”).
Neonatos prematuros: ceftriaxona dissódica é contraindicada a neonatos prematuros com idade
pós-menstrual (idade corrigida) de até 41 semanas (idade gestacional + idade cronológica).
Recém-nascidos com hiperbilirrubinemia (icterícia): recém-nascidos com icterícia não devem ser
tratados com ceftriaxona. Estudos in vitro mostraram que a ceftriaxona pode trazer risco de
agravar a toxicidade pela bilirrubina nesses pacientes.
Neonatos e soluções intravenosas que contém cálcio: ceftriaxona dissódica é contraindicada a
neonatos (≤ 28 dias) sob tratamento (ou em previsão de tratamento) com soluções IV que contêm
cálcio, incluindo infusão contínua de cálcio como a nutrição parenteral, por causa do risco de
formação de compostos insolúveis de ceftriaxona cálcica (vide itens “Como devo usar esse
medicamento?”, “O que devo saber antes de usar este medicamento? – Interações
medicamentosas” e “Quais os males este medicamento pode me causar - Interação com cálcio”).
Categoria de risco na gravidez: B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Hipersensibilidade: assim como para todos os agentes antibacterianos betalactâmicos, reações de
hipersensibilidade sérias e, ocasionalmente, fatais foram reportadas em pacientes tratados com
ceftriaxona dissódica (vide item “Quais os males que este medicamento pode me causar?”). No caso
de reações de hipersensibilidade graves, o tratamento com ceftriaxona dissódica deve ser
descontinuado imediatamente e medidas de emergência adequadas devem ser iniciadas. Antes do
início do tratamento, seu médico deve concluir se você apresenta histórico de reações de
hipersensibilidade à ceftriaxona, outras cefalosporinas ou qualquer outro tipo de medicamento
betalactâmico. Deve se tomar precauções, caso ceftriaxona dissódica seja administrado em
pacientes com histórico de hipersensibilidade a outros agentes betalactâmicos.
Anemia hemolítica: anemia hemolítica imune mediada (anemia produzida por destruição dos glóbulos
vermelhos por anticorpos do próprio paciente) foi observada em pacientes que receberam antibacterianos
da classe das cefalosporinas, incluindo ceftriaxona dissódica. Casos graves de anemia hemolítica,
incluindo óbitos, foram relatados durante o tratamento em adultos e crianças. Se você notar sinais de
anemia (como palidez, cansaço fácil, falta de ar com esforços pequenos) durante o uso de ceftriaxona
dissódica, avise seu médico para que ele possa pesquisar a causa e orientar você da melhor forma. O uso
de ceftriaxona deve ser interrompido até que a causa da anemia seja determinada.
Diarréia associada ao Clostridium difficile (CDAD): CDAD foi relatada com o uso de quase todos os
agentes antibacterianos, incluindo ceftriaxona dissódica, e sua gravidade pode variar, de diarréia leve até
uma colite fatal. O tratamento com agentes antibacterianos altera a flora normal do cólon, levando a um
crescimento exacerbado do C. difficile, que contribui para o desenvolvimento de CDAD . Se notar
diarréia persistente, avise seu médico para que ele possa determinar a causa da sua diarréia e adotar as
medidas necessárias para o seu tratamento.
Superinfecções: superinfecções com os microrganismos não susceptíveis podem ocorrer como com
outros agentes antibacterianos.
Precipitados de ceftriaxona cálcica: precipitados de ceftriaxona cálcica na vesícula biliar foram
observados durante exames de ultrassom em pacientes que estavam recebendo doses de ceftriaxona iguais
ou superiores a 1g/dia. Os precipitados desaparecem após descontinuação do tratamento com ceftriaxona
dissódica e são raramente sintomáticos. Em casos sintomáticos, seu médico deve avaliar o risco-benefício
da descontinuação do tratamento com ceftriaxona dissódica e outras medidas necessárias.
Não foram observados casos de precipitações intravasculares em pacientes, exceto em recém-nascidos
tratados com ceftriaxona e soluções ou produtos que contenham cálcio. Ceftriaxona dissódica não deve
ser misturada ou administrada simultaneamente com soluções ou produtos que contenham cálcio a
nenhum paciente, mesmo por diferentes cateteres ou acessos venosos de infusão (vide itens “Principais
interações medicamentosas” e “Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Pancreatite: casos de pancreatite, possivelmente de origem biliar obstrutiva, foram raramente relatados
em pacientes tratados com ceftriaxona dissódica. A maior parte desses pacientes apresentava fatores de
risco para estase / aglutinação biliar, como tratamento prévio intenso, doença grave e nutrição parenteral
total. O papel de fator desencadeante ou de cofator de ceftriaxona dissódica relacionado à precipitação
biliar não pode ser descartado.
Monitoramento do sangue: durante tratamentos prolongados, hemograma completo deve ser feito
regularmente.
Gravidez e amamentação
Categoria de risco na gravidez: B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o
uso deste medicamento.
Você deve comunicar ao seu médico se estiver grávida ou com intenção de engravidar. Seu médico irá
decidir quando você deve usar ceftriaxona dissódica.
Ceftriaxona atravessa a barreira placentária. A segurança durante a gravidez não foi estabelecida em seres
humanos. Apesar dos estudos não demonstrarem defeitos físicos no feto ou indução de mutação genética,
é necessário cautela nos três primeiros meses de gestação, a não ser em casos absolutamente necessários.
Recomenda-se cuidado especial em pacientes que amamentam, apesar da baixa concentração de
ceftriaxona dissódica excretada no leite.
Uso em idosos
A dose de ceftriaxona dissódica para idosos é a mesma usada para adultos.
Uso em pacientes pediátricos
A segurança e eficácia da ceftriaxona dissódica em recém-nascidos, lactentes e crianças foram
estabelecidas para as doses descritas no item “Como devo usar este medicamento?”. Estudos mostraram
que a ceftriaxona, assim como outras cefalosporinas, pode deslocar a bilirrubina da albumina sérica.
Ceftriaxona dissódica não é recomendada para neonatos, especialmente prematuros que apresentem
risco de desenvolver encefalopatia por causa de icterícia (vide item “Quando não devo usar este
medicamento?”).
Uso em pacientes com insuficiência hepática e renal
Vide item “Como devo usar este medicamento?”.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Durante o tratamento com ceftriaxona dissódica, efeitos indesejados podem ocorrer (por exemplo,
tontura), os quais podem influenciar a habilidade de dirigir e operar máquinas (vide item “Quais os males
que este medicamento pode me causar?”). Os pacientes devem ser cautelosos ao dirigir ou operar
máquinas.
Até o momento não há informações de que a ceftriaxona possa causar doping. Em caso de dúvidas,
consulte seu médico.
Principais interações medicamentosas
Até o momento, não se observaram alterações da função renal após administração simultânea de doses
elevadas de ceftriaxona dissódica e potentes diuréticos, como a furosemida.
Recomenda-se o monitoramento dos níveis de aminoglicosídeos e da função renal, quando administrados
em combinação com ceftriaxona dissódica.
Ceftriaxona dissódica não apresentou efeito similar ao provocado pelo dissulfiram após administração
de álcool. Ceftriaxona não contém o radical N-metiltiotetrazol que está associado a uma possível
intolerância ao álcool e a sangramentos observados com outras cefalosporinas.
A probenicida não tem influência sobre a eliminação de ceftriaxona dissódica.
Informe o seu médico se estiver utilizando algum medicamento contendo cloranfenicol, pois podem
ocorrer interações entre ele e ceftriaxona dissódica. Em estudos in vitro, efeitos antagônicos foram
observados com o uso combinado de cloranfenicol e ceftriaxona.
Diluentes que contêm cálcio não devem ser utilizados para a reconstituição de ceftriaxona dissódica ou
para diluições posteriores de soluções reconstituídas para administração intravenosa, pois pode ocorrer a
formação de precipitado. A precipitação de ceftriaxona cálcica também pode ocorrer quando ceftriaxona
dissódica é misturada com soluções que contêm cálcio administrados na mesma veia. Ceftriaxona
dissódica não deve ser administrada simultaneamente com soluções intravenosas que contêm cálcio,
inclusive infusões contínuas que contêm cálcio, tais como as de nutrição parenteral, através de equipo em
Y. No entanto, em outros pacientes, exceto em recém-nascidos, ceftriaxona dissódica e soluções que
contenham cálcio podem ser administrados sequencialmente, se as linhas de infusão forem bem lavadas
com um líquido compatível. Em estudos em laboratório foi demonstrado que recém-nascidos apresentam
um risco aumentado de precipitação de ceftriaxona cálcica (vide itens “Como devo usar este
medicamento?” e “Quando não devo usar este medicamento?”).
O uso concomitante de ceftriaxona dissódica com antagonistas da vitamina K pode aumentar o risco de
sangramentos. Os parâmetros de coagulação devem ser monitorados frequentemente e a dose do
anticoagulante deve ser ajustada adequadamente pelo seu médico durante e após o tratamento com
ceftriaxona dissódica (vide item “Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Interações com exames laboratoriais
Em pacientes tratados com ceftriaxona dissódica, o teste de Coombs pode se tornar falso positivo. Assim
como com outros antibióticos, pode ocorrer resultado falso positivo para galactosemia.
Os métodos não enzimáticos para a determinação de glicose na urina podem fornecer resultados falsos
positivos. Por esse motivo, a determinação de glicose na urina durante o tratamento com ceftriaxona
dissódica deve ser feita por métodos enzimáticos. A presença da ceftriaxona pode falsamente reduzir os
valores estimados de glicose no sangue, quando obtidos a partir de alguns sistemas de monitoramento.
Favor consultar as informações de uso para cada sistema utilizado. Métodos de análise alternativos devem
ser utilizados, se necessário.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Ceftriaxona dissódica deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC). Manter o frasco-
ampola dentro do cartucho.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.
As soluções reconstituídas permanecem estáveis física e quimicamente por 6 horas em temperatura
ambiente (ou durante até 24 horas no refrigerador entre 2 e 8 °C). Entretanto, como regra geral, as
soluções devem ser usadas imediatamente após a preparação. A coloração da solução reconstituída varia
do amarelo-pálido ao âmbar, dependendo da concentração e do tempo de armazenamento. Isto não tem
qualquer significado quanto à tolerabilidade ou eficácia do medicamento.
Após preparo, manter no refrigerador, entre 2 e 8 °C, por até 24 horas ou manter a temperatura
ambiente por até 6 horas.
O profissional da saúde saberá como armazenar o medicamento depois de aberto.
Ceftriaxona dissódica é constituída de pó cristalino branco a amarelo alaranjado e não possui
características organolépticas marcantes que permitam sua diferenciação em relação a outros pós e
soluções.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto do medicamento
que ainda esteja no prazo de validade, consulte o médico ou o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.
Descarte de seringas / materiais perfuro-cortantes
Os seguintes pontos devem ser rigorosamente respeitados quanto ao uso e descarte de seringas e outros
materiais perfurocortantes:
• As agulhas e seringas nunca devem ser reaproveitadas.
• Todas as agulhas e seringas utilizadas devem ser colocadas em um recipiente de descarte apropriado, à
prova de perfurações.
• Manter o recipiente de descarte fora do alcance das crianças.
• A colocação do recipiente de descarte no lixo doméstico deve ser evitada.
• O descarte do recipiente deve ser realizado de acordo com as exigências locais ou conforme indicado
pelo prestador de cuidados de saúde.
Descarte de medicamentos não utilizados e/ou com data de validade vencida
O descarte de medicamentos no meio ambiente deve ser minimizado. Os medicamentos não devem ser
descartados no esgoto e o descarte em lixo doméstico deve ser evitado. Utilize o sistema de coleta local
estabelecido, se disponível.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O profissional da saúde saberá como preparar o medicamento.
Modo de usar
Administração intravenosa: ceftriaxona dissódica IV deve ser administrada na veia de modo lento (2 a
4 minutos), após a diluição de ceftriaxona dissódica IV 1 g em 10 mL de água para injetáveis.
Infusão contínua: a infusão deve ser administrada durante, pelo menos, 30 minutos. Para infusão
intravenosa, 2 g de ceftriaxona dissódica são dissolvidos em 40 mL da solução de cloreto de sódio 0,9%.
Incompatibilidades
Diluentes que contêm cálcio, como as soluções de Ringer ou Hartmann, não devem ser utilizados para a
reconstituição de ceftriaxona dissodica ou para diluições posteriores de soluções reconstituídas para
administração IV, pois pode ocorrer a formação de precipitado. A precipitação de ceftriaxona cálcica
também pode ocorrer quando ceftriaxona dissódica é misturada com soluções que contêm cálcio no
mesmo equipo de administração IV. Ceftriaxona dissódica não deve ser administrada simultaneamente
com soluções IV que contêm cálcio, inclusive infusões contínuas que contêm cálcio, tais como as de
nutrição parenteral, através de equipo em Y. No entanto, em outros pacientes, exceto em recém-nascidos,
ceftriaxona dissódica e soluções que contenham cálcio podem ser administrados sequencialmente, se
linhas de infusão forem bem lavadas com um líquido compatível.
Até o momento não houve relatos de interação entre ceftriaxona e produtos orais contendo cálcio.
Baseado em artigos da literatura, ceftriaxona não deve ser diluída em frasco com outros antimicrobianos
tais como, amsacrina, vancomicina, fluconazol e aminoglicosídeos.
O volume final do medicamento preparado, deve ser o seguinte:
Ceftriaxona dissódica IV Volume final
1g 10,72 mL
A dose de substância ativa por kg de peso corpóreo, segue abaixo:
Concentrações de Ceftriaxona
dissódica
Quantidade nominal de
substância ativa
Dose máx. teórica de substância
ativa por kg*
1 g 1228,8 mg 17,5 mg/kg
* Para esse cálculo foi considerado o peso médio corpóreo de 70 kg.
Dosagem
Adultos e crianças acima de 12 anos: a dose usual é de 1 – 2 g de ceftriaxona dissódica em dose única
diária (cada 24 horas). Em casos graves ou em infecções causadas por patógenos moderadamente
sensíveis, a dose pode ser elevada para 4 g, uma vez ao dia.
Recém-nascidos (abaixo de 14 dias): dose única diária de 20 – 50 mg/kg, de acordo com o peso
corpóreo. A dose diária não deve ultrapassar 50 mg/kg. Ceftriaxona dissódica é contraindicada a
neonatos prematuros com idade pós-menstrual (idade gestacional + idade cronológica) de até 41 semanas
(vide item “Quando não devo usar este medicamento?”).
Ceftriaxona dissódica também é contraindicada a recém-nascidos (≤ 28 dias), que requeiram (ou possam
requerer) tratamento com soluções IV que contêm cálcio, incluindo infusão de cálcio contínua como a
nutrição parenteral, devido ao risco de precipitação de ceftriaxona cálcica (vide item “Quando não devo
usar este medicamento?”).
Recém-nascidos, lactentes e crianças (15 dias até 12 anos): dose única diária de 20 – 80 mg/kg. Para
crianças de 50 kg ou mais, deve ser utilizada a posologia de adultos. Doses intravenosas maiores ou iguais
a 50 mg/kg de peso corpóreo devem ser administradas por períodos de infusão iguais ou superiores a 30
minutos.
Pacientes idosos: as doses para adultos não precisam ser alteradas para pacientes idosos, desde que o
paciente não apresente insuficiência renal e hepática graves.
Duração do tratamento: o tempo de tratamento varia de acordo com a evolução da doença. Como se
recomenda na antibioticoterapia em geral, a administração de ceftriaxona dissódica deve ser mantida
durante um período mínimo de 48 a 72 horas após o desaparecimento da febre ou após obter-se
evidências de erradicação da bactéria.
Siga a orientação do seu médico porque o tratamento com ceftriaxona dissódica pode mudar em
condições específicas. Você deve comunicar ao seu médico se você desejar interromper o tratamento.
Terapêutica associada: tem sido demonstrado, em condições experimentais, um sinergismo entre
ceftriaxona dissódica e aminoglicosídeos, para muitas bactérias Gram-negativas. Embora não se possa
prever sempre um aumento de atividade com essa associação, esse sinergismo deve ser considerado nas
infecções graves com risco de morte causadas por microorganismos, como Pseudomonas aeruginosa. Por
causa da incompatibilidade química entre ceftriaxona dissódica e aminoglicosídeos, esses medicamentos
devem ser administrados separadamente, nas doses recomendadas. A incompatibilidade química também
foi observada na administração intravenosa da ansacrina, vancomicina e fluconazol com ceftriaxona
dissódica.
Instruções posológicas especiais
Meningite: na meningite bacteriana de lactentes e crianças deve-se iniciar o tratamento com 100 mg/kg
em dose única diária (dose máxima de 4 g). Logo que o microorganismo responsável for identificado e
sua sensibilidade determinada, pode-se reduzir a posologia de acordo. Os melhores resultados foram
obtidos com os seguintes tempos de tratamento:
Neisseria meningitides 4 dias
Haemophilus influenzae 6 dias
Streptococcus pneumoniae 7 dias
Borreliose de Lyme (doença de Lyme): a dose preconizada é de 50 mg/kg até o máximo de 2g em
crianças e adultos, durante 14 dias, em dose única diária.
Profilaxia no perioperatório: recomenda-se dose única de 1 a 2 g de ceftriaxona dissódica 30 a 90
minutos antes da cirurgia, dependendo do risco de infecção. Em cirurgia colorretal, a administração de
ceftriaxona dissódica com ou sem um derivado 5- nitroimidazólico (por exemplo, ornidazol) mostrou-se
eficaz.
Pacientes com insuficiência hepática e renal: não é necessário diminuir a dose nos pacientes com
insuficiência renal desde que a função hepática não esteja prejudicada. Nos casos de insuficiência renal
em que a depuração de creatinina estiver < 10 mL/min, a dose de ceftriaxona dissódica não deve ser
superior a 2 g/dia.
Não é necessário diminuir a dose de ceftriaxona dissódica em pacientes com insuficiência hepática
desde que a função renal não esteja prejudicada. No caso de insuficiências hepática e renal graves e
concomitantes, deve-se determinar a concentração plasmática de ceftriaxona dissódica a intervalos
regulares e se necessário, fazer o ajuste da dose.
Em pacientes sob diálise não há necessidade de doses suplementares após a diálise. Entretanto, as
concentrações séricas devem ser acompanhadas, a fim de avaliar a necessidade de ajustes na posologia,
pois nestes casos a taxa de eliminação pode ser alterada.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do
tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Na eventualidade de perder uma dose, procure tomar o medicamento o mais brevemente possível. Não
duplique a dose seguinte para compensar uma dose perdida. Seu médico saberá quando deverá ser
aplicada a próxima dose de ceftriaxona dissódica.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Estudos clínicos
As reações adversas mais frequentemente reportadas para ceftriaxona dissódica são eosinofilia (aumento
de um tipo de glóbulos brancos que geralmente indicam alergia ou infestação por vermes), leucopenia
(redução de glóbulos brancos), trombocitopenia (redução das plaquetas, elemento do sangue que participa
da coagulação), diarréia, erupção cutânea e aumento das enzimas hepáticas (substâncias que indicam
lesão do fígado no exame de sangue). Os dados para determinar a frequência das reações adversas de
ceftriaxona dissódica foram obtidos de estudos clínicos.
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): eosinofilia, leucopenia, trombocitopenia, diarréia, fezes amolecidas,
aumento das enzimas hepáticas e erupção cutânea.
Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): infecção fúngica no trato genital, granulocitopenia (redução de
um tipo específico de glóbulos brancos, principalmente os neutrófilos), anemia, coagulopatia (distúrbios
de coagulação), dor de cabeça, tontura, náusea, vômito, prurido (coceira), flebite (inflamação da veia), dor
no local da administração, febre e aumento da creatinina no sangue (substância que indica lesão dos rins
no exame de sangue).
Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000): colite pseudomembranosa (inflamação do intestino causada pela
multiplicação excessiva de certas bactérias depois do uso de antibióticos de amplo espectro),
broncoespasmo (chiado no peito, sibilos), urticária (lesões avermelhadas na pele), hematúria (presença de
sangue na urina), glicosúria (presença de açúcar na urina), edema (inchaço), calafrios, pedra na vesícula e
icterícia (amarelão).
Pós-comercialização
As reações adversas a seguir foram identificadas durante o período de pós-comercialização de ceftriaxona
dissódica. Essas reações foram reportadas por uma população de tamanho incerto, portanto, não é
possível estimar com segurança sua frequência e/ou estabelecer uma relação causal com a exposição ao
fármaco.
Problemas gastrintestinais: pancreatite (inflamação do pâncreas), estomatite (inflamação da mucosa
oral) e glossite (inflamação da língua).
Alterações hematológicas: casos isolados de agranulocitose (quando a medula óssea deixa de produzir
um tipo de glóbulos brancos, principalmente os neutrófilos) foram relatados, a maior parte deles após 10
dias de tratamento e doses totais de 20 g ou mais.
Reações cutâneas: pustulose exantemática generalizada aguda (lesões avermelhadas com pus,
disseminadas por todo o corpo) e casos isolados de reações cutâneas graves, como eritema multiforme
(lesões generalizadas de pele com formatos diversos, incluindo manchas vermelhas, bolhas, nódulos
avermelhados), síndrome de Stevens Johnson ou Síndrome de Lyell / necrólise epidérmica tóxica
(manifestações cutâneas de quadros graves de hipersensibilidade, em que o paciente apresenta lesões
extensas de bolhas e descamação da pele, como se fosse uma grande queimadura).
Alterações no sistema nervoso: convulsão.
Infecções e infestações: superinfecção.
Outros efeitos colaterais raros: pedra na vesícula, icterícia (amarelão), kernicterus (um tipo de icterícia
grave com comprometimento cerebral), oligúria (diminuição do volume urinário), reações anafiláticas e
anafilactoides (reações alérgicas graves que podem levar ao óbito, com inchaço no trato respiratório que
impede a respiração e choque).
O ultrassom da vesícula biliar pode mostrar imagens de sedimento (que podem ser confundidas com
cálculos) que desaparecem com a suspensão do medicamento.
Interação com cálcio: em recém-nascidos que receberam ceftriaxona dissódica e soluções que
continham cálcio, foi relatado um pequeno número de casos fatais, nos quais um material cristalino foi
observado nos pulmões e rins durante a autópsia.
Em alguns desses casos, a mesma linha de infusão intravenosa foi usada para ceftriaxona dissódica e
para as soluções contendo cálcio, e em algumas dessas vias de infusão, foi observado um precipitado.
Pelo menos uma fatalidade foi relatada com um recém-nascido no qual ceftriaxona dissódica e soluções
que continham cálcio foram administrados em diferentes momentos, em vias de infusão diferentes; e
nenhum material cristalino foi observado na autópsia desse neonato. Não houve relatos semelhantes em
pacientes não neonatos.
Casos de precipitação de ceftriaxona no trato urinário foram relatados, principalmente em crianças que
foram tratadas com altas doses (por exemplo, doses maiores ou iguais a 80 mg/kg/dia ou com dose total
excedendo 10 g), e que apresentavam outros fatores de risco (por exemplo desidratação, confinamento a
cama). Esse evento pode ser assintomático ou sintomático, e pode levar à obstrução da uretra e
insuficiência renal aguda, mas é geralmente reversível com a descontinuação de ceftriaxona dissódica.
Efeitos colaterais locais: em raros casos, reações de flebite (inflamação da veia) ocorrem após
administração intravenosa. Estas podem ser minimizadas pela prática de injeção lenta do produto (2 – 4
min).
Investigações: resultados falso positivos para os testes de Coombs (usado no diagnóstico de doenças
autoimunes e doença hemolítica do recém-nascido), galactosemia (doença hereditária no qual o corpo não
consegue transformar galactose em glicose) e métodos não enzimáticos para determinação da glicose.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis
pelo uso do medicamento.
Informe a empresa sobre o aparecimento de reações indesejáveis e problemas com este
medicamento, entrando em contato através do Sistema de Atendimento ao Consumidor (SAC).
DESTE MEDICAMENTO?
Em casos de administração de uma dose excessiva, não é possível reduzir a concentração da droga através
de hemodiálise ou diálise peritoneal. Não há antídoto específico. O tratamento deve ser sintomático.
Em casos de superdose podem aparecer as reações adversas descritas anteriormente. O tratamento é
sintomático.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e
leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como
proceder.